Fratura do rádio distal pode aposentar?
Você sabe se a fratura do rádio distal pode aposentar? Entenda os critérios que o INSS avalia para conceder esse benefício.
A fratura do rádio distal é uma das lesões mais frequentes nos atendimentos ortopédicos, especialmente entre idosos e pessoas que sofrem quedas com apoio da mão.
Embora seja uma condição médica comum, ela pode afetar significativamente a vida profissional e, em alguns casos, gerar direito a benefícios do INSS ou até mesmo à aposentadoria por invalidez.
Neste artigo, você vai entender, de forma simples e direta, quando essa fratura pode gerar afastamento, quais os direitos do segurado e o que é necessário para obter benefícios.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é fratura do rádio distal?
- Quais são as sequelas de uma fratura no rádio distal?
- Quanto tempo leva a recuperação de uma fratura rádio distal?
- É possível que a fratura do rádio distal seja considerada uma doença ocupacional?
- Quanto tempo o INSS afasta por fratura do rádio distal?
- A fratura do rádio distal dá direito a quais benefícios?
- A fratura do rádio distal aposenta?
- Qual fratura aposenta?
- Como conseguir aposentadoria por fratura do rádio distal?
- Um recado final para você!
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O que é fratura do rádio distal?
A fratura do rádio distal é uma lesão que ocorre na extremidade inferior do osso rádio, um dos dois ossos que formam o antebraço, localizada próxima ao punho.
Essa fratura acontece, em geral, quando a pessoa sofre uma queda e tenta se proteger com a mão estendida, causando um impacto direto nessa região.
Também pode ocorrer por acidentes de trânsito ou esportes de impacto.
Essa lesão é muito comum, principalmente entre pessoas idosas, que apresentam maior fragilidade óssea devido à osteoporose, mas também pode afetar adultos jovens em situações de trauma intenso.
É uma fratura que pode variar de leve a grave, podendo ser simples, sem deslocamento dos fragmentos ósseos, ou complexa, com múltiplas fraturas e comprometimento da articulação do punho.
O diagnóstico é feito por meio de exame clínico, que avalia dor, inchaço e deformidade, e exames de imagem, como radiografias e tomografias, para identificar a extensão e o tipo da fratura.
Compreender o que é essa fratura é essencial porque suas consequências podem ser sérias e impactar diretamente a capacidade de trabalhar e realizar atividades do dia a dia, tornando importante conhecer seus direitos perante o INSS e a legislação brasileira.
Quais são as sequelas de uma fratura no rádio distal?
As sequelas de uma fratura no rádio distal dependem da gravidade da lesão e da eficácia do tratamento, mas podem ser duradouras e limitantes para quem as sofre.
Mesmo com tratamento adequado, alguns pacientes podem apresentar dor crônica, redução da mobilidade e alterações na força do punho e da mão.
Entre as sequelas mais comuns estão a rigidez articular, que limita os movimentos de flexão, extensão e rotação do punho, prejudicando a realização de tarefas simples como segurar objetos ou digitar.
Além disso, podem surgir deformidades visíveis que comprometem a estética e a função da mão.
Outra consequência frequente é o desenvolvimento de artrite pós-traumática, quando a lesão atinge a cartilagem da articulação, provocando dor persistente e desgaste precoce da articulação.
Em casos mais graves, pode ocorrer a síndrome de dor regional complexa, uma condição caracterizada por dor intensa e constante, associada a alterações na pele e no sistema nervoso.
Essas sequelas são importantes porque podem gerar incapacidade parcial ou total para o trabalho, e nesse contexto, o segurado tem o direito de buscar auxílio previdenciário para garantir sua subsistência durante o período de recuperação ou mesmo de forma definitiva.
Por isso, é fundamental que o paciente acompanhe a recuperação com profissionais especializados, como ortopedistas e fisioterapeutas, para minimizar os danos e evitar limitações permanentes que prejudiquem sua qualidade de vida e capacidade laboral.
Quanto tempo leva a recuperação de uma fratura rádio distal?
O tempo para a recuperação completa de uma fratura do rádio distal varia conforme a complexidade da lesão e o tratamento adotado, mas em geral, o processo exige paciência e cuidados específicos.
Em fraturas simples, que não necessitam de cirurgia, a recuperação costuma durar em torno de seis semanas de imobilização com gesso ou tala, seguidas de um período de fisioterapia para recuperar a mobilidade e a força do punho.
O retorno às atividades normais pode ocorrer em cerca de três meses, dependendo da evolução clínica.
No entanto, fraturas mais complexas, que exigem intervenção cirúrgica com fixação por placas e parafusos, podem demandar um tempo maior para a cicatrização óssea e a reabilitação funcional.
Nesses casos, o paciente pode precisar de seis meses ou mais para recuperar a funcionalidade do membro afetado, especialmente se houver complicações ou sequelas.
O tempo de recuperação também é influenciado pela idade, condição geral de saúde, existência de doenças prévias e adesão ao tratamento e à fisioterapia.
Portanto, não existe um prazo fixo e universal, mas sim uma avaliação individualizada.
Durante esse período, o segurado pode estar temporariamente incapacitado para o trabalho, o que justifica a necessidade de auxílio-doença junto ao INSS para garantir o sustento enquanto a recuperação não está concluída.
É possível que a fratura do rádio distal seja considerada uma doença ocupacional?
A caracterização da fratura do rádio distal como doença ocupacional ou acidente de trabalho depende diretamente da relação entre a lesão e o ambiente ou atividade profissional do trabalhador.
Se a fratura ocorrer durante o exercício da função, seja por uma queda no local de trabalho, acidente com máquinas ou esforço físico intenso, ela será considerada um acidente de trabalho, amparado pela legislação previdenciária e trabalhista brasileira, com direito a benefícios específicos.
Além disso, quando a fratura é decorrente de atividades que envolvem esforço repetitivo ou condições insalubres que levam ao desgaste ósseo e muscular, pode-se enquadrar como doença ocupacional, que é aquela desencadeada ou agravada pelo ambiente de trabalho.
Nesses casos, o trabalhador tem direito ao auxílio-doença acidentário, que oferece proteção durante o afastamento, estabilidade no emprego por 12 meses após o retorno e a possibilidade de requerer indenizações em situações de negligência da empresa.
A legislação que regula esses direitos está prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na Lei nº 8.213/91, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social, garantindo proteção especial ao trabalhador acidentado ou doente em decorrência do trabalho.
Por isso, é essencial que o trabalhador informe imediatamente o acidente ao empregador, registre a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e busque a orientação adequada para garantir todos os seus direitos.
Quanto tempo o INSS afasta por fratura do rádio distal?
O período de afastamento concedido pelo INSS para uma fratura do rádio distal depende da avaliação médica pericial, que analisa a gravidade da lesão, o tipo de tratamento e a evolução clínica do segurado.
Em geral, o INSS concede o benefício de auxílio-doença após 15 dias de afastamento no trabalho, prazo em que o empregado é responsável pelo afastamento inicial.
A perícia médica define o tempo de duração do benefício, que pode variar de um a três meses, podendo ser prorrogado caso o segurado ainda não tenha condições de retornar às suas atividades laborais.
É importante destacar que esse prazo não é fixo e pode ser estendido, desde que o segurado comprove a manutenção da incapacidade, mediante exames e laudos médicos atualizados.
Se a fratura resultar em sequelas permanentes, com incapacidade total para o trabalho, o INSS poderá conceder aposentadoria por invalidez.
O acompanhamento próximo e a apresentação correta dos documentos médicos são fundamentais para garantir que o afastamento seja suficiente para a recuperação, evitando o retorno precoce ao trabalho, que pode agravar a lesão e prejudicar a saúde do segurado.
A fratura do rádio distal dá direito a quais benefícios?
Quem sofre uma fratura do rádio distal pode ter direito a vários benefícios previdenciários, dependendo do grau de incapacidade e das condições da lesão.
O benefício mais comum é o auxílio-doença, destinado aos segurados que estão temporariamente incapacitados para o trabalho devido à lesão.
Esse benefício pode ser solicitado logo após o afastamento inicial e exige comprovação por meio de perícia médica no INSS.
Se a fratura for resultado de acidente de trabalho, o segurado tem direito ao auxílio-doença acidentário, que oferece as mesmas garantias do auxílio-doença comum, mas com estabilidade no emprego garantida por 12 meses após o retorno.
Caso a lesão deixe sequelas permanentes que reduzam a capacidade laborativa, mesmo que o segurado ainda possa exercer alguma atividade, o INSS poderá conceder o auxílio-acidente.
Esse benefício é uma indenização paga de forma vitalícia e pode ser acumulado com salário ou aposentadoria.
Nos casos em que a fratura resulte em incapacidade total e permanente, o segurado poderá requerer a aposentadoria por invalidez.
Além dos benefícios previdenciários, trabalhadores que tenham sofrido a fratura em decorrência da atividade laboral também têm garantias trabalhistas, como estabilidade e eventuais indenizações por danos.
Por fim, para pessoas com baixa renda e deficiência decorrente de sequelas, pode ser possível o acesso ao BPC-LOAS (Benefício de Prestação Continuada), previsto na Lei Orgânica da Assistência Social, que garante um salário mínimo mensal, desde que cumpridos os requisitos socioeconômicos.
A fratura do rádio distal aposenta?
A simples ocorrência de uma fratura do rádio distal não garante automaticamente a aposentadoria.
Para que seja concedida a aposentadoria por invalidez, é necessário que a fratura tenha provocado uma incapacidade total e permanente para o trabalho, sem possibilidade de reabilitação para outra função.
Essa incapacidade deve ser comprovada por meio da perícia médica do INSS, que avalia o quadro clínico, a extensão das sequelas e o impacto na capacidade funcional do segurado.
Além disso, o segurado precisa ter cumprido a carência mínima exigida pela Previdência, que geralmente é de 12 contribuições mensais.
Se essas condições forem atendidas, o benefício pode ser concedido, garantindo a aposentadoria por invalidez e o direito a receber um salário mensal enquanto durar a incapacidade.
É importante lembrar que a legislação previdenciária permite que, mesmo após a concessão da aposentadoria, o INSS realize perícias periódicas para avaliar a continuidade da incapacidade.
Qual fratura aposenta?
Nem todas as fraturas levam à aposentadoria. A aposentadoria por invalidez é concedida em casos de fraturas que provoquem incapacidade permanente para o trabalho, incapacidade essa que não pode ser revertida com tratamento ou reabilitação.
São exemplos de fraturas que podem dar direito à aposentadoria aquelas que provocam deformidades graves, limitações significativas de movimento, dor crônica incapacitante ou sequelas que prejudiquem a realização de atividades laborais essenciais.
A legislação brasileira, em especial a Lei nº 8.213/91, regula os critérios para concessão do benefício, reforçando a necessidade de comprovação médica detalhada e perícia pelo INSS.
Cada caso é avaliado individualmente, considerando as especificidades da lesão, a profissão do segurado e as possibilidades de readaptação.
Como conseguir aposentadoria por fratura do rádio distal?
Para conseguir a aposentadoria por invalidez decorrente de uma fratura do rádio distal, o primeiro passo é solicitar o benefício junto ao INSS, por meio do site Meu INSS ou pelo telefone 135.
É fundamental apresentar documentação médica completa, incluindo laudos, exames e relatórios que comprovem a gravidade da lesão e a incapacidade para o trabalho.
A perícia médica do INSS é o momento decisivo, na qual será avaliada a situação do segurado.
Se a perícia negar o benefício, ainda é possível apresentar recurso administrativo ou buscar auxílio jurídico para contestar a decisão, especialmente se houver provas médicas consistentes.
Dada a complexidade e a importância desse processo, contar com orientação especializada de um advogado previdenciário pode fazer toda a diferença para garantir que seus direitos sejam respeitados e que todos os documentos necessários estejam devidamente organizados.
Além disso, pessoas com sequelas permanentes e baixa renda podem avaliar a possibilidade de requerer o BPC LOAS, benefício que não exige contribuições previdenciárias, mas depende de critérios socioeconômicos rigorosos.
Agir rapidamente é fundamental, pois atrasos na solicitação ou falta de documentação podem comprometer o acesso aos benefícios, prejudicando a sua estabilidade financeira e qualidade de vida.
Procure sempre um profissional qualificado para tirar suas dúvidas e conduzir o processo, evitando problemas futuros e garantindo o respeito aos seus direitos.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema “Fratura do rádio distal” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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