O que acontece quando o banco entra com ação judicial?
Entenda o que acontece quando o banco entra com ação judicial, as consequências da dívida judicializada e como resolver o processo de forma segura.
Receber a notícia de que o banco entrou com uma ação judicial pode gerar muita preocupação e incerteza.
Entender exatamente o que isso significa, como funciona o processo, quais são os seus direitos e de que forma agir é fundamental para proteger o seu patrimônio e evitar prejuízos maiores.
Neste artigo, você vai descobrir o que é uma ação judicial, o que acontece quando o banco ajuíza uma dívida, quais as consequências de uma execução e, principalmente, como resolver essa situação de forma segura e estratégica.
Se você foi citado ou está enfrentando dificuldades financeiras, continue a leitura para esclarecer todas as suas dúvidas.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que significa uma ação judicial?
- O que significa entrar com uma ação judicial?
- Quais são os tipos de ações judiciais?
- Quando o banco pode entrar com ação judicial?
- Quanto tempo o banco entra com ação judicial?
- Qual valor o banco entra com ação judicial?
- O que acontece quando o banco ajuizar uma dívida?
- O que acontece quando o banco entra com execução judicial?
- O que acontece com uma dívida que vai para a ação judicial?
- O que acontece se não pagar dívida judicial?
- Como resolver uma ação judicial?
- Um recado final para você!
- Autor
O que significa uma ação judicial?
Uma ação judicial é o meio legal que uma pessoa ou instituição utiliza para buscar a solução de um conflito perante o Poder Judiciário.
Trata-se do instrumento que inicia um processo judicial, com a intenção de garantir um direito, cobrar uma obrigação ou resolver um litígio.
No contexto financeiro, como em uma ação judicial de cobrança, o banco recorre à Justiça para cobrar um valor que entende ser devido.
A ação judicial confere segurança jurídica para que as partes possam apresentar suas razões, provas e argumentos, assegurando que a decisão final seja tomada por um juiz com base na legislação vigente.
Segundo o Código de Processo Civil, a ação judicial deve conter elementos essenciais, como os fatos e fundamentos jurídicos do pedido, a exposição dos direitos violados e a indicação clara do que se pretende obter judicialmente.
O que significa entrar com uma ação judicial?
Entrar com uma ação judicial significa formalizar, por meio de petição inicial, o pedido de intervenção do Poder Judiciário para resolver um conflito ou garantir um direito.
No caso de instituições financeiras, entrar com uma ação representa buscar judicialmente o recebimento de dívidas não pagas.
Após tentativas extrajudiciais frustradas, como notificações e renegociações, o banco opta por ajuizar uma demanda para obrigar o pagamento.
Esse procedimento formal inicia um processo em que ambas as partes, credor e devedor, poderão se manifestar.
É importante que o devedor esteja atento ao recebimento de qualquer citação, pois a falta de resposta pode trazer consequências severas, como a revelia, prevista no artigo 344 do Código de Processo Civil, que facilita a procedência do pedido do autor.
Quais são os tipos de ações judiciais?
Os tipos de ações judiciais variam conforme a natureza da demanda e o objetivo pretendido.
Em geral, as ações mais comuns no âmbito bancário envolvem cobrança, execução e monitória.
A ação de cobrança ocorre quando o banco busca, judicialmente, receber valores devidos, mesmo que ainda precise comprovar a existência da dívida.
Já a ação de execução é proposta quando existe um título executivo extrajudicial, como contratos de crédito ou duplicatas, que permite a cobrança direta e mais célere, conforme previsto nos artigos 771 e seguintes do Código de Processo Civil.
Outro exemplo é a ação monitória, destinada a constituir um título executivo a partir de documentos que comprovam a dívida de forma indireta.
Além disso, existem ações específicas como a ação judicial para correção e atualização do PASEP e a ação judicial para cuidar de idoso, que visam proteger direitos previdenciários e direitos da pessoa idosa, respectivamente.
Cada tipo de ação tem procedimentos próprios, prazos diferenciados e consequências jurídicas específicas, exigindo atenção e resposta adequada do réu.
Quando o banco pode entrar com ação judicial?
O banco pode entrar com ação judicial a partir do momento em que a dívida do cliente se torna inadimplida e não houve sucesso nas tentativas de cobrança extrajudicial.
Isso ocorre, geralmente, após o vencimento da obrigação prevista em contrato, como financiamentos, empréstimos, cartão de crédito ou cheque especial.
A legislação brasileira, em especial o Código Civil (artigo 394), prevê que o inadimplemento de uma obrigação permite ao credor adotar medidas para obter a satisfação de seu crédito.
Assim, mesmo antes de negativar o nome do devedor, o banco já pode ajuizar uma ação judicial de cobrança ou de execução, dependendo da documentação disponível.
É importante destacar que a rapidez na adoção dessas medidas pode variar conforme a política de cada instituição financeira, o valor devido e o perfil do contrato.
Quanto tempo o banco entra com ação judicial?
O banco deve respeitar o prazo prescricional para ajuizar a ação judicial, sob pena de perder o direito de cobrança judicial.
De acordo com o artigo 206, §5º, inciso I, do Código Civil, o prazo para cobrar dívidas líquidas e certas é de 5 anos a contar da data do vencimento da obrigação.
Dentro desse prazo, o banco pode entrar com a ação a qualquer momento.
Algumas instituições optam por esperar um período para tentativas de negociação extrajudicial antes de recorrer ao Judiciário.
Contudo, deixar o prazo expirar implica a prescrição da dívida para fins de cobrança judicial, embora o débito ainda possa gerar restrições em cadastros de inadimplência durante o período permitido.
Qual valor o banco entra com ação judicial?
O banco pode ajuizar uma ação judicial independentemente do valor da dívida.
No entanto, a decisão sobre entrar ou não com o processo geralmente considera a análise de custo-benefício, envolvendo taxas judiciais, honorários advocatícios e outras despesas.
Na prática, o valor que o banco entra com ação judicial pode variar.
Grandes instituições financeiras tendem a ajuizar ações para dívidas a partir de valores moderados, como R$ 1.000,00 ou R$ 2.000,00, especialmente quando se trata de clientes que já demonstraram resistência a acordos.
Para valores menores, pode haver priorização de tentativas extrajudiciais ou vendas de carteiras de crédito inadimplente a empresas especializadas em recuperação.
A orientação jurídica especializada é fundamental para analisar caso a caso, inclusive para verificar se há eventuais abusividades na cobrança.
O que acontece quando o banco ajuizar uma dívida?
Quando o banco ajuíza uma dívida, o devedor passa a ser formalmente citado para se manifestar nos autos do processo.
A citação é o ato que comunica oficialmente o réu da existência da ação e abre prazo para apresentação de defesa, geralmente 15 dias úteis, conforme o artigo 335 do Código de Processo Civil.
Se o devedor não apresentar defesa no prazo, poderá ser declarado revel, e o processo seguirá para julgamento com presunção de veracidade dos fatos alegados pelo banco.
Após o julgamento procedente da ação, o banco poderá adotar medidas de cumprimento de sentença, como a penhora de bens, bloqueio de contas bancárias pelo sistema BacenJud, ou outros mecanismos permitidos em lei.
Essa situação destaca a importância de agir rapidamente ao ser citado, buscando orientação jurídica para apresentar defesa adequada e, se possível, negociar o débito.
O que acontece quando o banco entra com execução judicial?
Quando o banco entra com execução judicial, significa que ele possui um título executivo extrajudicial que comprova a existência e exigibilidade da dívida, como um contrato assinado ou uma duplicata.
Nesse tipo de processo, regulado pelos artigos 771 e seguintes do Código de Processo Civil, o devedor é intimado para pagar a dívida no prazo de 3 dias após a citação.
Caso não haja pagamento, o juiz poderá determinar a penhora de bens móveis, imóveis, veículos ou bloqueio de valores em conta corrente para satisfazer o crédito.
A execução judicial é um processo muito mais rápido e severo em comparação com a ação de cobrança comum, exigindo do devedor uma resposta imediata.
O acompanhamento por um advogado é essencial para avaliar a viabilidade de embargos à execução, acordos judiciais ou outras estratégias de defesa.
O que acontece com uma dívida que vai para a ação judicial?
Quando uma dívida vai para a Justiça, ela se transforma em objeto de processo judicial e passa a seguir os trâmites legais estabelecidos no Código de Processo Civil.
O devedor terá a oportunidade de contestar a cobrança, apresentar provas de pagamento, alegar nulidades contratuais, discutir valores cobrados indevidamente ou mesmo propor acordos judiciais.
O simples ajuizamento da ação não significa que a dívida se torna maior automaticamente.
Contudo, a depender do tempo de tramitação e do resultado do processo, podem incidir juros, correção monetária e honorários advocatícios, conforme previsto no artigo 85 do Código de Processo Civil.
Além disso, enquanto tramita a ação, é comum que a dívida permaneça registrada em órgãos de proteção ao crédito, dificultando o acesso a financiamentos e serviços bancários.
Resolver a pendência o quanto antes, com auxílio jurídico, pode evitar a consolidação desses efeitos negativos.
O que acontece se não pagar dívida judicial?
Se não houver pagamento da dívida judicial após sentença condenatória ou após o início da execução, o devedor poderá sofrer medidas severas para satisfação do crédito. Entre essas medidas, destacam-se:
- Penhora de imóveis e veículos;
- Bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras;
- Inscrição do débito em cadastros de inadimplentes, mesmo judicialmente.
Vale reforçar que, conforme o artigo 5º, inciso LXVII, da Constituição Federal, ninguém será preso por dívida civil, exceto no caso de inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia.
Deixar de agir pode agravar a situação financeira e patrimonial.
Buscar alternativas legais com o suporte de um advogado aumenta as chances de negociação, parcelamento ou redução de danos.
Como resolver uma ação judicial?
Resolver uma ação judicial exige estratégia, conhecimento jurídico e, acima de tudo, agilidade.
A primeira medida deve ser a análise do processo com um advogado, que poderá verificar eventuais nulidades, identificar abusividades ou orientar a melhor forma de acordo.
Em muitos casos, é possível propor a quitação ou o parcelamento da dívida, inclusive com descontos.
Quando existem vícios no contrato ou cobranças abusivas, a defesa técnica pode anular ou reduzir o valor cobrado.
Agir rapidamente é essencial, pois o processo judicial não aguarda a iniciativa do réu.
Quanto antes houver a análise e a resposta ao processo, maiores são as chances de minimizar prejuízos e evitar constrições patrimoniais.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema “o que acontece quando o banco entra com ação judicial?” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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