Adicional noturno pode ser a diferença no seu salário!

O adicional noturno é um direito que pode fazer diferença no seu bolso. Infelizmente, muitas vezes as empresas deixam de pagar corretamente.

Imagem representando adicional noturno.

Adicional noturno faz diferença no salário?

Quando você pensa no seu salário, normalmente considera apenas o valor fixo combinado no contrato de trabalho.

Mas existe um detalhe importante, muitas vezes negligenciado ou mesmo desconhecido por grande parte dos trabalhadores: o adicional noturno.

Esse benefício não é apenas uma compensação pelo desgaste de trabalhar de madrugada, mas sim um direito previsto em lei que pode fazer uma diferença considerável no seu bolso.

Entender como funciona o adicional noturno é essencial, tanto para quem já trabalha nesse horário quanto para quem pode vir a assumir jornadas noturnas.

Além de garantir um acréscimo direto, esse adicional repercute em várias outras verbas trabalhistas e, quando não é pago corretamente, pode ser exigido na Justiça.

Vamos analisar juntos, de forma clara e objetiva, todos os aspectos que envolvem esse direito.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

Quem tem direito ao adicional noturno?

O adicional noturno é devido a todo empregado regido pela CLT que trabalha no período noturno.

Para atividades urbanas, esse intervalo vai das 22h às 5h. Já para o trabalhador rural, os horários variam: na agricultura, das 21h às 5h, e na pecuária, das 20h às 4h.

Se a jornada for mista, apenas as horas dentro desse período recebem o acréscimo. Mesmo quem inicia o turno antes e termina depois tem direito ao adicional sobre as horas noturnas efetivamente trabalhadas.

As exceções ficam para cargos de confiança que não seguem controle de jornada e menores de 18 anos, já que estes não podem trabalhar à noite.

Fora esses casos, a regra é clara: houve trabalho no horário noturno, há direito ao adicional.

Como calcular o valor do adicional noturno?

O cálculo é simples. Primeiro, descobre-se o valor da hora normal, dividindo o salário mensal pelo número de horas contratadas.

Cálculo da hora normal:

      Salário base mensal

      Número de horas mensais previstas

Depois, aplica-se o acréscimo de 20% sobre essa hora para encontrar o valor da hora noturna.

Cálculo da hora noturna:

 Hora noturna = Hora normal × 1,2 (mínimo de 20% a mais)

Valor adicional = (Hora noturna – Hora normal) × horas noturnas trabalhadas

Outro detalhe importante é que a “hora noturna” não equivale a 60 minutos, mas sim a 52 minutos e 30 segundos. Essa redução faz com que mais horas sejam contabilizadas no período, aumentando o total a ser pago.

Exemplo: um trabalhador com salário de R$ 2.200,00 e jornada de 220 horas tem hora normal de R$ 10,00. Com o adicional, cada hora noturna vale R$ 12,00. Se ele trabalhar 80 horas nesse período, receberá R$ 960,00 só de adicional.

Como o adicional noturno aumenta o meu salário?

O aumento vai além do valor pago por hora.

O adicional noturno integra o salário quando pago com habitualidade, o que significa reflexos diretos em férias, 13º, FGTS e descanso semanal remunerado.

O aumento vai além do valor pago por hora. 

Como aumenta o salário?

Ou seja, você não recebe apenas mais no fim do mês. Também terá férias mais vantajosas, um 13º salário maior e depósitos de FGTS proporcionais ao valor acrescido.

Isso amplia o impacto do adicional ao longo do ano.

O efeito multiplicador mostra que o adicional noturno não é apenas um extra, mas um benefício capaz de elevar de forma significativa sua remuneração anual.

Quais os riscos de não receber o adicional noturno?

O primeiro risco é óbvio: a perda financeira imediata. Cada hora noturna trabalhada sem o acréscimo representa menos dinheiro no bolso e desvalorização do esforço feito.

Além disso, como o adicional reflete em várias verbas, a ausência dele reduz férias, 13º, FGTS e até valores em uma eventual rescisão.

É uma perda que se acumula e compromete direitos futuros.

Outro ponto é a prescrição. Você só pode cobrar os últimos cinco anos de contrato, desde que a ação seja proposta em até dois anos após a demissão.

Quanto mais esperar, maior o prejuízo.

O que fazer se a empresa não pagar adicional noturno?

O primeiro passo é juntar provas. Registros de ponto, escalas, holerites e testemunhas ajudam a comprovar que você trabalhou no período noturno.

Sem esses documentos, a cobrança pode se tornar mais difícil.

Depois, vale tentar resolver internamente. Conversar com o RH ou enviar notificação formal pode levar a uma solução rápida.

Muitas vezes, o não pagamento decorre de erro administrativo.

Se não houver acordo, procure o sindicato ou um advogado trabalhista.

Esses profissionais podem calcular os valores e orientar sobre a melhor forma de exigir seus direitos, inclusive em uma ação judicial.

O adicional noturno não pago pode ser cobrado na Justiça?

Sim, pode. O adicional noturno é um direito garantido na CLT e na Constituição. Quando não pago, abre espaço para reclamação na Justiça do Trabalho.

Na ação, você pode exigir não só os valores das horas noturnas, mas também os reflexos em férias, 13º, FGTS e DSR. O juiz ainda aplica juros e correção monetária.

É importante respeitar os prazos: até dois anos após o término do contrato e limitado aos cinco anos anteriores à ação.

Por isso, não deixe para depois. Quanto antes procurar orientação, maiores as chances de recuperar tudo o que foi perdido.

E, nesse processo, contar com orientação jurídica faz toda a diferença. Um advogado trabalhista pode calcular corretamente os valores, preparar as provas necessárias e conduzir a ação de forma estratégica para garantir o melhor resultado.

Um recado final para você!

Imagem representando um advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Saiba como garantir o melhor apoio para suas decisões.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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