Laudo médico para auxílio-doença: o que deve conter?
Você sabe o que deve constar no laudo médico para auxílio-doença para que o INSS aprove o seu pedido? Um erro pode ser o suficiente para a negativa!
Se você está enfrentando um problema de saúde que te impede de trabalhar e precisa pedir o auxílio-doença ao INSS, tem uma coisa que você não pode esquecer de jeito nenhum: o laudo médico.
Sem esse documento, não adianta levar exame, receita, atestado solto… porque o que o INSS realmente vai analisar, no fim das contas, é o que está escrito nesse laudo.
O laudo médico para auxílio-doença é um documento essencial para comprovar a incapacidade temporária ou permanente de um trabalhador.
Ele é parte fundamental do processo de solicitação do benefício junto ao INSS, sendo imprescindível que contenha detalhes específicos sobre a condição de saúde do paciente. Por isso, é importante saber quais informações o laudo precisa ter.
Para conhecer isso e muito mais sobre o laudo, basta continuar com a gente neste artigo.
Aqui, eu vou te explicar direitinho o que é esse laudo, por que ele é tão importante, como conseguir, o que ele precisa ter, quanto tempo vale e o que fazer se seu benefício for negado, tudo de forma simples, completa e prática, como você merece.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é o laudo médico para auxílio-doença?
- Por que preciso de um laudo médico para auxílio-doença?
- Qual laudo médico o INSS aceita para solicitar o auxílio-doença?
- O que é necessário constar no laudo médico para auxílio-doença?
- Como conseguir um laudo médico para levar no INSS?
- Qual a validade do laudo médico para auxílio-doença?
- Como agendar a perícia médica no INSS?
- O que fazer se a perícia médica do INSS negar o benefício?
- Um recado final para você!
- Autor
O que é o laudo médico para auxílio-doença?
O laudo médico para auxílio-doença é um documento técnico, elaborado por um profissional da saúde, que serve como comprovação formal da incapacidade temporária do trabalhador para exercer suas funções.
Esse laudo é a principal base de análise que o INSS utiliza para decidir se o benefício por incapacidade temporária (o antigo auxílio-doença) será concedido ou não.
O documento não é apenas um atestado simples, mas sim um relato detalhado da situação clínica do segurado, fundamentado em diagnósticos, histórico de tratamento e impacto funcional no desempenho das atividades laborais.
Sem esse laudo, o INSS não consegue atestar a veracidade da condição alegada pelo trabalhador. Por isso, ele é essencial tanto na perícia presencial quanto no modelo por análise documental (Atestmed).
A clareza, a objetividade e a consistência do conteúdo do laudo são fatores que influenciam diretamente na decisão da concessão ou negativa do benefício.
Por que preciso de um laudo médico para auxílio-doença?
Você precisa apresentar um laudo médico ao solicitar o auxílio-doença porque ele é o documento que comprova a existência de uma incapacidade temporária real e atual para o trabalho.
O INSS não concede o benefício apenas com base em alegações pessoais ou sintomas relatados verbalmente — é preciso apresentar evidências clínicas sólidas, e o laudo médico cumpre exatamente esse papel.
Esse documento informa ao perito do INSS não só qual é a doença que está acometendo o segurado, mas também como essa condição compromete o exercício da atividade profissional habitual.
Além disso, ele detalha o tempo estimado de recuperação, o histórico clínico e os exames realizados, permitindo uma avaliação objetiva.
Quando o laudo é feito de maneira superficial ou omite informações importantes, o INSS tende a indeferir o pedido, mesmo que a incapacidade realmente exista.
Portanto, quanto mais bem elaborado for o laudo, maiores são as chances de o INSS entender que você realmente precisa se afastar e receber o benefício.
Qual laudo médico o INSS aceita para solicitar o auxílio-doença?
O laudo médico aceito pelo INSS deve ser elaborado por um médico com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), independentemente de o atendimento ter ocorrido na rede pública (SUS) ou particular.
O que realmente importa para o INSS é que o laudo contenha todos os elementos essenciais para comprovar a incapacidade temporária do segurado para o trabalho.
O INSS aceita laudos de clínicas, hospitais, consultórios e até unidades básicas de saúde, desde que o documento traga informações completas e seja legível, atual e bem fundamentado.
Não basta ter apenas um diagnóstico e uma assinatura — é necessário descrever de forma objetiva o impacto funcional da doença ou lesão, o que foi feito como tratamento, e por quanto tempo se estima que o trabalhador deverá ficar afastado.
Além disso, deve conter o CID (Classificação Internacional de Doenças) e a assinatura e carimbo do médico responsável.
A ausência dessas informações pode levar à rejeição do laudo, o que pode atrasar ou até impedir a concessão do benefício. Por isso, orientar o médico a seguir esses critérios é uma atitude simples que pode fazer toda a diferença.
O que é necessário constar no laudo médico para auxílio-doença?
Para que o laudo médico seja aceito pelo INSS e realmente ajude na concessão do auxílio-doença, ele precisa conter informações claras, técnicas e completas, que comprovem de forma objetiva a incapacidade para o trabalho.
Em outras palavras, o documento precisa oferecer elementos concretos que justifiquem o afastamento do segurado de suas atividades profissionais.
De maneira simplificada, o laudo médico precisa incluir:
- Nome completo do paciente (você).
- Data de emissão (de preferência dentro dos últimos 30 dias).
- Diagnóstico completo, com o código CID correspondente.
- Descrição da incapacidade: como a doença ou condição impacta no trabalho.
- Histórico do tratamento, se já houve uso de medicamentos, fisioterapia, cirurgia, etc.
- Tempo previsto de afastamento, com base na evolução clínica.
- Assinatura, carimbo e CRM do médico que emitiu o documento.
Também é recomendável incluir exames recentes e resultados de procedimentos que demonstrem a evolução ou gravidade da doença.
Um laudo que apresenta todos esses elementos aumenta muito as chances de aprovação do benefício, porque fornece ao perito do INSS uma base técnica sólida para tomar a decisão.
Por isso, não basta apenas “ter um laudo”, é necessário que ele seja bem elaborado, preciso e atual.
Como conseguir um laudo médico para levar no INSS?
Para conseguir um laudo médico que será levado ao INSS, você precisa primeiro procurar atendimento com um médico que possa avaliar sua condição clínica e emitir o documento.
Esse atendimento pode ser feito tanto no SUS quanto em clínicas e consultórios particulares. O mais importante é que o médico conheça seu caso ou tenha acesso aos exames que comprovem sua situação de saúde.
Durante a consulta, explique com clareza os sintomas que você sente, há quanto tempo eles começaram, se já tentou tratamento, e como sua condição tem atrapalhado sua rotina de trabalho.
Quanto mais completo for o relato ao médico, mais informações ele poderá incluir no laudo, tornando-o mais robusto e útil na hora da análise pelo INSS.
Depois de emitido o laudo, verifique se ele contém todas as informações exigidas: dados do paciente, CID, descrição da incapacidade, assinatura, carimbo e CRM do médico.
Também é interessante anexar exames complementares, receitas e outros relatórios, para reforçar a documentação.
Se você tiver dúvidas sobre o conteúdo ou formato do laudo, consultar um advogado especializado pode evitar erros que levariam à negativa do benefício.
Qual a validade do laudo médico para auxílio-doença?
Embora a legislação previdenciária não determine um prazo fixo de validade para o laudo médico, na prática, o INSS segue critérios objetivos quanto à atualidade do documento, já que ele precisa refletir o estado clínico atual do segurado.
Para os casos de solicitação presencial com perícia médica, recomenda-se que o laudo tenha sido emitido nos últimos 30 dias anteriores à data da perícia.
Já para as solicitações feitas por análise documental (Atestmed), o INSS costuma aceitar laudos com até 90 dias de emissão, contados a partir do requerimento.
Caso o laudo esteja muito desatualizado, o INSS pode entender que sua condição de saúde mudou ou que não é possível confirmar a incapacidade no momento atual, o que geralmente resulta em indeferimento.
Portanto, se já se passaram muitas semanas desde a emissão, o ideal é procurar uma nova consulta para atualizar o documento e evitar contratempos no processo.
Como agendar a perícia médica no INSS?
Para agendar a perícia médica no INSS, você pode usar três canais: o site Meu INSS, o aplicativo Meu INSS ou o telefone 135. O procedimento é simples e pode ser feito sem sair de casa.
Ao acessar o Meu INSS, basta fazer login com seu CPF e senha do gov.br, clicar em “Agendar Perícia”, escolher entre “Inicial” ou “Prorrogação”, atualizar os dados e selecionar a agência mais próxima. Depois, você escolhe a data e horário disponíveis, confirma e salva o comprovante.
No dia da perícia, você precisa levar os seguintes documentos: RG ou outro documento com foto, CPF, laudo médico atualizado com todos os dados exigidos, exames e atestados complementares, carteira de trabalho ou comprovante de vínculo e comprovante de residência atualizado.
Ter todos os documentos organizados e completos é essencial para que a perícia ocorra sem transtornos.
Se preferir, também é possível agendar o atendimento pelo telefone 135, de segunda a sábado, das 7h às 22h. Durante a ligação, informe seus dados e siga as instruções do atendente.
Em alguns casos, também é possível comparecer presencialmente a uma agência do INSS, mas o atendimento online costuma ser mais prático.
O que fazer se a perícia médica do INSS negar o benefício?
Se a perícia médica do INSS negar seu pedido de auxílio-doença, você ainda tem três caminhos possíveis para tentar reverter a decisão.
O primeiro é o Pedido de Reconsideração, que deve ser feito em até 30 dias a partir da data da negativa. Esse pedido permite que você agende uma nova perícia, apresentando um laudo mais completo e atualizado, com exames recentes ou até uma nova avaliação médica.
Se o pedido de reconsideração também for negado ou se você preferir, pode apresentar um Recurso Administrativo, que será analisado por uma Junta de Recursos da Previdência Social.
Esse recurso também deve ser feito pelo portal Meu INSS e permite que você anexe novos documentos, explique o motivo do recurso e acompanhe o andamento online.
Caso a negativa persista, ainda é possível entrar com uma ação judicial, especialmente se houver laudos e exames que reforcem sua incapacidade.
Nessa etapa, o juiz poderá determinar uma nova perícia médica judicial, feita por um profissional independente, e se o laudo for favorável, o INSS será obrigado a pagar o benefício — com valores retroativos ao pedido inicial.
É importante lembrar que, em qualquer uma dessas etapas, o apoio de um advogado especializado pode aumentar muito suas chances de sucesso. Um profissional experiente vai saber montar a argumentação correta, garantir que o laudo contenha tudo o que o INSS exige e acompanhar seu caso até o fim.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema “laudo médico para auxílio-doença” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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