Começou a fazer academia e quer comprar suplemento alimentar? Cuidado! O uso de suplementos sem indicação médica pode fazer mais mal do que bem. Aprenda mais sobre o tema. 

Saiba os riscos de tomar suplementos alimentares da maneira errada!

Na era das redes sociais e influencers digitais, é frequente os conteúdos midiáticos com indicações de dietas milagrosas, suplementos alimentares e nutricionais com a propaganda de melhorar a saúde física ou ajudar a ver resultados mais rápidos na academia.

O incentivo a esse consumo desenfreado e sem orientação especializada é cada vez mais evidente e as pessoas acreditam que o uso de suplementos é indispensável para o progresso dos treinos.

Suplementos são comumente usados para suprir o déficit de vitaminas e micronutrientes no organismo, mas ao fazê-lo sem acompanhamento médico indicado, essa ingestão indiscriminada pode acarretar em uma sobrecarga de nutrientes no corpo.  

Qualquer pessoa pode fazer uso de suplementos? Você sabe o que essa sobrecarga pode causar no organismo?

Neste artigo, nós vamos explicar porque o uso de suplementos alimentares sem orientação médica pode ser prejudicial e o que fazer caso o lote que você comprou esteja danificado. Acompanhe para saber mais sobre o tema!

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O que são suplementos alimentares?

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), suplementos são produtos que fornecem nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em conjunto com a alimentação regular do indivíduo.

A Anvisa enfatiza o caráter não medicamentoso dos suplementos, explicitando que eles não têm eficácia no tratamento, prevenção ou na cura de doenças.

A categoria de suplementos alimentares foi criada em 2018 para assegurar a população a venda de produtos seguros. Essa tipificação reuniu produtos antes enquadrados em grupo de ‘alimentos para atletas’, ‘alimentos para gestantes’, ‘suplementos vitamínicos e minerais’, entre outros.

Já que não são considerados remédio, qualquer um pode consumir? Não!

A Anvisa deixa claro que suplementos são destinados a pessoas saudáveis de modo a complementar a alimentação regular e não para substituí-la. Caso a pessoa tenha alguma deficiência ou condição específica, deve procurar um profissional de saúde para receber a orientação de consumo direcionada a sua necessidade.

Quais são os riscos da suplementação sem orientação profissional?

Suplementos dietéticos são extratos altamente concentrados e seu uso sem acompanhamento pode causar danos a órgãos e muito mais, confira abaixo:

• Aumento da pressão arterial e problemas cardiovasculares
• Aumento da glicose que pode gerar complicações diabéticas, AVC, cegueira, entre outras.
• Risco de infarto
• Desidratação
• Aumento dos sintomas de ansiedade e depressão
• Aumento de massa gorda
• Transpiração excessiva
• Insônia
• Alteração da percepção de dor
• Sobrecarga renal e hepática
• Infecção

Dos malefícios citados acima, pessoas com diabetes e hipertensão arterial devem tomar um cuidado extra!

A Anvisa aponta também que os maiores perigos em relação à ingestão de suplementos sem supervisão e acompanhamento médico se dão pela compra e venda de produtos irregulares.

Produtos sem o selo de aprovação da Anvisa fazem uso de ingredientes nocivos à saúde, sintéticos ou extraídos de fontes não alimentares, com alta concentração de substâncias tóxicas.

Caso o produto que você comprou não apresenta nenhuma anomalia no rótulo, mas o resultado não está sendo o esperado, você pode entrar em contato com um advogado especializado em direito do consumidor e averiguar o que pode ser feito. 

Se for comprovado que o lote ou o seu produto em específico foi adulterado, você pode ter direito a reparação! É recomendado agir de forma cuidadosa, coletando evidências e consultar um advogado o quanto antes.

Como saber se o suplemento é aprovado pela Anvisa?

Recentemente, foi divulgada uma matéria na Globo que trata sobre a venda de suplementos alimentares abaixo do preço de mercado. Essa comercialização de produtos se dava de forma ilegal e, ao ser investigada mais a fundo, descobriu-se que eles estavam com a data de validade expirada, além de contar com “miolo de rato” e embalagens fraudadas.

Esses produtos que já se encontravam em mau estado, eram conservados em locais de pouca ou nenhuma higiene.

Para saber se o produto realmente é de boa qualidade, fique atento ao preço de mercado e suspeite caso esteja muito mais barato que a média. 

Os suplementos aprovados pela Anvisa apresentam algumas especificações no rótulo. Ele deve contar com a expressão “SUPLEMENTO ALIMENTAR” em caixa alta e negrito, seguida da forma farmacêutica.

Precisa apresentar também sua função e a fonte da qual foi extraída a substância presente na formulação.

Quais suplementos são proibidos no Brasil?

Alguns suplementos são proibidos pela Anvisa e não podem ser comercializados no Brasil. São eles:  Probolic, Isofast, Carnivor e Alert.

Um dos produtos citados acima têm uma quantidade de concentração tão alta de vitamina B12 e B6 que, segundo os parâmetros brasileiros, poderia ser considerado um remédio.

Então, quais são os produtos autorizados?

A Anvisa regulamenta não só os ingredientes dos produtos como a dosagem para ter certeza que as empresas estão respeitando os limites mínimo e máximo de cada um deles. No site do Governo, têm uma ferramenta disponibilizada para a consulta do limite de cada nutriente, bem como os requisitos de rótulo e condições de uso.

Qualquer ingrediente que não constar na lista disponibilizada pela ferramenta não é próprio para consumo.

Através da Consulta para Revisão de Guias (CRG), a Anvisa recebe críticas, sugestões e contribuições por formulário eletrônico para comprovação da segurança dos alimentos.

No site da Anvisa você encontra quais são os ingredientes autorizados para venda e consumo divididos por categorias de Proteína, carboidratos, fibras alimentares, lipídios, minerais, vitaminas e aminoácidos.

Um recado importante para você!

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Artigo escrito por especialistas do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia | Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista.