Audiência de instrução e julgamento: como se preparar?

Entenda como a audiência de instrução e julgamento pode ser o momento decisivo para o seu caso! Descubra tudo o que você precisa saber para se preparar e garantir que sua versão dos fatos seja completamente esclarecida.

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Audiência de instrução e julgamento: como se preparar?

No andamento de um processo judicial, é fundamental que as partes possam apresentar novos pedidos, documentos e manifestações ao juiz.

Para isso, existe a juntada de petição, um procedimento essencial que formaliza essas solicitações dentro dos autos do processo.

Seja para anexar provas, interpor recursos ou simplesmente comunicar um fato relevante, a juntada garante que tudo fique devidamente registrado e analisado no tempo adequado.

Neste artigo, explicamos como funciona esse procedimento, sua importância e os principais casos em que ele é utilizado.

O que é audiência de instrução e julgamento?

A audiência de instrução e julgamento (AIJ) é uma etapa fundamental do processo judicial, onde são produzidas provas e realizadas as alegações finais antes da decisão do juiz.

Durante essa audiência, as partes podem apresentar testemunhas, peritos e documentos, além de prestar depoimentos, permitindo que o juiz analise os elementos do caso de forma mais detalhada.

Ao final da audiência, o magistrado pode proferir a sentença imediatamente ou determinar um prazo para analisá-la e decidir posteriormente.

A AIJ é especialmente comum em processos criminais, cíveis e trabalhistas, sendo um momento essencial para o desfecho do julgamento.

O que acontece em uma audiência de instrução e julgamento?

Na audiência de instrução e julgamento (AIJ), ocorrem etapas fundamentais para a produção de provas e a análise do caso pelo juiz.

Primeiramente, o magistrado verifica a presença das partes e de seus advogados, além de confirmar se testemunhas ou peritos convocados estão presentes.

Em seguida, as testemunhas são ouvidas, começando pelas do autor e depois pelas do réu, sempre respeitando as regras do contraditório.

O juiz também pode interrogar as partes envolvidas no processo para esclarecer pontos relevantes.

Após a fase de depoimentos e questionamentos, os advogados podem apresentar alegações finais, resumindo seus argumentos e reforçando suas teses jurídicas.

Ao término da audiência, o juiz pode proferir a sentença na própria sessão ou determinar que a decisão será dada posteriormente, dentro do prazo legal.

Esse momento é crucial para a definição do desfecho do processo.

Quem fala primeiro na audiência de instrução e julgamento?

Na audiência de instrução e julgamento (AIJ), a ordem de fala segue um procedimento padrão estabelecido pelo Código de Processo Civil (CPC) e pela prática forense. 

Geralmente, a sequência ocorre da seguinte forma:

i. O juiz inicia a audiência explicando seu objetivo e verificando a presença das partes, advogados, testemunhas e, se houver, peritos.

ii. O autor fala primeiro, caso precise ser ouvido. Se for um caso em que as partes devem prestar depoimento pessoal, o autor é interrogado antes do réu.

iii. O réu fala em seguida, prestando esclarecimentos, caso seja necessário.

iv. As testemunhas são ouvidas, começando pelas indicadas pelo autor e depois as do réu. As perguntas são feitas pelo juiz, seguido pelos advogados das partes.

v. Os peritos e assistentes técnicos podem ser chamados para esclarecer pontos da perícia, se houver.

vi. Os advogados apresentam as alegações finais, geralmente começando pelo advogado do autor e depois pelo do réu, reforçando seus argumentos e teses jurídicas.

vii. O juiz encerra a audiência, podendo proferir a sentença na hora ou indicar que decidirá posteriormente.

Essa ordem garante o contraditório e a ampla defesa, permitindo que todas as partes se manifestem de maneira organizada e equilibrada.

É obrigatória a presença das partes na audiência de instrução?

A presença das partes na audiência de instrução e julgamento (AIJ) pode ser obrigatória ou dispensável, dependendo da natureza do processo e do papel que a parte desempenha na audiência.

Se a parte for intimada para prestar depoimento pessoal, sua presença é obrigatória, pois o juiz pode determinar sua oitiva para esclarecer fatos do processo.

Caso a parte intimada não compareça sem justificativa, isso pode ser interpretado como confissão ficta, ou seja, uma presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte contrária.

Se a parte não for testemunha ou não precisar prestar depoimento, sua presença não é obrigatória, e o advogado pode representá-la normalmente.

No entanto, é recomendável que esteja presente para acompanhar o andamento da audiência e auxiliar na tomada de decisões.

Já em processos trabalhistas, a presença do reclamante e do reclamado costuma ser exigida, pois a audiência pode envolver conciliação e depoimentos, sendo a ausência um fator que pode prejudicar a parte ausente.

Portanto, a obrigatoriedade da presença depende da intimação e do papel que a parte exercerá na audiência.

Se houver dúvida, é sempre aconselhável seguir a orientação do advogado responsável pelo caso.

Quanto tempo depois da audiência de instrução sai a sentença?

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Quanto tempo depois da audiência de instrução sai a sentença?

O prazo para a sentença após a audiência de instrução e julgamento (AIJ) pode variar conforme o tipo de processo, a complexidade da causa e a demanda do juízo.

No entanto, o Código de Processo Civil (CPC) estabelece que o juiz deve proferir a sentença em até 30 dias após a conclusão da fase de instrução (art. 226, II, do CPC).

Na prática, esse prazo nem sempre é cumprido devido ao acúmulo de processos nos tribunais. Em casos mais simples, o juiz pode dar a sentença imediatamente ao final da audiência. Já em processos mais complexos, que exigem análise detalhada das provas, esse prazo pode ser estendido.

Se houver demora excessiva, o advogado pode solicitar a priorização da decisão, especialmente em casos urgentes ou que envolvam direitos fundamentais.

Como se preparar para a audiência de instrução e julgamento? Dicas práticas!

Para se preparar para a audiência de instrução e julgamento (AIJ), é fundamental estar bem informado sobre o processo e adotar estratégias que garantam um bom desempenho.

Aqui estão algumas dicas práticas para advogados e partes envolvidas:

i. Revise o processo cuidadosamente – Leia toda a petição inicial, contestação, réplicas, decisões judiciais e provas anexadas. Isso ajuda a ter clareza sobre os argumentos e pontos-chave do caso.

ii. Prepare as testemunhas – Se houver testemunhas, é essencial orientá-las sobre como funciona a audiência, reforçando a importância de responder com clareza, objetividade e veracidade.

iii. Simule possíveis perguntas e respostas – Antecipe os questionamentos que podem ser feitos pelo juiz ou pela parte contrária, garantindo que sua versão dos fatos esteja bem fundamentada.

iv. Conheça a postura adequada na audiência – Mantenha a calma, seja respeitoso e evite interrupções. O juiz valoriza a organização e o profissionalismo das partes.

v. Leve os documentos necessários – Certifique-se de que todos os documentos relevantes estão organizados e disponíveis, seja em formato físico ou eletrônico, conforme a exigência do tribunal.

vi. Esteja atento às regras do tribunal – Cada juízo pode ter regras específicas sobre a condução da audiência, como vestimenta, tempo de fala e possibilidade de participação virtual.

vii. Compareça com antecedência ou cheque a conexão (se for online) – Em audiências presenciais, chegue cedo ao fórum para evitar imprevistos. Se for online, teste o acesso ao sistema com antecedência.

viii. Prepare-se para uma possível conciliação – Em muitos casos, o juiz pode sugerir um acordo antes de iniciar a instrução.

Avalie previamente se há margem para negociação e quais os limites aceitáveis.

Com essas medidas, é possível enfrentar a audiência com mais segurança e aumentar as chances de um resultado favorável no processo.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema “Audiência de instrução e julgamento” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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