O direito ao BPC que Maria não sabia que tinha

Maria sempre viveu em condições simples e acreditava que não tinha nenhum direito garantido pelo INSS. Só mais tarde descobriu que poderia ter acesso ao BPC, um benefício que mudaria sua vida.

Imagem representando direito ao BPC.

Direito ao BPC e não sabe?

Maria sempre viveu de forma simples. Morava em uma casa pequena, no interior, e sua rotina era marcada por limitações físicas que ela já havia aprendido a ignorar.

Desde jovem, convivia com uma deficiência nas pernas que a impedia de caminhar longas distâncias. Mesmo assim, nunca deixou de trabalhar informalmente, cuidar da casa e ajudar os vizinhos.

Achava que, por não ter “carteira assinada” ou contribuições ao INSS, não teria direito a nenhum benefício. Durante anos, viveu acreditando que “direito era coisa de quem trabalhava registrado”.

Mas a história de Maria — inspirada em casos reais atendidos pela equipe jurídica — mostra como a informação e a orientação correta podem transformar vidas.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

Como a história de Maria revela o direito ao BPC?

A mudança começou quando Maria ouviu, em uma conversa no posto de saúde, sobre o BPC LOAS — o Benefício de Prestação Continuada, previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (Lei nº 8.742/93).

Intrigada, ela procurou ajuda. Foi assim que chegou até o nosso escritório, sem imaginar que se encaixava perfeitamente nos critérios do benefício.

Durante o atendimento, nossa equipe explicou que o BPC é um direito garantido a pessoas com deficiência ou com mais de 65 anos em situação de vulnerabilidade social, mesmo que nunca tenham contribuído para o INSS.

A deficiência nas pernas limitava as atividades de Maria e a renda familiar era mínima. Ou seja, havia base sólida para o pedido. No caso dela, a deficiência física era visível, mas nunca havia sido formalmente reconhecida.

Foi nesse momento que percebeu algo importante: não bastava apenas “precisar”; era preciso comprovar a deficiência e a renda familiar limitada.

A história de Maria mostra que muitos brasileiros ainda desconhecem que o BPC não exige contribuições ao INSS. Ele é um direito assistencial, voltado a garantir dignidade a quem sempre viveu à margem do sistema.

E, muitas vezes, esse direito só é descoberto quando alguém — um vizinho, um profissional ou um advogado — estende a mão e mostra o caminho.

Quais requisitos Maria precisou cumprir para ter o BPC?

Com orientação da equipe jurídica, Maria iniciou o processo para solicitar o benefício.

O primeiro passo foi atualizar o Cadastro Único (CadÚnico) no CRAS — documento essencial para demonstrar a renda familiar.

Depois, organizamos os laudos médicos e exames que comprovavam sua deficiência de longa duração.

Também reunimos documentos da renda familiar, mostrando que a soma por pessoa era inferior a ¼ do salário mínimo, como exige a legislação.

Mesmo com tudo certo, o INSS negou o pedido na primeira tentativa, alegando falta de comprovação suficiente da limitação física.

Isso é mais comum do que parece: muitos benefícios são indeferidos por falhas de documentação ou interpretação restritiva das regras.

Com o recurso preparado pelo escritório, apresentamos novos laudos, demonstramos os gastos contínuos com remédios e reforçamos o entendimento do STJ, que admite a análise mais ampla do critério de renda quando há despesas elevadas com saúde.

Pouco tempo depois, o benefício foi concedido com valores retroativos, garantindo a Maria uma renda mensal e o alívio de anos de insegurança.

Como a ajuda jurídica foi essencial para garantir o BPC de Maria?

O caso fictício de Maria ilustra uma realidade que vemos todos os dias: pessoas com direito ao BPC, mas que não sabem por onde começar.

A presença de um advogado especializado em Direito Previdenciário foi essencial para transformar a história dela.

Além de orientar sobre a documentação correta, o profissional acompanhou o processo, elaborou o recurso e garantiu que a perícia médica fosse feita de forma adequada, respeitando os limites físicos de Maria.

Sem o acompanhamento técnico, Maria talvez nunca tivesse conseguido comprovar sozinha o que a lei já garantia em silêncio e o pedido teria sido arquivado e o direito esquecido.

Com o suporte jurídico, o benefício foi reconhecido, provando que conhecimento e estratégia jurídica podem abrir portas que muitos acreditam estar fechadas.

O que a experiência de Maria ensina para quem busca o BPC LOAS?

A trajetória de Maria — ficcional, mas baseada em situações reais atendidas por nosso escritório — representa a de milhares de brasileiros.

Pessoas simples, com deficiência ou doenças crônicas, que vivem sem renda e sem informação sobre seus direitos.

Mas o BPC LOAS existe justamente para garantir o mínimo de dignidade a quem não consegue trabalhar e vive em vulnerabilidade social. É uma forma de garantir dignidade, segurança e autonomia.

O caso de Maria mostra que conhecer o direito é o primeiro passo para conquistá-lo, e que a orientação jurídica pode transformar a vida de quem há anos vive sem esperança.

Hoje, Maria não apenas recebe o benefício: ela orienta outras pessoas em sua comunidade, explicando que o INSS pode, sim, ajudar quem mais precisa.

O BPC não é um favor, é um direito previsto em lei. E cada vez que uma Maria descobre isso, o Brasil se torna um pouco mais justo.

Um recado final para você!

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

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Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Saiba como garantir o melhor apoio para suas decisões.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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