Danos ao intestino dão direito ao BPC LOAS?
Danos ao intestino podem comprometer a saúde e a qualidade de vida, impactando a capacidade de trabalhar e realizar atividades diárias. Para quem enfrenta essa situação, o BPC LOAS é essencial.
Danos ao intestino podem gerar sérias limitações na vida de uma pessoa, principalmente quando afetam a capacidade de trabalhar ou realizar atividades básicas do dia a dia.
Em casos mais graves, essas condições podem estar associadas a doenças crônicas, como a síndrome do intestino curto, e exigem cuidados contínuos.
Quando essas limitações são duradouras e impedem a plena participação social e profissional do indivíduo, é possível que ele se enquadre nos critérios exigidos para o BPC LOAS.
No entanto, o simples diagnóstico médico não é suficiente: é necessário demonstrar a existência de um impedimento de longo prazo e se enquadrar em baixa renda.
Por isso, é fundamental compreender quais tipos de danos ao intestino podem gerar esse direito e como funciona o processo de solicitação do benefício.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que podem ser danos ao intestino?
- Os danos ao intestino podem ser incapacitantes?
- Danos ao intestino podem dar direito ao BPC LOAS?
- Como solicitar BPC LOAS caso eu tenha danos ao intestino?
- Como comprovar danos ao intestino na perícia médica do BPC?
- O que fazer se meu BPC LOAS por danos ao intestino for negado?
- Preciso de advogado para solicitar BPC LOAS por danos ao intestino?
- Um recado final para você!
- Autor
O que podem ser danos ao intestino?
Os danos ao intestino são alterações que comprometem a estrutura ou o funcionamento do órgão, afetando diretamente a digestão e a absorção de nutrientes.
Esses danos podem ser causados por doenças crônicas, condições congênitas, tratamentos agressivos ou procedimentos cirúrgicos.
Em muitos casos, as consequências são graves e impactam a qualidade de vida.
Entre os quadros mais comuns estão:
- Síndrome do intestino curto (CID-10: K91.2 ou Q43.8), geralmente após retirada de parte significativa do intestino, causando má absorção grave e desnutrição.
- Doença de Crohn (K50.0), inflamatória crônica que provoca diarreia persistente, dor abdominal e, em casos graves, necessidade de múltiplas cirurgias.
- Colite ulcerativa (K51), que causa inflamações severas, sangramentos e pode evoluir para complicações como megacólon tóxico.
- Enteropatias graves, como autoimune (K90.4), nutricional (K90.8), por deficiência enzimática (K90.3) e por radiação (K52.9), que levam à desnutrição e à perda significativa de peso.
- Doença celíaca (K90.0), quando não controlada, pode gerar deficiências nutricionais graves e sintomas incapacitantes.
Essas condições variam em gravidade, mas muitas delas impactam diretamente a capacidade funcional do paciente, dificultando o trabalho e as atividades cotidianas.
Os danos ao intestino podem ser incapacitantes?
Os danos ao intestino podem sim ser incapacitantes, principalmente quando resultam em perda significativa da função digestiva, deficiência nutricional e limitações severas para realizar tarefas básicas.
Em quadros graves, os sintomas não são apenas desconfortáveis: eles afetam profundamente a autonomia da pessoa.
Quando a absorção de nutrientes está comprometida, surgem problemas como:
Diarreia crônica e desidratação constante.
Desnutrição severa, que pode provocar fadiga extrema e perda de massa muscular.
Deficiências de vitaminas e minerais, causando anemia, fragilidade óssea e outros desequilíbrios sistêmicos.
Perda de peso contínua e dificuldade para manter atividades rotineiras.
De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social, para fins de BPC LOAS, não basta apenas a existência da doença.
É necessário que o quadro clínico gere impedimentos de longo prazo (no mínimo dois anos) e que limitem a participação plena na sociedade.
É nesse ponto que muitos pacientes com danos intestinais graves podem se enquadrar, já que as complicações frequentemente são crônicas e persistentes.
Danos ao intestino podem dar direito ao BPC LOAS?
Os danos ao intestino podem dar direito ao BPC LOAS, mas isso não ocorre de forma automática.
O Benefício de Prestação Continuada é um amparo assistencial concedido a pessoas com deficiência e baixa renda.
Para ter direito, é necessário cumprir dois requisitos principais:
1. Impedimento de longo prazo: a condição precisa comprometer funções físicas ou mentais por pelo menos dois anos e limitar a capacidade de exercer atividades essenciais.
2. Critério socioeconômico: a renda familiar per capita deve ser igual ou inferior a ¼ do salário mínimo vigente. Além disso, é obrigatório estar inscrito e com dados atualizados no CadÚnico.
Não é o diagnóstico que garante o benefício, mas o impacto da condição na vida prática do requerente.
Pacientes com danos intestinais graves, que enfrentam desnutrição severa, sintomas incapacitantes e limitações diárias, podem se enquadrar como pessoas com deficiência para fins do BPC.
Como solicitar BPC LOAS caso eu tenha danos ao intestino?
Para solicitar o BPC LOAS devido a danos ao intestino, é importante seguir um passo a passo organizado:
1. Verifique o critério de renda
A renda familiar por pessoa não pode ultrapassar ¼ do salário mínimo. Antes de solicitar, faça o cálculo para saber se você se enquadra.
2. Atualize o CadÚnico
A inscrição no Cadastro Único é obrigatória e deve estar atualizada. Procure o CRAS da sua cidade para confirmar os dados.
3. Organize a documentação médica
Reúna laudos, relatórios médicos, exames recentes e prescrições que comprovem a gravidade da condição. Quanto mais completos os documentos, maiores as chances de êxito.
4. Acesse o portal Meu INSS
- Entre em meu.inss.gov.br.
- Faça login ou crie sua conta.
- Clique em “Novo Pedido”
- Selecione “Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência (BPC)”.
- Preencha os dados com atenção e anexe os documentos médicos.
5. Agende a perícia médica e a avaliação social
Durante a perícia, será avaliado o impacto dos danos intestinais na sua autonomia. A avaliação social, por sua vez, considera as condições de vida da família.
O status pode ser consultado diretamente no Meu INSS. Caso haja exigência de documentos, o sistema notificará.
Como comprovar danos ao intestino na perícia médica do BPC?
Para comprovar os danos ao intestino na perícia médica do INSS, é necessário apresentar documentação consistente. Alguns pontos importantes:
- Laudos detalhados com diagnóstico, CID, tratamentos realizados e evolução do quadro.
- Exames complementares recentes, como colonoscopia, endoscopia, tomografias e exames de absorção.
- Relatórios de especialistas, especialmente de gastroenterologistas e nutricionistas.
- Histórico de internações ou cirurgias relacionadas à condição.
- Demonstração clara de como os sintomas impactam a vida diária, incluindo limitações para alimentação, mobilidade e trabalho.
A perícia não avalia apenas a doença, mas como ela limita a sua participação social. Por isso, laudos completos e claros são fundamentais.
O que fazer se meu BPC LOAS por danos ao intestino for negado?
Caso o pedido seja negado, é possível recorrer. O INSS disponibiliza duas opções:
1. Recurso administrativo
Deve ser solicitado no próprio Meu INSS, dentro do prazo informado na carta de indeferimento.
Nesse recurso, é importante anexar documentos complementares e reforçar o impacto funcional da condição.
2. Ação judicial
Se o recurso administrativo for negado, é possível entrar com processo na Justiça. Nessa fase, um advogado especialista pode auxiliar na coleta de novas provas e no direcionamento da ação.
Agir rapidamente é essencial. Perder os prazos pode obrigar você a reiniciar todo o processo, o que atrasa o recebimento do benefício.
Preciso de advogado para solicitar BPC LOAS por danos ao intestino?
Não é obrigatório ter um advogado para solicitar o BPC LOAS, mas contar com apoio especializado pode facilitar muito o processo. Um profissional pode:
Analisar se você realmente cumpre os requisitos legais.
Organizar a documentação médica de forma estratégica.
Acompanhar a perícia e garantir que seus direitos sejam respeitados.
Entrar com recurso administrativo ou ação judicial, caso necessário.
Embora a solicitação possa ser feita sozinho, a orientação jurídica reduz riscos de erros, acelera o processo e evita negativas por falhas formais.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista: clique aqui!
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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