Como aumentar o tempo de contribuição no INSS? Dicas!
Quer aumentar o tempo de contribuição no INSS e garantir uma aposentadoria melhor? Confira dicas essenciais para turbinar sua contribuição.
O tempo de contribuição no INSS é a base de toda a vida previdenciária. Ele representa os meses em que você esteve vinculado à Previdência Social, seja com carteira assinada, seja pagando por conta própria.
É a soma desse tempo que garante quando você poderá se aposentar e o valor que vai receber.
O problema é que nem sempre todos os períodos aparecem no cadastro oficial.
Isso acontece porque o empregador não registrou corretamente, porque você deixou de pagar em algum momento ou porque não sabia que poderia incluir certas atividades.
Mas a boa notícia é que a lei permite aumentar esse tempo de várias formas, desde que haja comprovação.
Ao longo deste artigo, você vai entender o que é o tempo de contribuição, se é possível ampliá-lo e como fazer isso na prática.
Vamos falar sobre pagamentos como autônomo, contribuições facultativas, acertos de vínculos, tempo rural, serviço militar e até sobre o MEI.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é o tempo de contribuição no INSS?
- É possível aumentar o tempo de contribuição?
- Como posso aumentar o tempo de contribuição?
- 01. Pagar a contribuição como autônomo
- 02. Fazer contribuição facultativa ou especial ao INSS
- 03. Recolher a contribuição em atraso
- 04. Preencher lacunas de períodos não registrados
- 05. Tempo de serviço militar ou atividade rural
- 06. Usar contribuição como MEI
- Um recado final para você!
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O que é o tempo de contribuição no INSS?
O tempo de contribuição é o período em que você recolhe para a Previdência Social.
Cada mês de pagamento válido é contado, seja pelo desconto automático na folha de quem tem carteira assinada, seja pelas guias pagas por quem contribui por conta própria.
Ele é requisito para diferentes benefícios. A aposentadoria por idade, por exemplo, exige ao menos 15 anos de recolhimento, enquanto outras regras de transição combinam idade mínima e tempo de contribuição.
Além disso, benefícios como auxílio-doença, pensão por morte e salário-maternidade também dependem desse tempo.
Por isso, manter esse histórico completo é essencial. Quanto mais meses de contribuição, mais cedo você pode alcançar os requisitos e maior tende a ser o valor do seu benefício.
É possível aumentar o tempo de contribuição?
Sim, é possível. Muitos períodos que não aparecem no CNIS podem ser incluídos.
A lei prevê mecanismos para revisar, corrigir e complementar informações, garantindo que o trabalhador não perca tempo de contribuição por falhas de registro.
Isso pode ser feito pagando contribuições atrasadas, comprovando tempo rural, aproveitando o serviço militar ou até complementando valores pagos como MEI.
Cada alternativa tem regras específicas, mas todas são reconhecidas pelo INSS ou pela Justiça.
O segredo está em identificar as lacunas cedo e reunir a documentação necessária. Assim, você evita indeferimentos e consegue somar esse tempo no momento certo.
Como posso aumentar o tempo de contribuição?
O primeiro passo é conferir o seu CNIS no portal Meu INSS. Ali você terá o extrato da sua vida previdenciária, com vínculos, remunerações e contribuições.
É nesse documento que geralmente aparecem as falhas.
Ao encontrar lacunas ou valores zerados, você pode pedir o acerto de vínculos e remunerações.
Também pode avaliar se há períodos de trabalho não reconhecidos ou contribuições em atraso que ainda podem ser regularizadas.
É a partir daí que você consegue identificar quais das alternativas legais podem ser usadas para aumentar seu tempo de contribuição.
Agora vamos detalhar cada uma dessas estratégias.
01. Pagar a contribuição como autônomo
Quem trabalha por conta própria precisa se inscrever como contribuinte individual.
Nesse caso, você mesmo é responsável por emitir a guia e pagar o INSS todos os meses.
Existem planos diferentes: 20% sobre o salário de contribuição, que dá direito a todos os benefícios, e o plano simplificado de 11% sobre o mínimo, que serve apenas para aposentadoria por idade.
O importante é não deixar lacunas, pois cada mês pago conta.
Se houve períodos passados em que você atuou como autônomo sem contribuir, pode ser possível regularizar, desde que comprove a atividade.
Essa é uma forma eficaz de ampliar o tempo.
02. Fazer contribuição facultativa ou especial ao INSS
Quem não exerce atividade remunerada pode manter o tempo correndo por meio da contribuição facultativa.
É o caso de estudantes, donas de casa ou pessoas desempregadas que optam por recolher voluntariamente.
As opções são parecidas com as do autônomo: plano de 20%, plano simplificado de 11% e plano de baixa renda de 5%, cada um com impactos diferentes nos benefícios.
Essa é uma forma simples de não interromper o histórico.
Já o tempo especial refere-se a atividades em condições nocivas, como insalubridade ou periculosidade.
Esse período pode gerar aposentadoria especial ou ser convertido em tempo comum, aumentando o total de contribuição.
03. Recolher a contribuição em atraso
Pagar contribuições em atraso é possível em muitos casos.
Autônomos podem regularizar até cinco anos sem precisar comprovar atividade. Para períodos mais antigos, o INSS exigirá documentos como notas fiscais e contratos.
Facultativos só podem recolher atrasados dentro de prazos menores, geralmente até seis meses. Depois disso, perdem a possibilidade.
O valor em atraso inclui juros e multa, então é essencial calcular se compensa.
Muitas vezes, esse pagamento pode antecipar a aposentadoria, mas em outras situações o custo é maior que o benefício.
04. Preencher lacunas de períodos não registrados
É comum encontrar vínculos incompletos ou ausentes no CNIS.
Nesses casos, você pode solicitar o acerto junto ao INSS apresentando documentos como CTPS, extrato do FGTS ou contracheques.
Esse procedimento é chamado de atualização ou acerto de vínculos e remunerações.
Se o pedido for aceito, o período passa a contar normalmente no seu tempo de contribuição.
Se o INSS negar, ainda é possível buscar o reconhecimento pela via judicial. Muitos trabalhadores conseguem validar anos de contribuição dessa forma.
05. Tempo de serviço militar ou atividade rural
O serviço militar obrigatório também pode ser incluído.
Basta solicitar a certidão junto ao quartel e pedir a averbação no INSS. Esse tempo conta desde que não tenha sido usado em outro regime.
No caso do trabalho rural, a lei permite reconhecer períodos exercidos no campo, inclusive antes de 1991, mesmo sem contribuições.
O importante é apresentar provas documentais, como notas de produtor e cadastros no INCRA.
Esse reconhecimento pode acrescentar vários anos ao cálculo, antecipando a aposentadoria ou aumentando o valor do benefício.
06. Usar contribuição como MEI
O Microempreendedor Individual contribui automaticamente ao INSS com 5% do salário mínimo por meio do DAS.
Esse tempo é válido, mas garante apenas aposentadoria por idade e geralmente no valor de um salário mínimo.
Para quem deseja um benefício maior ou aposentadoria por tempo, é possível complementar a contribuição com uma guia adicional, alcançando os 20%. Isso aumenta o valor médio usado no cálculo.
Além disso, o tempo como MEI pode ser somado a outros períodos, como CLT ou autônomo, garantindo uma contagem mais robusta no fim.
Cada estratégia tem suas regras e prazos, e muitas vezes um detalhe faz toda a diferença.
É por isso que contar com o apoio de um advogado previdenciário pode ser decisivo. Ele sabe como calcular, quais documentos são mais fortes e quando vale a pena recorrer.
No fim, pensar nisso agora é investir no seu futuro. O tempo de contribuição não é apenas um número: é a garantia da sua tranquilidade quando você mais precisar.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Saiba como garantir o melhor apoio para suas decisões.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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