Audiência de conciliação: art. 334 do Novo CPC

Entenda o Art. 334 do Novo CPC e como ele facilita a resolução de conflitos. Descubra os procedimentos, benefícios e o papel crucial dessa etapa para agilizar processos e promover acordos justos entre as partes!

imagem representando audiência de conciliação

Saiba como funciona uma audiência de conciliação!

Em meio a um processo judicial, muitas pessoas buscam uma solução rápida e amigável para resolver conflitos.

Afinal, processos longos e desgastantes nem sempre são a melhor alternativa, especialmente quando existe a possibilidade de um entendimento direto entre as partes.

Em situações como essas, métodos alternativos de resolução de disputas se destacam, e a audiência de conciliação é uma dessas opções.

Essa audiência tem como principal objetivo promover o diálogo e evitar a judicialização completa, economizando tempo e recursos e proporcionando uma solução que atenda aos interesses de ambas as partes envolvidas.

Por ser uma alternativa prática e acessível, a conciliação vem sendo cada vez mais utilizada em diversas áreas, como conflitos trabalhistas, dívidas e questões familiares.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes o que é a audiência de conciliação, como funciona, quando pode ser utilizada e as principais vantagens desse método.

Se você está buscando informações sobre uma maneira mais rápida e amigável de resolver conflitos, este guia será essencial para esclarecer suas dúvidas.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é a audiência de conciliação?

A audiência de conciliação é um procedimento para resolver conflitos de maneira rápida e amigável.

Neste processo, você tem a oportunidade de buscar um acordo diretamente com a outra parte envolvida, evitando o desgaste de um processo judicial prolongado.

Diferente de uma audiência formal com um juiz, esse encontro é mais informal e acessível, conduzido por um conciliador.

Participam apenas você, a outra parte, o conciliador e, se desejar, seu advogado ou defensor público.

Esse ambiente mais direto e menos formal é pensado para que você se sinta confortável e à vontade para dialogar e resolver a questão de forma pacífica.

Desse modo, o objetivo principal da audiência de conciliação é fornecer um momento adequado para que as partes resolvam algum conflito através de um acordo.

O que acontece em uma audiência de conciliação?

Durante uma audiência de conciliação, o objetivo principal é que as partes envolvidas no processo cheguem a um entendimento sem a necessidade de uma decisão judicial. 

O conciliador ou juiz atua como um intermediário neutro, promovendo o diálogo e tentando identificar possíveis soluções para o litígio.

O processo é simples e informal, permitindo que as partes discutam diretamente suas questões e busquem um acordo que atenda aos seus interesses. 

O conciliador não tem poder de decidir o caso, mas pode sugerir alternativas que ajudem a resolver o conflito.

Se as partes conseguirem um acordo, o mesmo é registrado e homologado pelo juiz, tornando-se uma sentença judicial.

Essa solução tem o mesmo peso de uma decisão judicial e pode ser executada, caso necessário.

Caso não seja possível um acordo, o processo segue para as etapas seguintes, como a coleta de provas, depoimentos e, eventualmente, julgamento. 

A audiência de conciliação, portanto, é uma etapa importante para buscar soluções rápidas e amigáveis, evitando a judicialização prolongada de um conflito.

O que é falado na audiência de conciliação?

Imagem explicativa sobre o que é dito na audiência de conciliação

O que é falado na audiência de conciliação?

Na audiência de conciliação, o que é falado envolve um diálogo mediado pelo conciliador ou juiz, com o objetivo de tentar resolver o conflito de forma amigável. 

O conciliador geralmente começa explicando o propósito da audiência e as regras do processo, garantindo que as partes compreendam a importância de tentar chegar a um acordo.

O procedimento inclui as seguintes etapas:

i. No primeiro momento o conciliador ou juiz se apresenta e explica as etapas da audiência, esclarecendo o direito das partes de chegar a um acordo ou não.

ii. Depois, cada parte tem a oportunidade de expor seus pontos de vista sobre o caso, ou seja, cada parte diz o que deseja resolver e o que está em disputa.

iii. O conciliador pode sugerir soluções e alternativas que considerem razoáveis para ambos os lados.

Ele pode fazer propostas de acordo, mas sem impor nada, apenas ajudando as partes a entenderem as vantagens de uma solução consensual.

iv. Caso as partes estejam abertas a um acordo, o conciliador facilita a negociação, ajudando-as a chegar a um entendimento que seja benéfico para todos.

Ele pode interceder entre as partes, sugerindo alternativas para solucionar o conflito.

v. Se as partes chegarem a um acordo, ele é redigido e lido em voz alta para que todos compreendam.

O juiz pode homologar o acordo, tornando-o uma decisão judicial com efeito de sentença.

vi. Se não houver acordo, o conciliador orienta sobre os próximos passos, como a continuidade do processo judicial com mais formalidades, incluindo a instrução e o julgamento.

Na audiência de conciliação, o ambiente deve ser informal e focado no entendimento mútuo, com a presença do conciliador como facilitador da comunicação entre as partes.

O que foi alterado no novo CPC sobre a audiência de conciliação?

Imagem explicativa sobre CPC e audiência

O que foi alterado no novo CPC sobre a audiência de conciliação?

O novo Código de Processo Civil (CPC) de 2015 trouxe mudanças significativas para a audiência de conciliação, com o objetivo de promover a resolução mais rápida e eficiente dos conflitos.

Uma das alterações mais importantes foi a obrigatoriedade da audiência de conciliação em praticamente todos os casos, antes da fase de instrução do processo.

A tentativa de conciliação deve ser realizada, salvo em algumas exceções, como quando as partes já tiverem resolvido a questão ou quando a natureza do conflito inviabilizar um acordo, como em situações envolvendo direitos indisponíveis, por exemplo, questões de direito de família.

Além disso, o Novo CPC exige que as partes sejam convocadas para a audiência de conciliação, e a ausência de uma delas não impede o prosseguimento do processo.

Contudo, se o réu não comparecer sem justificativa, ele pode ser considerado revel, o que implica em uma presunção de que aceitou os fatos alegados pelo autor.

A audiência de conciliação também pode ser dispensada em alguns casos, como quando não for possível localizar uma das partes ou quando o litígio envolver questões que não possam ser objeto de transação, como nos casos de incapazes.

O papel do juiz foi alterado para que ele atue de forma mais facilitadora na audiência de conciliação, sugerindo soluções e orientando as partes, mas sem impor um acordo. Caso não haja entendimento entre as partes, o processo segue para as fases seguintes de instrução.

Além disso, o Novo CPC valoriza a mediação como um método alternativo de resolução de disputas, incentivando as partes a considerarem essas formas de acordo antes de entrar em uma disputa judicial longa.

O juiz tem a responsabilidade de orientar as partes sobre a possibilidade de resolver o conflito de maneira consensual, sempre que possível, com o intuito de reduzir a sobrecarga no sistema judiciário.

É necessário advogado na audiência de conciliação?

Sim, a presença de um advogado é necessária em uma audiência de conciliação, salvo em alguns casos específicos.

De acordo com o Novo Código de Processo Civil (CPC), as partes devem estar assistidas por um advogado, exceto quando se trata de questões de pequeno valor, nas quais o juiz permite que o próprio cidadão participe da audiência sem a presença de um advogado.

Contudo, na maioria dos casos, especialmente em litígios mais complexos, a representação por um advogado é obrigatória.

O advogado desempenha um papel importante na audiência, orientando seu cliente sobre as melhores soluções para o conflito e garantindo que seus direitos sejam respeitados durante a negociação.

Além disso, o advogado pode formalizar o acordo, caso ele seja alcançado, garantindo que a resolução do conflito seja validada legalmente.

Um recado final para você!

imagem representando advogado

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica!

Sabemos que o tema “Audiência de conciliação: art. 334 do Novo CPC pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

4.8/5 - (11 votos)

Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

    Ver todos os posts
Olá, tudo bem?
Fale conosco no WhatsApp! Rápido e seguro.
Fale Conosco

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!