BPC LOAS negado: como agir após recusa do benefício no INSS?

Ter o BPC LOAS negado pode parecer o fim, mas você ainda tem caminhos possíveis. Saiba como recorrer e proteger seus direitos.

BPC LOAS negado: como agir após recusa do benefício no INSS?

BPC LOAS negado: como agir após recusa do benefício no INSS?

Ter o BPC LOAS negado pelo INSS pode ser um momento de grande frustração para quem já enfrenta dificuldades financeiras e de saúde.

Muitas pessoas não sabem exatamente por que o benefício foi recusado nem quais caminhos podem seguir depois da negativa.

Esse tipo de situação é mais comum do que se imagina e, na maioria das vezes, pode ser resolvido com informação clara, documentação adequada e o apoio jurídico correto.

Neste artigo, você vai entender o que significa o indeferimento do BPC, quais são os principais motivos da recusa e o que fazer para recorrer ou apresentar um novo pedido, com orientações práticas e atualizadas.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato:  clique aqui!

O que significa BPC LOAS negado?

O indeferimento do BPC LOAS significa que o INSS rejeitou o pedido de concessão do benefício assistencial com base na análise dos critérios exigidos por lei.

A sigla BPC se refere ao Benefício de Prestação Continuada, previsto no artigo 20 da Lei nº 8.742/1993, a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).

Esse benefício garante um salário mínimo mensal a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência de qualquer idade, desde que comprovem não possuir meios de sustento nem serem sustentadas por suas famílias.

Quando o BPC é negado, o INSS entende que os critérios legais não foram preenchidos.

Isso pode acontecer por diversos fatores: documentação incompleta, dados desatualizados no Cadastro Único (CadÚnico), renda familiar incompatível ou até mesmo falhas na perícia médica.

O termo “indeferido” no BPC significa que a solicitação foi analisada, mas não aprovada. Por isso, é essencial compreender o motivo da negativa e agir dentro dos prazos legais.

O que reprova no BPC LOAS?

As causas que levam ao indeferimento do BPC estão, geralmente, ligadas à falta de comprovação dos requisitos previstos em lei.

Entre os motivos mais comuns está a renda familiar per capita acima do limite permitido, que atualmente é de 1/4 do salário mínimo, conforme estipula o §3º do artigo 20 da Lei 8.742/93.

Muitas vezes, o cálculo da renda inclui valores que não deveriam ser considerados, o que compromete o direito ao benefício.

Outro fator recorrente é a documentação incompleta ou inconsistente. A ausência de laudos médicos detalhados ou falhas na comprovação de despesas e da composição familiar prejudica a análise do INSS.

Além disso, o CadÚnico desatualizado pode conter informações equivocadas sobre a situação socioeconômica do requerente, o que influencia diretamente na decisão.

Também ocorre o indeferimento quando o INSS entende que não foi comprovada a deficiência em grau que justifique a concessão do BPC.

Nesse ponto, a perícia médica ganha papel central. Se o perito não reconhecer que a condição de saúde impede a pessoa de participar plenamente da sociedade, o benefício pode ser recusado.

Por isso, o preparo do processo desde o início é essencial para evitar reprovações.

Quando o INSS nega o BPC, o que acontece?

Após a negativa do BPC, o INSS emite uma carta de indeferimento, que informa de forma resumida os motivos da recusa.

A partir desse momento, abre-se o prazo legal de 30 dias para interpor recurso administrativo, de acordo com o artigo 305 da Instrução Normativa INSS nº 128/2022.

Se o requerente não apresentar o recurso nesse prazo, a decisão se torna definitiva na via administrativa, o que obriga o interessado a iniciar um novo pedido ou a ingressar com uma ação judicial.

É importante agir com rapidez e cuidado nesse momento.

O prazo de recurso é curto e, muitas vezes, é necessário reunir novos documentos, atualizar informações no CadÚnico ou obter laudos médicos complementares.

A atuação de um advogado pode ajudar a evitar perda de prazo e a aumentar as chances de reversão da decisão.

Como fazer um novo pedido do BPC LOAS?

Para fazer um novo pedido do BPC LOAS, você precisa primeiro atualizar o Cadastro Único (CadÚnico) com informações corretas sobre sua renda e família.

Em seguida, reúna toda a documentação necessária, como RG, CPF, comprovantes de renda e laudos médicos atualizados, se for o caso.

Com isso em mãos, acesse o site ou aplicativo Meu INSS, ou vá até uma agência do INSS, e solicite o benefício.

Caso o motivo do indeferimento anterior tenha sido resolvido, o novo pedido pode ser aceito.

Se tiver dúvidas, é sempre recomendado procurar orientação jurídica especializada.

É verdade que o BPC LOAS vai ser cortado em 2025?

Não, o BPC LOAS não será cortado em 2025. O benefício permanece garantido pela Constituição Federal, no artigo 203, inciso V, e pela Lei 8.742/93.

No entanto, é importante saber que algumas regras foram atualizadas, especialmente em relação à análise de renda familiar e aos critérios para considerar uma pessoa com deficiência elegível ao benefício.

O que mudou foi a forma de interpretação e aplicação dos critérios legais, especialmente após decisões judiciais e normativas internas do próprio INSS.

Essas mudanças exigem atenção e atualização por parte dos solicitantes e de seus representantes legais.

Portanto, o que existe é uma maior rigidez na concessão e na revisão periódica do benefício, mas não o seu cancelamento automático.

Quem já recebe o BPC pode ser convocado para nova avaliação e precisa manter os dados atualizados para não correr risco de suspensão.

Quais são as novas regras para o BPC LOAS em 2025?

Em 2025, o BPC continua regido pela Lei Orgânica da Assistência Social, mas foram incorporadas diretrizes que afetam diretamente quem solicita o benefício.

Uma das mudanças mais relevantes é a flexibilização da renda per capita, permitindo, em casos excepcionais, a concessão do BPC mesmo quando a renda ultrapassa 1/4 do salário mínimo, desde que seja comprovada a situação de vulnerabilidade.

Também houve alteração na composição do grupo familiar, sendo excluídos da conta certos benefícios assistenciais recebidos por outros membros. Isso pode impactar positivamente o cálculo da renda familiar.

Além disso, os critérios de avaliação da deficiência foram aperfeiçoados, considerando aspectos físicos, mentais, intelectuais ou sensoriais de forma mais ampla e em consonância com a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Decreto nº 6.949/2009).

Essas mudanças visam tornar o processo mais justo, mas também exigem maior cuidado na apresentação das provas.

Qual o passo a passo para solicitar o BPC LOAS?

O primeiro passo para solicitar o BPC é garantir que você atende aos requisitos legais: ter 65 anos ou mais ou ser pessoa com deficiência, além de possuir renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo.

Em seguida, é necessário atualizar o Cadastro Único (CadÚnico). Sem isso, o benefício não será analisado.

O CadÚnico deve estar atualizado nos últimos dois anos, com dados completos sobre composição familiar, rendimentos e residência.

Depois, reúna a documentação obrigatória, que inclui: RG e CPF de todos os membros da família, comprovantes de renda, comprovante de residência e, no caso de pessoa com deficiência, laudos médicos detalhados com CID, histórico clínico e limitações funcionais.

O pedido pode ser feito pelo site ou aplicativo Meu INSS, pelo telefone 135 ou pessoalmente nas agências do INSS.

Após o requerimento, será agendada uma perícia médica e/ou avaliação social, conforme o caso. Por fim, o INSS analisará a documentação e emitirá a decisão.

O que fazer quando é negado o BPC LOAS?

Se o benefício BPC LOAS foi negado, o primeiro passo é verificar a justificativa da recusa informada pelo INSS.

Isso é fundamental para saber se o problema está na documentação, na avaliação da deficiência, no cálculo da renda ou em alguma outra inconsistência.

Em seguida, você deve avaliar a possibilidade de interpor recurso administrativo, respeitando o prazo de 30 dias.

Se houver erro ou omissão por parte do INSS, é possível corrigi-lo com documentação adicional.

Caso a negativa esteja fundamentada em laudo pericial desfavorável ou em dados incorretos de renda, recomenda-se buscar apoio profissional.

Agir rápido evita que o processo se encerre sem chance de revisão, e ajuda a manter a regularidade dos documentos caso seja necessário ir à Justiça.

Como entrar com recurso administrativo por BPC LOAS negado?

O recurso administrativo de BPC LOAS negado deve ser apresentado diretamente ao INSS no prazo de até 30 dias a contar da ciência da decisão.

Esse recurso pode ser feito de forma digital pelo site Meu INSS, por telefone ou em uma agência física.

É necessário explicar o motivo pelo qual a decisão deve ser revista e apresentar documentos que comprovem o cumprimento dos requisitos legais.

Quando o recurso é bem fundamentado e acompanhado de documentos robustos, a chance de reversão aumenta.

Vale destacar que um recurso mal elaborado ou fora do prazo dificilmente será acolhido.

Por isso, a atuação de um advogado com experiência em benefícios assistenciais faz toda a diferença nesse momento.

Ele saberá estruturar o pedido com base legal e técnica, alinhando as provas ao que a legislação exige.

Quais são as etapas para contestar o BPC negado?

O processo de contestação começa pela via administrativa, com a apresentação do recurso.

Caso o recurso não seja aceito, o próximo passo é ingressar com uma ação judicial, preferencialmente com o acompanhamento de um advogado especializado.

Na esfera judicial, o caso será analisado por um juiz da Justiça Federal, que poderá determinar a realização de nova perícia médica e avaliação social.

Essa perícia será feita por um profissional nomeado pelo juízo, o que confere mais imparcialidade ao processo.

O juiz também avaliará provas adicionais que não foram consideradas na fase administrativa, como novos laudos, comprovantes de despesas e pareceres técnicos.

Essa análise detalhada pode aumentar a chance de concessão do benefício, especialmente quando o indeferimento ocorreu por erro do INSS ou por rigidez excessiva na avaliação.

Como um advogado pode ajudar a recorrer BPC LOAS negado?

A atuação de um advogado especializado em Direito Previdenciário é decisiva para reverter um BPC LOAS negado.

Esse profissional possui conhecimento técnico e prático sobre os critérios legais, as exigências do INSS e as decisões mais recentes dos tribunais.

Além disso, o advogado poderá analisar a documentação apresentada, indicar o que precisa ser complementado, organizar os argumentos com base na legislação e jurisprudência, e acompanhar o processo, seja na via administrativa ou judicial.

Contar com essa orientação evita erros comuns, como perda de prazo, omissão de documentos importantes e uso de argumentos frágeis.

Isso não apenas aumenta as chances de sucesso, como também garante que o direito do cidadão seja defendido com eficácia e responsabilidade.

Assim, se você teve o benefício BPC LOAS negado, saiba que ainda existem caminhos possíveis.

A recusa não significa o fim do seu direito, mas sim a necessidade de agir com estratégia, dentro da lei e com o apoio certo.

A busca por orientação jurídica especializada pode ser o diferencial entre um novo indeferimento e a obtenção do benefício que você tem direito.

Um recado final para você!

imagem representando advogado

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “BPC LOAS negado” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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