Como um médico deve agir
A atuação médica vai além do conhecimento técnico; envolve ética, empatia e responsabilidade. Entenda como um médico deve agir para proporcionar o melhor atendimento possível.
A medicina é uma das profissões mais admiradas e respeitadas pela sociedade, e não é à toa.
Os médicos lidam diariamente com a vida e a saúde das pessoas, e suas ações podem fazer toda a diferença no bem-estar dos pacientes.
No entanto, junto com essa responsabilidade, também vêm muitas expectativas sobre como eles devem agir.
Mais do que conhecimento técnico, espera-se que um médico seja ético, atencioso e capaz de ouvir o paciente com empatia.
No mundo de hoje, onde os direitos dos pacientes estão cada vez mais em foco, é importante entender quais são as obrigações de um médico e como ele deve conduzir sua prática de forma a respeitar tanto a saúde quanto a dignidade das pessoas.
Neste artigo, vamos explorar de maneira clara e objetiva como um médico deve agir, respondendo às principais dúvidas sobre esse tema.
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Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- Ética médica: O que diz o Código de Ética Médica Brasileiro?
- Como um médico deve tratar o paciente?
- Como o médico deve agir em relação a pacientes que não seguem as orientações médicas?
- O que é a responsabilidade médica?
- O médico pode ser responsabilizado por erro?
- Quando as ações de um médico podem ser denunciadas?
- Conclusão: O que esperar de um bom médico?
- Um recado importante para você!
- Autor
Ética médica: O que diz o Código de Ética Médica Brasileiro?
No Brasil, os médicos seguem um conjunto de normas éticas estabelecidas pelo Código de Ética Médica, que orienta desde a relação com os pacientes até as responsabilidades com a sociedade.
O código foi atualizado pela Resolução CFM 2.217/2018, que rege os direitos e deveres dos médicos.
Entre as obrigações éticas dos médicos estão:
Sigilo médico
O sigilo médico é um dos direitos fundamentais dos pacientes e uma das obrigações mais rígidas dos profissionais de saúde.
Ele visa proteger a privacidade das informações sobre a saúde do paciente, sendo permitido quebrar esse sigilo apenas em casos legalmente previstos.
Consentimento informado
Antes de realizar qualquer procedimento, o médico deve obter o consentimento informado do paciente.
Isso significa que o paciente precisa estar ciente dos riscos, benefícios e alternativas disponíveis para tomar uma decisão consciente.
A recusa de um tratamento deve ser respeitada, exceto em situações em que a vida do paciente esteja em risco.
Cuidado e diligência
O médico tem o dever de agir com cuidado, utilizando todos os recursos técnicos e científicos à sua disposição.
É importante lembrar que a medicina é uma obrigação de meio, ou seja, o médico deve empregar os melhores meios possíveis para alcançar o resultado esperado, mas não pode garantir a cura.
Como um médico deve tratar o paciente?
O tratamento adequado envolve respeito, paciência e comunicação clara.
Não basta ter um diagnóstico preciso; é necessário saber como explicar ao paciente a sua condição e as opções de tratamento.
Abaixo, destacamos alguns pontos que todo médico deve observar ao tratar seus pacientes:
Ouvir com atenção
Um bom médico sabe que o primeiro passo para um atendimento eficaz é escutar o paciente.
Muitas vezes, o relato do paciente pode fornecer informações cruciais para o diagnóstico. Ouvir com atenção, sem interrupções, demonstra respeito e acolhimento.
Explicar de forma clara
Após ouvir, o médico deve explicar suas conclusões de forma que o paciente entenda. Usar termos técnicos pode confundir quem não tem conhecimento na área da saúde.
Por isso, é fundamental que o profissional adapte sua linguagem e esteja aberto para esclarecer dúvidas.
Respeitar o tempo do paciente
Cada paciente tem seu tempo para absorver as informações e tomar decisões sobre sua saúde.
O médico deve ser paciente e oferecer apoio ao longo desse processo, sem pressionar ou forçar escolhas.
Oferecer um atendimento humanizado
A humanização no atendimento médico significa reconhecer o paciente como uma pessoa com necessidades físicas e emocionais.
Isso inclui desde um simples cumprimento ao entrar no consultório até o cuidado ao falar de situações delicadas, como diagnósticos graves.
Como o médico deve agir em relação a pacientes que não seguem as orientações médicas?
Quando um paciente não segue as orientações médicas, o médico deve agir de forma ética e profissional, buscando entender as razões por trás dessa atitude.
A seguir, explicamos algumas ações que o médico deve adotar nessa situação:
Escuta ativa e diálogo aberto
O médico deve conversar com o paciente para entender por que as orientações não estão sendo seguidas.
Muitas vezes, o paciente pode ter dificuldades em compreender o tratamento, ter dúvidas ou até medos sobre os efeitos colaterais.
Escutar o paciente sem julgamento é fundamental para identificar a raiz do problema.
Reforçar a importância do tratamento
Depois de ouvir as preocupações do paciente, o médico deve reforçar, de forma clara e acessível, a importância de seguir o tratamento prescrito.
Explicar os possíveis riscos de não seguir as orientações e os benefícios que o tratamento trará pode ajudar o paciente a compreender melhor a necessidade de aderir às recomendações.
Ajustar o tratamento, se necessário
Se o médico perceber que o paciente está tendo dificuldades para seguir o tratamento por questões práticas, como efeitos colaterais intensos ou dificuldades financeiras para adquirir os medicamentos, ele pode ajustar o plano de tratamento.
Isso pode incluir mudanças na dosagem ou a substituição por opções mais acessíveis.
Respeitar a autonomia do paciente
Mesmo quando o paciente decide não seguir as orientações, o médico deve respeitar sua autonomia.
O paciente tem o direito de fazer suas próprias escolhas em relação ao tratamento, desde que esteja devidamente informado sobre os riscos.
Nesse caso, o médico deve registrar essa recusa no prontuário.
Orientar sobre os riscos da recusa
O médico deve sempre garantir que o paciente tenha consciência dos riscos ao não seguir o tratamento.
Ele deve fornecer informações sobre as consequências que a falta de adesão pode trazer à saúde, como o agravamento da doença ou a ineficácia do tratamento.
Essas atitudes equilibram o cuidado ético com o respeito à liberdade do paciente, promovendo um diálogo aberto e buscando sempre o melhor interesse do paciente.
O que é a responsabilidade médica?
A responsabilidade médica no Brasil está relacionada a eventuais falhas na prestação do serviço médico.
Isso pode acontecer por negligência, imperícia ou imprudência, que são comportamentos condenáveis e que podem gerar punições tanto na esfera cível quanto criminal.
O que é negligência médica?
A negligência médica ocorre quando o profissional deixa de fazer algo que era necessário, como, por exemplo, não solicitar exames importantes ou não prestar atendimento adequado em uma emergência.
O que é imperícia?
Imperícia é a falta de habilidade técnica para realizar um procedimento. Um médico que se propõe a fazer uma cirurgia sem ter experiência suficiente para isso está agindo com imperícia.
O que é imprudência?
Imprudência é agir de forma precipitada ou irresponsável, como administrar um medicamento sem verificar as contraindicações.
Esse tipo de atitude coloca em risco a vida do paciente e pode gerar sérias consequências.
O médico pode ser responsabilizado por erro?
Sim, um médico pode ser responsabilizado por erros que cometa. Quando há indícios de erro médico, é possível recorrer à Justiça para pedir indenização.
Além disso, o paciente pode fazer uma denúncia ao Conselho Regional de Medicina (CRM), que é o órgão responsável por fiscalizar a atuação dos médicos.
O Código Civil Brasileiro, em seu artigo 186, trata da responsabilidade civil por danos causados a terceiros, aplicando-se também à área médica.
Caso fique comprovado que o erro médico ocorreu por negligência, imperícia ou imprudência, o médico pode ser obrigado a reparar o dano causado ao paciente.
Quando as ações de um médico podem ser denunciadas?
As ações de um médico podem ser denunciadas quando há indícios de conduta inadequada ou irregularidades em seu trabalho, principalmente nos seguintes casos:
Negligência
Quando o médico não toma as medidas necessárias para cuidar adequadamente do paciente, como deixar de realizar exames importantes ou não acompanhar o tratamento de forma correta.
Imperícia
Quando o médico realiza procedimentos sem ter a devida habilidade ou conhecimento técnico para isso, como um erro em uma cirurgia por falta de experiência.
Imprudência
Quando o médico age de forma precipitada ou irresponsável, por exemplo, prescrevendo medicamentos sem verificar contraindicações ou aplicando tratamentos arriscados sem justificativa.
Desrespeito à autonomia do paciente
Se o médico desconsiderar a vontade do paciente em relação ao tratamento, forçar procedimentos ou negar informações necessárias para que o paciente tome decisões sobre sua própria saúde.
Quebra de sigilo médico
Quando o médico divulga informações confidenciais sobre o estado de saúde do paciente sem autorização, exceto em casos previstos por lei.
Recusa de atendimento sem justificativa
Quando o médico se recusa a atender um paciente em situação de urgência ou emergência, violando o dever de prestar assistência em casos críticos.
Desrespeito aos direitos do paciente
Quando o médico age de forma discriminatória, trata o paciente com desdém ou não oferece o atendimento adequado de acordo com o Código de Ética Médica.
Erros médicos graves
Se um erro médico causar danos ao paciente, como lesões permanentes ou morte, e houver indícios de negligência, imperícia ou imprudência, o médico pode ser denunciado e responsabilizado tanto civil quanto criminalmente.
Recusa de fornecimento de informações
O paciente tem o direito de ser informado sobre seu estado de saúde e sobre os procedimentos a que será submetido.
Se o médico se recusar a fornecer essas informações ou mentir para o paciente, isso pode configurar uma infração ética passível de denúncia.
Essas situações podem ser denunciadas ao Conselho Regional de Medicina (CRM) ou por meio de ação judicial, e o paciente pode buscar uma reparação se sofrer danos.
Conclusão: O que esperar de um bom médico?
A conduta médica ideal está alicerçada em três pilares: ética, responsabilidade e empatia. O bom médico é aquele que consegue unir conhecimento técnico à capacidade de ouvir e se importar com o outro.
Ele age de forma transparente, respeita a autonomia do paciente e busca sempre os melhores meios para garantir o bem-estar.
Seja em uma consulta presencial ou em uma orientação por telemedicina, o médico deve lembrar que está lidando com pessoas, e não apenas com doenças.
Cada paciente é único, e merece um atendimento individualizado, humano e respeitoso.
Neste artigo, buscamos esclarecer como deve ser a conduta de um médico, e esperamos que você, seja paciente ou profissional, tenha encontrado informações relevantes e úteis para entender melhor esse tema tão importante na área da saúde.
Se tiver mais dúvidas, não hesite em buscar ajuda de um profissional ou consultar as normas do Código de Ética Médica.
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