Problemas com o divórcio? Saiba como enfrentá-los!
O divórcio pode ser simples e sem dor de cabeça quando você entende seus direitos, etapas e o que precisa ser feito em cada fase.
Enfrentar um divórcio nunca é simples.
Mesmo quando há acordo entre o casal, o processo envolve mais do que apenas a vontade de se separar: há consequências jurídicas, emocionais e práticas que precisam ser entendidas e bem administradas.
Quando há filhos, bens em comum ou disputas, a situação pode se tornar ainda mais delicada e exigir atenção redobrada.
O divórcio é uma etapa que marca o encerramento legal do casamento e a reorganização da vida dos envolvidos, sendo fundamental saber por onde começar, quais os caminhos possíveis e o que esperar de cada fase.
Neste artigo, você vai entender de forma clara como funciona o divórcio, quais são os tipos existentes, como dar entrada no processo, como ocorre a divisão de bens, o que acontece na audiência de conciliação e outras questões essenciais.
Se você está passando por esse momento ou deseja se preparar da melhor forma, continue a leitura e saiba como enfrentar o divórcio com mais segurança e consciência dos seus direitos.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- Quais são os tipos de divórcio?
- O que devo fazer para pedir o divórcio?
- Quais são as consequências de um divórcio?
- Quanto tempo dura o processo de divórcio?
- Como ocorre a audiência de conciliação no divórcio?
- Como é feita a divisão de bens após o divórcio?
- Sou obrigado a contratar advogado para divórcio?
- Um recado final para você!
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Quais são os tipos de divórcio?
Quando se fala nos tipos de divórcio existentes, é importante entender que a forma como o processo será conduzido depende do grau de concordância entre o casal e da situação familiar envolvida.
O divórcio pode ser consensual, quando os dois estão de acordo com a separação e com todos os termos — como partilha de bens, guarda dos filhos e pensão alimentícia — ou litigioso, quando há conflito ou desacordo sobre algum desses pontos.
Além disso, o divórcio pode acontecer de forma judicial, ou seja, na Justiça, ou extrajudicial, diretamente em cartório.
Essa última forma só é possível quando não há questões não homologadas sobre filhos menores ou incapazes e o casal está em pleno acordo.
Portanto, entender os tipos de divórcio é essencial para identificar o caminho mais rápido e adequado conforme o caso.
O que devo fazer para pedir o divórcio?
Para dar entrada no divórcio, você precisa começar com uma decisão consciente: encerrar o vínculo do casamento legalmente.
Com essa definição, o próximo passo é procurar um advogado, que é obrigatório por lei, inclusive nos casos de divórcio amigável.
Esse profissional vai analisar sua situação, orientar sobre os documentos que você vai precisar reunir e definir se o divórcio será judicial ou poderá ser feito em cartório.
A documentação costuma incluir RG, CPF, certidão de casamento atualizada, comprovante de residência, certidão de nascimento dos filhos (se houver) e documentos sobre os bens a serem divididos.
Após isso, o advogado prepara a petição (se for judicial) ou a escritura (se for extrajudicial), e o processo é iniciado. Mesmo que pareça burocrático, quando bem orientado, o divórcio flui com mais tranquilidade e segurança.
Quais são as consequências de um divórcio?
As consequências de um divórcio vão muito além do fim formal do casamento.
Em termos legais, o divórcio encerra todos os deveres conjugais e altera o estado civil dos cônjuges para “divorciado”, permitindo novos casamentos.
Também implica na divisão dos bens do casal, conforme o regime adotado no casamento. Caso haja filhos, é preciso definir guarda, pensão e convivência.
Há ainda consequências emocionais importantes: o divórcio costuma ser um processo de luto, adaptação e reestruturação, tanto para os cônjuges quanto para os filhos.
Já na esfera financeira, pode representar mudanças significativas, pois cada um passa a administrar sua vida e seus recursos de forma independente.
O impacto social também existe, com mudanças na dinâmica familiar e na convivência com amigos e familiares. Por isso, é essencial ter suporte jurídico e emocional ao longo do processo.
Quanto tempo dura o processo de divórcio?
O tempo de duração de um processo de divórcio depende diretamente do tipo de divórcio que está sendo feito.
Quando o casal está de acordo, o divórcio extrajudicial pode ser concluído em questão de dias — muitas vezes, menos de uma semana.
Já no divórcio judicial consensual, o prazo pode variar entre 15 dias e 3 meses, dependendo do tempo de análise do juiz e da estrutura da vara de família.
Por outro lado, nos divórcios litigiosos, que envolvem disputas sobre bens, guarda ou pensão, o tempo costuma ser bem maior. Um processo assim pode levar de 1 a 3 anos, e, em casos mais complexos, até mais.
Fatores como excesso de processos na vara, necessidade de perícias ou resistência das partes atrasam ainda mais a resolução.
Por isso, o diálogo e o acordo entre as partes costumam ser os maiores aceleradores do processo de divórcio.
Como ocorre a audiência de conciliação no divórcio?
A audiência de conciliação no processo de divórcio é uma etapa prevista na maioria dos processos judiciais, especialmente nos casos em que não há acordo entre as partes.
Ela acontece antes que o juiz decida sobre as questões em disputa e tem como objetivo tentar construir um acordo entre o casal.
Essa audiência é conduzida por um conciliador ou mediador e acontece em ambiente reservado, com a presença obrigatória dos advogados. Ali, os cônjuges podem conversar sobre questões como guarda dos filhos, visitas, partilha dos bens e pensão alimentícia.
Se um acordo for alcançado, ele é registrado e pode ser homologado pelo juiz, encerrando total ou parcialmente o processo.
Quando não há acordo, o processo segue normalmente com apresentação de provas, outras audiências e, ao final, sentença judicial.
Mesmo quando há tensão entre as partes, essa audiência pode ser o momento de resolver pendências e evitar um processo ainda mais demorado e desgastante.
Como é feita a divisão de bens após o divórcio?
A divisão de bens após o divórcio depende do regime de bens que foi escolhido no momento do casamento.
No regime de comunhão parcial, que é o mais comum, os bens adquiridos durante o casamento são divididos igualmente entre os cônjuges. Isso vale para imóveis, carros, contas bancárias e outros bens comprados após o início do casamento.
Já no regime de comunhão universal, todos os bens, inclusive os que já existiam antes do casamento, são partilhados igualmente, salvo heranças ou doações com cláusula de incomunicabilidade.
No regime de separação total, cada um fica com o que estiver no seu nome, a menos que se prove contribuição financeira direta.
Já na participação final nos aquestos, os bens adquiridos onerosamente durante o casamento são divididos ao final.
Quando há acordo entre o casal, a divisão pode ser feita de forma amigável; do contrário, será o juiz quem decidirá como os bens serão partilhados.
Ter um bom advogado aqui faz toda a diferença para garantir que a partilha seja justa e legal.
Sou obrigado a contratar advogado para divórcio?
A contratação de um advogado para o divórcio é obrigatória no Brasil, em qualquer tipo de separação, mesmo quando há consenso entre as partes.
Isso porque o divórcio envolve questões legais complexas, como partilha de bens, guarda de filhos e pensão alimentícia, e essas decisões precisam ser registradas com validade jurídica.
No divórcio extrajudicial (feito em cartório), um único advogado pode representar o casal, desde que ambos estejam de acordo e não haja filhos menores ou incapazes.
Já no divórcio judicial, cada cônjuge precisa ter seu próprio advogado, principalmente se houver disputa.
A função do advogado é fundamental para garantir que os direitos de cada um sejam respeitados, que os documentos estejam corretos e que tudo seja conduzido da forma mais segura possível.
Um recado final para você!
Sabemos que esse tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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