Banco recusou meu pedido de chargeback: o que fazer?

O banco negou seu pedido de chargeback e você se sente perdido? Saiba que ainda existem caminhos para proteger seu dinheiro e seus direitos.

Banco recusou meu pedido de chargeback

O que fazer se o banco recusou meu pedido de chargeback?

Descobrir que o banco recusou seu pedido de chargeback pode gerar insegurança e frustração, mas isso não significa que a situação esteja perdida.

O chargeback é um direito do consumidor em casos de fraude, cobrança indevida ou descumprimento da oferta, mas a recusa pode acontecer por falta de provas, prazos expirados ou outros motivos específicos.

Neste artigo, você vai entender por que o pedido pode ser negado, quais são os seus direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor e quais caminhos seguir para tentar reverter a decisão ou buscar outra forma de reparação.

Se o seu pedido foi negado, não desanime: há alternativas e você vai descobrir quais são agora.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é um chargeback e quando posso pedir?

O chargeback é um procedimento administrativo que permite ao titular de um cartão de crédito ou débito contestar uma cobrança junto ao banco emissor, solicitando o estorno do valor.

Ele é um mecanismo de proteção do consumidor, geralmente aplicado em situações de fraude, erro na cobrança ou descumprimento da oferta.

Você pode pedir um chargeback quando identifica que o produto não foi entregue, quando recebeu algo diferente do combinado, quando houve duplicidade de cobrança, uso indevido do cartão ou até mesmo um erro do próprio banco.

No Brasil, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) garante o direito à contestação de cobranças indevidas.

O artigo 42 estabelece que o consumidor tem direito à devolução em dobro dos valores pagos quando o débito for indevido, salvo engano justificável.

Além disso, as bandeiras de cartão e os próprios bancos emissores seguem normas do Banco Central e das operadoras para avaliar se o pedido se enquadra nas hipóteses autorizadas.

O prazo para solicitar o chargeback geralmente é de até 120 dias a partir da data da compra ou da cobrança, mas pode variar conforme a política da bandeira e do banco. Portanto, agir rapidamente aumenta as chances de sucesso.

O que é ter um chargeback recusado pelo banco?

Quando o chargeback é recusado, significa que o banco emissor analisou a solicitação e entendeu que não havia elementos suficientes para autorizar o estorno.

Em outras palavras, mesmo após a análise dos documentos enviados, o banco concluiu que não se aplicam as regras que permitem a reversão do pagamento.

Isso pode ocorrer, por exemplo, quando o prazo para contestar a cobrança expirou, quando as provas apresentadas não foram suficientes ou quando a situação relatada não se enquadra nas hipóteses previstas pelas normas do setor.

É importante saber que essa negativa não impede o consumidor de buscar outras alternativas.

Como reforçar a contestação com novas provas, recorrer administrativamente dentro do próprio banco, registrar reclamação no Banco Central ou até mesmo propor uma ação judicial.

Por isso, o mais indicado é não encarar a recusa como definitiva. Em muitos casos, ainda é possível reverter a situação.

Por quais motivos o banco recusa um chargeback?

Existem diversos motivos pelos quais o banco pode recusar um chargeback. Conhecer essas razões ajuda a entender como se defender e preparar uma contestação mais sólida.

Conheça os motivos da recusa do chargeback e como se defender.

Por que o banco pode recusar um chargeback?

O motivo mais comum é a falta de provas suficientes. Sem documentos que confirmem a fraude, o erro na cobrança ou o descumprimento da oferta, o banco tende a manter a transação válida.

Por isso, comprovantes de compra, notas fiscais, protocolos de atendimento e conversas com o vendedor são essenciais.

Outro fator recorrente é o prazo expirado. A maioria dos bancos e bandeiras estabelece até 120 dias para contestar a cobrança, contados a partir da data da compra ou da identificação do problema.

Após esse período, a solicitação dificilmente será aceita.

Além disso, há casos de erro no preenchimento da solicitação. Informações incompletas ou divergentes podem levar à recusa automática. Sempre confira se os dados enviados ao banco estão corretos.

Por fim, a recusa também pode ocorrer quando o motivo alegado não se enquadra nas regras do chargeback.

Por exemplo, o consumidor não pode pedir estorno simplesmente por arrependimento fora do prazo previsto no art. 49 do CDC, que assegura o direito de desistir da compra feita fora do estabelecimento comercial em até sete dias.

Saber exatamente quais documentos apresentar e quais argumentos utilizar aumenta significativamente as chances de ter o pedido aceito.

Posso recorrer se o banco recusou o meu chargeback?

Sim. Mesmo com a recusa inicial, é possível recorrer e tentar reverter a decisão. A contestação pode ser feita de forma administrativa ou judicial, dependendo do caso.

A primeira medida é entrar em contato novamente com o banco e pedir detalhes sobre o motivo da negativa.

Com essa informação, você pode reunir novas provas ou corrigir falhas na solicitação original.

Outra opção é registrar reclamação no Banco Central. O órgão regula os bancos e pode intervir para exigir explicações mais detalhadas sobre a recusa.

Além disso, você pode recorrer a plataformas como o Procon e o consumidor.gov.br, que mediam conflitos entre consumidores e instituições financeiras.

Se mesmo assim a situação não for resolvida, é possível buscar a via judicial.

Dependendo do caso, pode-se propor uma ação de repetição de indébito, com base no art. 42 do CDC, para recuperar o valor pago indevidamente.

Em situações em que o problema causou constrangimento ou prejuízos maiores, pode-se também avaliar um pedido de indenização por danos morais.

O importante é agir dentro dos prazos legais. Quanto mais cedo você formalizar a contestação, maiores são as chances de êxito.

Como provar ao banco que tenho direito ao chargeback?

Para aumentar as chances de sucesso, é essencial apresentar provas sólidas ao banco.

Os documentos devem ser claros e demonstrar que a cobrança foi indevida, fraudulenta ou que o produto ou serviço não foi entregue conforme contratado.

Entre os principais documentos, estão:

Comprovantes da compra: nota fiscal, recibo, número do pedido.

Provas de entrega ou não entrega: rastreamento dos Correios, declaração de não recebimento, confirmação de recebimento de terceiro.

Comunicações com o vendedor: e-mails, mensagens, protocolos de atendimento e ligações gravadas.

Comprovação do defeito ou divergência: fotos, vídeos e relatórios técnicos.

Boletim de ocorrência: quando há indícios de fraude ou uso indevido do cartão.

Todos esses elementos ajudam o banco a analisar com mais precisão se a solicitação se enquadra nas regras do chargeback.

Sem documentos robustos, o pedido tem grandes chances de ser recusado.

É importante lembrar que o ônus da prova costuma recair sobre o consumidor. Ou seja, você precisa demonstrar claramente que a cobrança foi indevida para que o banco autorize a devolução do valor.

Para facilitar a sua compreensão, confira a seguir um quadro resumo com os principais motivos de recusa e documentos necessários para provar o direito ao chargeback:

Motivos de recusa do chargeback e como reforçar sua contestação

Entenda por que o banco pode negar e quais provas apresentar para fortalecer sua defesa.

Motivo da recusa O que significa Documentos que ajudam Ações imediatas
Falta de provas Elementos insuficientes para autorizar o estorno. Nota fiscal, recibo, protocolo, prints, BO (fraude), fotos/vídeos. Monte dossiê em PDF e reenvie com justificativa objetiva.
Prazo expirado Contestação após o limite (geralmente 120 dias). Faturas e e-mails com datas; prova da data de ciência. Fundamente a ciência tardia; avalie via judicial (CDC art. 42).
Erro no formulário Dados incompletos ou divergentes na abertura. Comprovantes com nome, CPF, pedido e valores corretos. Refaça a solicitação com anexos padronizados e revisados.
Motivo não previsto Fora das regras (ex.: arrependimento fora do art. 49 do CDC). Prova de vício, não entrega ou descumprimento de oferta. Negocie com fornecedor; acione Procon/consumidor.gov.br ou ação.
Transação reconhecida Registros técnicos indicam compra legítima (IP, 3DS, senha). BO por fraude, prints de localização, logs do dispositivo. Explique por que os sinais não provam autorização sua; reforce evidências.
Entrega comprovada Lojista apresentou rastreio/assinatura, mas há defeito ou divergência. Fotos, laudo, pedidos de troca, prazos descumpridos. Exija substituição/estorno com base no CDC; avalie ação por vício.

    Dicas rápidas: consolide arquivos em um único PDF; protocole cada contato; observe prazos (em geral até 120 dias). Fundamentos: CDC art. 42 (cobrança indevida) e art. 49 (arrependimento em 7 dias).

Um advogado pode me ajudar em chargeback recusado?

A atuação de um advogado especializado pode fazer diferença significativa quando o banco recusa um chargeback.

Além de avaliar a documentação, o profissional pode indicar os melhores caminhos jurídicos para recuperar os valores pagos ou obter indenização por eventuais prejuízos.

O advogado pode iniciar o processo com uma notificação extrajudicial, solicitando a revisão do caso junto ao banco ou ao lojista.

Essa abordagem costuma acelerar a análise e aumentar as chances de acordo.

Se necessário, o profissional pode ingressar com ação judicial fundamentada no Código de Defesa do Consumidor e no Código Civil, pleiteando a devolução do valor cobrado indevidamente.

Em casos de fraude ou falha na prestação do serviço, também pode ser possível pedir danos morais.

Além disso, o advogado garante que você cumpra os prazos legais, reúna as provas corretas e utilize os argumentos jurídicos mais adequados. Isso evita erros que poderiam comprometer o resultado do processo.

Buscar orientação especializada é especialmente importante quando há valores altos envolvidos ou quando a recusa do banco está afetando sua saúde financeira.

Nesses casos, agir rapidamente pode evitar prejuízos ainda maiores.

Um recado final para você!

imagem representando advogado

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Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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