CID F20 – Esquizofrenia aposenta ou dá dirieito a benefício?

Você tem o CID F20 no laudo e não sabe se pode se aposentar? Descubra o que a lei diz sobre esquizofrenia e direito a benefícios do INSS.

CID F20 – Esquizofrenia aposenta ou dá dirieito a benefício?

CID F20 – Esquizofrenia aposenta ou dá dirieito a benefício?

Receber o diagnóstico de esquizofrenia é um desafio que afeta não apenas a saúde, mas também a vida profissional, a estabilidade financeira e o exercício de direitos garantidos por lei.

Muitas pessoas se perguntam se a condição identificada como CID F20 dá direito à aposentadoria ou a algum benefício do INSS, especialmente quando os sintomas interferem na capacidade de trabalhar e manter uma rotina.

Se você ou alguém próximo está passando por essa situação, saiba que não está sozinho.

Este artigo foi preparado com base na legislação brasileira e nas regras previdenciárias para responder, de forma clara e acessível, às dúvidas mais comuns sobre o tema.

A seguir, explicamos o que significa o CID F20, quais são os sintomas, como a doença é avaliada pelo INSS e quais benefícios podem ser solicitados, inclusive quando é possível se aposentar por invalidez ou receber o BPC.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato:  clique aqui!

O que significa CID F20?

O CID F20 é o código que representa a esquizofrenia na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (CID-10).

Ele se refere a um transtorno psiquiátrico crônico, grave e incapacitante, que compromete profundamente a forma como a pessoa percebe a realidade, pensa, sente e se comporta.

A esquizofrenia pode se manifestar de diferentes formas, com delírios, alucinações auditivas, fala desconexa, comportamentos desorganizados e retraimento social.

A gravidade do CID F20 está na alteração global do funcionamento psíquico, afetando o juízo da realidade.

Por isso, o diagnóstico costuma causar impactos diretos na vida profissional e social da pessoa diagnosticada, sendo frequentemente considerado nos pedidos de aposentadoria por invalidez ou benefícios assistenciais, como o BPC/LOAS.

Quais são os sintomas do CID F20?

Os sintomas do CID F20 envolvem principalmente distúrbios de pensamento, percepção e comportamento.

Entre os sintomas mais recorrentes estão os delírios, que são crenças irreais mantidas com convicção, como a sensação de estar sendo perseguido ou vigiado.

Também são frequentes as alucinações auditivas, geralmente na forma de vozes que conversam ou emitem comandos.

Além disso, pessoas com esquizofrenia apresentam pensamento desorganizado, o que afeta sua capacidade de manter diálogos coerentes e executar tarefas cotidianas.

Outros sintomas incluem comportamentos catatônicos ou bizarros, isolamento social, falta de iniciativa, embotamento afetivo (dificuldade em expressar emoções) e comprometimento da memória de curto prazo.

Esses sintomas não ocorrem de forma isolada, mas se combinam para formar um quadro clínico que pode comprometer a autonomia do indivíduo e sua capacidade de trabalho.

Qual é o CID mais grave para esquizofrenia?

Embora todos os subtipos do CID F20 representem formas sérias da esquizofrenia, alguns têm desfechos clínicos mais complexos.

A esquizofrenia hebefrênica (F20.1), por exemplo, costuma se manifestar precocemente, com predomínio de sintomas desorganizados e afetivos, o que geralmente está associado a um pior prognóstico funcional.

Ainda assim, a gravidade da condição não depende apenas da codificação no CID, mas principalmente da intensidade dos sintomas, da frequência dos surtos, da resposta ao tratamento e do suporte familiar e social.

É por isso que a avaliação para concessão de benefícios previdenciários e assistenciais exige uma análise personalizada por parte de peritos médicos do INSS.

O que muda com a nova classificação de doenças (CID-11)?

Com a implementação da CID-11, a esquizofrenia passa a ser codificada como 6A20.Z, substituindo o código F20 da CID-10.

A principal mudança está na abordagem mais funcional e menos classificatória: a nova versão deixa de segmentar a esquizofrenia em subtipos como paranoide, hebefrênica e catatônica.

Em vez disso, foca no curso da doença (episódico, contínuo, primeiro episódio etc.) e na avaliação do impacto funcional.

Essa mudança permite uma avaliação mais abrangente das necessidades do paciente.

No entanto, no Brasil, a CID-10 continua amplamente aceita nos pedidos de benefício ao INSS e nas perícias médicas.

Isso significa que, apesar da atualização da OMS, os códigos da CID-10, como o F20, permanecem válidos e operacionais na prática administrativa.

CID F20 é considerado PCD?

A esquizofrenia é considerada uma deficiência psicossocial, e o CID F20 pode sim caracterizar uma pessoa como Pessoa com Deficiência (PCD), nos termos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Para isso, é necessário demonstrar que a condição compromete a autonomia e a capacidade de participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Esse reconhecimento pode garantir acesso a benefícios sociais, programas de inclusão, cotas em concursos públicos, isenção de impostos e prioridade no atendimento, entre outros direitos.

A condição de deficiência, nesse caso, deve ser comprovada por avaliação médica e social, normalmente realizada por equipes multidisciplinares do INSS ou de órgãos de assistência social.

Quem tem CID F20 pode trabalhar?

Pessoas diagnosticadas com CID F20 podem trabalhar, desde que apresentem estabilidade clínica e funcional suficiente para exercer suas funções com segurança e autonomia.

Isso depende da gravidade dos sintomas, do tipo de atividade exercida e do suporte terapêutico e familiar recebido.

No entanto, em muitos casos, os sintomas da esquizofrenia prejudicam significativamente a produtividade, a interação social e a capacidade de adaptação no ambiente de trabalho.

Quando isso acontece, a pessoa pode ser considerada incapaz de forma temporária ou definitiva, sendo necessário buscar auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, conforme a situação.

É importante destacar que forçar a permanência no trabalho sem condições adequadas pode agravar o quadro psiquiátrico.

Por isso, buscar avaliação médica e jurídica o quanto antes é essencial para garantir a proteção dos direitos do segurado e evitar prejuízos futuros.

Quais benefícios quem tem esquizofrenia (CID F20) tem direito?

Pessoas diagnosticadas com esquizofrenia podem ter acesso a três principais tipos de benefícios, a depender do seu histórico contributivo e da gravidade do quadro clínico:

  1. O auxílio-doença é indicado para os casos de incapacidade temporária, em que ainda há possibilidade de recuperação para o trabalho.
  2. Já a aposentadoria por invalidez é reservada para situações em que há incapacidade total e permanente, sem possibilidade de reabilitação para qualquer atividade profissional.
  3. Por fim, há o BPC/LOAS, benefício assistencial destinado às pessoas com deficiência e baixa renda, mesmo que nunca tenham contribuído com o INSS.

Em todos os casos, é indispensável apresentar documentos médicos consistentes e passar por perícia oficial do INSS.

Quando se trata de aposentadoria ou auxílio, também é exigido que o segurado tenha qualidade de segurado e, em regra, carência de 12 contribuições mensais, salvo exceções previstas em lei, como em casos de alienação mental.

A aposentadoria invalidez por CID F20 é uma das combinações mais frequentes em pedidos de benefício por incapacidade, e o acompanhamento jurídico pode ser determinante para garantir uma análise justa e completa do caso.

Quem tem esquizofrenia F20 pode se aposentar?

Quem tem esquizofrenia F20 pode se aposentar, desde que seja comprovada a incapacidade total e permanente para o trabalho.

A aposentadoria por invalidez será concedida se o segurado não puder ser reabilitado para nenhuma atividade laboral, conforme exigido pelo artigo 42 da Lei nº 8.213/1991.

É necessário apresentar laudos médicos detalhados, atestando a evolução da doença, os impactos na vida funcional e a falta de resposta ao tratamento.

O INSS realizará uma perícia médica, que pode ser contestada judicialmente se o benefício for negado injustamente.

Se a pessoa estiver acamada ou necessitar de cuidados permanentes, é possível solicitar ainda o acréscimo de 25% no valor da aposentadoria, conforme prevê o artigo 45 da mesma lei.

Diante da complexidade da análise e dos riscos de negativa, é fundamental buscar apoio jurídico especializado desde o início do processo, para garantir que todos os documentos e provas estejam organizados conforme os critérios técnicos exigidos.

Qual o CID da psiquiatria que dá direito à aposentadoria?

Não existe um único CID da psiquiatria que, por si só, garanta aposentadoria. O que assegura o direito é a comprovação da incapacidade laborativa total e permanente, independentemente do diagnóstico.

No entanto, alguns CIDs psiquiátricos, como o F20 (esquizofrenia), o F25 (transtorno esquizoafetivo) ou o F31 (transtorno bipolar), são frequentemente utilizados como base para concessão de benefícios, devido ao seu potencial incapacitante.

A legislação brasileira exige que essa incapacidade seja avaliada por perícia médica do INSS, com base em laudos, exames, histórico de internações e tratamento médico.

O auxílio jurídico é essencial para interpretar corretamente o enquadramento clínico e garantir que ele seja entendido pelo perito do INSS da forma mais adequada.

Quais os documentos necessários para se aposentar por esquizofrenia?

Para se aposentar por esquizofrenia, é preciso reunir uma documentação médica e previdenciária consistente.

Os documentos essenciais incluem:

Também é importante apresentar comprovantes de internações psiquiátricas, receitas de medicamentos antipsicóticos e avaliações de terapeutas.

Quanto mais detalhado for o dossiê médico, maiores as chances de sucesso no processo administrativo ou judicial.

Nos casos em que há necessidade de cuidados permanentes, o segurado pode pleitear o acréscimo de 25% no valor da aposentadoria, devendo apresentar prova de dependência de terceiros para atividades básicas.

Para evitar atrasos e negativas, é recomendado contar com a orientação de um advogado previdenciário, que saberá como organizar os documentos de forma estratégica, conforme os critérios técnicos do INSS.

Se você ou um familiar enfrenta limitações causadas pela esquizofrenia e tem dúvidas sobre seus direitos, não deixe para depois.

A busca por benefícios como o BPC/LOAS, o auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez pode fazer toda a diferença para garantir o mínimo existencial e a dignidade.

Como você viu, a CID F20 garante direito ao BPC quando há deficiência e vulnerabilidade social, mesmo que não haja contribuições ao INSS.

O apoio jurídico especializado pode evitar negativas indevidas, garantir a entrega dos documentos corretos e acompanhar todo o processo até o desfecho justo.

A urgência em agir pode proteger sua saúde mental, evitar prejuízos financeiros e assegurar um futuro com mais segurança.

Um recado final para você!

imagem representando advogado

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “CID F20 – Esquizofrenia aposenta ou dá dirieito a benefício?” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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