Descumprimento de ordem judicial: consequências!

O descumprimento de ordem judicial pode gerar multas, sanções e até prisão. Entenda as consequências e como agir diante dessa situação.

imagem representando ordem judicial

Descumprimento de ordem judicial: consequências!

O descumprimento de ordem judicial ocorre quando uma pessoa ou entidade deixa de cumprir uma determinação legal emitida por um tribunal, seja por omissão, resistência ou desobediência deliberada.

Esse ato não é apenas uma falha administrativa, mas um desrespeito direto à autoridade judicial, podendo gerar graves consequências jurídicas.

Dependendo do caso, quem descumpre uma ordem pode ser penalizado com multas, sofrer sanções processuais ou até ser preso, especialmente quando a decisão envolvida tem caráter urgente ou protetivo.

No sistema jurídico, as ordens judiciais não são sugestões, mas determinações obrigatórias, cujo cumprimento assegura a justiça e a efetividade das decisões legais.

Quando ignoradas, o juiz pode adotar medidas coercitivas para forçar a parte a obedecer, como astreintes (multas diárias), bloqueio de bens, execução forçada e, em casos mais extremos, a responsabilização penal.

Compreender o que constitui o descumprimento de uma ordem judicial e suas implicações é essencial para evitar penalidades e proteger seus direitos.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é uma ordem judicial e para que serve?

A ordem judicial nada mais é do que uma determinação emitida por um juiz ou tribunal, exigindo que uma pessoa ou entidade cumpra uma ação ou se abstenha de fazer algo.

Em termos simples, quando um juiz determina algo em um processo, essa decisão precisa ser seguida – seja um mandado de prisão, um pedido de intimação, um bloqueio de bens ou até mesmo uma ordem para que uma empresa pare de explorar uma marca sem autorização.

A razão de existir das ordens judiciais é justamente garantir que as decisões da Justiça tenham efeitos reais e sejam respeitadas.

Se qualquer um pudesse ignorar as determinações de um juiz sem sofrer consequências, o sistema jurídico entraria em colapso.

Afinal, o que impediria alguém de desobedecer a uma decisão que protege os direitos de outra pessoa?

Além disso, as ordens judiciais servem para manter a ordem e assegurar o cumprimento da lei, impedindo que conflitos se arrastem sem solução.

É por meio delas que se concretizam medidas de proteção, indenizações, penhoras de bens e muitas outras ações fundamentais no universo jurídico.

Como é feito o cumprimento de ordem judicial?

O cumprimento de uma ordem judicial segue um processo bem estruturado, começando pela expedição do mandado.

Esse mandado, que pode ser de intimação, citação, busca e apreensão, entre outros, detalha a decisão e define como ela deve ser aplicada.

Após essa expedição, um oficial de justiça (ou, em alguns casos, uma autoridade policial) é responsável por cumprir a determinação do juiz.

Se for um mandado de penhora, por exemplo, o oficial de justiça vai até a residência ou empresa do devedor e apreende bens suficientes para garantir o pagamento da dívida.

Já em casos de busca e apreensão, a autoridade responsável pode recolher um objeto ou até mesmo uma criança em situações de guarda judicial.

Uma questão importante aqui é a intimação pessoal do devedor quando há imposição de multas para o descumprimento da ordem.

De acordo com a Súmula 410 do STJ, essa intimação é essencial para que a multa seja exigível. Isso quer dizer que ninguém pode ser cobrado por uma multa sem ter sido oficialmente informado da ordem que deveria cumprir.

Se a ordem for descumprida, entram em cena as consequências, que podem variar de multas diárias até a responsabilização criminal.

Quais são os meus direitos quando recebo ordem judicial?

O sistema jurídico prevê direitos fundamentais para garantir que ninguém seja prejudicado injustamente. Receber uma ordem judicial pode gerar certa apreensão, mas isso não significa que você está indefeso.

Em primeiro lugar, você tem direito a ser informado com clareza sobre o teor da ordem, entendendo exatamente o que precisa ser feito (ou evitado) e em qual prazo.

Além disso, também possui o direito de questionar a decisão judicial, desde que dentro das vias legais. Isso pode incluir a apresentação de defesa, interposição de recursos ou até mesmo uma ação para discutir a legalidade da ordem.

Outro direito essencial é o acesso a um advogado, que pode analisar a decisão e orientar sobre os melhores passos a serem seguidos.

Em algumas situações, especialmente nos Juizados Especiais, a atuação de um advogado pode não ser obrigatória, mas contar com auxílio jurídico é sempre a melhor opção para evitar prejuízos maiores.

Caso a ordem viole direitos fundamentais ou tenha sido expedida de forma abusiva, você pode recorrer a remédios constitucionais, como o mandado de segurança ou o habeas corpus, dependendo da situação.

O que é descumprimento de ordem judicial?

O descumprimento de uma ordem judicial acontece quando uma pessoa ou entidade ignora, se recusa ou deixa de cumprir uma determinação do juiz.

Em outras palavras, quando alguém desobedece deliberadamente uma decisão da Justiça, essa atitude pode ter sérias consequências legais.

Existem diversas formas de descumprimento. Um exemplo comum é quando uma empresa continua explorando uma marca mesmo após uma decisão judicial que proíbe essa prática.

Outro caso frequente ocorre em processos de família, quando um dos pais impede que o outro exerça o direito de visita ao filho, mesmo havendo uma determinação expressa do juiz.

Independentemente da situação, o descumprimento de uma ordem judicial nunca fica sem resposta.

O sistema jurídico possui mecanismos para garantir que as decisões sejam cumpridas, e aqueles que não as respeitam podem sofrer sanções severas, incluindo multas, apreensão de bens e até mesmo prisão.

É crime descumprir ordem judicial?

Sim, descumprir uma ordem judicial pode ser considerado crime, dependendo da situação.

O artigo 330 do Código Penal estabelece que “desobedecer ordem legal de funcionário público” é crime de desobediência, com pena de detenção de quinze dias a seis meses, além de multa.

No entanto, nem toda violação de uma decisão judicial configura crime. O descumprimento só se torna crime quando não há outra penalidade específica prevista para a infração cometida.

Por exemplo, se alguém deixa de pagar pensão alimentícia, a consequência não é o crime de desobediência, mas sim prisão civil por dívida alimentar.

Além disso, em alguns casos, o juiz pode impor outras penalidades antes de considerar a desobediência como crime, como multa diária e bloqueio de bens. Mas se a pessoa ignorar sucessivamente as determinações judiciais, pode sim ser enquadrada no crime de desobediência.

O que diz a súmula 410 do STJ?

A Súmula 410 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabelece que:

“A prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.”

Isso significa que, antes de ser exigido o pagamento de uma multa pelo descumprimento de uma obrigação determinada judicialmente, o devedor deve ser intimado pessoalmente.

Ou seja, não basta que a decisão judicial tenha sido publicada ou comunicada por outros meios — a parte que deve cumprir a obrigação precisa receber uma intimação formal e direta, garantindo que ela tenha plena ciência da penalidade caso continue descumprindo a ordem.

Quais medidas tomar em caso de descumprimento de ordem judicial?

Se alguém descumpriu uma ordem judicial que deveria beneficiá-lo, você pode tomar medidas legais para exigir o cumprimento da decisão. O primeiro passo é informar o juiz sobre o descumprimento, para que sejam adotadas providências.

O juiz pode impor multa diária (astreinte), bloqueio de bens, apreensão de documentos e até mesmo prisão.

O descumprimento deliberado de uma ordem judicial pode caracterizar crime de desobediência, conforme previsto no artigo 330 do Código Penal Brasileiro, sujeitando o infrator a sanções penais.

Em casos mais graves, como descumprimento de medidas protetivas (Lei 12.016/2009), a pessoa que violou a ordem pode ser presa imediatamente.

Se o descumprimento causar prejuízos financeiros ou emocionais, você pode entrar com uma ação de indenização por danos morais e materiais.

É fundamental que as partes envolvidas em processos judiciais cumpram rigorosamente as ordens emitidas, garantindo a efetividade das decisões e a manutenção da ordem jurídica.

O importante é não ficar parado e buscar o cumprimento da ordem judicial o mais rápido possível.

Quais as consequências do descumprimento de ordem judicial?

Uma das principais consequências do descumprimento de uma ordem judicial é a imposição de multas diárias, conhecidas como astreintes.

Essa multa (artigo 537 do Código de Processo Civil) é uma ferramenta de coação, ou seja, ela não tem apenas o objetivo de penalizar, mas sim de pressionar a parte a cumprir a decisão.

Para que a multa seja exigível, é imprescindível que o devedor seja previamente intimado pessoalmente sobre a obrigação e a possibilidade de aplicação da multa em caso de descumprimento, de acordo com a Súmula 410 do Superior Tribunal de Justiça.

O valor dessa multa é definido pelo juiz e pode ser alterado conforme a necessidade, seja para aumentar e garantir o cumprimento ou para reduzir caso se torne excessiva.

E, claro, quanto mais tempo alguém demorar para obedecer à ordem, maior será o valor acumulado.

Mas não para por aí. O valor da multa pode ser aumentado caso o descumprimento persista.

Se a pessoa continuar desobedecendo a ordem judicial, pode sofrer penhora de bens, bloqueio de contas bancárias e até prisão. O descumprimento não é uma opção sem consequências.

Preciso de um advogado em caso de ordem judicial?

​Receber uma ordem judicial é uma situação que requer atenção e, na maioria dos casos, a assistência de um advogado é essencial para garantir que seus direitos sejam protegidos e que você cumpra adequadamente as determinações legais.

Embora nem sempre seja obrigatório ter um advogado, contar com assistência jurídica faz toda a diferença.

Um advogado pode ajudar a compreender a ordem, orientar sobre recursos e impedir que você cometa erros que possam resultar em penalidades graves.

Se você recebeu uma ordem judicial ou está lidando com alguém que descumpriu uma decisão favorável a você, não hesite em procurar um advogado.

Ter um especialista ao seu lado garante que seus direitos sejam protegidos e que você não sofra prejuízos desnecessários.

Um recado final para você!

imagem representando advogado para descumprimento de ordem judicial

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “descumprimento de ordem judicial” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

5/5 - (2 votos)

Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

    Ver todos os posts
Olá, tudo bem?
Fale conosco no WhatsApp! Rápido e seguro.
Fale Conosco

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!