O que é ação de consignação em pagamento?

O que é consignação em pagamento? Veja como essa ação pode impedir cobranças indevidas e garantir que sua dívida seja considerada quitada.

imagem representando ação de consignação em pagamento

O que é a ação de consignação em pagamento?

Quando você tenta pagar uma dívida, mas o credor cria obstáculos, some ou simplesmente não aceita receber, a sensação é de injustiça.

Afinal, você quer cumprir sua obrigação, mas fatores externos impedem o pagamento. É justamente para esses casos que existe a ação de consignação em pagamento.

Esse instrumento permite que você deposite o valor devido em juízo, garantindo a quitação mesmo sem a colaboração do credor.

Dessa forma, você evita ser penalizado com juros, cobranças indevidas e até ações judiciais injustas.

Ao longo deste conteúdo, você verá como a consignação funciona, quando utilizar e por que esse mecanismo é uma proteção essencial para quem age com boa-fé.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

O que é a consignação em pagamento?

A consignação em pagamento é uma forma especial de quitar uma dívida quando o pagamento direto não é possível.

A lei permite que você deposite a quantia ou a coisa devida em juízo, garantindo a extinção da obrigação mesmo diante da recusa ou ausência do credor.

Isso significa que você não fica preso a uma dívida por motivos que não são sua culpa.

Esse depósito tem o mesmo efeito jurídico do pagamento feito diretamente ao credor, desde que seja realizado no valor correto e nas condições previstas no contrato.

A ideia é evitar que o devedor seja prejudicado por recusa injusta, desaparecimento do credor, incapacidade, litígio sobre quem deve receber ou qualquer situação que torne o pagamento inseguro.

Por isso, a consignação protege você em cenários de incerteza e assegura que sua boa-fé seja reconhecida, impedindo que a dívida gere juros e problemas futuros.

Como funciona a consignação em pagamento?

A consignação pode acontecer em duas modalidades: extrajudicial e judicial. Na extrajudicial, válida apenas para dívidas em dinheiro, você deposita o valor em um banco oficial e notifica o credor.

Se ele não retirar o valor em dez dias, você tem até um mês para entrar com a ação, caso contrário o depósito perde a validade.

Esse passo-a-passo, frequentemente ignorado, é essencial para que o pagamento seja reconhecido.

Já na consignação judicial, você ingressa com uma ação explicando por que não conseguiu pagar diretamente.

O juiz analisa o pedido, autoriza o depósito e você tem geralmente até cinco dias para realizá-lo.

imagem explicando funcionamento de consignação em pagamento

Como funciona a consignação em pagamento?

Esse depósito precisa ser exato e cumprir todas as condições do contrato, do contrário a obrigação não é considerada quitada.

Assim, o processo é simples, mas exige atenção. Um depósito feito fora das regras pode ser rejeitado e acabar mantendo a dívida ativa, por isso organização documental e precisão são fundamentais.

Quem pode utilizar a consignação em pagamento?

A consignação pode ser utilizada pelo devedor, pelo terceiro interessado (como um fiador) ou até por um terceiro não interessado que pague em nome do devedor.

A lei permite que diferentes pessoas atuem para impedir que uma obrigação gere prejuízos injustos.

Quanto mais vínculos existirem com a dívida, maior a possibilidade de outros assumirem o pagamento para evitar encargos.

Nos casos de fiadores e coobrigados, a consignação costuma ser uma forma de impedir que juros e multas aumentem o valor devido.

Quando o devedor não paga ou se torna inacessível, o fiador pode consignar para proteger seu próprio patrimônio.

É uma forma de evitar ser surpreendido por cobranças maiores quando a dívida já poderia ter sido quitada.

Já o terceiro não interessado age sem obrigação jurídica própria, mas mesmo assim a lei permite a consignação.

Nesses casos, ele assume o risco de que o devedor nem sempre o reembolsará, mas o objetivo continua sendo impedir a continuidade da mora.

A ação de consignação em pagamento impede cobrança?

Sim. Quando o depósito é feito corretamente, a ação impede novas cobranças e extingue a obrigação.

O juiz analisa se o valor consignado corresponde exatamente ao que é devido e, se estiver tudo certo, declara a quitação. A partir desse momento, o credor não pode seguir cobrando, sob pena de cometer abuso.

O depósito também interrompe os efeitos da mora desde o momento em que é realizado. Isso significa que você não deve juros, multas ou qualquer penalidade ligada ao atraso, pois demonstrou boa-fé e disposição de pagar.

É uma garantia importante para impedir que o credor tente prolongar a dívida ou lucrar com o atraso.

Porém, se o depósito for incompleto, tardio ou contrário ao contrato, o efeito liberatório não se concretiza.

Por isso, acompanhar os detalhes do procedimento é essencial para evitar que o processo vire contra você.

Por que contar com orientação jurídica nesse tipo de ação?

Apesar de ser um direito seu, a consignação exige precisão técnica. Um simples erro pode impedir a quitação e manter a dívida ativa.

O depósito deve respeitar o valor correto, os prazos processuais e as condições contratuais, além de ser fundamentado com provas que mostrem por que o pagamento direto não foi possível.

Por isso, contar com um advogado faz diferença. O profissional verifica cálculos, reúne provas, analisa o contrato e estrutura o pedido de forma adequada, evitando impasses.

Esse acompanhamento reduz riscos e aumenta a chance de o juiz reconhecer a quitação já no início do processo.

Assim, além de segurança jurídica, você ganha tranquilidade ao saber que o procedimento está sendo conduzido corretamente.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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