O que é inadimplência e como evitar?

Sua empresa ou você está perdendo dinheiro com a inadimplência? Descubra como reduzir os atrasos e recuperar o que é seu!

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O que é inadimplência e como evitar?

Estar inadimplente é mais comum do que se imagina e, ao mesmo tempo, mais angustiante do que muitos admitem.

Basta um atraso no cartão de crédito, um financiamento que apertou o orçamento, ou mesmo uma emergência de saúde para que aquela dívida, antes sob controle, comece a virar uma bola de neve.

E, de repente, vem a cobrança, o nome negativado, o telefone tocando sem parar, a ansiedade constante de abrir o e-mail ou checar o extrato bancário.

A inadimplência acontece quando uma pessoa ou empresa não consegue pagar uma dívida no prazo combinado com o credor, seja ela de um banco, loja, serviço público ou privado.

De acordo com dados da Serasa, em abril deste ano, cerca de 76,6 milhões de brasileiros estavam com dívidas em atraso por mais de 90 dias, representando 47,1% da população economicamente ativa.

Esse é o maior índice de inadimplência já registrado desde o início da série histórica, em 2016. Juntas, essas dívidas totalizam um montante impressionante de R$ 457,4 bilhões.

Se você já passou ou está passando por isso, saiba: você não está sozinho, e é possível sair dessa situação com planejamento e informação..

Neste conteúdo, vamos explicar de forma clara, acessível e sem julgamentos o que é inadimplência, o que ela causa, e como você pode se organizar para evitar cair nessa armadilha.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é a inadimplência?

A inadimplência acontece quando uma pessoa ou empresa não paga uma dívida no prazo combinado, ou seja, quando deixa de cumprir uma obrigação financeira assumida, como o pagamento de uma fatura de cartão, um boleto bancário, uma prestação de financiamento ou contas de consumo, como luz, água ou telefone.

É o famoso “ficar devendo”, e pode ocorrer tanto por esquecimento quanto por falta de recursos naquele momento.

A partir do vencimento, o devedor passa a estar inadimplente e, dependendo do contrato e do credor, pode sofrer juros, multa, restrições no CPF (como negativação nos órgãos de proteção ao crédito), cobrança judicial e até protesto em cartório.

Em casos empresariais, a inadimplência pode comprometer fornecedores, parceiros e até gerar processos.

Mas é importante dizer que inadimplência não é sinônimo de má-fé.

Muitas vezes, ela surge por imprevistos, desemprego, problemas de saúde, ou má organização financeira.

A boa notícia é que, mesmo com o nome negativado, é possível negociar dívidas, limpar o nome e voltar a ter crédito na praça.

O primeiro passo é entender o que está sendo cobrado, e o segundo é buscar uma forma viável de resolver.

O que é ser inadimplente?

Ser inadimplente significa estar com uma ou mais dívidas em atraso, ou seja, não ter cumprido o pagamento de uma obrigação financeira no prazo acordado com o credor.

Isso pode acontecer com qualquer tipo de conta: fatura de cartão de crédito, parcelas de empréstimos, boletos de compras, mensalidades escolares, contas de consumo (água, luz, telefone), entre outras.

Ao se tornar inadimplente, o nome da pessoa ou empresa pode ser negativado em órgãos de proteção ao crédito, como SPC ou Serasa, o que dificulta a obtenção de novos financiamentos, cartões, crediários e até mesmo contratações ou aluguéis.

Além disso, podem ser aplicados juros, multas, cobranças extrajudiciais ou judiciais.

Mas ser inadimplente não significa ser irresponsável ou desonesto. Em muitos casos, a inadimplência surge por motivos imprevistos, como perda de emprego, problemas de saúde ou descontrole financeiro.

O importante é reconhecer a situação e buscar caminhos para negociar as dívidas, regularizar o nome e retomar a estabilidade financeira com dignidade.

Quais são os tipos de inadimplência?

Quais são os tipos de inadimplência?

Tipo Descrição
Inadimplência pontual Atraso leve, geralmente de poucos dias. Ainda é possível regularizar sem grandes consequências.
Inadimplência contumaz O devedor atrasa frequentemente. Pode gerar cobranças formais e afeta o crédito.
Inadimplência total Nenhum pagamento é feito. Pode resultar em protesto, negativação e ação judicial.

 Identificar o tipo de inadimplência é essencial para definir a melhor estratégia jurídica.

Os tipos de inadimplência variam de acordo com a origem da dívida e o perfil do devedor, e entender essa classificação ajuda a identificar melhor o problema e buscar soluções mais eficazes.

De forma geral, podemos dividir a inadimplência em quatro tipos principais:

1. Inadimplência pessoal ou do consumidor

Esse é o tipo mais comum, que ocorre quando uma pessoa física deixa de pagar dívidas como cartão de crédito, empréstimos, financiamentos, contas de luz, água, telefone, aluguel ou boletos de compras.

É o famoso “nome sujo” nos órgãos de proteção ao crédito, como SPC, Serasa ou Boa Vista.

2. Inadimplência empresarial

Acontece quando uma empresa, seja pequena ou grande, não honra seus compromissos com fornecedores, bancos, tributos ou funcionários.

Essa situação pode comprometer a reputação da empresa, sua capacidade de obter crédito e até levá-la à falência se não for resolvida a tempo.

3. Inadimplência bancária ou financeira

É aquela em que o devedor deixa de pagar dívidas com instituições financeiras, como empréstimos pessoais, cheque especial, financiamentos de veículos ou imóveis.

Em geral, esse tipo de inadimplência gera juros altos e pode envolver renegociações ou bloqueio de bens em ações judiciais.

4. Inadimplência tributária

Ocorre quando uma pessoa física ou jurídica deixa de pagar impostos, taxas ou contribuições obrigatórias.

No caso de empresas, a inadimplência tributária pode gerar multas, execuções fiscais e impedimento de participar de licitações públicas.

Para pessoas físicas, o mais comum é o atraso no IPVA, IPTU ou Imposto de Renda, o que também pode resultar em cobranças e sanções.

Cada tipo de inadimplência tem consequências diferentes, mas todos têm algo em comum: quanto antes forem identificados e enfrentados, maiores são as chances de negociação, regularização e retomada do controle financeiro.

Reconhecer o tipo de dívida é o primeiro passo para agir com estratégia e recuperar a tranquilidade.

Qual a diferença entre dívida e inadimplência?

A diferença entre dívida e inadimplência está no prazo de pagamento e na regularidade da obrigação.

Ter uma dívida significa que você assumiu um compromisso financeiro futuro — como um financiamento, um parcelamento, um empréstimo ou uma compra a prazo. Essa dívida ainda está dentro do prazo de pagamento e, por isso, está regular.

Ou seja, você tem uma dívida, mas ainda não está devendo de forma negativa.

Já a inadimplência ocorre quando você deixa de pagar essa dívida no prazo combinado.

A partir do vencimento sem pagamento, a dívida passa a ser considerada inadimplida, e o devedor se torna inadimplente.

É nesse momento que podem surgir juros, multa, negativação do CPF, protestos e cobranças.

Exemplo simples: se você comprou um celular parcelado em 10 vezes e está pagando as parcelas em dia, você tem uma dívida. Mas se deixou de pagar uma ou mais parcelas no prazo, você entrou em inadimplência.

Em resumo, toda inadimplência é uma dívida em atraso — mas nem toda dívida representa inadimplência. A diferença está em cumprir ou não o prazo acordado.

Quais são as principais causas da inadimplência?

quais as principais causas da inadimplência

Quais são as principais causas da inadimplência?

As principais causas da inadimplência envolvem tanto fatores pessoais quanto econômicos, e muitas vezes combinam imprevistos com falta de planejamento.

Entender essas causas é essencial para evitar o endividamento excessivo e manter uma vida financeira equilibrada. Veja as mais comuns:

a. Desemprego ou perda de renda

A falta de trabalho ou a redução súbita da renda é uma das principais causas de inadimplência no Brasil.

Sem uma fonte estável de dinheiro, a pessoa não consegue manter os pagamentos em dia.

b. Gastos acima do que se ganha

Quando a pessoa consome mais do que recebe mensalmente, acaba recorrendo a crédito, parcelamentos e empréstimos, até que o orçamento se torna insustentável.

c. Uso descontrolado do cartão de crédito e cheque especial

Esses dois meios de crédito são atrativos pela facilidade, mas cobram juros altíssimos em caso de atraso ou pagamento mínimo.

Muita gente entra em inadimplência tentando “empurrar” a dívida mês a mês.

d. Ausência de planejamento financeiro

A falta de controle sobre o que entra e sai do bolso, a inexistência de anotações, metas ou reserva de emergência leva a atrasos frequentes e dificuldade em honrar compromissos.

e. Doenças ou emergências familiares

Gastos inesperados com saúde, acidentes, ou apoio a familiares podem desorganizar completamente o orçamento e levar ao não pagamento de dívidas anteriores.

f. Empréstimos excessivos ou mal planejados

Assumir muitos financiamentos ao mesmo tempo ou comprometer grande parte da renda com prestações futuras pode deixar o devedor sem margem para imprevistos.

g. Falta de educação financeira

Muitas pessoas nunca aprenderam a lidar com dinheiro de forma consciente.

Sem essa base, é fácil cair em armadilhas de crédito fácil, compras por impulso e decisões financeiras arriscadas.

A inadimplência não costuma surgir de um dia para o outro — ela é resultado de acúmulo, descontrole ou imprevistos que não foram bem gerenciados.

Por isso, o caminho para evitá-la começa com organização, autoconhecimento financeiro e atitudes preventivas.

O que acontece quando uma pessoa fica inadimplente?

Quando uma pessoa fica inadimplente, ou seja, não paga uma dívida no prazo combinado, uma série de consequências podem começar a surgir — algumas imediatas, outras que se acumulam com o tempo.

A primeira delas é a incidência de juros, multas e correção monetária, o que aumenta o valor total da dívida e dificulta ainda mais o pagamento.

Além disso, o nome do devedor pode ser negativado em órgãos de proteção ao crédito, como SPC, Serasa ou Boa Vista, o que compromete sua reputação financeira.

Com o CPF restrito, a pessoa pode ter dificuldade para abrir conta bancária, conseguir crédito, alugar imóvel, financiar um carro ou até contratar determinados serviços.

Em casos mais graves, a empresa credora pode recorrer ao protesto em cartório, e posteriormente à cobrança judicial, que pode resultar em penhora de bens, bloqueio de contas bancárias ou descontos automáticos em salários e aposentadorias — tudo autorizado por decisão judicial.

Além dos impactos práticos, a inadimplência também pode gerar consequências emocionais, como ansiedade, medo de cobranças, vergonha ou insegurança na tomada de decisões. Por isso, o mais importante é não ignorar a dívida.

Quanto antes o problema for reconhecido, maiores são as chances de negociação com descontos, parcelamentos e recuperação do crédito.

Ficar inadimplente não significa fracasso, mas deixar a dívida se arrastar pode transformar um problema temporário em algo duradouro e muito mais difícil de resolver.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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