Juntada de petição: o que é, como fazer e para que serve?

Descubra o que é a juntada de petição, como realizar o procedimento corretamente e sua importância no andamento de processos judiciais. Entenda quando e por que é fundamental para garantir que seus pedidos sejam formalmente considerados no processo!

Imagem representando juiz analisando juntada de petição.

Juntada de petição: o que é, como fazer e para que serve?

No meio jurídico, a juntada de petição é um procedimento essencial para o andamento dos processos, garantindo que novos documentos, manifestações e pedidos das partes sejam formalmente anexados aos autos. 

Esse ato processual permite que o juiz tome conhecimento das alegações e provas apresentadas, influenciando diretamente o curso da ação.

Além disso, é importante diferenciar os termos “juntada de petição”, que se refere ao ato de anexar documentos ao processo, e “petição de juntada”, que é o documento utilizado para solicitar essa inclusão.

Neste artigo, explicamos como funciona esse procedimento, quais são suas regras e a importância da juntada de petição no trâmite judicial.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

O que é uma juntada de petição?

A juntada de petição é o ato processual em que uma petição ou documento é anexado aos autos do processo, formalizando um pedido, manifestação ou apresentação de provas.

Esse procedimento permite que as partes envolvidas no processo encaminhem novas informações ao juiz, garantindo que suas alegações e requerimentos sejam considerados no andamento da ação.

A juntada pode ocorrer em diversas situações, como a apresentação de contestação, recursos, documentos complementares ou até mesmo comunicações entre as partes e o Judiciário. Esse procedimento é essencial para garantir o devido processo legal e a transparência na condução da ação.

Para que serve a juntada de petição?

A juntada de petição serve para formalizar a inclusão de documentos ou manifestações das partes no processo judicial, garantindo que o juiz e os demais envolvidos tenham acesso às novas informações apresentadas.

Esse procedimento é essencial para registrar pedidos, apresentar provas, interpor recursos, comunicar fatos relevantes ou cumprir determinações judiciais.

Além disso, permite que todas as movimentações processuais fiquem devidamente documentadas, assegurando a transparência e o devido processo legal.

Quais são os casos que precisam de juntada de petição?

A juntada de petição é necessária em diversas situações dentro de um processo judicial. Alguns dos casos mais comuns em que esse procedimento é utilizado incluem:

A juntada de petição, portanto, é um procedimento fundamental para garantir que todas as movimentações processuais sejam formalizadas e devidamente analisadas pelo judiciário.

Como fazer uma juntada de petição?

Para fazer uma juntada de petição, é necessário seguir alguns passos essenciais, que podem variar conforme o tribunal e o sistema de processo eletrônico utilizado. O procedimento geralmente envolve as seguintes etapas:

i. Elaboração da petição – O advogado ou a parte interessada deve redigir a petição contendo a solicitação desejada, fundamentando o pedido com base na legislação e nos fatos relevantes ao processo.

Se houver documentos anexos, é importante mencioná-los na petição.

ii. Acesso ao sistema do tribunal – No caso de processos eletrônicos, a petição deve ser protocolada por meio do sistema do tribunal onde o processo está tramitando, como o PJe (Processo Judicial Eletrônico), E-SAJ, PROJUDI ou outro sistema adotado pela comarca.

iii. Escolha do tipo de petição – Ao anexar a petição no sistema, é necessário selecionar corretamente o tipo de juntada, como “Petição Intermediária”, “Cumprimento de Determinação” ou outra categoria específica disponível no tribunal.

iv. Anexação da petição e documentos – O arquivo da petição deve ser enviado no formato exigido pelo tribunal, geralmente PDF, junto com eventuais documentos complementares, como procurações, comprovantes ou laudos.

v. Protocolização – Após a conferência dos dados e anexos, a petição deve ser enviada ao sistema do tribunal, gerando um comprovante de protocolo que confirma o envio e a inclusão nos autos do processo.

vi. Acompanhamento da juntada – Após o protocolo, é fundamental monitorar o andamento do processo para verificar se a petição foi devidamente juntada e despachada pelo juiz ou analisada pelo cartório.

O procedimento pode ser realizado de forma presencial no cartório judicial quando o processo for físico, mas, na maioria dos casos, os tribunais já adotam sistemas eletrônicos, tornando o processo mais ágil e acessível.

O que acontece depois de uma juntada de petição?

Após a juntada de petição, o documento passa a integrar formalmente os autos do processo, e seu andamento dependerá da natureza da petição e das regras do tribunal. Primeiro, o cartório judicial faz a conferência do documento e, se estiver correto, realiza a efetiva anexação ao processo.

Em seguida, caso a petição contenha um pedido que exija análise, o juiz pode despachar sobre o assunto, deferindo ou indeferindo o que foi solicitado.

Dependendo do caso, as partes envolvidas podem ser intimadas para se manifestar antes da decisão. 

Se a petição for meramente informativa ou tratar de documentos complementares, ela será apenas anexada aos autos sem necessidade de um despacho imediato.

Após esse processo, o andamento do caso continua conforme o fluxo normal do tribunal.

Qual o prazo para o juiz analisar uma petição?

Não há um prazo fixo e universal para que um juiz analise uma petição, pois isso depende de diversos fatores, como a natureza do pedido, a carga de trabalho do tribunal e a complexidade do processo.

No entanto, o Código de Processo Civil (CPC) determina alguns prazos gerais para atos processuais. O artigo 226 do CPC estabelece que os juízes devem proferir despacho em 5 dias, decidir sobre questões urgentes em 48 horas e proferir sentença em 30 dias.

Na prática, esses prazos nem sempre são rigorosamente cumpridos, principalmente devido à alta demanda nos tribunais. 

Petições urgentes, como pedidos de tutela de urgência ou liminares, costumam ser analisadas com prioridade.

Já petições intermediárias podem levar mais tempo, dependendo do volume de processos e da organização do juízo responsável.

O acompanhamento do processo pelos advogados ou pelas partes é essencial para verificar eventuais pendências e, se necessário, solicitar a apreciação do pedido.

Quantos dias para um processo sair depois da juntada de petições?

O prazo para um processo avançar após a juntada de petição depende do tipo de petição apresentada, da complexidade do pedido e do fluxo de trabalho do tribunal.

Não há um prazo único e fixo, mas algumas regras podem ajudar a entender os tempos médios.

Se a petição exigir apenas anexação de documentos sem necessidade de decisão judicial, o cartório pode fazer a juntada em poucos dias. Já se a petição requerer análise do juiz, o Código de Processo Civil (CPC) estabelece prazos orientativos, como 5 dias para despachos, 48 horas para pedidos urgentes e 30 dias para sentenças.

No entanto, esses prazos nem sempre são cumpridos devido à alta demanda nos tribunais.

Em processos eletrônicos, a juntada costuma ser mais rápida, ocorrendo em 1 a 3 dias úteis, enquanto em processos físicos pode levar mais tempo.

Caso a análise do juiz demore além do razoável, o advogado pode solicitar a conclusão dos autos ou até mesmo apresentar um pedido de prioridade, caso a situação exija urgência.

Qual a diferença entre juntada de petição e petição de juntada?

A diferença entre juntada de petição e petição de juntada está no significado de cada termo e na função que desempenham dentro do processo judicial.

A juntada de petição é o ato formal de anexar uma petição aos autos do processo.

Esse procedimento ocorre sempre que uma das partes protocola um pedido, manifestação ou documento no tribunal, tornando-o oficialmente parte do processo.

Já a petição de juntada é o documento específico que solicita a inclusão de um anexo nos autos, como provas, procurações, laudos periciais ou qualquer outro documento relevante para o caso.

Ou seja, a petição de juntada é o meio pelo qual se requer a juntada de documentos ao processo.

Em resumo, a juntada de petição é um ato processual, enquanto a petição de juntada é o documento utilizado para solicitar esse ato.

Um recado importante para você!

imagem representando advogado

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica.

Sabemos que o tema “juntada de petição” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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