Reconhecimento de Paternidade Post Mortem | Guia Completo

Desvende o intricado processo do Reconhecimento de Paternidade Post Mortem. Este guia abrangente oferece insights sobre como navegar pelos aspectos legais e garantir os direitos envolvidos. Descubra agora!

Você sabia que o Brasil registrou mais de 172 mil certidões de nascimento sem o nome dos pais em 2023?

Assim, notamos que muitas crianças ainda não possuem reconhecimento do genitor/pai em seu registro de nascimento.

Diante disso, é importante conscientizar a população de que o reconhecimento de paternidade é um direito fundamental, que se estende, inclusive, para além da vida do suposto pai.

A determinação da paternidade após a morte do pai não apenas esclarece questões de herança e direitos sucessórios, mas também resolve importantes questões emocionais e de identidade para o filho.

Neste artigo, exploraremos como realizar o reconhecimento de paternidade quando o genitor já faleceu, as técnicas para realizar teste de paternidade post-mortem, e como incluir o nome do pai na certidão de nascimento após sua morte.

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O que é reconhecimento de paternidade?

O reconhecimento de paternidade é o ato de confirmar oficialmente quem é o pai biológico de uma criança.

Este processo pode ocorrer de várias maneiras. Uma delas é de forma voluntária, quando o pai reconhece a criança no momento do registro de nascimento ou até mesmo posteriormente em um cartório.

Outra forma é judicialmente, quando existe dúvida ou disputa sobre quem é o pai. Nesse caso, o assunto é levado a julgamento. Um juiz poderá, então, determinar a paternidade, baseando-se em provas, como o teste de DNA.

O reconhecimento garante direitos importantes para a criança, como herança, nome de família e direitos sociais, além de fortalecer o vínculo emocional e a identidade pessoal do filho.

Mas, quando o genitor morre antes de reconhecer um filho, como se dá esse processo?

Identificar o pai biológico de uma pessoa após seu falecimento pode parecer um desafio, mas é um processo sustentado por leis claras e tecnologias avançadas.

Este processo não só fornece clareza legal e emocional, mas também garante os direitos e deveres que são legalmente reconhecidos entre pais e filhos.

Vale ressaltar, ainda, que esse reconhecimento pode ser por vínculo biológico (genitor) ou por vínculo socioafetivo.

Como fazer o reconhecimento de paternidade quando o pai já faleceu?

O reconhecimento de paternidade após a morte do pai/genitor pode ser iniciado por qualquer parte interessada, incluindo o próprio filho (quando maior de idade), a mãe, outros familiares ou mesmo o Ministério Público.

Esse processo de reconhecimento post mortem geralmente começa com a abertura de um processo de investigação de paternidade na vara de família.

A Lei nº 8.560/1992 regula o reconhecimento dos filhos no Brasil. Ela permite que essa ação mesmo após a morte do suposto pai, desde que haja provas substanciais a serem consideradas pelo juiz.

Assim, o artigo 2 dessa lei afirma que:

Em registro de nascimento de menor apenas com a maternidade estabelecida, o oficial remeterá ao juiz certidão integral do registro e o nome e prenome, profissão, identidade e residência do suposto pai, a fim de ser averiguada oficiosamente a procedência da alegação.

Desta forma, se uma pessoa supostamente identificada como pai de uma criança não responder a uma notificação judicial dentro de 30 dias, ou se ele negar ser o pai, o juiz encaminha o caso para o Ministério Público.

Então, se o suposto pai não aceitar reconhecer, esse processo irá para as vias judiciais. Caso contrário, haverá o registro imediato do nome dele na certidão do filho, e direitos como a pensão já serão implementados.

Vale ressaltar que a ação de reconhecer paternidade pode ser feita em qualquer momento. Entretanto, filhos maiores de 18 anos não são obrigados a querer reconhecimento.

Como fazer teste de paternidade com o pai falecido?

Quando o pai já está falecido, o exame de DNA é possível através de material genético do falecido que possam ter sido preservadas, como tecidos, cabelos ou até mesmo ossos e dentes, dependendo do tempo desde o falecimento. Este teste é conhecido como DNA post-mortem.

Para realizar o teste, é necessário uma autorização judicial, que normalmente é obtida durante o processo de investigação de paternidade. O pedido deve ser feito dentro do processo legal, e as amostras devem ser coletadas por um profissional de saúde devidamente autorizado. Os laboratórios especializados em testes de DNA são capazes de extrair DNA de restos mortais e compará-lo com o DNA do filho.

Como incluir o nome do pai já falecido na certidão de nascimento?

Uma vez que o reconhecimento de paternidade é confirmado através de teste de DNA ou por meio de outras evidências aceitas pelo juiz, o próximo passo é a alteração da certidão de nascimento do filho.

Isso é feito por meio de um procedimento chamado “averbação”, que consiste na inclusão do nome do pai no registro civil.

Para isso, deve-se apresentar a decisão judicial que reconhece a paternidade ao cartório de registro civil onde a certidão de nascimento do filho está registrada.

O cartório irá então proceder com a alteração da certidão, incluindo o nome do pai falecido.

Reconhecimento por Vínculo Biológico

O reconhecimento de paternidade por vínculo biológico ocorre através de testes genéticos, como o exame de DNA. Esses testes são capazes de confirmar se há uma correspondência genética entre o filho e o suposto pai falecido.

O processo geralmente começa com a coleta de amostras biológicas do falecido, se disponíveis, ou de parentes próximos, como irmãos ou outros filhos.

A necessidade de uma análise de DNA pode surgir de várias situações, como na ausência de um reconhecimento formal de paternidade enquanto o pai estava vivo ou em casos de disputas de herança.

O resultado do teste de DNA tem um peso significativo no direito brasileiro, sendo quase definitivo para estabelecer a paternidade.

Reconhecimento por Vínculo Socioafetivo

O reconhecimento de paternidade por vínculo socioafetivo, por outro lado, baseia-se nas relações sociais e emocionais entre o suposto pai e a criança.

Este tipo de reconhecimento considera que a paternidade transcende a biologia, enfatizando o cuidado, o amor e a responsabilidade que o indivíduo demonstrou em vida.

Para que o reconhecimento socioafetivo seja estabelecido, é necessário demonstrar que o falecido tratava a criança como se fosse seu filho, proporcionando suporte emocional e financeiro, e que tinha a intenção de ser reconhecido como pai.

Testemunhos de familiares, fotos, vídeos e documentos que comprovem a convivência e o afeto são fundamentais para este processo.

Implicações Legais

Ambos os tipos de reconhecimento de paternidade têm implicações legais significativas. A confirmação da paternidade pode afetar questões de herança, direitos de pensão e acesso a benefícios sociais. Além disso, para a criança ou o adulto que busca esse reconhecimento, há também uma importante dimensão emocional e psicológica, pois o processo pode oferecer um sentido de identidade e pertencimento.

O reconhecimento de paternidade post mortem, seja ele biológico ou socioafetivo, é, portanto, um processo poderoso e significativo.

Ele não só resolve questões legais e materiais, mas também reconhece e valida as relações familiares que são profundas e significativas para os envolvidos.

Assim, se você está precisando tratar de algum reconhecimento de paternidade, busque auxílio de um advogado especialista em Direito de Família

Somente este profissional será capaz de te direcionar da melhor forma possível, a fim de garantir seus direitos e te resguardar juridicamente.

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Artigo escrito por especialistas do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia | Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista.

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