Vetada regulamentação de símbolo de acessibilidade para visão monocular

Foi vetada a criação de símbolo específico de acessibilidade para visão monocular. O acesso ao BPC depende de avaliação individualizada.

Imagem representando visão monocular.

Símbolo de acessibilidade para visão monocular foi vetado?

Foi vetada a proposta legislativa que pretendia criar e regulamentar um símbolo de acessibilidade específico para pessoas com visão monocular.

Com o veto, não haverá padronização obrigatória nacional para esse símbolo, permanecendo válidas as normas gerais de acessibilidade já existentes no ordenamento jurídico brasileiro.

O veto teve como principal fundamento a necessidade de evitar conflitos com o sistema nacional de símbolos de acessibilidade e a fragmentação normativa.

Segundo a justificativa oficial, a criação de símbolos específicos poderia gerar insegurança jurídica e dificuldades de aplicação prática em políticas públicas e espaços de uso coletivo.

Na prática, a decisão mantém o cenário atual, no qual a visão monocular pode ser reconhecida como deficiência para fins legais, mas sem a imposição de um símbolo próprio de identificação visual obrigatório em ambientes públicos ou privados. Em caso de dúvidas, procure orientação especializada: clique aqui.

Por que a regulamentação do símbolo de acessibilidade para visão monocular foi vetada?

O veto está alinhado à compreensão de que a acessibilidade deve ser tratada de forma uniforme e integrada, evitando a criação de múltiplos símbolos que possam dificultar a aplicação das normas existentes.

A ausência de um símbolo específico não afasta o reconhecimento de direitos, mas preserva a coerência do sistema normativo.

Além disso, o entendimento foi de que a identificação visual não substitui a análise concreta das barreiras enfrentadas pela pessoa com deficiência, especialmente nos casos de impedimentos não imediatamente perceptíveis, como ocorre na visão monocular.

O veto busca tratar a acessibilidade de forma uniforme e integrada, evitando múltiplos símbolos.

O veto uniformiza a acessibilidade e evita múltiplos símbolos?

O que muda na prática para pessoas com visão monocular?

Com o veto, não há alteração direta nos direitos já assegurados, mas permanece a necessidade de análise individualizada para acesso a políticas públicas e benefícios assistenciais. Isso significa que o reconhecimento da deficiência continua dependendo do caso concreto e do impacto funcional da condição na vida da pessoa.

Paralelamente, a Advocacia-Geral da União (AGU) esclareceu que a concessão do BPC à pessoa com visão monocular não é automática, reforçando a importância da avaliação biopsicossocial.

O que muda na prática para pessoas com visão monocular?

A concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) depende de avaliação biopsicossocial, que considera não apenas a condição médica, mas também os impedimentos de longo prazo, as barreiras sociais enfrentadas e o critério de renda familiar.

De acordo com o advogado especialista Dr. João Valença, “a visão monocular pode caracterizar deficiência para fins legais, mas isso não gera direito automático ao BPC. A avaliação precisa analisar o impacto real da condição na autonomia, na participação social e na subsistência da pessoa”.

Assim, o veto ao símbolo de acessibilidade e o posicionamento da AGU reforçam uma mesma diretriz: a proteção jurídica da pessoa com visão monocular exige análise individualizada, equilibrando inclusão, segurança jurídica e respeito às normas constitucionais.

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Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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