Solicitar pensão por morte rural: quais são os requisitos?

Pensão por morte rural: muitas famílias perdem esse direito por não conhecerem as regras. Veja agora tudo sobre o que você precisa saber sobre o benefício e como evitar esse erro.

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Solicitar pensão por morte rural: quais são os requisitos?

A perda de um ente querido já é, por si só, um momento difícil. Mas quando essa pessoa era a principal responsável pelo sustento da família, as consequências podem ser ainda mais desafiadoras.

Se você está passando por essa situação e seu familiar trabalhava na zona rural, é fundamental entender o que é a pensão por morte rural, quem pode receber esse benefício e como garantir esse direito sem complicações.

Com base nas legislações mais recentes, nas orientações oficiais do INSS e nas novas regras da pensão por morte rural, preparamos este guia completo com respostas diretas e objetivas, mas sem perder a profundidade necessária.

O objetivo é que você, ao final deste texto, saiba exatamente o que fazer, sem perder tempo e sem correr o risco de abrir mão de um direito legítimo.

Se você está buscando informações sobre pensão por morte rural, aqui você encontra tudo o que precisa saber sobre essa modalidade do benefício.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é a pensão por morte rural?

A pensão por morte rural é um benefício previdenciário pago pelo INSS aos dependentes do trabalhador rural falecido.

O trabalhador precisa, na data do falecimento, ter mantido a qualidade de segurado especial, ou seja, estar exercendo atividade rural em economia familiar ou ser pescador artesanal ou indígena.

É importante deixar claro que a pensão por morte rural segue a mesma base legal da pensão urbana, prevista na Lei nº 8.213/1991, mas possui características próprias, principalmente no que diz respeito à forma de comprovação da atividade e ao valor do benefício.

Se você perdeu alguém que atuava no meio rural, saber disso pode fazer toda a diferença.

Muitos dependentes perdem o prazo ou deixam de entrar com o pedido por não saberem que têm esse direito.

Como funciona a pensão por morte rural?

A pensão por morte rural funciona como uma substituição da renda que o trabalhador falecido garantia à sua família.

O INSS transfere esse valor mensal aos seus dependentes legais, desde que comprovem os requisitos exigidos.

O funcionamento depende da comprovação de três pontos principais: a qualidade de segurado do falecido, o exercício da atividade rural e a existência de dependentes habilitados.

Se essas três condições forem preenchidas, o benefício pode ser concedido.

Você não precisa comparecer pessoalmente a uma agência do INSS. Todo o processo pode ser feito pela internet, por meio do portal ou aplicativo Meu INSS.

Ainda assim, é essencial reunir todos os documentos para pensão por morte rural desde o início.

O pedido pode ser indeferido se houver falhas na comprovação dos vínculos exigidos.

Se você está em dúvida se o trabalhador estava “regular” perante o INSS, saiba que o segurado especial não precisa, necessariamente, contribuir mensalmente com carnês.

A prova do exercício da atividade rural já é suficiente na maioria dos casos.

Qual o valor da pensão por morte rural?

O valor da pensão por morte rural depende da forma como o falecido estava vinculado ao INSS.

Para a maioria dos trabalhadores do campo, o valor da pensão é de um salário mínimo, o que em 2025 corresponde a R$ 1.518,00.

Isso acontece quando o falecido era segurado especial e não contribuía formalmente com o INSS, ou seja, não realizava pagamentos mensais como contribuinte individual ou facultativo.

Nos casos em que o trabalhador rural contribuía facultativamente, o cálculo segue as regras da Reforma da Previdência. O valor da pensão será de:

50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito, acrescido de 10% para cada dependente, até o limite de 100%.

Mesmo nesses casos, o benefício nunca será inferior ao salário mínimo.

É fundamental compreender essa diferença, especialmente em situações que envolvem agricultores com registro em carteira ou contribuição individual, pois as novas regras da pensão por morte rural podem impactar diretamente no valor a ser recebido.

Como ficou a pensão por morte do trabalhador rural?

Com a Reforma da Previdência, algumas regras da pensão por morte foram modificadas.

Mas no caso da pensão por morte rural, as alterações são limitadas e não se aplicam à maioria dos segurados especiais.

O que mudou foi o cálculo do valor da pensão nos casos em que o trabalhador contribuía facultativamente.

Nesses casos, como vimos acima, o benefício deixa de ser integral e passa a ser calculado a partir de um percentual.

Mas se o falecido não realizava contribuições formais, continua valendo a regra anterior: pensão no valor de um salário mínimo.

Outro ponto que mudou, para todos os tipos de pensão, é a duração do benefício.

Antes, cônjuges ou companheiros(as) tinham direito à pensão vitalícia automaticamente.

Agora, isso vai depender da idade do dependente, do tempo de casamento ou união estável e da quantidade de contribuições do segurado.

Ou seja, as novas regras da pensão por morte rural devem ser observadas caso a caso.

Por isso, é importante analisar com atenção o histórico do falecido e entender como ele estava vinculado ao INSS.

Quais são os requisitos da pensão por morte rural?

Para ter direito à pensão por morte rural, você precisa atender a três requisitos básicos, que são exigidos por lei e cobrados pelo INSS durante a análise do pedido:

O primeiro requisito é que o falecido tenha mantido a qualidade de segurado na data do óbito.

Isso significa que ele estava exercendo a atividade rural, ou estava em período de graça, ou já recebia outro benefício previdenciário.

O segundo requisito é que você comprove que o falecido efetivamente atuava no meio rural em regime de economia familiar.

Isso pode ser feito por meio de documentos como bloco de produtor rural, notas fiscais de comercialização, registros em sindicatos, carteira de pescador artesanal, entre outros.

Também é possível usar prova testemunhal, em caso de ausência de documentação completa.

O terceiro requisito é a existência de dependentes legais. O INSS exige que o solicitante comprove sua condição de dependente, seja por certidão de casamento, nascimento, laudos médicos ou outros documentos.

Se faltar qualquer uma dessas provas, o pedido pode ser indeferido. E nesse ponto, muitos segurados são prejudicados por falta de orientação.

Por isso, é fundamental reunir desde o início todos os documentos para pensão por morte rural e, se possível, contar com auxílio especializado para não perder prazos e evitar erros.

Quem tem direito a pensão por morte rural?

O direito à pensão por morte rural é garantido aos dependentes do trabalhador falecido, conforme o que estabelece o art. 16 da Lei nº 8.213/1991.

Esses dependentes são divididos em três classes, obedecendo uma ordem de prioridade:

A primeira classe inclui o cônjuge ou companheiro(a), inclusive em união homoafetiva, e os filhos menores de 21 anos, ou maiores com deficiência ou invalidez reconhecida judicialmente.

A segunda classe inclui os pais do falecido, mas apenas se não houver dependentes na primeira classe e desde que comprovem dependência econômica.

A terceira classe é formada pelos irmãos não emancipados menores de 21 anos, ou com deficiência/invalidez, desde que também comprovem dependência e não existam dependentes nas classes anteriores.

A existência de dependentes em uma classe exclui automaticamente as classes seguintes.

Ou seja, se houver cônjuge ou filhos, os pais e irmãos não terão direito à pensão.

Saber exatamente quem pode requerer evita frustrações e indeferimentos, que podem ser comuns quando o pedido é feito sem a devida análise da composição familiar.

Quanto tempo dura a pensão por morte rural?

A duração da pensão por morte rural varia conforme o perfil do dependente e as circunstâncias da morte do segurado.

No caso de cônjuge ou companheiro(a), a duração pode ser de apenas 4 meses, se o casamento ou união estável tiver menos de 2 anos e se o segurado tiver menos de 18 contribuições mensais ao INSS.

Se o relacionamento era mais longo e o trabalhador tinha mais tempo de contribuição, a pensão terá prazo variável conforme a idade do dependente na data do falecimento:

Para filhos e irmãos, a pensão dura até os 21 anos de idade, salvo se forem inválidos ou tiverem deficiência reconhecida judicialmente antes dessa idade.

Nesse caso, o benefício pode durar enquanto perdurar a invalidez ou deficiência.

Se a morte foi causada por acidente de qualquer natureza, não se exige o tempo mínimo de contribuição nem a duração do relacionamento.

Por isso, não adie a análise do seu caso. O prazo para requerer a pensão com pagamento retroativo é de até 90 dias após o óbito.

Após esse prazo, o pagamento será contado apenas da data do requerimento. É aqui que entra a urgência em buscar orientação e iniciar o pedido sem demora.

Se você chegou até aqui, já tem um panorama completo e atualizado sobre a pensão por morte rural novas regras e tudo o que envolve esse importante benefício.

Mas lembre-se: cada caso é único, e detalhes como tipo de vínculo, tempo de contribuição e composição familiar fazem toda a diferença.

Se você está passando por esse momento e quer garantir seus direitos com segurança, não deixe para depois.

Quanto mais cedo você reunir a documentação e der entrada no pedido, maiores são as chances de sucesso e de evitar perdas financeiras.

Conte com apoio profissional especializado e tire todas as suas dúvidas. Informação correta é o primeiro passo para não abrir mão de um direito que pode ser essencial para sua estabilidade e dignidade neste momento tão delicado.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “pensão por morte rural” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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