Filha e genro presos por planejar morte de fazendeiro

Uma herança de R$ 3 milhões e um assassinato premeditado. Entenda como a ganância transformou uma família em cenário de tragédia.

Filha e genro presos por planejar morte de fazendeiro

Filha e genro presos por planejar morte de fazendeiro

Em abril de 2024, um crime brutal envolvendo uma herança milionária abalou a cidade de Campinorte, Goiás, e ganhou destaque em todo o país.

Agora, em dezembro, com o casal suspeito preso preventivamente e novos detalhes das investigações revelados, o caso volta a ser comentado, trazendo à tona as implicações legais e familiares dessa tragédia.

Uma filha e seu marido são acusados de planejar o assassinato do pai dela para herdar um patrimônio avaliado em R$ 3 milhões.

Este artigo revisita o caso para detalhar as descobertas recentes, esclarecer o andamento jurídico e responder às dúvidas mais comuns sobre crimes relacionados a heranças. Continue lendo para entender mais!

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

O que aconteceu no caso de Campinorte?

No dia 1º de abril de 2024, um fazendeiro foi morto em uma emboscada enquanto pilotava sua motocicleta em uma estrada vicinal na zona rural de Campinorte, Goiás.

Ele foi abordado por três homens que, segundo as investigações, participaram do crime. A vítima foi atingida por dois tiros fatais e morreu no local.

De acordo com a Polícia Civil de Goiás, o crime foi planejado pela filha da vítima e seu genro, com o objetivo de herdar os bens do fazendeiro.

Eles contrataram um executor para realizar o assassinato, oferecendo R$ 20 mil como pagamento. O crime foi descrito como premeditado, com negociações e planos cuidadosamente elaborados antes da execução.

Qual era o valor e a composição da herança?

O fazendeiro deixou um patrimônio avaliado em R$ 3 milhões, composto por:

A filha era a única herdeira legal e, portanto, seria a beneficiária integral da herança após a morte do pai.

A investigação mostrou que a motivação principal do crime foi o desejo de acesso rápido a esse patrimônio.

Como foi planejado o assassinato?

O casal suspeito contratou um executor, que por sua vez trouxe dois comparsas para ajudar na execução.

A negociação entre os mandantes e o executor ocorreu “no meio do mato”, segundo o delegado responsável pelo caso, em um ambiente que evitava possíveis testemunhas.

O pagamento combinado foi de R$ 20 mil, mas o executor não recebeu o valor após o crime, o que gerou tensões entre ele e o casal.

Durante as investigações, a polícia obteve prints de conversas entre o genro e o executor que comprovaram o planejamento do assassinato e a posterior quebra do acordo de pagamento.

Como o executor denunciou o casal?

Após realizar o crime e não receber o pagamento prometido, o executor tentou negociar o parcelamento da dívida. Ele propôs receber o valor de R$ 20 mil em três parcelas:

No entanto, o casal continuou a ignorar os pedidos e bloqueou o executor em aplicativos de mensagens. Isso levou o executor a ameaçá-los, dizendo: “Ou me paga ou vai todo mundo para a cadeia.” Quando essas ameaças não surtiram efeito, ele cumpriu sua promessa e denunciou o caso à Polícia Civil anonimamente.

A denúncia foi acompanhada de provas contundentes, como:

Essas provas foram fundamentais para que a polícia avançasse nas investigações e determinasse o envolvimento do casal.

O que aconteceu após o crime?

Logo após o assassinato, a filha começou a tomar medidas que levantaram suspeitas:

Ela tentou acessar o dinheiro da conta bancária do pai, mas não conseguiu devido à ausência de documentos necessários.

Três meses após o crime, vendeu 100 cabeças de gado e um dos imóveis localizados em Campinorte.

O casal comprou um carro novo e um smartphone caro, mesmo sem justificativas financeiras plausíveis.

De acordo com o delegado Peterson Amin, essas ações foram interpretadas como tentativas de usufruir rapidamente do patrimônio herdado, gerando estranheza e reforçando os indícios de envolvimento no crime.

Quem são os principais envolvidos no caso?

Alegou em depoimento que o marido foi o único responsável por planejar o crime.

Disse que não o denunciou por medo de represálias.

A polícia, no entanto, apresentou evidências que indicam sua participação ativa no planejamento e execução do crime.

Optou por permanecer em silêncio durante o depoimento.

É apontado como coautor do crime, tendo participado ativamente das negociações com o executor.

Foi contratado para realizar o assassinato e denunciou o casal após não receber o pagamento combinado.

Permanece foragido até o momento.

Dois homens que ajudaram na execução do assassinato, mas que ainda não foram localizados.

O que é homicídio qualificado e como ele se aplica aqui?

De acordo com o artigo 121 do Código Penal Brasileiro, o homicídio qualificado é aquele que ocorre com agravantes, como:

Esse tipo de crime é punido com reclusão de 12 a 30 anos. No caso do casal, o fato de terem planejado o assassinato e se beneficiado diretamente do patrimônio da vítima aumenta a gravidade da acusação.

O que acontece com a herança em casos de crime?

Segundo o artigo 1.814 do Código Civil Brasileiro, herdeiros que cometem crimes contra o autor da herança perdem automaticamente o direito de sucessão.

Isso significa que, se a filha for condenada, ela será deserdada, e a herança poderá ser redistribuída para outros familiares ou pessoas designadas legalmente.

Quais são os desdobramentos mais recentes do caso?

O casal foi preso preventivamente em 20 de dezembro de 2024, na cidade de Campos Verdes, Goiás. Ambos enfrentam acusações de homicídio duplamente qualificado.

A investigação segue em andamento, com foco na localização do executor e dos comparsas foragidos.

Até o momento, a defesa oficial do casal não se apresentou, e a Defensoria Pública, que os representou inicialmente, já foi substituída.

Por que este caso é tão relevante?

Este caso chamou atenção nacional devido a vários fatores:

Assim sendo, o caso de Campinorte é um exemplo marcante de como disputas patrimoniais podem levar a tragédias familiares.

A herança, que deveria ser um recurso para continuidade e bem-estar, tornou-se o estopim de um crime cruel e premeditado.

A justiça brasileira continua investigando o caso, e o julgamento dos envolvidos determinará as punições adequadas. Este é um alerta para a importância de valores éticos e legais em situações de sucessão patrimonial.

Se este artigo foi útil para você, compartilhe com outros leitores interessados no tema. Conhecer a legislação e os desdobramentos desses casos pode ajudar a prevenir situações semelhantes.

Um recado final para você!

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

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Sabemos que o tema “filha e genro presos por planejar morte de fazendeiro” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

 

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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