Como Funciona a Pensão Alimentícia para Filhos? Saiba o que está incluso

Vai pagar pensão alimentícia para os seus filhos? Descubra como funciona essa pensão e tudo que está incluso para evitar surpresas

Pensão Alimentícia: Descubra Como Funciona e o Que é Garantido aos Filhos

Entenda o que é, como pagar e o que está incluso na pensão alimentícia.

A pensão alimentícia é um valor fixo que deve ser pago, normalmente, pelo genitor aos filhos. Além disso, ela serve para custear gastos com alimentação, lazer e educação, por exemplo. Portanto, seu principal objetivo é garantir uma vida digna à criança.

Quando os pais resolvem se separar e possuem filhos menores, ou considerados incapazes, é preciso que as condições financeiras para o sustento daquela criança sejam garantidas.

Sendo assim, é de responsabilidade dos pais, estando juntos ou não, prezar pelo bem-estar dos seus filhos, inclusive financeiramente.

Por isso, a separação dos pais não coloca fim à relação entre pais e filhos, do mesmo modo que não acaba com suas obrigações.

Desse modo, nesses casos, é necessário o pagamento do valor da pensão alimentícia para o filho dependente.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

O que é pensão alimentícia?

Pensão alimentícia é uma obrigação financeira imposta por lei, onde uma pessoa (geralmente um dos pais ou ex-cônjuge) deve contribuir para o sustento de outra, como filhos, ex-parceiros ou outros dependentes.

Ela tem o objetivo de garantir a subsistência e o bem-estar daqueles que não têm condições de prover para si mesmos, cobrindo despesas essenciais como alimentação, moradia, educação, saúde e lazer, especialmente no caso de filhos menores.

A pensão é estabelecida judicialmente, considerando tanto as necessidades do beneficiário quanto a capacidade financeira de quem paga. No caso de filhos, ela é um direito fundamental até a maioridade ou enquanto durar a dependência financeira, como nos casos de filhos que ainda estudam.

O valor pode ser reajustado conforme mudanças nas circunstâncias das partes, como perda de emprego ou aumento de despesas do alimentando (a pessoa que recebe a pensão). O não pagamento da pensão pode resultar em sanções legais, incluindo prisão.

Entenda tudo sobre o cálculo de pensão:

Por que devo pagar pensão alimentícia?

Antes de tudo, é importante saber que a pensão alimentícia se encaixa no princípio familiar. Ou seja, o compromisso pela sobrevivência e qualidade de vida de um indivíduo não é apenas do Estado, mas, também, dos membros da família.

Portanto, você, enquanto pai, tem o dever de suprir as necessidades de seus filhos. Por isso, sempre que houver necessidade, será obrigatório o pagamento da pensão.

Quais gastos a pensão deve cobrir?

Como já foi dito, a verba da ação de alimentos serve para garantir que seus filhos tenham uma vida digna. Assim, o dinheiro que você paga será destinado aos gastos com educação, alimentação, transporte, lazer e saúde, por exemplo.

Entretanto, o que pouca gente sabe é que existe uma divisão quanto à natureza dos alimentos. Desse modo, eles são divididos entre civis e naturais.

Portanto, o valor que você paga pode se restringir somente à esses itens ou não.

Despesas da pensão

Despesas da pensão

Alimentos civis

Além de cobrir gastos com alimentação, planos de saúde, educação, lazer, entre outros, esse tipo de pensão alimentícia serve para a manutenção do padrão de vida que seus filhos tinham antes da separação.

Ou seja, se, quando casados, vocês proporcionavam determinada qualidade de vida para seus filhos, esse padrão não pode ser reduzido após a separação.

Além disso, se você tem uma situação financeira melhor, isso também será considerado na hora de fixar os alimentos.

Alimentos naturais

Esse tipo de alimentos, por sua vez, cobre apenas os gastos essenciais para a subsistência de quem os solicita.

No entanto, existe apenas uma única possibilidade de aplicação dessa pensão, que é quando a situação de necessidade for culpa da pessoa que solicita os alimentos.

Por exemplo, digamos que seu filho, maior de idade, possuía bens que o permitiam ter uma vida confortável. Entretanto, por culpa única e exclusiva dele, esses bens foram dissipados.

Assim, ele só terá direito a um valor mínimo de pensão que garanta apenas o seu sustento.

Qual a documentação necessária para entrar com pedido de pensão alimentícia?

Para entrar com um pedido de pensão alimentícia, geralmente são necessários os seguintes documentos e informações:

Em caso de desemprego ou autônomo, outros documentos que possam comprovar a capacidade financeira.

É obrigatório pagar pensão antes do nascimento do filho?

Sim, uma vez que existe uma modalidade de pensão alimentícia chamada de alimentos gravídicos.

Assim, considerando que ela é paga durante o período de gestação, a sua finalidade é cobrir gastos realizados desde a concepção até o parto.

Além disso, essa pensão deve cobrir qualquer outro gasto que surja em decorrência da gravidez da mãe de seu futuro filho.

Portanto, os alimentos gravídicos servem para garantir a saúde e o bem-estar da mãe e da criança, protegendo, assim, o direito à vida do seu filho.

Assista a este vídeo e saiba mais:

Quem ganha R$ 3000 quanto paga de pensão alimentícia?

A pensão alimentícia geralmente é calculada como um percentual da renda do pagador, com base nas necessidades do dependente e na capacidade financeira de quem paga. O percentual mais comum utilizado pela justiça é de cerca de 30% da renda líquida, mas pode variar conforme o caso.

Para quem ganha R$ 3.000, o valor da pensão seria em torno de R$ 900, seguindo a regra dos 30%. Se o salário for de R$ 10.000, o valor da pensão pode chegar a R$ 3.000, mantendo a mesma proporção.

Contudo, é importante ressaltar que o valor exato não é fixo e depende de diversos fatores, como o número de dependentes, as despesas envolvidas (como saúde e educação), e as condições financeiras do pagador.

Além disso, o juiz pode levar em consideração despesas já existentes do pagador, como outros filhos ou compromissos financeiros, para ajustar o valor.

Se o pagador tiver uma renda maior, o percentual pode diminuir, já que o objetivo é garantir o sustento, e não criar um desequilíbrio econômico excessivo para o pagador.

É obrigatório pagar 30% de pensão?

Não, não é obrigatório pagar exatamente 30% de pensão alimentícia.
 Esse percentual é uma referência comum, mas o valor da pensão é determinado com base em vários fatores, como as necessidades do dependente (geralmente o filho) e a capacidade financeira de quem paga.
O juiz avalia cada caso individualmente para definir um valor justo, que pode ser inferior ou superior a 30%.
Portanto, o percentual pode variar de acordo com as circunstâncias específicas de cada situação.

O que não entra no cálculo da pensão alimentícia?

No cálculo da pensão alimentícia, alguns itens não são considerados como parte da renda líquida ou das despesas básicas para determinar o valor a ser pago. Estes itens incluem:

Não entram no cálculo de pensão

Gastos que não entram no cálculo de pensão

  1. Impostos e Contribuições Obrigatórias: O cálculo é feito sobre a renda líquida, ou seja, após descontos de impostos como INSS, Imposto de Renda, e outras contribuições legais obrigatórias.
  2. Despesas Pessoais do Pagador: Gastos individuais como lazer, viagens, financiamento de bens de luxo ou outros gastos supérfluos do pagador não entram no cálculo da pensão.
  3. Dívidas Pessoais: Em regra, as dívidas pessoais do pagador (como financiamentos ou empréstimos) também não são consideradas diretamente no cálculo, a menos que afetem substancialmente a capacidade de pagamento e sejam levadas ao processo judicial para análise.
  4. Rendimentos Eventuais: Prêmios, bonificações ou ganhos eventuais e esporádicos podem não ser considerados, dependendo de como a justiça interpreta essas fontes de renda, embora possam ser incluídos se forem recorrentes.

O cálculo da pensão se concentra na renda recorrente do pagador e nas necessidades do dependente, de forma a garantir o sustento adequado.

Conclusão

A pensão alimentícia é uma responsabilidade essencial que visa garantir o sustento e bem-estar dos dependentes, especialmente crianças e adolescentes, após a separação ou divórcio dos pais.

A sua determinação envolve uma análise cuidadosa das necessidades do beneficiário e da capacidade financeira do pagador, buscando um equilíbrio justo entre as obrigações parentais e as realidades econômicas.

É fundamental que as partes envolvidas compreendam não apenas os direitos e deveres estabelecidos, mas também a importância da colaboração mútua para o desenvolvimento saudável dos filhos.

Assim, o pagamento da pensão alimentícia se torna um compromisso não apenas legal, mas também moral, refletindo o cuidado e a responsabilidade que devem sempre prevalecer nas relações familiares.

Um recado importante pra você!

Advogado especialista

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “Pensão Alimentícia” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • LUIZ FOTO

    •Advogado familiarista, cogestor do VLV Advogados Membro Associado do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM) Capacitação pela AASP em questões de direito civil, especialmente direito das famílias/sucessões e pela PUC/RJ em alienação parental e perícias psicológicas

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