Bolsa Família: o que é e como solicitar?

Descubra como funciona o Bolsa Família, quem tem direito, como se cadastrar no CadÚnico e o que fazer se o benefício for negado.

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Bolsa Família: o que é e como solicitar?

O Bolsa Família é um programa de transferência de renda do governo federal.

Ele foi criado para ajudar famílias brasileiras em situação de pobreza ou extrema pobreza, e o objetivo principal é garantir um mínimo de dignidade a essas pessoas, além de incentivar o acesso à educação, saúde e alimentação adequada.

Mas antes de começar a receber o Bolsa Família, tem um caminho que você precisa seguir. A primeira etapa é fazer a sua inscrição no Cadastro Único (CadÚnico), que é o sistema do Governo Federal usado para identificar as famílias em situação de vulnerabilidade social.

Mas atenção: entrar no CadÚnico não significa que você vai começar a receber o benefício automaticamente, tá?

Depois de se cadastrar, os seus dados passam por um sistema informatizado que analisa todos os critérios do programa, como renda, número de pessoas na família, presença de crianças, gestantes, entre outros detalhes.

Só então o Governo Federal decide quem vai ser incluído, considerando também o limite orçamentário disponível para o Bolsa Família naquele momento.

Ou seja, não adianta apenas cumprir as regras — é preciso aguardar a seleção oficial, feita mês a mês. Mas calma, aqui neste artigo eu vou te explicar tudo com clareza: desde quem tem direito, como se inscrever, até o que fazer se o benefício for negado.

Vem comigo que vai ficar fácil entender.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é o programa Bolsa Família?

O programa Bolsa Família é uma ação do Governo Federal voltada para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza no Brasil.

Ele funciona como uma transferência direta de renda para ajudar essas famílias a garantirem o básico: alimentação, saúde, educação e dignidade.

Esse programa não é apenas um benefício em dinheiro, mas uma política pública com foco social.

Ao mesmo tempo que oferece alívio financeiro imediato, ele exige o cumprimento de compromissos por parte da família, como manter crianças e adolescentes na escola, cumprir o calendário de vacinação, fazer acompanhamento médico e nutricional.

O objetivo do Bolsa Família é, portanto, reduzir a pobreza atual e evitar a pobreza futura. Isso porque ele ajuda a suprir necessidades urgentes, mas também estimula o acesso aos direitos sociais básicos que podem mudar o destino de gerações.

O programa é estruturado de forma a alcançar quem mais precisa, com regras claras, valores específicos para cada situação familiar e integração com outros serviços públicos.

Ele é reconhecido internacionalmente por sua eficácia, tendo ajudado a reduzir a fome, aumentar a frequência escolar e até diminuir doenças como a tuberculose nas regiões mais vulneráveis.

Para que serve o Bolsa Família?

O Bolsa Família serve como um suporte financeiro mensal para famílias de baixa renda, mas vai além disso.

O propósito do programa é ajudar as famílias a saírem da pobreza não apenas com dinheiro, mas com acesso a educação, saúde e segurança alimentar.

Esse benefício é usado pelas famílias para comprar alimentos, remédios, roupas, gás de cozinha e outros itens essenciais. Isso já faz uma diferença enorme no orçamento de quem vive com pouco.

Mas o mais importante é que o programa exige contrapartidas, como manter as crianças na escola e com as vacinas em dia.

Essas exigências garantem que o auxílio não fique restrito ao dinheiro, mas funcione como um estímulo à inclusão social e à quebra do ciclo da pobreza.

Assim, o Bolsa Família atua como um plano de desenvolvimento social, dando às famílias a chance de construir um futuro melhor, com mais acesso a oportunidades.

Em outras palavras, o Bolsa Família não é apenas um benefício assistencial, mas uma forma inteligente de garantir que o dinheiro público chegue a quem mais precisa e que isso se reflita em melhores condições de vida, principalmente para as novas gerações.

Quem tem direito ao Bolsa Família 2025?

Em 2025, tem direito ao Bolsa Família toda família com renda por pessoa de até R$ 218 mensais. Esse cálculo é feito somando a renda total de todos os moradores da casa e dividindo pelo número de pessoas.

Mesmo que alguém na família tenha emprego formal ou receba outro benefício, o importante é que, ao dividir, o valor por pessoa não passe desse limite. Se estiver dentro, a família pode ser contemplada com o programa.

Além disso, é obrigatório que a família esteja inscrita no Cadastro Único (CadÚnico), que é o banco de dados do governo onde são registradas as informações de todas as famílias em situação de vulnerabilidade.

O cadastro precisa estar atualizado — preferencialmente nos últimos 24 meses — e com todas as informações corretas.

Outro ponto importante: o Bolsa Família também exige que a família cumpra compromissos na área de educação e saúde.

Isso inclui manter as crianças na escola, acompanhar a frequência, garantir a vacinação, o pré-natal em caso de gestantes, e o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças até 7 anos.

E tem mais: o valor do benefício pode variar conforme a composição da família. Crianças de até 6 anos geram um adicional de R$ 150 por mês, enquanto adolescentes e gestantes geram um acréscimo de R$ 50 por pessoa. O valor mínimo por família é de R$ 600.

O que é preciso para fazer o cadastro do Bolsa Família?

Para se cadastrar no Bolsa Família, você precisa estar com os dados atualizados no Cadastro Único (CadÚnico), que é a porta de entrada para todos os programas sociais do governo.

O primeiro passo é ir até o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo da sua casa, ou a um posto de atendimento indicado pela prefeitura. Lá, o responsável familiar fará o cadastro, informando os dados de todos que moram na residência.

Você vai precisar levar documentos como:

Durante o atendimento, o responsável preencherá uma entrevista detalhada com informações sobre renda, escolaridade, condições de moradia, se alguém tem deficiência, se há gestantes ou crianças, e assim por diante.

Mesmo depois do cadastro, não é garantido que a família já comece a receber. A seleção é feita mensalmente pelo governo federal, com base nos dados enviados pelos municípios.

Por isso, é essencial manter tudo sempre atualizado — inclusive quando houver mudança de endereço, aumento de renda, nascimento de filhos, ou qualquer alteração relevante na família.

Quem trabalha CLT pode receber Bolsa Família?

Sim, quem trabalha com carteira assinada pode receber o Bolsa Família, desde que a renda da família por pessoa não ultrapasse os R$ 218 por mês. O emprego formal, por si só, não exclui a pessoa do benefício.

Vamos a um exemplo: se uma pessoa ganha um salário mínimo (R$ 1.518) e mora com mais cinco pessoas, a renda per capita será de R$ 253. Neste caso, a família ultrapassaria o limite e não teria direito.

Mas se essa mesma renda for dividida entre sete pessoas, a renda per capita cai para R$ 216 — e a família continua dentro dos critérios.

Além disso, o programa oferece a chamada “regra de proteção”. Se a renda da família aumentar por causa de um emprego formal, mas ficar até meio salário mínimo por pessoa (R$ 759 em 2025), a família não perde o benefício imediatamente.

Ela continua recebendo 50% do valor por até dois anos, o que dá tempo pra se reorganizar financeiramente.

Essa regra serve para incentivar o trabalho formal, mostrando que conseguir um emprego não é motivo para perder apoio do governo de uma hora pra outra.

Quem recebe Bolsa Família pode receber benefícios do INSS?

Quem recebe Bolsa Família pode sim receber benefícios do INSS, desde que continue respeitando os critérios de renda do programa. Ou seja, o que importa é a soma dos valores recebidos e a divisão por pessoa da família.

Por exemplo: uma mãe de três filhos que trabalha como diarista, recebe Bolsa Família e precisa se afastar do trabalho por gravidez, pode receber o salário-maternidade do INSS e manter o Bolsa Família, desde que a renda total da casa não ultrapasse o limite de R$ 218 por pessoa.

Também é possível acumular o Bolsa Família com o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), desde que a renda familiar continue dentro dos limites exigidos. Isso é comum em famílias que têm idosos ou pessoas com deficiência que recebem o BPC.

É claro que nem todo benefício pode ser acumulado, e por isso é importante analisar caso a caso.

Em situações mais complexas, ou com dúvidas sobre acúmulo de benefícios, um advogado especialista em direito previdenciário pode ajudar a evitar bloqueios ou irregularidades.

O segredo aqui é manter o CadÚnico atualizado e comunicar qualquer alteração na renda, no número de moradores da casa ou no recebimento de novos benefícios.

Como saber o NIS do Bolsa Família?

O NIS, ou Número de Identificação Social, é um código de 11 dígitos usado para identificar você dentro dos programas sociais do governo.

Ele é fundamental para liberar o Bolsa Família, organizar os pagamentos e garantir que cada pessoa receba no prazo certo.

Esse número é criado no momento em que você entra no Cadastro Único. Ele é único, pessoal e intransferível, e será o mesmo pra qualquer outro programa social que você venha a participar no futuro.

Você pode encontrar o seu NIS de várias formas:

Saber o seu NIS é essencial não só para acompanhar o pagamento do Bolsa Família, mas também para acessar outros benefícios sociais e trabalhistas.

Se você ainda não sabe seu número ou perdeu, é só ir até o CRAS ou à prefeitura da sua cidade com um documento pessoal e pedir a consulta. É simples, rápido e gratuito.

O que fazer se meu pedido de Bolsa Família for recusado?

Se o seu pedido foi recusado, a primeira coisa a fazer é verificar o motivo da negativa. Muita gente é excluída do programa por falta de atualização no CadÚnico, erro de informação, ou por ultrapassar o limite de renda sem saber.

Você pode conferir essa informação no aplicativo do Bolsa Família, ou ir pessoalmente ao CRAS da sua cidade, onde um assistente social pode te explicar o que aconteceu e o que precisa ser feito.

Se for algum erro de cadastro ou falta de documento, basta corrigir no CRAS, atualizar os dados e aguardar nova análise. Isso pode levar algum tempo, mas é o caminho certo.

Agora, se você acha que foi recusado injustamente, mesmo estando dentro das regras, é possível apresentar um recurso.

Leve documentos que comprovem sua situação: comprovante de renda, declaração escolar dos filhos, certidão de nascimento, ou qualquer outro que ajude a mostrar que a família realmente se enquadra nos critérios.

Contar com a orientação de um advogado pode fazer toda a diferença nesse momento, especialmente se o motivo da negativa for confuso ou se você já tentou resolver sozinho e não teve sucesso.

Não desista no primeiro “não”. Em muitos casos, uma pequena correção ou um recurso bem feito pode garantir o seu direito ao benefício.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema “bolsa família” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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