Direito das sucessões: quando preciso de um advogado?

Direito das Sucessões é o ramo que regula a transferência dos bens de uma pessoa falecida aos herdeiros, com ou sem testamento.

Imagem representando direito das sucessões.

Direito das sucessões: quando preciso de um advogado?

Se você acha que o direito das sucessões é um assunto que só interessa a quem está lidando com herança, pode ter certeza: em algum momento da sua vida, você vai precisar dele.

Seja pra organizar seus próprios bens em vida, lidar com a perda de um familiar ou resolver disputas familiares depois de um falecimento, esse ramo do direito civil vai bater à sua porta.

E não é um tema qualquer. Ele envolve patrimônio, relações familiares, vontades expressas em testamentos, obrigações fiscais, sentimentos, e muitas vezes conflitos que podem ser evitados com orientação certa e planejamento antecipado.

Então se você quer entender o que é, quando se aplica, quem tem direito a quê e como funciona essa parte do nosso ordenamento jurídico, vem comigo que eu te explico tudo com calma.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

O que é o direito das sucessões?

O direito das sucessões é o ramo do direito civil que trata da transferência do patrimônio de uma pessoa após a sua morte.

Ele define como os bens, direitos e obrigações do falecido passam para os herdeiros ou legatários, respeitando a legislação e, quando existente, a vontade expressa por meio de testamento.

Essa transmissão ocorre de forma automática, com base no que chamamos de princípio da saisine, previsto no artigo 1.784 do Código Civil.

Isso significa que, no momento do falecimento, a herança é transmitida de imediato aos herdeiros legítimos e testamentários, ainda que o inventário e a partilha ainda não tenham sido iniciados.

A herança pode incluir imóveis, dinheiro, veículos, ações, bens digitais e até dívidas. Os herdeiros respondem pelas obrigações deixadas pelo falecido, mas somente até o limite do valor da herança recebida.

Nada além disso pode ser exigido do patrimônio pessoal de quem herda.

O que faz um advogado especialista em direito das sucessões?

O advogado que atua com sucessões é o profissional preparado para lidar com todas as fases e situações relacionadas à herança, desde a organização patrimonial em vida até a partilha dos bens após o falecimento.

Ele não atua apenas quando há litígios, mas também na prevenção de conflitos e no cumprimento da vontade do falecido.

Uma das funções mais comuns desse especialista é conduzir o inventário, seja ele judicial ou extrajudicial. Ele organiza a documentação, identifica os herdeiros, orienta sobre a divisão de bens e cuida do recolhimento de impostos como o ITCMD.

Esse profissional também ajuda na elaboração de testamentos, garantindo que o documento respeite as exigências legais e os limites da parte disponível.

Além disso, participa de estratégias de planejamento sucessório, como criação de holdings familiares, doações em vida e cláusulas de proteção patrimonial.

A atuação do advogado de sucessões é essencial tanto para proteger os direitos dos herdeiros quanto para assegurar que a vontade do falecido seja respeitada, com segurança jurídica e redução de desgastes familiares.

Quando eu preciso do direito das sucessões?

Você precisa do direito das sucessões sempre que há a necessidade de formalizar a transmissão de bens após o falecimento de alguém ou quando deseja organizar essa transmissão ainda em vida.

banner explicativo sobre quando precisar do direito das sucessões

Quando eu preciso do direito das sucessões?

São dois momentos muito diferentes, mas igualmente importantes.

Após o falecimento de uma pessoa, é obrigatório iniciar o inventário, que é o procedimento legal para apurar o patrimônio deixado e realizar sua partilha entre os herdeiros.

O inventário pode ser feito em cartório, de forma mais rápida, se não houver testamento nem conflito, ou por via judicial, quando há litígio ou testamento envolvido.

Já em vida, o direito das sucessões é necessário para quem quer planejar a distribuição do próprio patrimônio com antecedência.

Esse planejamento evita disputas, reduz impostos e garante maior controle sobre o destino dos bens. Através de testamento, doações, pactos antenupciais e estruturas como holdings, é possível organizar tudo com clareza e segurança.

Em ambos os casos, contar com a orientação de um advogado especialista é a melhor forma de garantir que os trâmites sigam corretamente e os direitos de todos os envolvidos sejam respeitados.

Quais são os direitos da sucessão?

Os direitos da sucessão envolvem tanto os interesses dos herdeiros quanto as obrigações que surgem com o falecimento de alguém.

Assim que ocorre a morte, abre-se a sucessão, e os herdeiros passam a ter direito à herança, respeitando as regras previstas no Código Civil.

Um dos principais direitos é a legítima, que assegura aos chamados herdeiros necessários metade do patrimônio do falecido, independentemente do conteúdo de qualquer testamento.

Descendentes, ascendentes e cônjuges têm esse direito garantido por lei.

Os herdeiros também podem exercer o direito de aceitar ou renunciar à herança. Essa decisão deve ser feita de forma expressa e formalizada.

Além disso, podem herdar por representação, quando o herdeiro direto já faleceu, e seus filhos assumem o lugar.

Outro direito importante é o direito real de habitação do cônjuge ou companheiro sobrevivente, que assegura a permanência no imóvel residencial da família, mesmo quando ele não é o único herdeiro do bem.

Esse direito tem sido reconhecido amplamente pelo STJ em situações de união estável e casamento.

Quais são os tipos de sucessões?

Existem três tipos principais de sucessão: a legítima, a testamentária e a mista. Cada uma segue uma lógica específica, mas todas são regidas pelo mesmo ramo do direito das sucessões.

A sucessão legítima acontece quando o falecido não deixa testamento, e a lei determina quem deve herdar.

Nessa ordem de vocação hereditária, os primeiros são os descendentes, depois os ascendentes, o cônjuge sobrevivente e os colaterais, como irmãos e sobrinhos. Se ninguém for encontrado, os bens podem ser transferidos ao Estado.

A sucessão testamentária ocorre quando existe um testamento válido. Nele, o autor da herança indica como deseja que seus bens sejam distribuídos. Contudo, se houver herdeiros necessários, o testador só pode dispor livremente de até 50% do seu patrimônio.

Por fim, a sucessão mista é quando parte da herança é regulada por testamento e outra parte segue as regras da sucessão legítima. Isso acontece quando o testamento trata apenas de uma fração do patrimônio ou de bens específicos.

Além disso, existe a distinção entre sucessão a título universal, quando o herdeiro recebe uma fração ideal do conjunto de bens, e sucessão a título singular, quando alguém recebe apenas um bem determinado, como no caso dos legatários.

Quais são os tipos de herdeiros?

Os herdeiros no direito sucessório são classificados de acordo com sua origem e com os direitos que possuem sobre a herança. Conhecer essas classificações ajuda a compreender como funciona a partilha dos bens após a morte de uma pessoa.

Os herdeiros legítimos são os que recebem a herança quando não existe testamento. Eles são definidos por lei e incluem descendentes, ascendentes, cônjuges e colaterais até o quarto grau. A ordem de preferência é clara e precisa ser respeitada.

Já os herdeiros necessários são uma categoria protegida pelo Código Civil. São os descendentes, ascendentes e o cônjuge sobrevivente. Eles têm direito à legítima, que corresponde a 50% do patrimônio do falecido, o que limita a liberdade de disposição do testador.

Os herdeiros testamentários são os que o falecido escolhe em testamento para receber parte da herança. Essa escolha só pode recair sobre a parte disponível do patrimônio, que é a metade não reservada à legítima.

Também há os legatários, que são beneficiários de bens específicos deixados no testamento, como uma casa, um veículo ou uma quantia em dinheiro. Eles não participam da herança de forma ampla, mas apenas do que lhes foi destinado diretamente.

Por fim, existe a figura dos herdeiros por representação, que entram na sucessão no lugar de um herdeiro falecido. Por exemplo, se um dos filhos do autor da herança já tiver falecido, seus filhos (os netos) herdam por representação a parte que caberia ao pai ou à mãe.

Um recado final para você!

Imagem representando advogado para direito das sucessões.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica.

Sabemos que o tema “direito das sucessões” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • luiz azul

    •Advogado familiarista, cogestor do VLV Advogados Membro Associado do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM) Capacitação pela AASP em questões de direito civil, especialmente direito das famílias/sucessões e pela PUC/RJ em alienação parental e perícias psicológicas

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