Processar o banco: como e quando? Dicas necessárias!
Quer saber como e quando processar um banco? Descubra seus direitos, quando vale a pena entrar com ação e quais provas são essenciais. Tire suas dúvidas e evite prejuízos!
Você foi vítima de um erro bancário ou se sentiu prejudicado por alguma ação do seu banco?
Saiba que é possível processar o banco e buscar seus direitos na Justiça, desde que existam provas e fundamentos legais.
Situações como cobranças indevidas, descontos não autorizados, fraudes, negativações injustas, empréstimos consignados sem consentimento e mau atendimento estão entre os principais motivos que levam consumidores a entrar com ações contra instituições financeiras.
Esses problemas podem causar danos materiais e emocionais, como prejuízos financeiros, restrição ao crédito, transtornos psicológicos e até constrangimentos.
Quando isso acontece, o consumidor tem respaldo no Código de Defesa do Consumidor e pode exigir não só o ressarcimento do valor perdido, mas também indenização por danos morais, dependendo do caso.
Neste artigo, você vai entender como e quando processar um banco, quais documentos e provas são necessários, o que diz a lei e como funciona o processo na prática. Tudo explicado de forma simples, direta e com base nos seus direitos.
Se você sente que foi injustiçado, este conteúdo pode te ajudar a dar o primeiro passo.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- É possível processar um banco?
- Em qual situação posso processar um banco?
- Como posso processar um banco?
- Quanto custa para processar um banco?
- Qual é o prazo para entrar com uma ação contra um banco?
- Quanto tempo leva para sair um processo contra o banco?
- Preciso de advogado para processar um banco?
- Onde posso fazer reclamações sobre o banco?
- Um recado importante para você!
- Autor
É possível processar um banco?
Sim, é possível processar um banco!
Os consumidores têm o direito de buscar reparação judicial quando enfrentam problemas com instituições financeiras.
Desse modo, isso inclui situações como cobranças indevidas, taxas abusivas, falhas em serviços contratados, negativações indevidas no nome do cliente e problemas relacionados a contratos de empréstimos e financiamentos.
A legislação brasileira, especialmente o Código de Defesa do Consumidor (CDC), oferece proteção contra práticas abusivas e garante direitos aos consumidores em suas relações com os bancos.
Os bancos, como qualquer outra empresa, estão sujeitos às leis e regulamentos que protegem os consumidores.
Se um banco violar esses direitos, o cliente tem o direito de buscar a justiça para obter reparação.
A busca pela justiça pode resultar em devolução de valores pagos indevidamente, indenização por danos morais e materiais, e a correção de registros negativos.
Processar um banco é um meio legítimo de exigir que essas instituições cumpram suas obrigações e respeitem os direitos dos consumidores.
Em qual situação posso processar um banco?
Você pode processar um banco sempre que houver uma situação que cause prejuízo, constrangimento ou violação dos seus direitos como consumidor.
Os casos mais comuns envolvem:
Se o banco realizou uma cobrança indevida, como tarifas não contratadas, juros abusivos ou valores descontados sem explicação, você pode exigir a devolução em dobro do valor pago e ainda pedir indenização por danos morais.
Outra situação frequente é quando o banco negativa o nome do cliente de forma indevida, ou seja, inclui seu nome nos órgãos de proteção ao crédito (como SPC e Serasa) sem que exista dívida ou sem notificação prévia. Isso pode gerar sérios transtornos e abrir espaço para uma ação judicial.
Você também pode processar o banco se foi vítima de fraude bancária, como clonagem de cartão, transferências não autorizadas, empréstimos feitos em seu nome sem consentimento, entre outros golpes.
Mesmo que o banco não seja o responsável direto pela fraude, ele tem o dever de garantir a segurança das operações.
Além disso, falhas graves no atendimento, bloqueios indevidos, empréstimos consignados não autorizados, cobrança de dívidas já pagas e até o não cumprimento de contratos também podem ser motivo de ação judicial.
Em todas essas situações, é fundamental guardar comprovantes, extratos, mensagens, protocolos e qualquer outro tipo de prova, pois elas serão essenciais para fortalecer sua ação na Justiça.
Como posso processar um banco?
Para processar um banco, o primeiro passo é entender que você não precisa estar sozinho nessa.
O ideal é buscar orientação de um advogado ou defensoria pública, especialmente se você não puder pagar pelos honorários.
Mas antes disso, é importante reunir todas as provas possíveis, como extratos bancários, boletos, contratos, e-mails, mensagens, gravações de ligações e qualquer outro documento que comprove o erro ou prejuízo causado pelo banco.
Com as provas em mãos, o advogado irá avaliar se o caso se encaixa no Código de Defesa do Consumidor, que protege o cliente contra abusos cometidos por instituições financeiras.
Em seguida, será elaborada uma petição inicial com todos os fatos, os danos sofridos e o pedido de indenização, seja por danos materiais (valor perdido) ou danos morais (prejuízos emocionais, como humilhação, estresse, perda de crédito etc.).
Se o valor da causa for de até 20 salários mínimos, você pode entrar com a ação no Juizado Especial Cível, sem precisar de advogado, embora seja recomendado. Acima desse valor, será necessário entrar na Justiça comum, com um advogado representando seu caso.
Também é possível registrar uma reclamação no Banco Central, no Procon ou na plataforma consumidor.gov.br, o que pode forçar o banco a resolver o problema sem precisar ir ao Judiciário.
No entanto, se a resposta não for satisfatória, o processo judicial pode ser o caminho mais eficaz para garantir seus direitos.
Quanto custa para processar um banco?
O custo para processar um banco pode variar bastante, dependendo do tipo de ação, do valor da causa e da via judicial escolhida.
Se o valor da indenização for de até 20 salários mínimos (em torno de R$ 28 mil em 2025), você pode ingressar com a ação no Juizado Especial Cível, onde não há custas iniciais, ou seja, você pode processar o banco sem pagar nada no começo, inclusive sem a obrigatoriedade de contratar um advogado (embora isso seja recomendado).
Se o valor ultrapassar esse limite, a ação deverá ser ajuizada na Justiça Comum, onde há custas judiciais (que variam de estado para estado), além de honorários advocatícios, que costumam ser um percentual do valor da causa ou da indenização pretendida.
Em alguns casos, o juiz pode conceder justiça gratuita, se você comprovar que não tem condições de arcar com os custos do processo sem comprometer seu sustento.
Além disso, muitos advogados que atuam em ações contra bancos trabalham com honorários de êxito, ou seja, só recebem se você ganhar a causa.
Nesse modelo, o advogado recebe um percentual do valor obtido no final, o que facilita o acesso à Justiça para quem não tem condições de pagar logo no início.
Portanto, é possível sim processar um banco sem gastar muito ou até mesmo sem gastar nada, desde que o seu caso se encaixe nos critérios do Juizado Especial ou que você consiga a gratuidade da Justiça.
O mais importante é reunir provas e buscar orientação jurídica para avaliar a melhor estratégia para o seu caso.
Qual é o prazo para entrar com uma ação contra um banco?
O prazo para entrar com uma ação contra um banco depende do tipo de problema enfrentado, mas, em geral, o prazo mais comum é de 5 anos, conforme o Código de Defesa do Consumidor (art. 27).
Esse prazo começa a contar a partir do momento em que o consumidor toma conhecimento do dano ou da prática abusiva.
Por exemplo, se você foi cobrado indevidamente, sofreu uma fraude bancária ou teve seu nome negativado injustamente, tem até 5 anos para buscar seus direitos na Justiça.
Já nos casos de descumprimento de contrato bancário, o prazo pode variar, e em situações específicas, ele pode ser até menor, como no caso de danos materiais causados por falhas de serviço, que pode ser de 3 anos conforme o Código Civil (art. 206, §3º, V).
É importante lembrar que quanto mais rápido você agir, maiores são as chances de sucesso, pois é mais fácil reunir provas, acessar documentos e demonstrar o impacto do problema.
Por isso, o ideal é buscar orientação jurídica assim que identificar o erro do banco, evitando perder prazos e garantindo que seus direitos sejam respeitados.
Quanto tempo leva para sair um processo contra o banco?
O tempo para sair a decisão de um processo contra o banco pode variar bastante, dependendo da complexidade do caso, da comarca em que ele é julgado e se o banco apresenta defesa ou recorre da decisão. Porém, é possível ter uma noção geral:
Nos Juizados Especiais Cíveis, que julgam causas de até 20 salários mínimos, o processo costuma ser mais rápido.
Em média, leva de 3 meses a 1 ano para sair uma sentença, principalmente quando não há perícia nem muitas testemunhas. Em muitos casos, inclusive, o banco faz um acordo logo na audiência inicial.
Já na Justiça Comum, os processos tendem a ser mais demorados. O tempo médio pode variar entre 1 a 3 anos, podendo passar disso se houver muitos recursos ou necessidade de produção de provas mais complexas, como perícias técnicas ou análise de contratos extensos.
Se o banco recorrer da decisão, o processo pode ir para instâncias superiores, o que aumenta ainda mais a duração.
No entanto, casos bem fundamentados e com provas consistentes têm maiores chances de acordo ou de decisão favorável ainda na primeira instância.
Em resumo, ações simples e bem documentadas podem ser resolvidas em poucos meses, enquanto casos mais complexos ou disputados podem se arrastar por alguns anos.
Por isso, agir com rapidez, reunir provas e contar com orientação jurídica desde o início faz toda a diferença.
Preciso de advogado para processar um banco?
Depende do valor da causa. Se você pretende processar o banco por um valor de até 20 salários mínimos (equivalente a R$30.360,00 em 2025), pode entrar com a ação no Juizado Especial Cível sem a obrigatoriedade de um advogado.
Nesses casos, o processo é mais simples, e você mesmo pode apresentar a reclamação diretamente no fórum, desde que consiga reunir as provas necessárias.
No entanto, mesmo nesses casos, contar com um advogado é altamente recomendado, pois ele poderá orientar você sobre seus direitos, preparar melhor a ação, argumentar juridicamente e aumentar as chances de sucesso.
Agora, se o valor da causa ultrapassa os 20 salários mínimos, a ação precisa ser proposta na Justiça Comum, e aí a presença de um advogado é obrigatória. Isso também vale para situações mais complexas, que envolvem análise de contratos, perícias ou quando há recurso contra a decisão.
Vale lembrar que, se você não puder pagar um advogado, pode procurar a Defensoria Pública da sua cidade ou buscar profissionais que atuam com honorários de êxito (só cobram ao final, se ganhar a causa).
Assim, você garante o acesso à Justiça mesmo com poucos recursos.
Onde posso fazer reclamações sobre o banco?
Você pode fazer reclamações contra um banco em diversos canais, dependendo da gravidade do problema e do que você deseja resolver.
O primeiro passo é sempre tentar resolver diretamente com o banco, por meio da ouvidoria da instituição. Se isso não funcionar, há outros caminhos:
Você pode registrar sua reclamação no Procon da sua cidade, que atua na defesa do consumidor e pode intermediar a resolução do problema.
Também é possível usar a plataforma oficial do governo chamada consumidor.gov.br, onde a reclamação é enviada diretamente ao banco e costuma ter resposta em poucos dias.
Outra opção é apresentar a queixa ao Banco Central do Brasil, que fiscaliza instituições financeiras.
O Bacen recebe reclamações que envolvem descumprimento de normas bancárias, juros abusivos, contratos e outros serviços financeiros.
Se nenhuma dessas alternativas resolver o seu problema, ou se você tiver sofrido um prejuízo mais grave, como cobrança indevida, negativação injusta ou fraude, pode ser necessário entrar com uma ação judicial.
Nesse caso, é recomendável buscar um advogado ou a Defensoria Pública para orientar seu processo.
Ou seja, há sim vários caminhos para reclamar de um banco — o importante é não deixar o problema passar e buscar seus direitos com base nas provas que você tem.
Um recado importante para você!
Sabemos que o tema “processar o banco” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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