Recurso administrativo INSS: seu benefício foi negado?

INSS indeferiu seu pedido? Não desista! Veja como conseguir o recurso administrativo em 2025 e lute pelo que é seu por direito. Saiba mais aqui!

imagem representando recurso administrativo do inss

Recurso administrativo INSS: seu benefício foi negado?

Receber a notícia de que o INSS negou seu benefício pode ser um verdadeiro balde de água fria. Depois de reunir documentos, esperar prazos e acreditar que tudo daria certo, você se depara com uma resposta negativa que parece injusta.

Mas calma: nem tudo está perdido. O próprio sistema do INSS prevê um caminho para contestar essa decisão antes mesmo de ir à Justiça. Esse caminho se chama recurso administrativo.

Um recurso administrativo no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é um pedido de revisão de uma decisão administrativa, como a negação ou cessação de um benefício, que permite ao segurado contestar a conclusão inicial do INSS.

É uma ferramenta criada justamente para possibilitar a reavaliação do caso, com base nos documentos já apresentados e, se for o caso, com novas provas.

Em outras palavras, é uma segunda chance de mostrar que você tem direito ao benefício, e de conseguir uma decisão mais justa e favorável.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é um recurso administrativo do INSS?

O recurso administrativo do INSS é uma ferramenta oficial usada quando o segurado recebe uma decisão negativa sobre o pedido de benefício e deseja que essa decisão seja reavaliada.

Ele funciona como uma segunda chance para que o próprio INSS, por meio de um setor diferente daquele que indeferiu o pedido, revise os documentos e os fundamentos apresentados.

Assim, o segurado não precisa, de imediato, recorrer à Justiça.

Esse recurso é analisado por órgãos internos do Conselho de Recursos da Previdência Social, como as Juntas de Recursos ou as Câmaras de Julgamento.

O processo continua dentro da esfera administrativa, ou seja, ainda não envolve um processo judicial. O objetivo principal é garantir ao cidadão o direito de contestar a decisão, sem precisar arcar com os custos de uma ação judicial logo de início.

Quais são os recursos administrativos do INSS?

Os recursos administrativos do INSS são classificados conforme a etapa em que o processo se encontra. Ele vai passar por uma ou mais das seguintes etapas:

a) Recurso ordinário

Este é o primeiro recurso que você pode apresentar. Ele é julgado pela Junta de Recursos da Previdência Social. Aqui é onde a maioria dos casos são decididos.

b) Recurso especial

Caso o recurso ordinário seja indeferido, você pode ir além e apresentar um recurso especial à Câmara de Julgamento do CRPS. Essa é uma instância superior, que revisa as decisões das juntas.

c) Incidentes processuais

Dependendo do caso, pode ser necessário apresentar embargos de declaração, pedidos de revisão, ou alegar nulidades no processo.

d) Pedido de uniformização de jurisprudência

Em situações raras, quando decisões diferentes estão sendo tomadas para casos semelhantes, pode-se pedir que se uniformize o entendimento.

Mas calma: na prática, o que você mais vai ouvir é o tal do recurso ordinário. É ele que a maioria das pessoas entra logo depois da primeira negativa do INSS.

Todas essas modalidades servem ao mesmo propósito: garantir que o processo seja julgado com imparcialidade, coerência e dentro dos parâmetros legais.

Como funciona um recurso administrativo do INSS?

Depois da negativa do benefício, o funcionamento do recurso administrativo do INSS se dá a partir da iniciativa do próprio segurado. Para entrar com um recurso administrativo, você tem 30 dias corridos a partir da data em que o benefício foi negado.

funcionamento do recurso administrativo

Como funciona um recurso administrativo do INSS?

Isso significa que, a partir do recebimento da carta do INSS informando a decisão, você terá um mês para apresentar sua contestação. E aqui vai um conselho valioso: nunca deixe para amanhã o que você pode fazer hoje.

A apresentação do recurso pode ser feita pelo portal ou aplicativo Meu INSS ou presencialmente, mediante agendamento.

O segurado precisa reunir a documentação necessária, preencher o formulário de recurso e justificar de forma clara por que acredita que a decisão está errada.

Após o protocolo, o recurso é analisado por uma instância revisora, composta por servidores diferentes dos que tomaram a decisão inicial.

Durante esse processo, o INSS pode pedir complementações, documentos extras ou mesmo agendar novas perícias, a depender do tipo de benefício.

Quanto tempo demora o recurso administrativo do INSS?

O prazo para julgamento do recurso administrativo do INSS, conforme as regras do próprio Conselho de Recursos da Previdência Social, é de até 85 dias corridos.

No entanto, na prática, esse prazo raramente é respeitado, principalmente devido à alta demanda, escassez de pessoal e limitações estruturais do INSS.

Não é incomum que o julgamento leve entre seis meses e dois anos, dependendo do local e da complexidade do caso.

Essa demora pode ser frustrante, principalmente para quem já espera há muito tempo pelo benefício. Quando o prazo legal é ultrapassado, o segurado pode registrar uma reclamação na Ouvidoria do INSS ou no Fala.BR.

Em situações mais graves, é possível ingressar com mandado de segurança na Justiça, obrigando o INSS a analisar o recurso. Embora o recurso seja um direito, a espera prolongada muitas vezes compromete sua efetividade.

O que acontece depois do recurso administrativo?

Depois que o recurso administrativo é julgado, dois cenários são possíveis.

Se o recurso for deferido, ou seja, aceito, o INSS deve implantar o benefício no prazo de até 30 dias e iniciar os pagamentos, incluindo os valores retroativos desde a data do requerimento inicial.

Essa é uma conquista importante para o segurado e representa o reconhecimento do seu direito após uma reavaliação criteriosa.

Se o recurso for indeferido, o segurado pode ainda tentar outros caminhos.

É possível apresentar um novo recurso, caso existam novas provas ou elementos que não foram avaliados, ou dar entrada em um novo pedido administrativo, especialmente se houver mudanças nas condições ou documentos novos.

Também é possível, e muitas vezes mais eficaz, buscar a via judicial. Quando a negativa persiste mesmo após o recurso, a Justiça passa a ser o meio mais concreto de garantir o direito negado.

É nesse momento que o acompanhamento jurídico se torna ainda mais necessário.

Vale a pena entrar com recurso administrativo do INSS?

A entrada com recurso administrativo do INSS pode sim valer a pena, desde que o caso apresente boas chances de reversão dentro da esfera administrativa.

Situações em que o indeferimento ocorreu por erro material, documentação incompleta ou interpretação equivocada de regras básicas são exemplos em que o recurso pode ser uma solução eficiente e gratuita.

Para quem não quer ou não pode entrar com uma ação judicial imediatamente, ele é uma alternativa válida.

No entanto, nem sempre insistir no recurso é o melhor caminho. Em casos mais complexos, como reconhecimento de tempo especial, incapacidade laboral em discussão ou questões médicas controversas, o INSS tende a manter sua posição inicial.

Nessas situações, recorrer diretamente ao Judiciário pode ser mais produtivo e até mais rápido. Na Justiça, o juiz analisa o caso com maior independência, pode solicitar perícias atualizadas e, se necessário, conceder liminar.

Quando há urgência ou direito evidente, a ação judicial se mostra mais eficaz do que aguardar indefinidamente um recurso que pode nem ser julgado.

Preciso de advogado para recurso administrativo do INSS?

Não há exigência legal de advogado para apresentar um recurso administrativo no INSS.

O próprio segurado pode protocolar o recurso, seja digitalmente ou presencialmente, desde que dentro do prazo e com a documentação adequada. Isso torna o processo acessível a todos, sem necessidade de arcar com honorários iniciais.

Contudo, a ausência de obrigatoriedade não significa que o acompanhamento jurídico seja dispensável.

Em muitos casos, o recurso falha não porque o direito não existe, mas porque ele foi mal fundamentado, com documentos mal organizados ou argumentos frágeis.

Um advogado especializado em Direito Previdenciário conhece os critérios do INSS, entende os vícios mais comuns nas decisões administrativas e sabe como construir um recurso técnico, objetivo e bem embasado.

Ter um profissional ao lado aumenta muito as chances de sucesso e ajuda o segurado a economizar tempo e energia.

Um recado final para você!

Imagem representando um advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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