Acompanhamento de advogado em perÃcia do INSS
 Muitos segurados têm dúvidas sobre a presença de advogado em perÃcia do INSS. Entenda o que é permitido e como esse acompanhamento pode ajudar!
O acompanhamento de advogado em perÃcia do INSS é um tema que desperta muitas dúvidas entre os segurados: pode ou não pode?
A perÃcia médica é uma das etapas mais importantes para a concessão de benefÃcios por incapacidade, como auxÃlio-doença, aposentadoria por invalidez e até o BPC LOAS.
Nesse momento, o perito do INSS avalia se a doença ou condição realmente limita o trabalho ou a vida do solicitante, e qualquer detalhe pode influenciar o resultado.
Ter um advogado não significa que ele vá intervir diretamente na avaliação médica, mas sim que estará ali para garantir que o processo ocorra de forma correta.
Ou seja, ele orienta sobre os documentos necessários, acompanhando o andamento do procedimento e registrando eventuais irregularidades.
Esse suporte jurÃdico traz mais segurança ao segurado, que muitas vezes se sente inseguro ou mal compreendido diante do perito, ajudando a evitar negativas injustas do benefÃcio.
Sabemos que questões jurÃdicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- Como funciona a perÃcia médica do INSS?
- O advogado pode acompanhar o segurado na perÃcia?
- Qual o papel do advogado acompanhante na perÃcia médica?
- Eu preciso mesmo de um advogado na minha perÃcia médica?
- O advogado pode questionar o perito durante a perÃcia do INSS?
- O perito pode pedir que o advogado se retire da perÃcia médica?
- Um recado final para você!
- Autor
Como funciona a perÃcia médica do INSS?
A perÃcia médica do INSS é a etapa em que um médico perito avalia se a doença, acidente ou condição de saúde alegada pelo segurado realmente causa incapacidade.
Esse procedimento é obrigatório em casos de
- auxÃlio por incapacidade temporária (antigo auxÃlio-doença),
- aposentadoria por incapacidade permanente,
- auxÃlio-acidente
- e até em pedidos de BPC LOAS por deficiência.
O processo começa quando o segurado agenda a perÃcia médica pelo Meu INSS, aplicativo, site ou telefone 135.
No dia marcado, ele deve comparecer a uma agência do INSS levando documentos pessoais, carteira de trabalho, atestados médicos, laudos, exames e relatórios.
Durante a consulta, o perito analisa toda a documentação e pode fazer perguntas detalhadas sobre o histórico da doença, tratamentos, medicações e limitações no dia a dia e no trabalho.
Em alguns casos, também pode realizar um exame fÃsico para avaliar a real situação clÃnica.
Após essa análise, o perito emite um laudo técnico, no qual registra se há incapacidade total, parcial ou nenhuma incapacidade.
Esse laudo serve como base para a decisão do INSS, que pode conceder, prorrogar ou negar o benefÃcio solicitado.
O advogado pode acompanhar o segurado na perÃcia?
Sim, o advogado pode acompanhar o segurado na perÃcia médica do INSS, desde que seja autorizado pelo próprio segurado!
O Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio da Nota Técnica nº 44/2012, reconhece que o sigilo médico é uma garantia ao paciente, e não ao profissional de saúde.
Isso significa que, se o segurado permitir, seu advogado pode estar presente durante o exame pericial.
Além disso, a Lei 8.906/94, conhecida como Estatuto da Advocacia, assegura que o advogado pode acompanhar seu cliente em exames periciais, tanto administrativos (no INSS) quanto judiciais.
No entanto, é importante lembrar que o perito médico tem autonomia no exercÃcio da sua função. Caso ele entenda que a presença do advogado pode interferir na avaliação, ele pode recusar essa presença.
Mas essa recusa deve ser justificada por escrito e fundamentada, para que o segurado possa questioná-la posteriormente.
Assim, a presença do advogado na perÃcia não é obrigatória, mas é um direito do segurado, que pode solicitar esse acompanhamento para se sentir mais seguro e resguardado durante o exame.
Qual o papel do advogado acompanhante na perÃcia médica?
O papel do advogado acompanhante na perÃcia médica do INSS é garantir que o procedimento ocorra de forma correta, transparente e dentro da legalidade.
Atenção: o advogado não interfere na avaliação técnica do perito. Apenas o médico tem competência para analisar exames, realizar perguntas clÃnicas ou atestar a incapacidade.
No entanto, ele exerce uma função essencial de fiscalização e proteção dos direitos do segurado, assegurando que nada saia do que a lei permite.
Durante a perÃcia, o advogado pode observar todo o procedimento e verificar se o segurado foi tratado com respeito e teve a chance de apresentar sua documentação médica.
Se houver irregularidades, como negativa de analisar exames, o advogado pode questionar o perito em privado ou levar isso para uma ação judicial.
Outro papel importante é o de orientação prévia.
Antes da perÃcia, o advogado ajuda o segurado a reunir os documentos e instrui sobre como se portar, explicando que deve responder à s perguntas com sem exageros ou omissões.
Após a perÃcia, o advogado acompanha o resultado, orienta sobre eventuais recursos e, se for o caso, ingressa com ação judicial para reverter uma negativa considerada injusta.
Eu preciso mesmo de um advogado na minha perÃcia médica?
Você não é obrigado a ter um advogado na sua perÃcia médica do INSS, já que esse acompanhamento não é exigência legal. O segurado pode comparecer sozinho.
No entanto, a presença de um advogado pode ser bastante útil em muitas situações, especialmente quando o caso envolve doenças complexas.
O advogado tem um papel de fiscalização e proteção jurÃdica. Ele observa se o perito está conduzindo o exame de forma adequada, se há respeito à s regras do INSS.
Caso perceba alguma irregularidade, o advogado pode registrar isso para usar em um recurso administrativo ou até em uma ação judicial.
Além disso, a orientação prévia é muito importante! O segurado vai com tranquilidade para a perÃcia, seguindo as orientações corretas do advogado.
Em resumo, você não precisa obrigatoriamente de um advogado na sua perÃcia, mas ter esse apoio pode aumentar muito a segurança do processo.
Ele funciona como um aliado, garantindo que você seja ouvido e que seu direito seja respeitado, especialmente em casos mais delicados.
O advogado pode questionar o perito durante a perÃcia do INSS?
Não, o advogado não pode questionar o perito durante a perÃcia do INSS.
A perÃcia médica é um ato técnico e administrativo, conduzido pelo médico perito, que tem a função de avaliar a condição de saúde do segurado.
Qualquer interferência externa poderia comprometer a imparcialidade e a validade da avaliação, além de gerar risco de anulação do procedimento.
O que o advogado pode fazer é acompanhar, observando se o segurado foi tratado com respeito, se os documentos médicos foram analisados e a condução do perito médico.
Caso perceba alguma falha ou irregularidade, o advogado não intervém na hora, mas pode registrar em relatório ou protocolar reclamação formal junto ao INSS.
Além disso, o papel do advogado é muito mais forte antes e depois da perÃcia.
Antes, ele orienta o segurado sobre os documentos a levar, organiza os laudos médicos e prepara o cliente para responder de forma clara às perguntas do perito.
Depois, ele acompanha o resultado, ajuda a entender a decisão do INSS e, se necessário, apresenta recurso administrativo ou ingressa com ação judicial em caso de negativa.
O perito pode pedir que o advogado se retire da perÃcia médica?
Sim, o perito pode pedir que o advogado se retire da perÃcia médica do INSS, mas isso só acontece em situações especÃficas.
A regra é que a perÃcia seja realizada entre o médico perito e o segurado, porque se trata de um ato técnico e administrativo.
Se o advogado ultrapassar os limites de sua função de observador e começar a intervir de alguma forma, o médico tem respaldo para solicitar a saÃda dele da sala.
Isso não significa que o advogado esteja proibido de acompanhar.
Em muitos casos, ele pode estar presente de forma passiva, apenas observando e garantindo que tudo ocorra de maneira regular e respeitosa.
O problema surge quando a sua presença compromete o andamento da avaliação, já que qualquer interferência externa pode levar até à anulação da perÃcia.
Nesses casos, o perito, como responsável técnico, tem autoridade para restringir a permanência do advogado.
Por outro lado, se houver necessidade comprovada de acompanhamento, como nos casos de dificuldade de comunicação, a presença de alguém pode ser autorizada com limites.
O advogado, então, deve respeitar a função exclusiva do perito, sem intervir no exame médico.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise especÃfica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurÃdico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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