Deepfake: O que é e como ele pode te prejudicar?

Você conhece o chamado deepfake? Aqui, entenda o que é essa tecnologia e como ela pode impactar sua vida de maneira negativa!

Deepfake: O que é e como ele pode te prejudicar?

O que é o deepfake e como ele pode te prejudicar?

Nos últimos anos, a tecnologia tem avançado em um ritmo impressionante, trazendo benefícios em diversas áreas, mas também gerando novas preocupações.

Uma dessas inovações é o deepfake, uma tecnologia que usa inteligência artificial para criar vídeos, áudios e imagens falsas, mas extremamente realistas.

Essa ferramenta pode ser utilizada para simular o rosto e a voz de qualquer pessoa, criando uma falsa representação que pode ser praticamente indistinguível de uma gravação verdadeira.

Embora o deepfake tenha aplicações legítimas, como no cinema e na publicidade, seu uso indevido pode causar grandes danos.

As pessoas podem usar essa ferramenta para manipular informações, criar fake news, fraudar processos judiciais ou até mesmo difamar alguém publicamente.

Portanto, o principal problema do deepfake é que ele pode deturpar a realidade de maneira tão convincente que muitas vezes a vítima só descobre o impacto do ataque quando já é tarde demais.

Com vídeos e áudios cada vez mais realistas, entender os riscos e as formas de se proteger é essencial. Neste artigo, entenda o que é essa ferramenta tecnológica, como funciona e como se proteger!

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas.

Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

O que significa a palavra deepfake?

A palavra “deepfake” é a junção de “deep learning” e “fake”, que significa “falso”.

Deep learning é uma técnica de inteligência artificial usada para analisar e reproduzir padrões complexos, como voz e imagens.

Assim, quando falamos em deepfake, estamos nos referindo a vídeos, áudios ou imagens falsos que são criados utilizando essa tecnologia. Eles podem parecer tão reais que é difícil distinguir do conteúdo verdadeiro.

Essas criações são feitas para enganar, simulando que alguém fez ou disse algo que nunca aconteceu.

Por esse motivo, deepfakes podem ser usados de forma maliciosa, como em fraudes, manipulação de informações e difamação.

Vejamos isso melhor!

O que é o deepfake?

Como mencionamos, o deepfake é uma tecnologia que utiliza inteligência artificial para criar vídeos, áudios ou imagens falsas, mas extremamente realistas.

Assim, essa ferramenta é capaz de reproduzir com precisão o rosto, a voz e os movimentos de uma pessoa, mesmo que ela nunca tenha gravado aquele conteúdo.

Por exemplo, uma pessoa pode pegar o seu rosto, através de alguma foto sua online, e criar um vídeo com qualquer conteúdo que ela queira.

Desse modo, por meio de grandes quantidades de dados, como vídeos e imagens, o deepfake aprende a imitar expressões faciais e padrões de voz, criando uma ilusão convincente de que alguém fez ou disse algo que não é real.

O funcionamento dessa tecnologia envolve o uso de algoritmos avançados que analisam as características visuais e auditivas da pessoa-alvo.

Esses algoritmos são capazes de fundir a imagem de uma pessoa com outro conteúdo existente, manipulando seus movimentos de forma quase perfeita.

Além disso, essa IA pode alterar a voz, fazendo com que o áudio soe como se a pessoa tivesse falado aquilo, mesmo que nunca tenha ocorrido.

Por ser altamente sofisticada, essa tecnologia levanta preocupações sobre seu uso indevido, como na disseminação de notícias falsas, fraudes e ataques à reputação de indivíduos.

É crime fazer deepfake no Brasil?

No Brasil, não há uma lei específica que trate exclusivamente do uso de deepfakes. Ou seja, não está tipificado no Código Penal, que o uso dessa inteligência artificial é crime.

Contudo, a legislação já existente pode ser aplicada em diversos casos de uso indevido dessa tecnologia. A Lei Geral de Proteção de Dados, por exemplo, protege o uso da imagem e da identidade pessoal de cada indivíduo.

Saiba se deepfake é considerado crime! deepfake

Deepfake é crime no Brasil?

Assim, criar ou divulgar um deepfake sem consentimento pode violar a privacidade e a proteção de dados pessoais, sujeitando o responsável a penalidades previstas pela LGPD.

Se um deepfake for criado para difamar, caluniar ou injuriar alguém, ele pode ser considerado crime contra a honra, conforme previsto no Código Penal Brasileiro.

Caso essa ferramenta seja usada para enganar ou prejudicar outras pessoas financeiramente, ele pode ser tratado como crime de fraude.

Da mesma forma, o uso de deepfakes para manipular o resultado de eleições ou influenciar a opinião pública também pode ser enquadrado nas leis de crimes eleitorais.

Em alguns casos, se envolver, por exemplo, imagens ou vídeos sexuais, pode ser também considerado como crime de assédio sexual.

Neste sentido, há a possibilidade de responsabilização criminal pelo uso dessa IA. Além disso, as vítimas podem buscar por indenizações na esfera civil.

Portanto, mesmo sem uma lei específica, o uso mal-intencionado de deepfakes pode gerar sérias consequências legais no Brasil, e os responsáveis podem ser processados e punidos de acordo com a legislação existente.

Quais são os riscos da deepfake?

Infelizmente, são vários os riscos associados ao uso dessa inteligência artificial. Em especial, quando as pessoas usam de forma criminosa.

Um dos principais é o risco à reputação. A tecnologia pode ser usada para criar vídeos ou áudios falsos de pessoas públicas ou privadas, colocando-as em situações comprometedoras.

Isso pode gerar graves consequências para a vida pessoal e profissional da vítima, muitas vezes sem que ela tenha feito algo errado.

Outro risco é a manipulação de informações, como no caso de fake news. Deepfakes podem ser usadas para distorcer a realidade, influenciando a opinião pública ou manipulando processos eleitorais.

Além disso, existe o risco de fraudes, em que essa tecnologia pode ser usada para imitar a voz ou a imagem de alguém com o objetivo de cometer crimes financeiros.

A deepfake também pode comprometer a segurança digital, já que criminosos podem utilizar essa ferramenta para enganar sistemas de reconhecimento facial ou de voz.

Podemos mencionar, também, a manipulação da imagem pessoal. Vídeos e áudios falsos podem ser criados para difamar, enganar ou até mesmo incriminar alguém.

Outro risco muito preocupante é o uso de deepfakes para criar imagens ou vídeos sexuais falsos. Essa prática pode gerar danos psicológicos e morais profundos nas vítimas, além de ser uma forma de violência digital.

Desse modo, essa ferramenta pode ser muito prejudicial! Esteja sempre atento a possibilidade de ser um vídeo, imagem ou áudio falso, a fim de evitar acreditar em tudo que se encontra pela internet.

Posso usar ferramentas de inteligência artificial?

A utilização de ferramentas de inteligência artificial, como as que criam deepfakes, levanta diversas questões jurídicas que variam conforme a jurisdição e o contexto em que são empregadas.

A criação de deepfakes que utilizam a imagem ou a voz de indivíduos sem o consentimento deles pode infringir os direitos de imagem e de personalidade. No Brasil, o artigo 5º da Constituição Federal garante o direito à imagem, o que significa que qualquer uso da imagem de uma pessoa deve ser autorizado por ela.

O uso não autorizado pode resultar em ações judiciais por danos morais. Além disso, o uso de ferramentas de IA para criar deepfakes pode envolver questões de propriedade intelectual, especialmente se estiverem sendo usadas imagens, vídeos ou áudios protegidos por direitos autorais.

Outro aspecto relevante é que a criação de deepfakes com a intenção de enganar ou fraudar pessoas, como na disseminação de informações falsas ou na criação de conteúdos enganosos, pode ser considerada crime.

No Brasil, a legislação já aborda a questão da falsidade ideológica e da utilização de meios fraudulentos para enganar terceiros, o que pode incluir o uso de deepfakes. Portanto, o uso de ferramentas de inteligência artificial para a criação de deepfakes deve ser abordado com cautela e consideração pelas implicações legais envolvidas.

Como posso identificar um deepfake?

Essa é uma dúvida muito comum e que causa preocupação, pois essa IA é altamente sofisticada.

Assim, identificar um deepfake nem sempre é fácil, mas há algumas dicas que podem ajudar.

Um dos primeiros sinais é a sincronia dos movimentos faciais. Muitas vezes, esses vídeos falsos têm dificuldades em reproduzir expressões naturais, como o piscar dos olhos ou movimentos sutis da boca e do rosto.

Outro ponto importante é a qualidade do áudio. Se a voz parecer robótica, com mudanças abruptas no tom ou pausas estranhas, pode ser um indício de deepfake.

Além disso, observe a iluminação e sombras. Vídeos falsificados podem ter inconsistências nessas áreas, como sombras mal ajustadas ou iluminação irregular.

Também é útil utilizar ferramentas tecnológicas que detectam manipulações em vídeos, como softwares especializados.

Por fim, sempre busque verificar a fonte do conteúdo. Se o vídeo ou áudio não veio de uma fonte confiável, desconfie e busque outras referências antes de acreditar no que está sendo apresentado.

Como posso me proteger de deepfakes?

Para se proteger de deepfakes, a primeira medida é:

Limitar a exposição de suas informações pessoais na internet!

Quanto menos fotos, vídeos e áudios disponíveis, mais difícil será para alguém coletar material suficiente para criar um deepfake convincente.

Manter suas redes sociais com configurações de privacidade restritas e evitar o compartilhamento público de conteúdos pessoais pode ser uma boa prática de segurança.

Além disso, esteja atento a possíveis tentativas de phishing ou outras formas de roubo de dados que possam ser utilizadas para alimentar deepfakes.

Outra forma de proteção é ficar atento aos sinais de deepfakes.

Se você desconfiar que algum conteúdo falso está circulando com sua imagem ou voz, procure ajuda jurídica imediatamente.

A legislação brasileira oferece ferramentas, como o Marco Civil da Internet e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para remover esse conteúdo e punir os responsáveis.

Ademais, utilizar softwares de verificação de vídeo pode ajudar a identificar falsificações, caso você suspeite de alguma manipulação. Dessa forma, é possível agir rapidamente e mitigar os danos causados por deepfakes.

Como pedir para retirar um deepfake meu?

Para solicitar a remoção de um deepfake que utiliza sua imagem ou voz sem consentimento, você pode seguir alguns passos que envolvem ações legais e de comunicação. Primeiro, identifique a plataforma ou site onde o deepfake está hospedado, pois a abordagem pode variar dependendo da plataforma.

Em seguida, você deve entrar em contato com o responsável pelo conteúdo, seja por meio de um formulário de denúncia, e-mail ou telefone, explicando a situação e solicitando a remoção do vídeo. É importante incluir informações claras, como o link do deepfake e uma descrição do porquê sua imagem ou voz estão sendo usadas sem autorização.

Se a remoção não ocorrer ou se você se sentir ameaçado, pode ser necessário buscar ajuda legal. Consultar um advogado especializado em direitos de imagem ou propriedade intelectual pode ser útil para entender suas opções legais, como enviar uma notificação formal de cessação e desistência (cease and desist) ou entrar com uma ação judicial.

Além disso, se o deepfake estiver sendo usado de maneira maliciosa ou prejudicial, você pode registrar um boletim de ocorrência na delegacia, especialmente se houver um potencial de difamação ou assédio. É fundamental agir rapidamente, já que a rapidez na remoção do conteúdo pode ajudar a evitar danos adicionais à sua imagem ou reputação.

Um recado final para você!

Advogado especialista em Deepfake

Em caso de dúvidas, procure assistência para lidar com deepfake!

Sabemos que este tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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