Apelação cível: guia do processo e recursos
Você sabia que a apelação cível pode mudar totalmente o rumo de um processo? Descubra como esse recurso funciona e quando ele pode ser utilizado!
A apelação cível é um dos recursos mais importantes dentro do processo judicial.
Quando uma sentença não é favorável, muitas pessoas se perguntam se há alguma forma de reverter essa decisão.
A boa notícia é que, no Brasil, o sistema jurídico permite que a parte insatisfeita recorra a um tribunal superior para que a sentença seja revista.
Esse procedimento é fundamental para garantir o direito à ampla defesa e a possibilidade de um novo julgamento por desembargadores.
No entanto, entender como funciona a apelação cível pode parecer complicado para quem não está acostumado com o mundo jurídico.
Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre a apelação cível, respondendo às perguntas mais frequentes sobre esse recurso e esclarecendo como ele pode ser utilizado para buscar uma nova decisão no seu processo.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que significa apelação cível no processo?
- Quando cabe apelação cível?
- Quem julga apelação cível?
- A apelação cível é julgada em qual instância?
- Quanto tempo leva para julgar uma apelação cível?
- Quando o juiz aceita a apelação?
- O que significa decisão proferida em apelação cível?
- O que vem depois da apelação cível?
- Um recado final para você!
- Autor
O que significa apelação cível no processo?
A apelação cível é um recurso processual utilizado para contestar uma sentença proferida pelo juiz de primeira instância.
Isso significa que, se uma das partes não concordar com a decisão final do juiz, poderá apresentar uma apelação para que um tribunal de segunda instância revise a sentença.
Esse direito está previsto no artigo 1.009 do Código de Processo Civil (CPC) e garante que nenhuma decisão judicial seja definitiva sem a possibilidade de um segundo julgamento.
A apelação cível é aplicável a qualquer processo em que o juiz tenha proferido uma sentença, ou seja, uma decisão que coloca fim ao processo.
Caso a decisão seja apenas uma determinação provisória ou interlocutória, o recurso adequado pode ser outro, como o agravo de instrumento.
É essencial entender que a apelação cível não garante automaticamente a alteração da sentença, mas assegura que um tribunal superior reexamine o caso.
Quando cabe apelação cível?
A apelação cível cabe quando há uma sentença que encerra o processo ou a execução. Isso significa que esse recurso é aplicável sempre que o juiz de primeira instância proferir uma decisão que finalize a fase de conhecimento ou de execução do processo.
Segundo o artigo 1.009 do CPC, a apelação pode ser utilizada em situações como:
- Sentença que julga o mérito do processo, decidindo quem tem razão na disputa judicial.
- Sentença que extingue a ação sem julgamento do mérito, por falta de algum requisito processual.
- Decisão que encerra o processo de execução, impedindo o prosseguimento da cobrança de valores.
- Sentença que nega pedido de tutela antecipada, quando essa decisão for proferida no momento da sentença final.
A apelação cível não é cabível contra decisões intermediárias (interlocutórias), pois essas podem ser impugnadas por outros meios, como o agravo de instrumento.
Para que a apelação seja aceita, o recurso deve ser interposto dentro do prazo legal de 15 dias úteis, conforme determina o artigo 1.003, §5º, do CPC.
Quem julga apelação cível?
A apelação cível é julgada pelos Tribunais de Justiça (TJs) dos estados e do Distrito Federal, quando se trata de processos que tramitaram na Justiça Estadual, ou pelos Tribunais Regionais Federais (TRFs), quando o caso envolve matéria federal.
Esses tribunais compõem a segunda instância do Poder Judiciário e são responsáveis por revisar as decisões dos juízes de primeira instância.
O julgamento da apelação cível é feito por um grupo de desembargadores, normalmente reunidos em turmas ou câmaras especializadas em direito civil.
O processo passa primeiro pelas mãos de um relator, que analisa os argumentos apresentados pelas partes e elabora um voto.
Em seguida, os demais desembargadores do colegiado deliberam sobre o caso, podendo concordar ou discordar do relator.
Se a decisão ainda for questionada, a parte que se sentir prejudicada pode tentar recorrer aos tribunais superiores, como o STJ ou o STF, desde que haja previsão legal para esse tipo de recurso.
A apelação cível é julgada em qual instância?
A apelação cível é sempre julgada na segunda instância, ou seja, pelos Tribunais de Justiça (TJs) ou pelos Tribunais Regionais Federais (TRFs).
O objetivo desse recurso é garantir o direito ao duplo grau de jurisdição, permitindo que uma decisão judicial seja revista por um órgão superior.
O tribunal de segunda instância não apenas verifica se houve erro na aplicação da lei, mas também pode reavaliar as provas apresentadas no processo.
Isso significa que os desembargadores podem analisar novamente os fatos e modificar o entendimento do juiz de primeira instância, caso considerem necessário.
Se o julgamento da apelação cível ainda gerar dúvidas ou envolver questões constitucionais ou federais relevantes, pode ser possível recorrer ao STJ ou ao STF, desde que os requisitos específicos para esses recursos sejam cumpridos.
Quanto tempo leva para julgar uma apelação cível?
O tempo necessário para o julgamento de uma apelação cível varia de acordo com o tribunal e a complexidade do caso.
Não há um prazo fixo para que o tribunal de segunda instância julgue o recurso, pois isso depende da demanda processual e do volume de trabalho dos desembargadores.
Em média, o julgamento de uma apelação cível pode levar de alguns meses a mais de dois anos.
Processos mais simples, que não envolvem grandes controvérsias, podem ser resolvidos rapidamente, enquanto casos complexos podem levar anos para serem analisados.
Fatores como pedidos de diligências, necessidade de novas provas ou a realização de sustentações orais podem influenciar na demora do julgamento.
Quando o juiz aceita a apelação?
O juiz de primeira instância não julga a apelação cível, mas ele tem o papel de admitir ou não o recurso.
Isso significa que, ao receber a apelação, o juiz analisa se os requisitos formais foram cumpridos, como o prazo e a regularidade da petição.
Se estiver tudo correto, ele determina a remessa dos autos ao tribunal de segunda instância, onde o recurso será julgado pelos desembargadores.
Caso o juiz entenda que a apelação não preenche os requisitos legais, ele pode negar o seguimento do recurso.
Nesse caso, a parte pode impetrar um agravo de instrumento para que o tribunal superior reexamine essa decisão.
O que significa decisão proferida em apelação cível?
Quando um tribunal de segunda instância analisa uma apelação cível e toma uma decisão, essa decisão substitui a sentença do juiz de primeira instância.
Isso significa que a nova decisão passa a ser a posição oficial do Judiciário sobre aquele caso, podendo confirmar, modificar ou anular a sentença original.
Se a decisão ainda for questionada, a parte prejudicada pode tentar recorrer aos tribunais superiores, desde que haja fundamentos para isso.
Porém, caso a decisão final não seja mais passível de recurso, o processo transita em julgado, tornando-se definitivo.
O que vem depois da apelação cível?
Após a interposição da apelação cível, o juiz de primeira instância abre prazo para que a parte contrária apresente suas contrarrazões.
Esse é o momento em que o apelado pode argumentar contra os pedidos do apelante e defender a manutenção da sentença original.
Concluída essa fase, o processo é encaminhado ao tribunal de segunda instância, onde será julgado por um grupo de desembargadores.
No tribunal, o recurso pode ser analisado por um único relator ou levado a um colegiado.
Dependendo do caso, os desembargadores podem confirmar a sentença, reformá-la total ou parcialmente ou até mesmo anulá-la, determinando o retorno do processo à primeira instância para novo julgamento.
Se, mesmo após a decisão do tribunal, uma das partes ainda discordar do resultado, pode tentar recorrer aos tribunais superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou o Supremo Tribunal Federal (STF), desde que haja fundamento legal para isso.
Assim sendo, a apelação cível é um recurso essencial para garantir a revisão de decisões judiciais e o direito ao duplo grau de jurisdição.
Compreender como ela funciona e quais são seus efeitos é fundamental para quem busca a justiça e deseja fazer valer seus direitos dentro do sistema processual brasileiro.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema “apelação cível” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia
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