Recusa do Idoso no Plano de Saúde: É Ilegal!

Saiba, aqui, quais são os direitos do idoso com relação a recusa no plano de saúde! Entenda como idosos podem garantir seus direitos à cobertura médica adequada.

Recusa do Idoso no Plano de Saúde: É Ilegal!

Recusa do Idoso no Plano de Saúde: É Ilegal!

Em meio ao crescente número de idosos no Brasil, a recusa de admissão em planos de saúde tornou-se uma questão crítica.

Muitos idosos, ao buscar a segurança de uma cobertura de saúde adequada, se deparam com barreiras ilegais e discriminatórias.

A recusa de idosos por planos de saúde é um problema sério, que desafia os direitos garantidos por leis brasileiras.

Este tipo de discriminação não só viola o Estatuto do Idoso, que assegura igualdade de condições na contratação de serviços de saúde, mas também confronta normativas da ANS, que proíbem a diferenciação de tratamento por idade.

Este artigo aborda as proteções legais destinadas a combater essa prática e orienta como os idosos podem defender seus direitos, assegurando que nenhum cidadão seja deixado para trás em sua busca por cuidados médicos essenciais.

Continue lendo para entender mais sobre seus direitos e como garantir que sejam respeitados!

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O que diz o Estatuto do Idoso sobre plano de saúde?

O Estatuto do Idoso, sob a Lei nº 10.741 de 2003, estabelece diretrizes claras para a proteção dos idosos no contexto dos planos de saúde, assegurando que não sejam discriminados em função de sua idade.

O seu art. 4, por exemplo, especifica que:

Art. 4º Nenhuma pessoa idosa será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.

Além disso, o art. 33 determina:

Art. 33. A assistência social às pessoas idosas será prestada, de forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), na Política Nacional da Pessoa Idosa, no SUS e nas demais normas pertinentes.

Nesse sentido, a Lei nº 9.656/98, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde afirma que:

Art. 14.  Em razão da idade do consumidor, ou da condição de pessoa portadora de deficiência, ninguém pode ser impedido de participar de planos privados de assistência à saúde.

Também podemos citar o Código de Defesa do Consumidor, art. 39:

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:

IV – prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;

Além disso, a Resolução Normativa 412 da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) estabelece regras específicas que impedem operadoras de planos de saúde de recusar cobertura a idosos, assegurando que a idade não seja um fator limitante para o acesso à saúde.

Assim, a legislação proíbe expressamente a recusa de inscrição de idosos como beneficiários, assim como a exclusão ou cobrança de taxas abusivamente diferenciadas.

Isso significa que as operadoras de planos de saúde não podem recusar cobertura a uma pessoa apenas por ela ser idosa, nem aplicar valores exorbitantes que inviabilizem a contratação do serviço.

Além disso, o Estatuto do Idoso garante que qualquer alteração nos planos – que afete os interesses dos idosos – deve ser comunicada com antecedência mínima de 60 dias, garantindo que os idosos tenham tempo suficiente para se adaptar ou contestar mudanças.

Este aspecto da lei visa proteger os idosos de práticas desleais e assegurar que eles tenham acesso contínuo aos cuidados médicos necessários sem interrupções abruptas ou surpresas desagradáveis.

Portanto, qualquer violação desses direitos pode ser motivo para ações legais, reforçando o compromisso da legislação com a saúde e o bem-estar dos idosos no Brasil.

Quais são os problemas que o idoso enfrenta com plano de saúde?

Idosos enfrentam vários desafios com planos de saúde, que podem impactar diretamente seu acesso a tratamentos adequados e a qualidade de vida.

Neste sentido, nós podemos citar alguns dos desafios que essa população enfrenta com relação aos planos de saúde.

Aumento das Mensalidades

Um dos maiores problemas é o aumento significativo das mensalidades à medida que o idoso avança em idade.

Embora aumentos sejam permitidos por lei, eles devem seguir um critério de razoabilidade e estão sujeitos a limites regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Contudo, muitos idosos se vêem obrigados a cancelar seus planos por não conseguirem arcar com os custos crescentes.

Recusa de Cobertura

Alguns planos tentam limitar ou recusar cobertura para certas condições de saúde que são mais comuns entre os idosos, como doenças crônicas ou procedimentos de alto custo, alegando, por exemplo, que são doenças preexistentes.

Essa prática é ilegal se o idoso já cumpriu os períodos de carência estipulados pelas normas da ANS.

Limitações de Serviço

Outra questão é a limitação no acesso a serviços especializados, como atendimento geriátrico, fisioterapia ou mesmo procedimentos cirúrgicos considerados críticos para a saúde do idoso.

Muitas vezes, os planos oferecem um número restrito de sessões ou uma cobertura limitada para tratamentos necessários.

Demora na Autorização de Procedimentos

Idosos frequentemente enfrentam burocracia excessiva e demora na autorização de procedimentos médicos essenciais.

Essa demora pode comprometer a eficácia do tratamento, especialmente em casos que exigem intervenção rápida.

Complexidade das Informações

Muitos idosos têm dificuldade em entender os termos e as condições de seus planos de saúde devido à complexidade das informações, que muitas vezes são apresentadas em linguagem técnica e pouco acessível.

Isso pode dificultar a tomada de decisões informadas sobre tratamentos e direitos.

Esses problemas destacam a necessidade de uma vigilância constante e de apoio jurídico quando os direitos dos idosos não são respeitados pelos planos de saúde.

É fundamental que os idosos e seus familiares estejam cientes desses desafios e saibam como buscar ajuda para garantir o cumprimento da legislação e o acesso a um atendimento digno e justo.

Qual a idade máxima para entrar num plano de saúde?

No Brasil, não existe uma idade máxima estipulada por lei para a admissão em planos de saúde.

A legislação vigente, especialmente o Estatuto do Idoso e a Lei dos Planos de Saúde, proíbe a discriminação baseada na idade.

Ou seja, as operadoras de planos de saúde não podem recusar a contratação de um plano de saúde a uma pessoa apenas por sua idade avançada.

Essa proteção visa garantir que todos, independentemente da idade, tenham o direito de adquirir um plano de saúde que atenda às suas necessidades.

Dessa forma, é ilegal que as operadoras imponham uma idade máxima para a contratação.

No entanto, é comum que as mensalidades sejam ajustadas com base na faixa etária do beneficiário, aumentando à medida que o indivíduo entra em faixas etárias mais elevadas, de acordo com os riscos associados ao aumento da idade.

Estes aumentos, contudo, são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para evitar que sejam abusivos e garantir que o acesso aos serviços de saúde seja mantido de forma justa e equitativa.

O que fazer quando o plano de saúde recusar idoso?

Primeiro, vale mencionar que, muitas vezes, a recusa está atrelada ao risco financeiro percebido pelas operadoras, considerando que idosos tendem a utilizar mais serviços médicos.

No entanto, essa prática é ilegal e pode ser contestada judicialmente.

Como proceder em caso de recusa?

Quando um plano de saúde recusa a admissão de um idoso, existem medidas específicas que podem ser tomadas para contestar essa decisão e assegurar os direitos garantidos pela legislação brasileira.

  1. Solicitar uma justificativa formal:

O primeiro passo é pedir à operadora do plano de saúde que forneça por escrito a razão da recusa. Este documento é fundamental para qualquer ação futura, pois a lei exige que as operadoras justifiquem suas decisões.

  1. Consulta à ANS:

Com a justificativa em mãos, é recomendável entrar em contato com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que é o órgão responsável por regulamentar os planos de saúde no Brasil.

  1. Busca por orientação jurídica: 

Consultar um advogado especializado em direitos do consumidor ou direito da saúde é a melhor opção neste caso. Um advogado poderá avaliar o caso e orientar sobre as melhores práticas jurídicas para garantir que o idoso receba o tratamento justo que a lei assegura.

  1. Ação judicial:

Se as vias administrativas não resolverem o problema e, infelizmente, a grande maioria não resolve, pode ser necessário ingressar com uma ação judicial contra a operadora.

O judiciário pode determinar que a operadora aceite o idoso como beneficiário e pode impor sanções à empresa por práticas discriminatórias.

  1. Denúncia aos órgãos de defesa do consumidor:

Além da ANS, órgãos como o Procon podem ser acionados para auxiliar em casos de recusa injustificada. Esses órgãos têm o poder de aplicar penalidades administrativas que podem incentivar a operadora a rever sua decisão.

Seguindo esses passos, é possível enfrentar a recusa de admissão em planos de saúde de forma eficaz e assegurar que os direitos dos idosos sejam protegidos conforme o previsto em lei.

Quem escolhe o tratamento de saúde da pessoa idosa?

A escolha do tratamento de saúde para uma pessoa idosa é um processo que deve ser guiado principalmente pelo próprio idoso, sempre que este possuir capacidade de tomar suas próprias decisões.

De acordo com o Estatuto do Idoso e princípios éticos médicos, o idoso tem o direito de ser informado sobre todas as suas opções de tratamento disponíveis e participar ativamente na escolha do plano de cuidados que mais se alinhe às suas preferências e necessidades de saúde.

Isto inclui ter acesso a informações claras e compreensíveis sobre os riscos, benefícios e possíveis efeitos colaterais de cada tratamento.

Em situações em que o idoso não está em condições de tomar decisões informadas, seja por questões de saúde mental ou física que comprometam sua capacidade de entendimento, a responsabilidade de escolha do tratamento pode ser transferida para representantes legais ou familiares designados.

Nesses casos, é essencial que esses representantes ajam em consonância com os desejos previamente expressos pelo idoso, quando conhecidos, e sempre com o foco no melhor interesse do mesmo.

É recomendável, ainda, que as decisões sejam tomadas com base em consultas médicas detalhadas, considerando a dignidade e a qualidade de vida do idoso. O

respeito à autonomia e às preferências do idoso, mesmo quando este não pode expressá-las diretamente, é um princípio fundamental que deve orientar todas as decisões relacionadas ao seu tratamento de saúde.

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Artigo escrito por especialistas do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia | Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário. 

Autor

  • Dra. Rafaela Carvalho

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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