Como conseguir guarda de criança vítima de maus-tratos?

Quando há indícios de maus-tratos contra uma criança, o mais importante é agir com responsabilidade e urgência. A lei brasileira permite solicitar a guarda de crianças vítimas de maus-tratos.

imagem representando maus-tratos com criança.

Como conseguir guarda de criança vítima de maus-tratos?

Imagine descobrir que uma criança próxima está vivendo em um ambiente marcado por medo, violência ou abandono.

Situações assim são mais comuns do que se pensa e despertam um forte sentimento de urgência em quem presencia.

Surge então a dúvida: é possível pedir a guarda dessa criança para protegê-la? A resposta é sim, mas o caminho exige atenção, provas e apoio legal.

Quando há indícios de maus-tratos, o primeiro passo é garantir que a situação seja denunciada.

Em seguida, pessoas próximas — como avós, tios, padrinhos ou outros responsáveis afetivos — podem solicitar a guarda na Vara da Infância e Juventude.

A prioridade da Justiça é o bem-estar da criança, mas não basta apenas ter boas intenções: é preciso mostrar que ela está em risco e que o novo lar pode oferecer segurança, afeto e estabilidade.

Muita gente desiste por falta de informação ou medo do processo. Por isso, é essencial saber como agir, quais provas apresentar e como demonstrar que o pedido de guarda tem fundamento legal e emocional.

A boa notícia é que o Estatuto da Criança e do Adolescente garante mecanismos para proteger a infância — e, com a orientação certa, é possível mudar o rumo da vida dessa criança.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que configura maus-tratos à criança?

Maus-tratos à criança são todas as ações — ou até mesmo omissões — que colocam em risco a integridade física, emocional ou psicológica de um menor.

E não estamos falando apenas de agressões físicas visíveis, como tapas, socos ou queimaduras.

Os maus-tratos podem ser silenciosos, frequentes e, muitas vezes, ignorados por quem está de fora. Por isso, identificar esses sinais é fundamental para agir a tempo.

Quando uma criança é submetida a situações de violência, abandono, negligência ou humilhações constantes, ela está sendo vítima de maus-tratos.

Isso inclui, por exemplo, deixar de oferecer alimentação adequada, não levar ao médico quando necessário, impedir o acesso à escola, gritar de forma agressiva, humilhar ou ameaçar com frequência.

São atitudes que, com o tempo, destroem a autoestima, a confiança e até o desenvolvimento natural da criança.

Outro ponto importante é que os maus-tratos podem vir de quem deveria cuidar.

Pais, mães, padrastos, madrastas, avós e outros responsáveis podem se tornar os agressores — e é justamente isso que torna o caso ainda mais delicado. 

Muitas vezes, a criança sofre em silêncio, com medo ou vergonha de contar o que está acontecendo.

imagem explicativa sobre maus-tratos à criança.

O que configura maus-tratos à criança?

Ela pode apresentar mudanças de comportamento, como tristeza constante, medo de adultos, queda no desempenho escolar ou até comportamentos agressivos, que são reflexo do ambiente onde vive.

Por isso, é dever de todos denunciar sempre que houver suspeita.

Proteger uma criança de maus-tratos não é apenas um gesto de cuidado, é uma obrigação prevista em lei.

Tem como tirar a guarda dos pais por maus-tratos?

Sim, é possível tirar a guarda dos pais quando há comprovação de maus-tratos.

A lei brasileira permite essa medida sempre que a integridade física ou emocional da criança estiver em risco.

O principal objetivo é garantir a proteção e o bem-estar do menor, afastando-o de um ambiente violento ou negligente.

Situações como agressões físicas, abandono, negligência grave, abusos verbais ou uso de drogas dentro de casa podem levar o juiz a suspender a guarda ou, em casos mais graves, até a destituir o poder familiar, o que rompe o vínculo legal entre pais e filhos.

Essa decisão é tomada pela Vara da Infância e Juventude, com base em provas, relatórios do Conselho Tutelar e, se necessário, oitiva da própria criança.

Durante o processo, o menor pode ser acolhido por um parente próximo ou encaminhado a abrigo temporário.

Por isso, diante de qualquer suspeita de maus-tratos, é essencial agir rápido.

A Justiça pode, sim, afastar os pais e garantir um novo começo para a criança em um ambiente seguro e saudável.

Quem pode pedir guarda de criança vítima de maus-tratos?

Quando uma criança é vítima de maus-tratos, o mais importante é agir rápido para protegê-la.

Nessas situações, nem sempre é preciso que os pais percam totalmente o poder familiar para que ela seja acolhida em um novo lar.

Em muitos casos, é possível entrar com um pedido de guarda provisória para garantir um ambiente seguro, longe da violência.

Mas essa iniciativa não pode partir de qualquer pessoa, e o Judiciário analisa com muito cuidado quem está apto a assumir essa responsabilidade.

A guarda pode ser solicitada por pessoas próximas que tenham laços afetivos reais com a criança e condições de cuidar dela com dignidade. 

Veja quem pode entrar com o pedido:

Em todos os casos, é fundamental provar que o ambiente atual oferece risco e que o novo lar tem estrutura emocional, financeira e física para receber a criança.

O juiz vai considerar o melhor interesse da criança, ou seja, o que for mais seguro, estável e saudável para o seu desenvolvimento.

Assumir a guarda de uma criança é um ato de coragem, afeto e compromisso com a vida de alguém que precisa de proteção urgente.

Mas é também um processo legal delicado, que exige provas, petições bem elaboradas e, principalmente, conhecimento da lei.

Por isso, ter o apoio de um advogado especializado é essencial para conduzir tudo com segurança e aumentar as chances de o pedido ser aceito.

Afinal, cada detalhe pode fazer a diferença na hora de garantir um futuro mais justo para quem mais precisa.

Como conseguir a guarda de uma criança que sofre maus-tratos?

Como conseguir a guarda de uma criança que sofre maus-tratos?

Etapa Descrição
1. Reunir provas Junte fotos, vídeos, boletins de ocorrência, relatórios médicos ou escolares, e testemunhos que comprovem os maus-tratos.
2. Denunciar o caso Comunique o Conselho Tutelar, o Disque 100 ou a Vara da Infância e Juventude para registrar a situação de risco.
3. Entrar com pedido de guarda Com a ajuda de um advogado, protocole o pedido na Vara da Infância, explicando a necessidade da guarda com base nas provas.
4. Apresentar documentação Mostre que você tem condições de cuidar da criança: residência, renda, estrutura emocional e ficha limpa.
5. Participar das avaliações O juiz pode solicitar entrevistas com assistentes sociais, ouvir a criança e marcar audiências antes de decidir.

* Com o suporte de um advogado, o processo ganha mais força e agilidade, protegendo a criança com mais segurança.

Quando uma criança sofre maus-tratos, o impacto é profundo e exige ação imediata.

A violência pode vir de quem deveria cuidar, tornando o ambiente familiar um lugar perigoso.

Nessas situações, é possível pedir a guarda da criança para protegê-la, mas é preciso seguir um caminho legal e bem estruturado.

O foco da Justiça será sempre o melhor interesse da criança, e por isso cada passo deve ser dado com responsabilidade e atenção.

Veja os principais passos para conseguir a guarda de uma criança vítima de maus-tratos:

1. Reúna provas da situação de risco

Registre tudo que comprove os maus-tratos, como fotos, vídeos, mensagens, testemunhos, relatórios da escola ou do Conselho Tutelar.

2. Faça a denúncia

Comunique o caso ao Conselho Tutelar, Disque 100 ou diretamente na Vara da Infância. Essa denúncia é essencial para iniciar a apuração.

3. Peça a guarda judicialmente

A solicitação deve ser feita na Vara da Infância e Juventude, explicando os motivos do pedido e apresentando as provas da violência.

4. Comprove que pode oferecer um lar seguro

Apresente documentos que mostrem sua estabilidade emocional, financeira e estrutural.

5. Participe das avaliações e audiências

O juiz pode solicitar laudos de assistentes sociais e ouvir a criança, se for o caso, antes de decidir.

A guarda é uma medida de proteção, e não apenas um ato formal. Trata-se de dar à criança uma nova chance de viver em um ambiente saudável e seguro.

Por isso, contar com um advogado é fundamental. 

Ele vai orientar sobre os documentos, acompanhar cada fase do processo e garantir que a sua intenção de proteger tenha base legal e força nos autos.

Uma atitude sua pode mudar completamente o futuro de uma criança.

Qual o papel do conselho tutelar em casos de maus-tratos à criança?

O Conselho Tutelar tem um papel fundamental na proteção imediata da criança vítima de maus-tratos.

Ele é o primeiro órgão a atuar quando há suspeita ou denúncia de violência, e sua principal função é zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Assim que recebe a denúncia, que pode vir de um vizinho, parente, escola ou de forma anônima pelo Disque 100 — o Conselho Tutelar verifica a situação de risco, faz visitas, ouve a criança, familiares e outras pessoas envolvidas.

A partir dessa apuração, ele pode tomar medidas urgentes, como:

O Conselho Tutelar não tira a guarda nem aplica punições criminais — essas decisões são da Justiça.

No entanto, o seu trabalho é essencial para garantir que a criança esteja segura enquanto o processo judicial é conduzido.

Ele também elabora relatórios que servem como prova nos processos e podem influenciar diretamente na decisão do juiz.

Se você está tentando proteger uma criança em situação de maus-tratos, o primeiro passo deve ser procurar o Conselho Tutelar da sua cidade.

É a porta de entrada mais rápida para interromper o sofrimento e acionar os órgãos competentes.

Ninguém precisa enfrentar isso sozinho.

O apoio jurídico, junto à atuação do Conselho, é o caminho mais seguro para garantir que os direitos da criança sejam respeitados e sua integridade preservada.

Em muitos casos, essa ação conjunta salva vidas e devolve a esperança de uma infância digna.

Quais são as provas necessárias para comprovar maus-tratos à criança?

Para comprovar maus-tratos à criança, é essencial apresentar provas que demonstrem a situação de risco, seja física, emocional ou psicológica.

A Justiça só pode agir de forma efetiva quando há elementos concretos que sustentem o pedido de proteção ou guarda.

As principais provas que podem ser utilizadas incluem:

⮕ Relatórios médicos ou psicológicos mostram lesões físicas ou traumas emocionais, e ajudam a identificar sinais de abuso.

⮕ Boletins de ocorrência: formalizam a denúncia e demonstram que a situação já foi levada às autoridades.

⮕ Laudos do Conselho Tutelar ou assistente social: documentos que comprovam visitas, entrevistas ou investigações sobre o ambiente familiar.

⮕ Fotos, vídeos e gravações: imagens de ferimentos, ambientes insalubres ou áudios com gritos e ameaças têm grande valor probatório.

⮕ Testemunhas: vizinhos, professores, familiares ou qualquer pessoa que tenha presenciado os maus-tratos.

⮕ Relatórios escolares: indicam mudanças de comportamento, queda no rendimento ou sinais de sofrimento da criança.

Todas essas provas devem ser reunidas com cuidado e, preferencialmente, com o apoio de um advogado.

Ele saberá como apresentar esse material de forma correta no processo e aumentar as chances de uma decisão favorável.

Agir rápido e com base em provas pode salvar a vida de uma criança. O silêncio protege o agressor.

A denúncia, acompanhada das evidências certas, protege quem mais precisa.

Maus-tratos psicológicos à criança também justificam a perda da guarda?

Sim, maus-tratos psicológicos também podem justificar a perda da guarda.

Muitas vezes, a violência emocional é silenciosa, mas causa danos profundos e duradouros na vida da criança.

Humilhações constantes, ameaças, xingamentos, rejeição, manipulação, controle excessivo ou desvalorização diária comprometem o desenvolvimento emocional, a autoestima e o equilíbrio psicológico da criança.

Quando esses comportamentos são identificados e comprovados, a Justiça pode entender que o responsável não oferece um ambiente seguro e saudável, e por isso pode determinar a suspensão ou até a perda da guarda.

A lei protege não apenas o corpo, mas também o bem-estar emocional da criança — e é por isso que, nesses casos, agir com provas e orientação jurídica é essencial para garantir que a infância não seja marcada por traumas invisíveis, mas reais.

Preciso de advogado para conseguir a guarda de uma criança em maus-tratos?

Sim, ter um advogado é fundamental para conseguir a guarda de uma criança vítima de maus-tratos.

Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente permita que qualquer pessoa possa denunciar uma situação de risco.

O pedido formal de guarda precisa ser feito por meio de um processo judicial, com petições, documentos e argumentos jurídicos bem estruturados.

É nesse ponto que o advogado faz toda a diferença.

O profissional vai orientar sobre quais provas reunir, como apresentar a denúncia de forma correta.

Qual o melhor tipo de guarda a ser solicitada (provisória ou definitiva) e como demonstrar ao juiz que a mudança é realmente necessária para proteger a criança.

Além disso, o processo pode envolver audiências, laudos técnicos, manifestação do Ministério Público e análise do Judiciário, o que exige conhecimento específico da área.

Tentar fazer tudo sozinho pode gerar atrasos, erros ou até o indeferimento do pedido por falta de elementos jurídicos.

Com um advogado ao seu lado, você aumenta significativamente as chances de sucesso, protege a criança com mais rapidez e ainda garante que tudo seja feito de acordo com a lei.

Em casos tão delicados, a orientação certa pode ser o passo mais importante para salvar uma vida e garantir um novo começo.

Um recado final para você!

imagem representando advogado.

Em caso de dúvidas, busque assistência jurídica especializada para o seu caso!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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