Amputação dá direito ao BPC LOAS?

Você sabia que a amputação pode garantir o direito ao BPC LOAS? Descubra se você se encaixa nos requisitos desse benefício assistencial!

Amputação dá direito ao BPC LOAS?

Amputação dá direito ao BPC LOAS?

Receber a notícia de uma amputação ou conviver com essa condição traz desafios imensos.

Além das adaptações físicas e emocionais, surgem muitas dúvidas sobre os direitos e os auxílios disponíveis.

Se você está se perguntando se a amputação dá direito ao BPC LOAS, este artigo foi feito para você.

Nosso objetivo é descomplicar as informações e explicar, de forma clara e completa, como o Benefício de Prestação Continuada pode ser um suporte essencial para quem enfrenta essa realidade. Entender seus direitos é o primeiro passo para buscar o suporte necessário.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

Quais são os tipos de amputação?

Muitas pessoas se perguntam quais são os tipos de amputação que existem, e entender essa classificação ajuda a compreender a diversidade de impactos que essa condição pode gerar.

A amputação é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção de uma parte do corpo, geralmente um membro.

Essa remoção pode ser total ou parcial, dependendo da necessidade clínica ou do trauma que a causou.

Existem classificações que ajudam a entender melhor essa condição:

A amputação de membro superior pode variar desde a retirada de um dedo, parte da mão, até o braço inteiro.

Cada nível de amputação na parte superior do corpo apresenta desafios distintos para a realização de tarefas diárias, como escrever, comer, ou mesmo a execução de atividades profissionais que exigem destreza manual e coordenação.

Similarmente, a amputação de membro inferior pode envolver a perda de um ou mais dedos do pé, do próprio pé, da perna (abaixo do joelho) ou da coxa (acima do joelho).

As amputações nos membros inferiores impactam diretamente a capacidade de locomoção, equilíbrio e sustentação do peso corporal, o que pode limitar drasticamente a mobilidade e a independência da pessoa.

As causas das amputações também variam amplamente. As amputações traumáticas resultam de acidentes, como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho ou até mesmo acidentes domésticos, que causam lesões irreparáveis.

Já as amputações cirúrgicas são realizadas por indicação médica, muitas vezes em decorrência de doenças crônicas como o diabetes mellitus (que pode levar a problemas vasculares graves e infecções), doenças arteriais periféricas, infecções severas que não respondem a tratamentos, tumores malignos ou malformações congênitas.

A escolha do tipo e nível da amputação é sempre uma decisão médica cuidadosa, visando preservar ao máximo a funcionalidade e a saúde do paciente.

Pessoa amputada é considerada PcD?

Uma dúvida frequente é se a pessoa amputada é considerada PcD (Pessoa com Deficiência).

A resposta é sim. No Brasil, a legislação é clara quanto a essa classificação, reconhecendo a amputação como uma condição que se enquadra na definição de deficiência física.

O Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei nº 13.146/2015, é o marco legal que define e assegura os direitos das pessoas com deficiência.

De acordo com o Art. 2º do Estatuto:

“Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

A amputação, ao configurar um impedimento físico de longo prazo, se encaixa perfeitamente nessa definição.

O reconhecimento como Pessoa com Deficiência é fundamental, pois abre portas para uma série de direitos e benefícios específicos.

Isso inclui, por exemplo, o direito a cotas em concursos públicos e vagas de emprego em empresas privadas, isenções de impostos na compra de veículos adaptados e, o que é de grande interesse neste artigo, a possibilidade de acesso a benefícios sociais como o BPC LOAS.

O objetivo dessa classificação é promover a inclusão e garantir que as pessoas com amputação possam exercer sua cidadania plenamente, superando as barreiras físicas e sociais que possam surgir.

As pessoas com amputação têm direito ao BPC LOAS?

As pessoas com amputação têm direito ao BPC LOAS?

As pessoas com amputação têm direito ao BPC LOAS?

Sim, a amputação pode, de fato, dar direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC LOAS).

Este benefício, regido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei nº 8.742/1993, é um auxílio financeiro no valor de um salário mínimo pago mensalmente a pessoas que comprovem ter uma deficiência de longo prazo e que não possuam meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

É importante esclarecer que o BPC LOAS não é uma aposentadoria. Ele não exige contribuições prévias ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), diferenciando-se dos benefícios previdenciários, como a aposentadoria por invalidez ou o auxílio-doença.

Sua natureza é assistencial, focando na proteção social de indivíduos em situação de vulnerabilidade.

Para que a amputação gere o direito ao BPC LOAS, não basta apenas a existência da condição.

É necessário que a amputação cause um impacto significativo na capacidade funcional da pessoa, gerando uma incapacidade para o trabalho e para as atividades diárias, e que essa incapacidade seja de longo prazo, ou seja, por pelo menos dois anos.

Além disso, e este é um ponto crucial, a pessoa e sua família devem se enquadrar nos critérios de baixa renda.

Portanto, sim, amputações podem dar direito ao BPC LOAS, dependendo do impacto na capacidade funcional e da renda familiar.

Quais os requisitos para BPC LOAS por amputação?

Para que você possa ter acesso ao BPC LOAS por amputação, é fundamental preencher alguns requisitos estabelecidos pela legislação.

Entender cada um deles é essencial para organizar sua solicitação de forma correta e aumentar suas chances de ter o benefício concedido.

O primeiro requisito, e talvez o mais evidente, é a comprovação da deficiência.

No caso da amputação, você deve demonstrar que essa condição física gera um impedimento de longo prazo (com duração mínima de 2 anos), que, em interação com barreiras sociais e ambientais, impede sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições.

Isso significa que a amputação não pode ser algo meramente estético ou de baixo impacto funcional; ela precisa realmente limitar sua capacidade de se engajar nas atividades diárias e no mercado de trabalho.

Essa comprovação é feita através de laudos médicos, exames (como raio-x, tomografia, ressonância, relatórios cirúrgicos) e outros documentos médicos detalhados, que devem descrever a condição, o nível da amputação e as sequelas ou limitações funcionais decorrentes.

O segundo requisito crucial é a baixa renda familiar. A lei determina que a renda por pessoa do seu grupo familiar deve ser inferior a 1/4 do salário mínimo vigente.

É importante compreender o que se considera “grupo familiar” para o INSS: são o solicitante, o cônjuge ou companheiro(a), os pais (ou madrasta/padrasto, se houver), os irmãos solteiros, os filhos solteiros e os enteados solteiros, desde que todos vivam sob o mesmo teto.

Todas as fontes de renda dessas pessoas (salários, aposentadorias, pensões, outros benefícios) são somadas e divididas pelo número de membros da família.

Esse critério de renda é rigoroso, mas em algumas situações específicas, como quando há muitas despesas com tratamentos de saúde ou quando há mais de uma pessoa com deficiência na família, a justiça pode flexibilizar essa regra.

Por fim, e não menos importante, é obrigatório estar inscrito e com os dados atualizados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Este cadastro é a principal ferramenta do governo para identificar famílias de baixa renda e é indispensável para a solicitação do BPC LOAS.

Seus dados devem estar sempre em dia, o que geralmente implica em uma atualização a cada dois anos ou sempre que houver alguma mudança na composição familiar ou na renda.

Como fazer o pedido de BPC LOAS por amputação?

Saber como fazer o pedido de BPC LOAS por amputação é fundamental para dar o primeiro passo em busca desse benefício.

O processo envolve algumas etapas que você pode seguir com atenção para garantir que sua solicitação seja analisada corretamente pelo INSS.

O ponto de partida é a organização da documentação. Comece reunindo todos os seus documentos pessoais, como RG, CPF e comprovante de residência.

Em seguida, colete os documentos de todos os membros que compõem o seu grupo familiar, incluindo seus respectivos CPFs.

O mais importante, no caso da amputação, é a documentação médica completa.

Isso inclui laudos médicos detalhados que confirmem a amputação, relatórios de cirurgias, exames de imagem (como raio-x, ressonância magnética ou tomografia computadorizada) e quaisquer outros documentos que atestem o diagnóstico, o tratamento, as sequelas e as limitações funcionais decorrentes da sua condição.

Quanto mais robusta for a sua documentação médica, mais fácil será para o perito do INSS compreender a gravidade e o impacto da sua deficiência.

Certifique-se também de que o seu Cadastro Único (CadÚnico) esteja atualizado. Sem o CadÚnico em dia, o processo do BPC LOAS não poderá prosseguir.

Você pode verificar ou atualizar seu cadastro no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do seu município.

Com a documentação em mãos e o CadÚnico atualizado, você pode fazer o pedido de BPC LOAS de algumas formas:

Após a solicitação, o INSS agendará duas avaliações cruciais: a perícia médica e a avaliação social.

É essencial comparecer a ambas as avaliações e levar todos os documentos originais, principalmente os médicos. A preparação para essas etapas é vital para o sucesso do seu pedido.

Como o INSS avalia a amputação para fins de BPC LOAS?

Como o INSS avalia a amputação para fins de BPC LOAS?

Como o INSS avalia a amputação para fins de BPC LOAS?

Entender como o INSS avalia a amputação para fins de BPC LOAS é crucial, pois a concessão do benefício não se baseia apenas na existência da amputação, mas sim na sua repercussão na vida da pessoa.

O processo de avaliação é detalhado e busca analisar tanto o aspecto médico quanto o social da sua situação.

A avaliação é dividida em duas partes principais:

  1. Perícia Médica: Esta etapa é conduzida por um médico perito do INSS. O perito não apenas confirmará a amputação, mas, mais importante, avaliará o impacto funcional que ela causa.

Ele examinará suas limitações para realizar atividades básicas do dia a dia (como se vestir, alimentar-se, higiene pessoal), sua capacidade de locomoção e o nível de dependência de auxílios (como próteses ou cadeira de rodas).

O perito também analisará todos os laudos e exames médicos que você apresentou, buscando entender se a sua condição gera um impedimento de longo prazo que o impossibilita de participar plenamente na sociedade.

É fundamental levar todos os documentos médicos atualizados, pois eles são a base para a decisão do perito. Seja transparente e explique todas as dificuldades que a amputação gera em sua rotina.

  1. Avaliação Social: Conduzida por um assistente social do INSS ou do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), essa avaliação foca no contexto socioeconômico da sua família.

O assistente social poderá realizar uma visita domiciliar ou uma entrevista para verificar as condições de moradia, as despesas da família, a composição do grupo familiar e, principalmente, a renda per capita.

O objetivo é confirmar se a sua família se encontra em situação de vulnerabilidade social, conforme o critério de 1/4 do salário mínimo por pessoa.

Essa etapa é tão importante quanto a perícia médica, pois mesmo que a deficiência seja reconhecida, o benefício poderá ser negado se a renda familiar estiver acima do limite estabelecido.

Ambas as avaliações são complementares e indispensáveis. O resultado final da análise do BPC LOAS será uma combinação dos pareceres do médico perito e do assistente social.

O INSS busca entender se a amputação, em conjunto com as barreiras sociais e a situação econômica, realmente impede a sua participação plena e efetiva na sociedade.

O que fazer se meu BPC LOAS por amputação for negado?

Receber a notícia de que seu BPC LOAS por amputação foi negado pode ser muito frustrante, especialmente quando você acredita que preenche todos os requisitos.

No entanto, é importante saber que a negativa do INSS não é o fim do processo. Você tem opções para contestar a decisão e buscar seu direito.

O primeiro passo é entender o motivo da negativa. O INSS deve enviar uma comunicação informando por que o benefício foi indeferido.

As razões mais comuns são: a não comprovação da deficiência (o perito médico não considerou a amputação como geradora de impedimento de longo prazo para fins de BPC), ou a renda familiar per capita acima do limite.

Com o motivo da negativa em mãos, você pode considerar duas vias principais:

  1. Recurso Administrativo: Primeiramente, você pode apresentar um Recurso Administrativo diretamente no INSS.

Esse recurso deve ser feito em até 30 dias após a negativa. Nele, você vai explicar por que discorda da decisão e pode adicionar novos documentos ou laudos médicos que ajudem a comprovar seu direito.

Ter um advogado especialista em direito previdenciário nesse momento é muito útil, pois ele sabe como elaborar o recurso de forma estratégica e apontar os erros na avaliação do INSS.

  1. Ação Judicial: A segunda opção é a Ação Judicial. Se o recurso administrativo não funcionar ou se você preferir ir direto para a Justiça, você pode entrar com um processo contra o INSS.

Nesse caso, um juiz fará uma nova análise do seu pedido, e é comum que novas perícias médicas e sociais sejam realizadas por peritos do tribunal.

Embora a via judicial possa ser mais demorada, ela é muitas vezes o caminho para reverter negativas e garantir seu benefício.

Lembre-se que cada dia que passa pode ser importante na garantia de seus direitos.

Agir rapidamente após a negativa é crucial, pois os prazos para recursos e ações judiciais são limitados. Buscar orientação especializada pode fazer toda a diferença. clique aqui!

Preciso de advogado para pedir BPC LOAS por amputação?

A pergunta “preciso de advogado para pedir BPC LOAS por amputação?” é muito comum, e a resposta é: você não é obrigado a ter um advogado para fazer o pedido inicial do BPC LOAS no INSS.

A lei permite que o próprio cidadão faça a solicitação, reunindo os documentos e seguindo os passos que descrevemos.

No entanto, a complexidade da legislação previdenciária e assistencial, somada aos detalhes da avaliação do INSS, torna a assistência de um advogado especialista em direito previdenciário altamente recomendável.

Este profissional pode ser um diferencial estratégico em todo o processo, desde a preparação do pedido até a eventual necessidade de recorrer judicialmente.

Um advogado experiente em BPC LOAS para pessoas com deficiência tem o conhecimento jurídico aprofundado necessário para:

A busca por um benefício como o BPC LOAS, especialmente em situações de vulnerabilidade como a decorrente de uma amputação, exige não apenas persistência, mas também conhecimento técnico.

O sistema do INSS é burocrático e, por vezes, desafiador. Não ter um advogado pode significar erros no preenchimento de formulários, na apresentação de documentos ou na argumentação que podem levar à negativa do benefício, prolongando sua espera por um suporte essencial.

Portanto, embora não seja obrigatório, considerar a orientação de um advogado especialista em direito previdenciário é um passo crucial para proteger seus direitos e aumentar consideravelmente suas chances de obter o BPC LOAS.

Não deixe para depois a chance de garantir um futuro mais tranquilo para você e sua família.

Um recado final para você!

Imagem representando um advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “Amputação dá direito ao BPC LOAS?” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. clique aqui!

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

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Autor

  • rafa menor

    •Advogada Especialista em Diversas áreas do Direito. Pós-graduada em Direitos Fundamentais e Justiça pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui formação em Liderança pela Conquer Business School. Atualmente é coordenadora da equipe jurídica do VLV Advogados.

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