CID M54: dorsalgia ou dor na coluna torácica aposenta?

Você sente dor nas costas todos os dias e foi diagnosticado com CID M54? Saiba se esse quadro pode gerar direito à aposentadoria.

CID M54: dorsalgia ou dor na coluna torácica aposenta?

CID M54: dorsalgia ou dor na coluna torácica aposenta?

Se você recebeu um laudo médico com o código CID M54 e convive com dores frequentes na coluna, é natural que surjam dúvidas sobre os seus direitos no INSS, especialmente se a condição já está afetando sua rotina e sua capacidade de trabalho.

A dorsalgia, nome técnico para esse tipo de dor, pode parecer simples à primeira vista, mas quando persistente ou grave, precisa ser tratada com atenção médica e jurídica.

Neste artigo, vamos esclarecer o que significa CID M54, quais são suas implicações para fins de aposentadoria por invalidez, qual a documentação necessária e quando é importante contar com apoio especializado.

Tudo isso de forma clara, direta e com base nas regras previstas na legislação, para que você tenha a melhor explicação e entendimento sobre esse tema.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato:  clique aqui!

O que é CID M54?

O CID M54 é o código da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) utilizado para indicar casos de dorsalgia, ou seja, dor na coluna torácica ou em outras regiões das costas.

Esse código abrange diferentes tipos de dores que acometem a estrutura vertebral, sem especificar, por si só, a causa exata.

Na prática, o CID M54 funciona como um alerta clínico para a existência de uma dor relevante que precisa ser avaliada com mais profundidade.

Essa dor pode surgir por diversos motivos: lesões musculares, problemas posturais, hérnia de disco, artrose, sobrecarga mecânica ou, até mesmo, doenças reumatológicas.

Quando persistente, pode comprometer a rotina, a mobilidade e a capacidade de trabalho do paciente.

E é justamente por isso que quem recebe esse diagnóstico busca entender se o CID M54 aposenta, uma dúvida legítima diante de sintomas limitantes.

O que significa M54 no laudo médico?

Quando o M54 aparece no laudo médico, ele está indicando que o paciente apresenta um quadro de dorsalgia, ou seja, dor nas costas.

Esse código, padronizado pela CID-10 da Organização Mundial da Saúde, é utilizado por médicos e instituições como o INSS para classificar doenças e sintomas de forma técnica e objetiva.

O que significa CID M54, portanto, é a identificação de um sintoma, não uma doença em si.

O laudo médico precisa ir além da simples menção ao código.

Ele deve descrever a intensidade da dor, sua duração, os reflexos na capacidade funcional e, especialmente, se há comprometimento da vida profissional do segurado.

Sem essas informações, a análise pelo INSS pode ser incompleta.

Qual doença corresponde ao CID M54?

Como explicado, a dorsalgia indicada pelo CID M54 não representa uma doença específica, mas sim um sintoma que pode estar presente em diversas patologias da coluna.

Ou seja, o CID M54 sinaliza que há uma dor na região torácica ou lombar, mas a origem pode variar bastante.

Entre as causas mais comuns estão a hérnia de disco, a artrose, a escoliose, o esforço físico excessivo ou a má postura crônica.

Em alguns casos, a dor pode estar relacionada a doenças degenerativas mais graves, que comprometem as estruturas ósseas e nervosas da coluna vertebral.

Por isso, é essencial que a investigação clínica identifique a real causa da dor, pois é isso que vai definir se há ou não incapacidade para o trabalho, o que influencia diretamente no direito à aposentadoria ou ao auxílio.

O que muda com a nova classificação de doenças (CID-11)?

Com a adoção da CID-11, a classificação para dorsalgia foi atualizada de M54 (CID-10) para ME84.Z.

Essa mudança busca melhorar a precisão diagnóstica e facilitar a codificação de informações clínicas mais detalhadas.

No entanto, a natureza da condição em si continua a mesma: trata-se de dor localizada na coluna, com variações que podem incluir irradiação para membros e limitação de movimentos.

Na prática, essa atualização afeta mais o registro e o sistema de saúde do que o próprio paciente.

O importante é que a documentação médica esteja atualizada com base nos códigos vigentes, especialmente nos laudos que são apresentados ao INSS.

Isso evita atrasos na concessão de benefícios e reforça a regularidade do processo administrativo.

Qual é o CID mais grave da coluna?

O CID M54 é comum, mas não necessariamente o mais grave.

Existem outros códigos na classificação de doenças que indicam comprometimentos estruturais ou neurológicos severos da coluna vertebral.

Um exemplo é o CID M51.0, que se refere a distúrbios de discos intervertebrais com mielopatia, situação em que há compressão da medula espinhal.

Contudo, a gravidade de cada caso não depende apenas do código, mas do impacto funcional que a doença causa na vida do paciente.

Uma dorsalgia com dor intensa e incapacitante, por exemplo, pode ser tão grave quanto uma patologia estrutural, especialmente quando compromete o desempenho no trabalho e a qualidade de vida.

Por isso, quem tem CID M54 aposenta, sim, em alguns casos, desde que haja comprovação da incapacidade total e permanente.

Quantos dias de atestado para o CID M54?

O número de dias de afastamento por CID M54 depende da intensidade da dor, da causa do problema e da resposta ao tratamento.

Em casos leves, o repouso pode variar entre 3 a 7 dias, com acompanhamento médico.

Já em situações mais complexas, como nas que envolvem hérnia de disco ou inflamação persistente, o afastamento pode ultrapassar 15 dias, momento em que o trabalhador passa a depender de avaliação pericial do INSS para concessão de auxílio-doença.

É importante lembrar que o período de afastamento inicial é definido pelo médico assistente, e o benefício do INSS só é concedido a partir do 16º dia de afastamento para trabalhadores com carteira assinada, conforme o artigo 60 da Lei 8.213/1991.

Quem tem o CID M54 tem direito a aposentadoria?

O fato de receber o diagnóstico CID M54 não significa, por si só, que a pessoa terá direito automático à aposentadoria.

Para isso, é preciso demonstrar que a dorsalgia causa incapacidade total e permanente para o trabalho, conforme exige o INSS e a legislação previdenciária.

A aposentadoria por invalidez, atualmente chamada de aposentadoria por incapacidade permanente, está prevista na Lei 8.213/1991, e só é concedida quando a reabilitação profissional é inviável.

Ou seja, quando não há mais possibilidade de exercer qualquer tipo de atividade laboral.

O INSS avaliará, por meio de perícia médica, se a dor causada pelo CID M54 é severa, crônica e irreversível a ponto de impedir o segurado de trabalhar em qualquer função.

Nesses casos, sim, o CID M54 aposenta por invalidez, desde que todos os requisitos legais estejam preenchidos.

Em alguns casos, mesmo que a pessoa diagnosticada com CID M54 não tenha contribuído o suficiente ao INSS para se aposentar, ainda assim pode ter direito a um benefício.

Além da aposentadoria, em situações de extrema vulnerabilidade social e ausência de renda, a pessoa com CID M54 pode avaliar se cumpre os critérios para solicitar o BPC/LOAS (Benefício de Prestação Continuada), previsto na Lei Orgânica da Assistência Social. 

Esse benefício assistencial não exige contribuição ao INSS, mas requer comprovação de deficiência e renda familiar por pessoa inferior a 1/4 do salário mínimo.

Cada caso é único e exige atenção individualizada. Se a dor está prejudicando sua capacidade de trabalhar, busque orientação jurídica o quanto antes.

Quais os documentos necessários para provar CID M54?

Para solicitar qualquer benefício junto ao INSS com base no CID M54, é essencial apresentar documentos que comprovem a existência da doença e os efeitos dela na sua capacidade de trabalho. Os principais são:

É importante agir com urgência, pois atrasos no envio dos documentos podem comprometer o andamento do pedido e, em alguns casos, inviabilizar o recebimento retroativo dos valores devidos.

Qual a importância de um advogado na aposentadoria por dorsalgia (CID M54)?

Contar com o apoio de um advogado previdenciário é fundamental em casos envolvendo o CID M54, especialmente quando há indeferimento do benefício ou dúvidas sobre os direitos do segurado.

O sistema do INSS é técnico e muitas vezes exige documentos específicos que o segurado, sozinho, não consegue providenciar corretamente.

O advogado tem conhecimento da legislação, das normas administrativas e dos prazos processuais, o que aumenta significativamente as chances de êxito na obtenção do benefício.

Além disso, ele pode identificar se há outras possibilidades legais para garantir proteção financeira, como a conversão de auxílio-doença em aposentadoria, reabilitação profissional ou, até mesmo, a judicialização do pedido negado.

Em muitos casos, não há tempo hábil para reverter uma situação jurídica se o segurado demorar a procurar ajuda especializada, e isso pode resultar na perda de direitos que levariam anos para serem restituídos.

Por isso, a consultoria jurídica não é um custo, mas uma segurança para quem já está vulnerável por uma condição de saúde.

Um recado final para você!

imagem representando advogado

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “CID M54: dorsalgia ou dor na coluna torácica aposenta?” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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