O que é a biometria e como a LGPD a protege?
Sua biometria está sendo usada com segurança? Descubra o que é esse dado sensível, como ele é coletado e o que a LGPD faz para proteger você.
A biometria é uma tecnologia que identifica pessoas por meio de características únicas do corpo, como impressões digitais, reconhecimento facial, voz ou íris, e tem sido cada vez mais utilizada.
Essa forma de identificação traz praticidade e segurança, mas também levanta preocupações sobre privacidade e uso indevido dos dados pessoais.
É justamente aí que entra a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que estabelece regras claras para a coleta, o armazenamento e o tratamento de informações biométricas.
Como esses dados são considerados sensíveis pela lei, as empresas têm o dever de adotar medidas de proteção mais rígidas e só podem utilizá-los com base em fundamentos legais.
Para o cidadão, isso significa mais controle sobre como suas informações são usadas e a garantia de que existem limites e responsabilidades para quem lida com elas.
Continue a leitura e saiba quando a biometria pode ser exigida, quais são os seus direitos e como a LGPD atua na proteção desses dados.
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Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
O que é a biometria e para que serve?
A biometria é uma tecnologia utilizada para identificar e autenticar a identidade de uma pessoa com base em características físicas ou comportamentais únicas, como
- a impressão digital,
- reconhecimento facial,
- íris dos olhos,
- voz,
- forma de andar
- ou até o ritmo de digitação.
Esses dados são considerados extremamente confiáveis, pois são exclusivos de cada indivíduo e praticamente impossíveis de serem replicados com exatidão.
A principal finalidade da biometria é aumentar a segurança e a precisão na identificação de pessoas, evitando fraudes e erros de registro.
No sistema bancário, por exemplo, ela é usada para autorizar transações e acessos a contas, substituindo ou complementando senhas.
No setor público, é empregada no recadastramento de beneficiários, título de eleitor, emissão de documentos oficiais e até no INSS, para evitar pagamentos indevidos de benefícios.
Além da praticidade, a biometria representa um avanço na proteção de dados e no combate à fraude, pois torna mais difícil a falsificação de identidades.
Em resumo, a biometria é uma ferramenta poderosa de identificação que combina segurança, praticidade e confiabilidade, estando cada vez mais presente no dia a dia.
Como a LGPD protege o uso da biometria?
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) protege o uso da biometria ao classificá-la como dado pessoal sensível.
Ou seja, classifica a biometria como uma informação que, se mal utilizada, pode gerar sérios prejuízos à privacidade, à segurança e à liberdade do titular.
A LGPD impõe regras mais rigorosas para o tratamento desse tipo de dado, exigindo que empresas e órgãos públicos tenham cuidado e transparência com esses dados.
Na prática, a LGPD estabelece que o uso da biometria só pode ocorrer com consentimento explícito do titular ou em hipóteses legais bem específicas.
Mesmo nesses casos, a entidade responsável precisa justificar a finalidade do uso e limitar o tratamento ao necessário para o cumprimento dessa finalidade.
Além, é claro, de garantir medidas de segurança para proteger esses dados contra acessos não autorizados, vazamentos ou uso indevido.
Além disso, a LGPD garante ao titular o direito de acessar suas informações biométricas, solicitar a retificação, exclusão, anonimização, ou até a revogação do consentimento.
Se houver alguma irregularidade ou abuso, o titular pode recorrer à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que tem poder para investigar.
Portanto, a biometria, embora seja uma tecnologia útil e segura, só pode ser usada de forma ética, legal e transparente, respeitando sempre os direitos fundamentais da pessoa.
Quais dados são considerados biométricos?
Dados biométricos | Exemplos práticos |
---|---|
Impressões digitais | Uso em celulares, bancos e sistemas de acesso |
Reconhecimento facial | Aplicativos, câmeras de segurança e desbloqueio de dispositivos |
Íris e retina | Sistemas de alta segurança e fronteiras |
Reconhecimento de voz | Assistentes virtuais e centrais de atendimento |
Assinatura digitalizada | Validação de contratos e documentos eletrônicos |
Padrões comportamentais | Forma de digitar ou caminhar (padrão de marcha) |
Os dados biométricos são informações ligadas às características físicas ou comportamentais de uma pessoa, capazes de identificá-la de forma única.
A LGPD os classifica como dados sensíveis, já que não podem ser alterados com facilidade e, se expostos, podem comprometer a privacidade do indivíduo. Entre os principais exemplos estão:
Impressões digitais: usadas em celulares, bancos e sistemas de acesso.
Reconhecimento facial: presente em aplicativos e desbloqueio de dispositivos.
Íris e retina: comuns em sistemas de alta segurança.
Geometria da mão: ainda aplicada em alguns ambientes corporativos.
Reconhecimento de voz: usado em assistentes virtuais e atendimentos.
Assinatura digitalizada: empregada em contratos eletrônicos.
Padrões de digitação: ritmo e velocidade ao teclar.
Forma de caminhar (padrão de marcha): em desenvolvimento como recurso de autenticação.
Esses dados são valiosos porque permitem identificação precisa, mas também exigem proteção rigorosa para evitar fraudes e usos indevidos.
Como uma pessoa usa a biometria no dia a dia?
A biometria já faz parte da rotina da maioria das pessoas, mesmo que nem sempre percebamos.
Ela é usada para desbloquear celulares e computadores por meio da digital ou do reconhecimento facial, substituindo senhas tradicionais.
Também está presente em aplicativos bancários e caixas eletrônicos, onde garante mais segurança nas transações financeiras.
Em muitos locais de trabalho, a biometria é utilizada para controle de ponto e acesso a áreas restritas, registrando a entrada e saída de funcionários.
Outro exemplo importante é nas eleições brasileiras, onde a digital é usada para identificar o eleitor e liberar a votação.
Além disso, órgãos públicos, planos de saúde e até academias já utilizam a biometria para autenticar serviços, confirmar identidades e evitar fraudes.
Ou seja, trata-se de uma ferramenta prática e confiável que, cada vez mais, substitui documentos e senhas no dia a dia.
Em quais casos o uso da biometria é obrigatório?
O uso da biometria é obrigatório em algumas situações específicas, determinadas por lei ou por normas de segurança, justamente para reforçar a identificação e reduzir fraudes.
No Brasil, o exemplo mais conhecido é a Justiça Eleitoral, que utiliza a digital para confirmar a identidade do eleitor no momento do voto.
Outro caso é o sistema bancário, em que a biometria pode ser exigida para autorizar saques, transações financeiras e abertura de contas, garantindo mais segurança nas operações.
Em órgãos públicos, como o INSS e programas sociais, a biometria também é utilizada para comprovar a identidade do beneficiário e evitar pagamentos indevidos.
Além disso, em algumas empresas e repartições, pode ser obrigatória no controle de ponto e acesso a áreas restritas, principalmente em ambientes que exigem maior rigor de segurança.
O que fazer se sofrer golpe com a minha biometria?
Se você sofrer um golpe com o uso da sua biometria, é fundamental agir rapidamente para evitar maiores prejuízos.
O primeiro passo é entrar em contato com a instituição envolvida, como banco, empresa de telefonia ou órgão público, solicitando o bloqueio imediato da conta ou serviço e a revisão de todas as movimentações recentes.
Em paralelo, faça o registro de um boletim de ocorrência, relatando o fato e reunindo documentos, comprovantes e capturas de tela que demonstrem o uso indevido dos seus dados.
Também é importante acompanhar de perto suas contas bancárias, serviços digitais e cadastros em órgãos públicos, já que fraudadores podem tentar abrir contratos ou realizar operações em seu nome.
Se identificar qualquer irregularidade, solicite a correção diretamente junto à instituição e guarde os protocolos de atendimento.
Em casos de prejuízo financeiro ou uso abusivo da sua identidade, é possível buscar reparação judicial, pleiteando indenização por danos materiais e até morais.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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