O que é depósito judicial e como afeta seu crédito?
O depósito judicial trata de um valor bloqueado ou cobrado na Justiça. Mas como ele afeta os seus direitos?
Você já ouviu falar em depósito judicial e ficou na dúvida sobre o que isso significa ou se pode afetar seu nome e seu crédito?
Esse é um tema que gera muitas dúvidas, principalmente entre pessoas que estão envolvidas em algum processo judicial e acabam tendo que depositar um valor em juízo.
Embora o termo pareça complicado, o depósito judicial é, na prática, uma forma de garantir que o dinheiro de uma disputa fique protegido até que a Justiça decida quem tem direito a ele.
Neste artigo, você vai entender de forma simples o que é um depósito judicial, como ele funciona, em quais situações é usado, o que acontece depois que o depósito é feito e se ele afeta o seu crédito.
Também, quanto tempo demora para receber o valor, e se é necessário ter um advogado para lidar com esse tipo de situação.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é um depósito judicial?
- Como funciona um depósito judicial?
- Em quais casos o depósito judicial é usado?
- O que vem depois de um depósito judicial?
- Como o depósito judicial afeta o meu crédito?
- Quanto tempo para receber o depósito judicial?
- Preciso de advogado em caso de depósito judicial?
- Um recado final para você!
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O que é um depósito judicial?
O depósito judicial é um valor em dinheiro que fica retido em uma conta controlada pelo Judiciário, geralmente no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal.
Ele é usado para assegurar que, ao final do processo, quem tiver razão receba o valor devido.
Na prática, ele funciona como uma garantia: o devedor deposita a quantia em juízo para mostrar que tem condições de pagar, mas aguarda a decisão final antes que o valor seja transferido ao credor.
Essa medida evita bloqueios e penhoras desnecessárias, preservando tanto o direito de quem cobra quanto de quem paga.
Enquanto o processo está em andamento, o dinheiro fica bloqueado, mas rende juros e correção monetária, garantindo que o valor não se desvalorize.
Assim, o depósito judicial se torna uma ferramenta de equilíbrio entre as partes.
Como funciona um depósito judicial?
Para realizar o depósito, é necessário emitir uma guia oficial no site do tribunal onde o processo tramita.
Essa guia contém o número do processo, o nome das partes e o valor que será depositado. Sem esse documento, o depósito não tem validade.
Com a guia em mãos, o pagamento deve ser feito em banco autorizado, como o Banco do Brasil ou a Caixa.
O dinheiro é transferido para uma conta judicial vinculada ao processo e só pode ser movimentado após ordem do juiz.
Quando o processo termina, o juiz decide quem tem direito ao valor e autoriza a retirada por meio do alvará de levantamento. Esse documento permite o saque ou a transferência do dinheiro diretamente para a conta da parte vencedora.
Em quais casos o depósito judicial é usado?
O depósito judicial é utilizado em diferentes tipos de processos, tanto cíveis quanto trabalhistas, tributários ou empresariais.
Em ações de cobrança, por exemplo, o devedor pode depositar o valor discutido para demonstrar boa-fé e evitar bloqueios.
Nas execuções fiscais, empresas que contestam tributos costumam usar o depósito judicial para suspender a cobrança até que a Justiça decida quem tem razão. Isso evita penhoras e garante o funcionamento do negócio.
Na Justiça do Trabalho, ele é obrigatório em alguns casos.
Empresas condenadas, por exemplo, precisam fazer o depósito recursal para recorrer da decisão, garantindo que o trabalhador receba o valor caso o recurso não seja aceito.
O que vem depois de um depósito judicial?
Depois de feito, o valor fica em custódia do Poder Judiciário até a decisão final. Durante esse tempo, nenhuma das partes pode movimentar o dinheiro sem autorização judicial.
Com a sentença, o juiz analisa quem tem direito ao valor. Se o autor da ação vencer, o depósito é liberado em seu favor; se o réu for vitorioso, o dinheiro é devolvido.
Em qualquer caso, é sempre necessária a autorização do juiz, por meio do alvará.
Após a liberação, o valor pode ser transferido diretamente para a conta bancária da parte beneficiária.
Alguns tribunais já permitem essa movimentação via Pix judicial, o que torna o processo mais rápido e seguro.
Como o depósito judicial afeta o meu crédito?
O depósito judicial não afeta diretamente o seu score de crédito, segundo informações da Serasa. Isso porque o depósito é apenas uma garantia e não um registro de inadimplência.
No entanto, o fato de existir uma ação judicial pode impactar a análise de crédito feita por bancos e instituições financeiras.
Isso ocorre porque a disputa judicial indica um possível risco de inadimplência, mesmo que o valor já esteja garantido.
Ou seja, o problema não é o depósito, mas a existência da dívida ou do processo.
Por isso, se você fez um depósito judicial, guarde todos os comprovantes e, ao final do processo, peça a baixa da pendência para manter seu nome limpo e seu histórico financeiro protegido.
Quanto tempo para receber o depósito judicial?
O prazo para liberação do depósito judicial varia conforme o tipo de processo e o tribunal.
Em média, leva de 5 a 10 dias úteis após a emissão do alvará de levantamento, mas esse prazo pode ser maior em casos mais complexos.
Na esfera federal, a Lei nº 9.703/1998 determina que o valor deve ser devolvido em até 24 horas após a ordem judicial em processos tributários.
Já na Justiça Estadual ou Trabalhista, o prazo depende da agilidade do cartório e do banco.
Além disso, se o processo ainda estiver em fase de recurso, o valor não pode ser levantado.
Nesses casos, é fundamental o acompanhamento de um advogado para garantir que o pedido de liberação ocorra no momento certo e sem erros.
Preciso de advogado em caso de depósito judicial?
Embora não seja obrigatório em todos os casos, ter um advogado é fortemente recomendado.
O procedimento envolve etapas técnicas, como o cálculo do valor, a emissão da guia correta e o pedido de levantamento, que exigem conhecimento jurídico.
Um advogado pode garantir que o depósito seja feito corretamente, com todos os requisitos legais, e acompanhar o processo até a liberação.
Ele também atua para incluir juros e correções de forma adequada, evitando prejuízos.
Além disso, em causas mais complexas, como execuções fiscais, trabalhistas ou disputas de grande valor, a presença do advogado é indispensável.
Ele assegura que seus direitos sejam respeitados e que o dinheiro seja liberado sem entraves.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Saiba como garantir o melhor apoio para suas decisões.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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