Erros comuns na gestão do home office
O home office trouxe praticidade, mas também muitos desafios. Conheça os erros mais comuns nessa forma de trabalho e saiba como evitá-los.
O home office deixou de ser apenas uma solução temporária e se transformou em uma prática comum em diversas empresas brasileiras.
Esse modelo traz vantagens, mas também exige cuidados na gestão de equipes e na conformidade jurídica.
Erros aparentemente simples podem comprometer a produtividade, gerar conflitos internos e até criar riscos trabalhistas.
Este artigo foi elaborado para esclarecer quais são os erros mais comuns na gestão do home office e como evitá-los, sempre à luz da legislação brasileira.
Se você atua nesse modelo ou pretende adotá-lo, aqui encontrará informações confiáveis para entender melhor seus direitos, deveres e precauções necessárias.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que diz a lei sobre trabalho home office?
- Quais são os erros mais comuns no home office?
- Falta de comunicação no home office
- Não definir metas claras para o funcionário
- Ignorar a saúde e bem-estar no home office
- Controle excessivo do home office
- Não fornecer ferramentas para o home office
- Como melhorar a gestão do home office e evitar problemas?
- Um recado final para você!
- Autor
O que diz a lei sobre trabalho home office?
A CLT, nos artigos 75-A a 75-E, regulamenta o teletrabalho. A lei define que o serviço é remoto quando ocorre fora da empresa, com uso de tecnologia de informação.
Esse regime deve estar previsto em contrato ou aditivo, conforme o art. 75-C da CLT.
A Lei nº 14.442/2022 atualizou pontos importantes, como a possibilidade de alternância entre presencial e remoto, desde que acordada entre as partes.
Outro ponto central é a negociação de custos. Internet, energia e equipamentos podem ser pagos pela empresa ou pelo empregado, mas isso deve estar registrado em contrato.
A ausência de cláusulas claras costuma gerar litígios.
A regra geral é que o teletrabalhador tem os mesmos direitos trabalhistas de quem atua presencialmente.
Porém, o empregador deve respeitar limites de jornada e o direito de desconexão, evitando cobranças fora do horário.
Quais são os erros mais comuns no home office?
Os erros mais comuns no home office envolvem falhas de comunicação, ausência de metas, descuido com saúde e bem-estar, controle excessivo e falta de ferramentas adequadas.
Esses pontos, se negligenciados, afetam diretamente a produtividade e podem gerar passivos trabalhistas.
Nos próximos tópicos você irá entender em detalhes cada um desses pontos:
Falta de comunicação no home office
A falta de comunicação no home office acontece quando não há canais definidos ou retorno adequado sobre tarefas. Isso gera insegurança, atrasos e retrabalho.
O problema aparece em mensagens desencontradas, ausência de feedback e falta de transparência nas informações. Sem registros claros, até mesmo disputas jurídicas podem surgir.
Para evitar, a empresa deve padronizar canais, programar reuniões de alinhamento e registrar decisões em sistemas acessíveis. A comunicação estruturada dá segurança a todos.
Não definir metas claras para o funcionário
Não definir metas claras no home office deixa o colaborador sem direção. Sem critérios, entregas saem desalinhadas e avaliações tornam-se subjetivas.
Metas vagas podem ser interpretadas como cobrança abusiva, gerando risco de ações trabalhistas.
O ideal é usar metas SMART (específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e com prazo).
Dividir grandes projetos em etapas e revisar objetivos periodicamente ajuda a manter clareza e reduzir conflitos.
Ignorar a saúde e bem-estar no home office
Ignorar a saúde e o bem-estar no home office aumenta o risco de burnout e doenças ocupacionais.
A falta de pausas, a cobrança fora do horário e a ergonomia inadequada são fatores comuns.
A legislação impõe ao empregador o dever de preservar a saúde e segurança do trabalhador, inclusive em regime remoto.
A NR 17, que trata da ergonomia, também se aplica ao teletrabalho.
Boas práticas incluem definir horários claros, incentivar pausas e orientar sobre ergonomia. Pesquisas internas ajudam a identificar sinais de sobrecarga.
Controle excessivo do home office
O controle excessivo do home office ocorre quando o gestor monitora cada detalhe, exigindo relatórios constantes ou usando ferramentas invasivas.
Essa prática mina a confiança e gera insegurança.
Do ponto de vista legal, a CLT prevê que o teletrabalhador não está sujeito ao controle de jornada, salvo previsão contratual.
Se houver monitoramento disfarçado, pode surgir obrigação de pagar horas extras.
A forma mais segura é avaliar resultados em vez de tempo online. Estabelecer indicadores de desempenho evita microgerenciamento e reduz riscos.
Não fornecer ferramentas para o home office
Não fornecer ferramentas adequadas no home office compromete a execução das tarefas.
Equipamentos precários e falta de softwares de colaboração aumentam falhas e atrasos.
Quando o empregado usa recursos próprios, pode pleitear reembolso. A CLT permite que esse ponto seja definido em contrato.
Sem previsão, a empresa fica vulnerável a cobranças judiciais.
O ideal é fornecer equipamentos, padronizar softwares e oferecer suporte técnico. Isso melhora a produtividade e reduz disputas sobre custos.
Como melhorar a gestão do home office e evitar problemas?
Melhorar a gestão do home office exige planejamento e respeito às normas legais. Alguns passos são essenciais:
→ Formalizar o regime em contrato ou aditivo, incluindo despesas e jornada.
→ Definir canais de comunicação e metas objetivas.
→ Focar em resultados, não em controle excessivo.
→ Adotar políticas de bem-estar e respeitar o direito à desconexão.
→ Garantir ferramentas tecnológicas adequadas.
Pontos de atenção no home office
A ausência dessas medidas pode gerar passivos trabalhistas e perda de produtividade. Cada contrato sem cláusula específica representa um risco.
Buscar orientação jurídica com rapidez garante segurança e evita problemas futuros.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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