6 dicas do que fazer em uma audiência de conciliação!

Se você vai participar de uma audiência de conciliação, estas dicas simples podem evitar erros e aumentar muito suas chances de um bom resultado.

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Saiba o que fazer em uma audiência de conciliação!

Participar de uma audiência de conciliação pode causar ansiedade, especialmente se for sua primeira vez.

Estar diante de um conciliador, do juiz ou da outra parte costuma gerar insegurança, mas quando você entende como tudo funciona, o momento se torna muito mais leve.

A conciliação existe justamente para facilitar o diálogo e aumentar as chances de resolver o conflito rapidamente.

Essa audiência é prevista no Código de Processo Civil e tem como objetivo buscar um acordo antes que o processo avance para etapas mais longas e complexas.

Para muitos casos, ela representa a oportunidade de encerrar um problema que já está trazendo desgaste emocional ou financeiro, evitando um litígio desnecessário. É um espaço de conversa, não de confronto.

Por isso, saber como agir faz toda a diferença. Neste guia, você vai entender o que é a audiência, o que fazer dentro dela e as seis atitudes essenciais para chegar preparado e evitar prejuízos.

E, naturalmente, é importante lembrar: contar com o apoio de um advogado experiente traz segurança e clareza em cada decisão.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

O que é uma audiência de conciliação?

A audiência de conciliação é a primeira fase prática da maior parte dos processos cíveis.

Depois que o juiz recebe a petição inicial do autor, o CPC determina que seja marcada uma audiência para tentar um acordo entre as partes, geralmente conduzida por um conciliador ou mediador.

O objetivo é simples: estimular o diálogo e tentar uma solução rápida, que evite que o processo se arraste por meses ou anos.

Se houver acordo, ele é colocado por escrito e homologado pelo juiz. Isso significa que vira um documento oficial, com força de decisão judicial. Ou seja: vale tanto quanto uma sentença, e deve ser cumprido.

Se não houver acordo, tudo bem também. A audiência é encerrada, e o processo segue para a próxima etapa.

Mas participar da conciliação preparado e com a postura correta pode aumentar muito as chances de resolver o caso logo ali, sem mais desgaste.

E é aqui que entram as orientações que vou te apresentar. Cada uma delas tem um motivo muito claro: te ajudar a passar pela audiência sem erros, sem surpresas e sem frustração.

O que fazer em uma audiência de conciliação?

Você precisa ter em mente que a audiência não é só “no dia”. Ela começa muito antes.

Conversar com seu advogado, revisar documentos, alinhar expectativas, entender prazos, analisar riscos e preparar propostas faz toda a diferença.

Além disso, muitos equívocos acontecem porque a pessoa acha que pode conversar demais, interromper, aceitar propostas precipitadas ou até reagir emocionalmente.

Somando tudo isso, o resultado pode ser prejudicial, e totalmente evitável.

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Você sabe o que fazer em uma audiência de conciliação?

Agora que você já sabe do que se trata a audiência, vamos para as 6 dicas essenciais.

1. Mantenha a calma na audiência o tempo todo

Manter a calma é fundamental, porque a audiência não é um espaço de desabafo, mas sim de negociação.

Quando você entra no ambiente emocionalmente preparado, sua postura transmite respeito e credibilidade ao conciliador, além de evitar conflitos desnecessários com a outra parte.

A tranquilidade também te ajuda a pensar com clareza e entender melhor o que está sendo discutido.

Se você permite que a ansiedade tome conta, existe o risco de reagir por impulso ou falar além do necessário. Isso pode prejudicar sua argumentação ou até comprometer a estratégia pensada pelo advogado.

Por outro lado, uma postura serena te mantém no controle da situação e mostra maturidade diante do processo.

Além disso, contar com o apoio do advogado reduz bastante esse nervosismo.

Saber que você não está sozinho te dá segurança emocional e permite que você se concentre apenas no essencial, deixando a parte técnica com quem realmente entende do assunto.

2. Responda apenas o que lhe for perguntado

Responder de forma objetiva é uma das atitudes mais importantes durante a audiência.

Quando você fala apenas o que foi perguntado, evita criar interpretações equivocadas ou abrir discussões que podem prejudicar sua posição.

O conciliador precisa de clareza, e respostas diretas ajudam a manter a audiência organizada e eficiente.

Quando o cliente começa a explicar demais, justificando coisas que não foram questionadas, tudo se torna mais confuso.

Informações soltas podem ser usadas contra você, mesmo que tenham sido ditas sem intenção. Por isso, sempre que uma pergunta for direcionada, concentre-se exclusivamente nela.

Esse comportamento também facilita o trabalho do seu advogado. Ao manter as respostas curtas e precisas, você dá espaço para que o profissional conduza a estratégia sem surpresas, usando apenas o que realmente importa para o caso.

3. Evite falar na audiência sem que o advogado sinalize

Cada audiência segue uma ordem natural: primeiro o conciliador fala, depois os advogados e, por fim, as partes, quando necessário.

Se você interrompe ou fala por impulso, quebra a lógica da conversa e pode atrapalhar a negociação. Por isso, espere sempre o sinal do seu advogado antes de se manifestar.

Essa orientação não existe para limitar você, mas sim para te proteger. Muitas vezes, um comentário espontâneo pode comprometer todo o trabalho realizado, porque pode parecer arrogância, nervosismo ou até admitir algo sem perceber.

Quando o advogado controla o momento de fala, ele garante que tudo seja dito no tempo certo.

Além disso, o advogado enxerga a audiência de maneira estratégica. Ele sabe quando é melhor intervir, quando ficar em silêncio ou quando você deve falar.

Seguir essa indicação mantém o equilíbrio da audiência e evita mal-entendidos que poderiam ser facilmente evitados.

4. Não aceite propostas sem conversar com o advogado

A conciliação costuma envolver propostas de acordo, e algumas podem parecer muito boas à primeira vista.

No entanto, aceitar algo sem a análise do advogado é extremamente arriscado, porque um acordo homologado tem força de sentença e precisa ser cumprido exatamente como foi assinado.

Qualquer erro pode gerar prejuízos depois.

Antes de aceitar uma proposta, é fundamental avaliar se ela faz sentido dentro do contexto jurídico, financeiro e probatório do seu caso.

Às vezes, um valor aparentemente vantajoso esconde prazos muito curtos, obrigações difíceis ou cláusulas que te colocam em desvantagem.

O advogado identifica tudo isso imediatamente. Por esse motivo, nunca tenha pressa em dizer “sim”. A postura mais segura é pedir alguns minutos para conversar com o advogado.

Essa pausa é estratégica e garante que você tome uma decisão consciente, evitando arrependimentos.

5. Demonstre boa-fé durante toda a audiência

A boa-fé é um princípio central do processo civil, e seu comportamento precisa refletir isso o tempo todo.

Ser educado, ouvir sem interromper e colaborar com as solicitações demonstra ao conciliador que você está ali para resolver o problema e não para criar obstáculos.

Essa postura costuma gerar empatia e ajuda na construção de um acordo equilibrado. Você não precisa concordar com tudo para demonstrar boa-fé.

O que importa é agir com transparência e respeito. Inclusive, quando você mantém uma postura correta, é comum que a outra parte também adote um comportamento mais pacífico, facilitando o diálogo.

Isso cria um ambiente mais favorável para que as negociações avancem.

A boa-fé também influencia a percepção do juiz, caso a audiência não resulte em acordo. Um comportamento respeitoso e colaborativo mostra seriedade e responsabilidade, algo que sempre contribui para a sua imagem no processo.

6. Traga todos os documentos e provas para a audiência

Chegar preparado faz toda a diferença. Quando você leva documentos, comprovantes, conversas, laudos e qualquer outro elemento que fortaleça suas alegações, você demonstra segurança e aumenta sua credibilidade.

O conciliador percebe rapidamente quando uma parte está bem informada, e isso influencia no andamento da negociação.

A ausência de documentos pode comprometer o diálogo.

Muitas vezes, a outra parte questiona algo que você poderia provar ali na hora, mas sem os documentos, o argumento perde força. Isso pode desmotivar o acordo e até alongar um processo que poderia terminar naquele mesmo dia.

Por isso, organização é essencial.

O ideal é revisar tudo com o advogado antes da audiência, garantindo que nenhum documento importante fique para trás.

Essa etapa simples evita contratempos e permite que seu advogado utilize as provas da melhor maneira possível, sempre a seu favor.

Um recado final para você!

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Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Clique aqui.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • luiz azul

    •Advogado familiarista, cogestor do VLV Advogados
    Membro Associado do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM)
    Capacitação pela AASP em questões de direito civil, especialmente direito das famílias/sucessões e pela PUC/RJ em alienação parental e perícias psicológicas

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