Jornalista precisa de diploma para atuar? Entenda!
Você sabe se o o jornalista precisa de diploma? No Brasil, não é obrigatório ter diploma para atuar como jornalista. Entenda, aqui, como isso funciona e o que a Justiça entende sobre o tema!
A necessidade ou não de diploma para atuar como jornalista é um tema recorrente entre profissionais da área e interessados!
Desde 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) não exige mais o diploma para o exercício da atividade jornalística, o que gerou debates sobre a qualidade da informação e a liberdade de expressão.
Afinal, por que não é preciso ter diploma? E o que isso impacta na profissão? O que isso significa para quem deseja atuar na área?
Esse debate é muito importante e toca em pontos importantes que vão desde regulamentação da profissão até o papel do jornalista na sociedade.
Neste sentido, consideramos importante explicar os principais aspectos envolvendo essa decisão antiga, mas ainda em prática! Este texto explora o entendimento do STF, trata da profissão do jornalista e como ela funciona no mercado de trabalho!
Continue a leitura para saber mais!
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Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que diz a decisão do STF?
- Por que é inconstitucional a exigência do diploma do jornalista?
- Jornalista precisa de diploma?
- O que é necessário para exercer a profissão de jornalista?
- Como tirar registro de jornalista para quem não tem diploma?
- O Jornalismo sem diploma impacta a qualidade?
- Quais são os impactos para quem deseja atuar como jornalista?
- A liberdade de expressão e o exercício do jornalismo
- Responsabilidade civil e penal do jornalista
- Jornalista sem diploma e a questão trabalhista
- Como comprovar que sou jornalista?
- Um recado importante para você!
- Autor
O que diz a decisão do STF?
Em junho de 2009, o STF decidiu que a exigência do diploma para o exercício do jornalismo era inconstitucional, entendendo que tal exigência violava o princípio da liberdade de expressão.
Segundo o entendimento do Supremo, qualquer cidadão deve ter o direito de se expressar e, por consequência, de exercer atividades ligadas ao jornalismo, independentemente de uma formação acadêmica específica.
O relator do caso, o então ministro Gilmar Mendes, defendeu que o diploma obrigatório para jornalismo restringiria o direito à liberdade de comunicação.
Isso significa que, de acordo com a decisão, a profissão de jornalista não está limitada ao que é aprendido em cursos universitários, mas sim na prática e no exercício direto da atividade.
Mas o que levou a essa decisão? Vejamos melhor!
Por que é inconstitucional a exigência do diploma do jornalista?
A exigência do diploma para jornalistas foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) porque a exigência violaria o princípio da liberdade de expressão garantido pela Constituição Federal.
O STF entendeu que qualquer cidadão tem o direito de se expressar livremente, o que inclui o direito de exercer a atividade jornalística.
Assim, ao exigir um diploma, o Estado estaria limitando o acesso à informação e ao direito de comunicar, o que afrontaria a Constituição Federal.
Essa decisão também reconheceu que o jornalismo é uma atividade essencial para a democracia, e que sua prática não pode ser restrita a quem tem uma formação acadêmica específica!
A liberdade de expressão inclui a diversidade de vozes e pensamentos, sendo fundamental para a construção de uma sociedade plural e democrática.
Portanto, a restrição do exercício do jornalismo com base na formação acadêmica seria uma forma de limitar o acesso ao mercado de trabalho e a própria comunicação social.
Além disso, a Constituição protege o direito à informação, sem que o diploma seja um elemento indispensável para garantir a qualidade ou a ética no exercício da profissão.
O controle de qualidade do jornalismo deve ser feito por meio de outros mecanismos, como códigos de ética e responsabilização civil e criminal por eventuais abusos, mas não pela imposição de um diploma.
Vale destacar, nesse sentido, que muitos veículos de comunicação continuam exigindo o diploma como critério preferencial de contratação, o que reflete a importância da formação acadêmica, ainda que não seja obrigatória.
Jornalista precisa de diploma?
Como mencionamos, não é obrigatório ter diploma para ser jornalista no Brasil. Desde 2009, o Supremo Tribunal Federal decidiu que essa exigência era inconstitucional.
Desse modo, de acordo com o STF, qualquer pessoa pode exercer atividade jornalística, desde que respeite as leis e os códigos de ética da profissão. No entanto, muitas empresas de comunicação ainda preferem contratar profissionais formados em jornalismo.
Assim, isso não significa que o diploma perdeu completamente seu valor. Ele continua sendo um diferencial importante no mercado de trabalho, pois demonstra conhecimento técnico, preparo acadêmico e compromisso com a profissão.
Mesmo com a ausência de diploma, a prática jornalística exige responsabilidade e o respeito aos direitos das pessoas, como a honra e a privacidade, o que torna a ética e o conhecimento técnico ainda mais relevantes, independentemente da formação acadêmica.
Embora o diploma não seja exigido por lei, quem pretende seguir uma carreira de sucesso no jornalismo deve considerar que a qualificação acadêmica em jornalismo ainda é um fator de peso em muitas seleções de emprego.
O que é necessário para exercer a profissão de jornalista?
Para exercer a profissão de jornalista no Brasil, não é obrigatório ter diploma. O que realmente se exige é o compromisso com a ética e a responsabilidade ao lidar com a informação.
Embora a formação acadêmica não seja obrigatória, é essencial que o jornalista tenha habilidades em pesquisa, apuração de fatos e comunicação clara.
O jornalista também deve respeitar as leis que regulam a profissão, como o Código Penal e a legislação sobre direitos à privacidade e à honra. Além disso, é importante seguir os princípios do Código de Ética dos Jornalistas, que orienta a conduta profissional e protege o direito à informação precisa e imparcial.
Ainda que o diploma não seja necessário, ter uma formação específica em jornalismo é um grande diferencial no mercado de trabalho, pois as empresas costumam buscar profissionais com habilidades técnicas que garantem a qualidade da informação.
A prática do jornalismo exige um conhecimento profundo das técnicas de apuração, redação e análise crítica, além da capacidade de trabalhar em um ambiente dinâmico e muitas vezes sob pressão.
Outra questão fundamental é o registro profissional no Ministério do Trabalho e Emprego, que é facultativo, mas pode ser requerido por alguns empregadores para formalizar a contratação.
Independentemente de diploma ou registro, a atuação do jornalista exige uma postura ética e a responsabilidade de lidar com fatos que impactam diretamente a sociedade, garantindo sempre o direito do cidadão à informação verdadeira e confiável.
Portanto, mesmo sem a exigência de um diploma, o exercício da profissão de jornalista requer dedicação, conhecimento técnico e, sobretudo, um compromisso com a verdade e a ética.
Como tirar registro de jornalista para quem não tem diploma?
Para quem não tem diploma, é possível obter o registro de jornalista por meio de comprovação da experiência profissional.
O Ministério do Trabalho e Emprego permite o registro com base na prática contínua da profissão. Para isso, é necessário apresentar documentos que comprovem a atuação como jornalista, como contratos de trabalho, matérias assinadas, ou registros de atividades jornalísticas.
Além disso, é importante que o candidato tenha o reconhecimento do veículo de comunicação onde trabalhou. A documentação será avaliada para a concessão do registro.
Esse processo garante que jornalistas com experiência, mas sem formação acadêmica, possam obter formalmente o reconhecimento da profissão.
Ainda que o diploma não seja obrigatório, a comprovação de habilidades e a responsabilidade ética continuam sendo critérios essenciais para o exercício da profissão.
O Jornalismo sem diploma impacta a qualidade?
Esse ponto é bastante discutido. Alguns acreditam que a retirada da exigência do diploma pode impactar negativamente a qualidade da informação.
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), por exemplo, argumenta que o diploma assegura um preparo técnico e ético para que o jornalista desempenhe seu papel de maneira responsável.
Sem essa formação, haveria risco de proliferação de notícias imprecisas ou tendenciosas, o que poderia prejudicar o direito do cidadão à informação correta.
Do ponto de vista jurídico, porém, o STF entendeu que o controle da qualidade não deve vir da exigência de um diploma, mas de mecanismos como o Código de Ética dos Jornalistas e a própria responsabilidade civil e criminal por eventuais abusos, como a difamação e o uso irresponsável da informação.
Portanto, essa é uma questão sem resposta. Conforme ressaltamos ao longo do texto, apesar da ausência de diploma, o jornalista precisa ter um senso ético e legal em sua profissão.
Quais são os impactos para quem deseja atuar como jornalista?
Na prática, a decisão abriu espaço para que qualquer pessoa possa atuar na área de jornalismo, seja como repórter, redator, ou em outras funções.
No entanto, é importante observar que, mesmo sem a exigência do diploma, muitos veículos de comunicação e empresas ainda dão preferência a profissionais com formação superior em jornalismo, já que isso demonstra uma capacitação técnica e conhecimento específico da área.
Por outro lado, a decisão também permite que pessoas com formações diversas, como advogados, economistas ou médicos, possam atuar como jornalistas especializados em suas respectivas áreas de conhecimento, sem necessidade de uma formação em jornalismo.
Assim, a formação de jornalista acaba se tornando facultativa. Por sua vez, muitos estudantes e formados na área sentem-se incomodados com essa realidade do ramo.
A liberdade de expressão e o exercício do jornalismo
A base jurídica da decisão do STF está diretamente ligada ao artigo 5º da Constituição Federal de 1988, que garante a liberdade de expressão e a livre manifestação do pensamento.
Ao remover a exigência do diploma, o STF reforçou esse direito, permitindo que mais pessoas possam se engajar no jornalismo sem restrições formais.
Além disso, o artigo 220 da Constituição também protege a liberdade de imprensa, destacando que:
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Dessa forma, a atuação de jornalistas sem diploma não pode ser impedida, e qualquer tentativa de reintroduzir essa exigência seria considerada uma violação dos direitos constitucionais.
Responsabilidade civil e penal do jornalista
Ainda que não seja necessário diploma para ser jornalista, isso não significa que o profissional esteja isento de responsabilidade por suas ações.
O jornalista responde legalmente pelo conteúdo que publica, seja em casos de calúnia, difamação ou injúria, previstos no Código Penal.
Caso o jornalista, com ou sem diploma, publique informações falsas ou que prejudiquem a honra e a dignidade de terceiros, ele pode ser processado por danos morais e materiais, devendo reparar o prejuízo causado.
Desse modo, o profissional jornalista também está suscetível a responder civilmente e criminalmente por qualquer dano causado a outrem.
Jornalista sem diploma e a questão trabalhista
Na área trabalhista, a ausência de diploma também não impede o registro profissional do jornalista.
Com a decisão do STF, o registro no Ministério do Trabalho e Emprego não requer mais a apresentação de um diploma de jornalismo, mas a atuação do profissional ainda deve respeitar as normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Em especial, no que diz respeito a contratos de trabalho, carga horária, remuneração e direitos como férias e 13º salário.
Isso também significa que o jornalista, ainda que sem diploma, tem os mesmos direitos trabalhistas que qualquer outro profissional, podendo ser contratado formalmente por empresas de comunicação.
Portanto, fique atento aos seus direitos trabalhistas! Mesmo sem diploma, a CLT protege você como empregado.
Como comprovar que sou jornalista?
Para comprovar que você é jornalista, é necessário apresentar evidências claras da sua atuação na área.
Isso pode ser feito por meio de documentos como matérias assinadas, reportagens publicadas, contratos de trabalho com veículos de comunicação, ou registros de serviços prestados como freelancer.
Além disso, cartas de recomendação de empregadores ou editores também são aceitas. Outra forma de comprovação é apresentar registros de participação em eventos, congressos ou entrevistas em que você tenha atuado como jornalista.
Essa documentação serve para demonstrar sua prática contínua na profissão, mesmo sem um diploma. O reconhecimento por meio de matérias publicadas e o vínculo com veículos de comunicação são as formas mais comuns de comprovar a atuação jornalística.
É importante manter esses registros organizados para que você possa apresentá-los caso necessário, seja para obtenção de registro profissional ou para garantir oportunidades de trabalho em novas empresas.
Por fim, o Código de Ética dos Jornalistas e o reconhecimento formal por veículos de mídia consolidam ainda mais sua identidade como profissional da área, garantindo o respeito e a credibilidade no mercado.
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