Multiparentalidade: Entenda o que é esse conceito!

Você sabia que uma criança pode ter mais de um pai ou mãe legalmente reconhecidos? Descubra o que é a multiparentalidade!

multiparentalidade

Entenda como funciona o reconhecimento de múltiplos vínculos maternos ou paternos!

Nos dias de hoje, a família assume formas cada vez mais diversas. Com o aumento das separações, novas uniões e a mudança na percepção sobre laços afetivos, o conceito tradicional de família já não é o único válido.

Hoje, é comum que crianças tenham mais de um responsável, incluindo figuras que não possuem vínculo biológico, mas que exercem um papel fundamental em suas vidas.

Essa realidade reflete uma evolução nas relações humanas e nos sentimentos que as unem.

Nesse contexto, surge o conceito de multiparentalidade, que reconhece legalmente a possibilidade de uma criança ter mais de um pai ou mãe.

Essa abordagem permite que os vínculos afetivos sejam formalizados, garantindo direitos e deveres a todos os envolvidos.

Em um mundo onde as relações familiares são cada vez mais complexas, entender a multiparentalidade é essencial.

Neste artigo, vamos explorar o que é multiparentalidade, como ela surgiu, suas implicações jurídicas e responder a algumas das perguntas mais frequentes sobre o tema.

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O que é multiparentalidade?

A multiparentalidade refere-se ao reconhecimento legal de mais de um pai ou mãe para uma mesma criança ampliando os vínculos familiares.

Isso significa que uma pessoa pode ter, por exemplo, um pai biológico e um pai socioafetivo. 

Este conceito é especialmente importante em um mundo onde as estruturas familiares são diversas e complexas.

A multiparentalidade busca incluir vínculos afetivos que vão além da relação biológica, promovendo uma visão mais ampla e inclusiva das relações familiares.

A ideia de multiparentalidade está diretamente relacionada à forma como percebemos e construímos as relações familiares hoje.

Em vez de um modelo tradicional de família, o reconhecimento da multiparentalidade permite que diversas figuras parentais possam ser formalmente reconhecidas e tenham seus direitos e deveres garantidos em relação à criança.

O que é dupla parentalidade?

A dupla parentalidade refere-se à situação em que uma criança tem dois pais ou duas mães, seja por meio de uma relação biológica ou de adoção.

Em casos de famílias tradicionais, isso é comum, mas também pode se aplicar a arranjos de famílias homoparentais, onde duas pessoas do mesmo sexo são os pais ou mães da criança. 

A dupla parentalidade enfatiza a presença de duas figuras parentais que compartilham a responsabilidade e o cuidado da criança, independentemente de como essa relação se formou.

Como surgiu a multiparentalidade?

A multiparentalidade começou a ganhar espaço na sociedade contemporânea devido à diversificação das estruturas familiares.

Historicamente, a família nuclear — composta por pai, mãe e filhos — foi vista como o único modelo legítimo. 

No entanto, com o aumento das separações, casamentos em segundas núpcias e relações não tradicionais, as famílias passaram a ser mais variadas.

Como surgiu a multiparentalidade?

Esse conceito emergiu como resposta a essas transformações sociais, buscando a inclusão de novas configurações familiares e o reconhecimento de todos os responsáveis pela criança.

O avanço nas discussões sobre direitos de famílias com diferentes arranjos trouxe à tona a necessidade de um sistema jurídico que fosse mais flexível e que refletisse essas mudanças na realidade.

Como essa questão foi inserida no contexto jurídico?

A multiparentalidade foi reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em algumas decisões, que afirmaram a possibilidade de se registrar mais de um pai ou mãe na certidão de nascimento.

Essa mudança no entendimento jurídico busca garantir que todos os vínculos afetivos sejam respeitados, independentemente da relação biológica.

A Lei nº 13.509/2017, que trata da filiação, foi um passo importante para incluir a multiparentalidade no ordenamento jurídico brasileiro. 

Com essa lei, o legislador brasileiro reconheceu que a filiação não deve ser limitada apenas aos laços de sangue, mas também deve considerar as relações afetivas.

As decisões dos tribunais têm se mostrado cada vez mais abertas a reconhecer a multiparentalidade, considerando as particularidades de cada caso.

Além disso, a Constituição Federal e o Código Civil têm assegurado direitos fundamentais que incluem a dignidade e a afetividade nas relações familiares.

Isso reflete uma evolução na visão sobre o que constitui uma família e quais são os direitos e deveres dos que nela habitam.

Quem pode requerer a multiparentalidade?

Qualquer pessoa que tenha uma relação afetiva com a criança pode requerer a multiparentalidade.

Isso inclui, por exemplo, padrastos, madrastas, ou até mesmo pessoas que desempenham o papel de pai ou mãe, mas não têm vínculo biológico. 

O importante é que essa relação seja sólida e reconhecida por todos os envolvidos.

Para formalizar essa relação, é necessário que o interessado tenha um vínculo significativo com a criança, que pode ser demonstrado por meio de cuidado, apoio emocional, e participação na vida da criança.

Além disso, o consentimento dos pais biológicos também é essencial para que o processo de multiparentalidade ocorra de maneira harmoniosa.

Qual a diferença entre socioafetividade e multiparentalidade?

Qual a diferença entre socioafetividade e multiparentalidade?

A socioafetividade é um conceito que se refere à relação afetiva que pode existir entre uma pessoa e uma criança, independentemente da relação biológica.

Por exemplo, um padrasto que assume responsabilidades e cuida de uma criança é um exemplo de uma relação socioafetiva.

Já a multiparentalidade é o reconhecimento legal de múltiplos pais ou mães para uma mesma criança.

Enquanto a socioafetividade foca nos vínculos emocionais, a multiparentalidade se preocupa com a formalização desses laços no sistema jurídico.

É importante destacar que uma relação socioafetiva pode resultar na multiparentalidade, mas não necessariamente toda relação socioafetiva resulta em um reconhecimento legal.

A formalização ocorre quando há um acordo entre todas as partes envolvidas.

Como é reconhecida a multiparentalidade?

O reconhecimento da multiparentalidade pode ocorrer por meio de ação judicial ou reconhecimento extrajudicial.

A via judicial é geralmente utilizada quando há disputas sobre a filiação ou quando as partes não chegam a um consenso.

A ação judicial pode ser proposta por qualquer interessado, seja o pai biológico, o pai socioafetivo ou a própria criança, dependendo da situação.

Já o reconhecimento extrajudicial pode ser feito em cartório, desde que todas as partes concordem com a inclusão de novos pais ou mães no registro da criança.

Para isso, é necessário apresentar documentos que comprovem a relação afetiva e a concordância de todos os envolvidos.

Esse processo é mais simples e menos burocrático, facilitando a formalização do vínculo.

É possível o reconhecimento extrajudicial da multiparentalidade?

Sim, é possível! O reconhecimento extrajudicial é uma opção viável quando todas as partes envolvidas estão de acordo.

Nesse caso, o novo registro é feito diretamente em um cartório de registro civil, o que torna o processo mais rápido e menos burocrático.

A legislação permite que, no momento da lavratura do registro, sejam incluídos todos os responsáveis que se relacionam afetivamente com a criança, desde que haja a concordância de todos.

Essa possibilidade reflete uma abordagem mais inclusiva e adaptada às novas dinâmicas familiares.

Quem tem pai biológico pode ter pai socioafetivo?

Sim, é possível que uma criança tenha um pai biológico e um pai socioafetivo.

Essa situação é comum em famílias reconstitucionais, onde um dos pais biológicos pode não estar presente, mas um novo parceiro assume o papel de pai.

O reconhecimento legal dessa relação é fundamental para garantir os direitos da criança.

É importante ressaltar que o pai socioafetivo não substitui o pai biológico, mas complementa a rede de apoio e amor que a criança recebe.

Essa diversidade nas relações familiares pode proporcionar um ambiente mais rico e amoroso para o desenvolvimento da criança.

Como fica a certidão de nascimento em caso de multiparentalidade?

A certidão de nascimento pode ser atualizada para incluir todos os pais reconhecidos.

Isso garante que a criança tenha todos os seus vínculos afetivos reconhecidos oficialmente. 

O registro pode incluir tanto o pai biológico quanto os pais socioafetivos, refletindo a realidade familiar da criança.

Como fica a certidão de nascimento em caso de multiparentalidade?

A atualização da certidão é um passo importante, pois não apenas formaliza a relação, mas também assegura que a criança possa usufruir de todos os direitos que a lei garante.

Isso inclui direitos relacionados à herança, pensão e até mesmo obrigações, como o dever de sustento.

Conclusão

A multiparentalidade é um conceito que reflete as novas configurações familiares da sociedade atual.

Com a diversidade de estruturas familiares, é essencial que o direito reconheça e formalize essas relações. 

É importante que você, leitor, compreenda esse tema, pois ele pode impactar diretamente a vida de muitas pessoas.

O reconhecimento legal de múltiplos responsáveis traz benefícios, como a garantia de direitos e deveres entre todos os envolvidos na criação e educação da criança.

Se você tem mais dúvidas sobre multiparentalidade ou como isso pode se aplicar à sua situação, não hesite em buscar a orientação de um advogado especializado em direito de família.

Eles podem ajudar a esclarecer qualquer questão e garantir que seus direitos sejam respeitados.

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Artigo escrito por especialistas do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia | Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário.

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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