Os 8 erros mais comuns no divórcio!
Vai se divorciar? Evite os erros mais comuns no divórcio que podem custar caro no futuro
O divórcio é o procedimento legal que põe fim ao casamento civil, regulando questões como partilha de bens, guarda dos filhos, pensão alimentÃcia e vÃnculos patrimoniais.
Embora possa ser consensual ou litigioso, essa etapa costuma envolver incertezas, inseguranças e decisões difÃceis.
Nesses momentos, é comum que erros sejam cometidos, por pressa, falta de orientação ou até desconhecimento da lei.
Pensando nisso, reunimos neste artigo os 8 erros mais comuns no divórcio, explicando de forma clara como cada um deles pode comprometer seus direitos e quais cuidados adotar desde o inÃcio.
Sabemos que questões jurÃdicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- Quais são os erros mais comuns no divórcio?
- 1. Procrastinar o divórcio
- 2. Tentar resolver o divórcio sem advogado
- 3. Não documentar os bens e finanças
- 4. Desconhecer os direitos e deveres no divórcio
- 5. Ignorar as questões dos filhos no divórcio
- 6. Ausência de diálogo entre as partes
- 7. Não considerar os tipos de regime de bens
- 8. Mentir ou omitir informações no divórcio
- Um recado final para você!
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Quais são os erros mais comuns no divórcio?
O divórcio é o meio legal de encerrar formalmente um casamento, seja no aspecto civil ou patrimonial.
Ele está previsto no artigo 226, §6º da Constituição Federal, que garante que o casamento pode ser dissolvido sem a exigência de separação prévia.
Também é regulamentado pelo Código Civil, especialmente nos artigos que tratam do regime de bens, alimentos e direitos dos filhos.
Há duas formas principais de divórcio: o consensual, quando há acordo entre as partes, e o litigioso, quando há conflitos sobre os termos da separação.
Ambos os caminhos exigem atenção a diversos aspectos legais e práticos, e é nesse processo que muitas pessoas acabam cometendo erros que comprometem direitos importantes.
Entre os equÃvocos mais recorrentes no divórcio estão desde adiar o processo até decisões mal orientadas sobre filhos, bens ou pensão.
A seguir, você confere os 8 erros mais comuns no divórcio, com explicações claras e diretas para cada um.
1. Procrastinar o divórcio
Adiar o divórcio é um erro que pode trazer consequências sérias, especialmente quando já existe uma ruptura de fato na convivência.
Quando o casal mantém o casamento apenas formalmente, sem convivência ou afeto, isso pode gerar insegurança patrimonial, afetiva e até jurÃdica.
Ao postergar o divórcio, corre-se o risco de surgirem dÃvidas, compras de bens ou obrigações que poderão impactar o outro cônjuge por ainda existir um vÃnculo jurÃdico.
A depender do regime de bens, como a comunhão parcial, novos bens adquiridos durante esse perÃodo podem ser considerados do casal.
Além disso, essa demora costuma gerar sofrimento emocional prolongado, dificultando recomeços e afetando filhos.
Por isso, a urgência em formalizar a separação legal é essencial, tanto para resguardar direitos quanto para promover equilÃbrio emocional e jurÃdico.
2. Tentar resolver o divórcio sem advogado
Buscar uma solução por conta própria ou com orientações informais pode parecer uma alternativa simples, mas é um erro que pode custar caro.
Mesmo no divórcio consensual, a legislação exige a participação de um advogado, conforme determina o artigo 733 do Código de Processo Civil.
Essa exigência visa garantir que todos os direitos das partes estejam protegidos, inclusive os dos filhos menores, se houver.
Além disso, o advogado vai orientar sobre temas como pensão alimentÃcia, guarda dos filhos, visitação, partilha de bens, impostos e procedimentos cartorários ou judiciais.
Sem essa orientação, é comum que acordos sejam firmados sem clareza, gerando conflitos no futuro.
A presença de um advogado também evita cláusulas abusivas e garante que a documentação esteja correta e completa.
Em casos litigiosos, o profissional atua diretamente na defesa de interesses, apresentando provas, formulando pedidos e acompanhando o processo até o desfecho final.
3. Não documentar os bens e finanças
A ausência de documentação patrimonial é um dos principais fatores de conflito na partilha de bens.
Ao não reunir comprovantes de aquisição de imóveis, veÃculos, contas bancárias, aplicações financeiras, rendimentos e dÃvidas, uma das partes pode ficar em desvantagem na divisão.
Em casos de comunhão parcial de bens, por exemplo, todos os bens adquiridos após o casamento devem ser divididos, salvo exceções previstas em lei (como heranças).
Porém, para comprovar que determinado bem foi adquirido antes do casamento, é necessário apresentar escrituras, notas fiscais, contratos ou registros.
Também é importante documentar dÃvidas ativas, pois elas podem ser consideradas no momento da partilha, especialmente se foram feitas em benefÃcio da famÃlia.
Ignorar essa etapa pode gerar desigualdade patrimonial e disputas judiciais prolongadas.
A recomendação é reunir todos os documentos antes de formalizar o divórcio e armazená-los com segurança, pois o acesso posterior pode ser dificultado.
4. Desconhecer os direitos e deveres no divórcio
Muitos não sabem exatamente o que podem ou não exigir no processo de divórcio, o que leva a acordos prejudiciais ou omissões graves.
Os principais pontos que envolvem direitos e deveres no divórcio incluem:
- Pensão alimentÃcia: pode ser devida ao ex-cônjuge em casos especÃficos.
- Guarda dos filhos e convivência: deve ser definida com base no melhor interesse da criança .
- Partilha de bens: varia conforme o regime adotado no casamento.
- Impostos e obrigações financeiras: como ITBI, custas processuais e escritura pública, que também devem ser considerados.
Ao desconhecer essas questões, a pessoa pode renunciar a direitos sem perceber ou ser responsabilizada por obrigações que não lhe cabem.
A informação jurÃdica adequada é o caminho para preservar interesses e garantir um divórcio justo.
5. Ignorar as questões dos filhos no divórcio
Deixar os filhos em segundo plano é um erro que pode trazer consequências emocionais e jurÃdicas.
Ao se divorciarem, os pais precisam decidir não apenas quem ficará com a guarda, mas também a forma de convivência, o valor da pensão alimentÃcia e os cuidados com educação, saúde e rotina.
A guarda pode ser compartilhada ou unilateral, e a decisão deve priorizar o que for melhor para a criança.
Já a pensão é fixada com base nas necessidades do filho e na possibilidade de quem paga, segundo o binômio legal.
Ignorar ou negligenciar essas definições pode levar a disputas judiciais, sofrimento para os filhos e até risco de descumprimento legal.
É fundamental prever essas cláusulas com cuidado e garantir que o acordo reflita equilÃbrio e responsabilidade.
6. Ausência de diálogo entre as partes
Falta de comunicação durante o processo de divórcio contribui para o aumento dos conflitos e dificulta a construção de soluções consensuais.
Mesmo quando o relacionamento está desgastado, manter um diálogo objetivo e respeitoso pode evitar o litÃgio e encurtar o tempo de tramitação.
O Código de Processo Civil incentiva o uso da mediação e conciliação, especialmente nos casos de Direito de FamÃlia.
Essas formas de solução extrajudicial facilitam acordos, reduzem custos e evitam exposição emocional.
Quando não há espaço para diálogo direto, é possÃvel recorrer a profissionais capacitados ou ao próprio advogado para intermediar a comunicação.
O importante é entender que o litÃgio acirrado tende a desgastar ainda mais as partes envolvidas, e isso reflete diretamente nos filhos, no emocional e no custo do processo.
7. Não considerar os tipos de regime de bens
O regime de bens determina como o patrimônio do casal será dividido em caso de divórcio.
Muita gente não sabe qual foi o regime adotado ou desconhece como ele impacta a partilha.
Os regimes mais comuns no Brasil são:
- Comunhão parcial de bens (regra padrão): divide os bens adquiridos após o casamento.
- Comunhão universal de bens: todos os bens, adquiridos antes ou durante o casamento, são comuns.
- Separação total de bens: cada um mantém seu patrimônio individual.
- Participação final nos aquestos: mistura caracterÃsticas dos outros regimes e exige pacto antenupcial.
O Código Civil trata dessas regras nos artigos 1.639 a 1.688. Não considerar o regime pode resultar em partilhas injustas ou contestadas, principalmente se uma das partes não tiver conhecimento do que lhe é de direito.
Conhecer o regime de bens é um passo essencial antes de discutir a divisão patrimonial no divórcio.
A consulta a um advogado é indispensável nesse ponto, pois a aplicação da lei depende das particularidades do caso.
8. Mentir ou omitir informações no divórcio
A tentativa de esconder bens, omitir rendimentos ou manipular informações é mais comum do que parece, e representa um erro grave.
Além de configurar fraude ou litigância de má-fé, esse tipo de conduta pode levar à anulação de acordos, sanções processuais e até responsabilidade criminal, dependendo do caso.
O Código de Processo Civil prevê punições para quem age com má-fé, como multa e responsabilização por perdas e danos.
No campo patrimonial, a ocultação de bens pode ser desfeita judicialmente, inclusive com pedidos de bloqueio de ativos e reversão de transferências fraudulentas.
No aspecto emocional, essa postura compromete a confiança e inviabiliza qualquer tentativa de conciliação.
A honestidade e a transparência são indispensáveis para um processo de divórcio mais seguro e eficiente, tanto para o casal quanto para os filhos.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise especÃfica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. Clique aqui!
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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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