Fiz um pix errado, e agora? Dá pra recuperar?

Erros em transferências via Pix são mais comuns do que se imagina. Saiba quais são seus direitos e o que fazer nessa situação!

imagem representando pix errado

Fiz um Pix errado: como recuperar o dinheiro perdido?

Fazer um PIX errado pode acontecer com qualquer pessoa, seja por digitar um número incorreto, enviar para uma conta diferente ou até para alguém que você não conhece.

Como a transferência via PIX é imediata, muitas vezes a dúvida que surge é: será que dá para recuperar esse dinheiro?

A boa notícia é que, apesar da rapidez, existem formas de tentar reverter a situação, mas é fundamental agir rápido e seguir alguns passos importantes para aumentar as chances de sucesso.

Neste artigo, vamos explicar quais medidas você deve tomar assim que perceber o erro, como comunicar o banco, o papel do destinatário nesse processo e quais alternativas legais existem para tentar reaver seu dinheiro.

Além disso, também falaremos sobre a importância de atenção ao fazer transferências e como evitar esse tipo de problema no futuro.

Se você passou por essa situação, continue lendo para entender seus direitos e o que pode ser feito para solucionar esse problema de forma segura e eficiente.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

Como funciona o Pix?

O Pix é um sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil que permite transferir e receber dinheiro em poucos segundos, a qualquer hora do dia, todos os dias do ano — inclusive fins de semana e feriados.

Para usar o Pix, você precisa ter uma conta em um banco, fintech ou instituição autorizada, e pode fazer transferências usando uma chave Pix (que pode ser CPF, e-mail, número de celular ou uma chave aleatória).

O funcionamento é simples: você escolhe o destinatário pela chave Pix, informa o valor e confirma a operação.

O dinheiro é transferido imediatamente para a conta da pessoa ou empresa, sem precisar esperar horas ou dias, como em outros tipos de transferência.

Além da rapidez, o Pix é gratuito para pessoas físicas na maioria das transações, o que tornou essa forma de pagamento muito popular no Brasil.

O sistema também oferece segurança, com autenticação via banco e mecanismos para evitar fraudes, embora seja sempre importante ficar atento e conferir os dados antes de enviar dinheiro para evitar erros ou golpes.

Fiz um Pix errado, e agora?

Se você fez um PIX por engano, a primeira coisa a fazer é tentar contactar o destinatário para pedir a devolução do dinheiro.

Muitas vezes, a pessoa ou empresa que recebeu a transferência pode devolver o valor rapidamente se for um engano legítimo.

Caso não consiga contato, ou se o destinatário se recusar a devolver, o próximo passo é recorrer ao Banco Central do Brasil por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED)

Esse mecanismo foi criado justamente para casos de transferência indevida via PIX e permite que o Banco Central atue para tentar recuperar o valor enviado, facilitando a comunicação entre as instituições financeiras envolvidas.

É importante agir rápido e guardar todos os comprovantes da transferência e das tentativas de contato para fortalecer seu pedido.

Embora o PIX seja um sistema eficiente e rápido, a devolução em casos de erro depende da colaboração do destinatário e dos procedimentos legais que você seguir.

Como funciona o MED em caso de Pix errado?

imagem explicativa sobre como funciona o MED em caso de pix errado.

Como funciona o MED em caso de Pix errado?

O Mecanismo Especial de Devolução (MED) é uma ferramenta criada pelo Banco Central para ajudar quem fez uma transferência via PIX por engano a tentar recuperar o valor enviado.

Quando você identifica que fez um PIX errado e não consegue resolver diretamente com o destinatário, pode acionar o MED junto ao seu banco.

Ao abrir a solicitação, o banco inicia uma comunicação formal com a instituição financeira do destinatário para pedir a devolução do dinheiro.

O MED funciona como uma mediação para facilitar essa resolução, mas a devolução depende da colaboração da outra parte, que pode optar por devolver ou não o valor.

Importante: você tem até 80 dias depois da data da transação para solicitar o uso do MED. Após esse prazo, o Banco Central não atua mais nesse mecanismo, por isso é essencial agir rápido ao perceber o erro.

Lembre-se de guardar todos os comprovantes e registros das tentativas de contato para fortalecer seu pedido e facilitar o processo junto ao banco.

Recebi um Pix errado, o que posso fazer?

Se você recebeu um PIX que não reconhece, a orientação é simples e importante:

1. se a sua instituição financeira oferece essa opção, utilize o botão “devolver” disponível no aplicativo bancário para fazer a devolução total ou parcial do valor de forma prática e segura.

Essa funcionalidade facilita o retorno do dinheiro ao remetente sem burocracia.

Caso o seu banco não tenha essa função, o ideal é entrar em contato com a instituição financeira para informar o ocorrido e buscar a melhor forma de devolver o valor.

Agir com boa-fé e rapidez é fundamental para evitar complicações legais, já que manter um valor recebido indevidamente pode ser considerado apropriação indébita.

Lembre-se sempre de guardar registros da devolução e das comunicações para garantir sua segurança e comprovar a regularização da situação.

Ficar com Pix recebido por engano é crime?

Sim, ficar com um PIX recebido por engano é considerado crime no Brasil. 

De acordo com o artigo 169 do Código Penal, apropriar-se de coisa alheia que chegou ao seu poder por erro configura o crime de apropriação indébita, que pode ser punido com detenção de 1 a 4 anos e multa.

Por isso, se você recebeu um PIX por engano, é sua obrigação devolvê-lo imediatamente.

Muitos aplicativos bancários oferecem a opção de “Devolver” ou “Estornar” diretamente na transação.

Caso essa função não esteja disponível, o ideal é entrar em contato com o banco para saber como proceder.

Além da responsabilidade penal, há também a responsabilidade civil, que obriga a restituição do valor recebido indevidamente para evitar enriquecimento ilícito.

Se houver recusa em devolver o valor ou dificuldades para localizar o remetente, é recomendável registrar um boletim de ocorrência e buscar orientação jurídica para proteger seus direitos.

O que fazer em caso de golpe do Pix?

Se você foi vítima de golpe envolvendo o PIX, é fundamental agir rápido para tentar minimizar os prejuízos.

O primeiro passo é entrar em contato imediatamente com seu banco ou instituição financeira para informar o ocorrido e pedir o bloqueio da transação, se possível.

Muitas vezes, os bancos têm procedimentos para tentar recuperar o valor ou impedir que o golpe avance.

Além disso, registre um boletim de ocorrência na delegacia especializada em crimes digitais ou na Polícia Civil da sua região.

Isso cria um registro oficial do golpe e é importante para que as autoridades possam investigar e tentar localizar os responsáveis.

Também é essencial reunir todas as provas possíveis, como mensagens, prints, comprovantes de transações e contatos com golpistas, para ajudar nas investigações e no processo de recuperação do dinheiro.

Por fim, procure orientação jurídica para saber como agir judicialmente e garantir seus direitos, inclusive para eventuais ressarcimentos.

Lembre-se: desconfie de ofertas e mensagens suspeitas, nunca compartilhe seus dados bancários ou senhas, e confirme sempre antes de fazer qualquer transferência.

Um recado final para você!

imagem representando advogado para pix errado

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “Pix errado” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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