Ação para autorização de cirurgia de emergência: como pedir?

Quando a vida está em risco, cada minuto conta. Saiba como agir para garantir a autorização da sua cirurgia de emergência.

Imagem representando ação para autorização de cirurgia de emergência.

Como fazer uma ação para autorização de cirurgia de emergência?

Quando a vida ou a saúde estão em risco, cada minuto conta.

Nessas horas, não dá para esperar burocracia, análise de contrato ou discussões sobre cobertura, a cirurgia precisa acontecer, e ponto final.

No entanto, a realidade é que muitas pessoas acabam esbarrando em obstáculos que vão desde a negativa de planos de saúde até a demora no agendamento de procedimentos no SUS.

O resultado é um cenário de insegurança e ansiedade para quem já está fragilizado pela doença ou pelo acidente.

Neste artigo, vamos esclarecer tudo sobre o tema, inclusive se é possível pedir indenização por dano moral e como um advogado pode ajudar a garantir que a cirurgia aconteça no menor tempo possível.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!

O que é considerado cirurgia de emergência?

Uma cirurgia de emergência é aquela que precisa ser realizada imediatamente para evitar risco de morte ou impedir que o paciente sofra lesões graves e irreversíveis.

É diferente de uma cirurgia de urgência, que, embora também exija rapidez, pode ser feita em um intervalo de algumas horas.

Nos casos de emergência, não existe margem para espera.

Situações como hemorragias internas intensas, perfuração de órgãos, traumas graves, complicações obstétricas severas, infartos e derrames que demandam intervenção cirúrgica entram nessa classificação.

A definição de emergência leva em conta o risco clínico apresentado e a necessidade de intervenção imediata.

É o médico responsável pelo atendimento que determina, por meio de laudo ou relatório, que o quadro é emergencial. Esse documento descreve o diagnóstico, os riscos e a justificativa da urgência.

Além de ter peso decisivo no atendimento, ele serve como base para qualquer solicitação ao plano de saúde, ao hospital público ou ao Judiciário.

Sem esse reconhecimento formal da condição de emergência, fica mais difícil garantir que a cirurgia seja priorizada.

O plano de saúde pode negar cirurgia de emergência?

O plano de saúde não pode recusar a cobertura de uma cirurgia de emergência quando já se passaram 24 horas da contratação do plano.

A Lei nº 9.656/1998 determina que, após esse prazo, atendimentos de urgência e emergência devem ser obrigatoriamente cobertos, mesmo que ainda haja carência para outros tipos de procedimentos.

Essa é uma proteção legal justamente para garantir que, em situações críticas, a burocracia contratual não coloque a vida em risco.

Mesmo assim, não é raro que operadoras aleguem ausência de cobertura para determinado material, exijam autorizações adicionais ou tentem aplicar cláusulas de carência para atrasar a autorização.

Essas condutas são abusivas e podem ser contestadas, pois ferem tanto a lei específica dos planos de saúde quanto o Código de Defesa do Consumidor.

Uma recusa sem amparo legal, além de obrigar a empresa a autorizar o procedimento, pode gerar indenização por danos morais ao paciente.

Por isso, conhecer esse direito é essencial para reagir rapidamente diante de uma negativa.

O que fazer se meu convênio recusar cirurgia de emergência?

Quando um convênio recusa a autorização para uma cirurgia de emergência, o primeiro passo é exigir que essa negativa seja formalizada por escrito, com o motivo detalhado.

Esse documento é indispensável para comprovar a recusa em eventuais reclamações ou ações judiciais.

Com a negativa em mãos, é necessário reunir todos os documentos médicos, como laudos, exames e relatórios, nos quais o médico descreva de forma clara a gravidade do caso e a necessidade imediata da cirurgia.

Se houver tempo hábil, é possível tentar resolver administrativamente, acionando a ouvidoria da operadora e registrando reclamação na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que pode intervir em caráter de urgência.

Porém, quando a condição do paciente não permite espera, a alternativa mais segura é ingressar com uma ação judicial com pedido de tutela de urgência.

Essa medida pode ser analisada pelo juiz em poucas horas ou dias, obrigando o plano a autorizar a cirurgia.

Em situações extremas, se for preciso custear o procedimento de forma particular, é possível buscar posteriormente o reembolso dos valores pagos, inclusive judicialmente.

E se o hospital público não marcar minha cirurgia de emergência?

Não agendar cirurgia de emergência é violação do direito à saúde.

O que fazer se o hospital público não marcar minha cirurgia de emergência?

Quando um hospital público não agenda uma cirurgia de emergência, há violação direta do direito constitucional à saúde.

O SUS é obrigado a oferecer atendimento integral e imediato em casos que envolvem risco de morte ou agravamento rápido do estado de saúde.

Nessa situação, é fundamental solicitar que a recusa ou a demora sejam registradas por escrito, com a justificativa apresentada pelo hospital.

Esse documento, junto ao laudo médico que atesta a urgência, servirá como base para acionar a Justiça ou órgãos de controle.

O paciente ou sua família podem recorrer à Defensoria Pública ou ao Ministério Público para que sejam tomadas medidas imediatas, como o ajuizamento de ação com pedido de liminar.

Dependendo do caso, o juiz pode determinar que a cirurgia seja realizada na rede pública com prioridade ou até em um hospital particular custeado pelo Estado.

Essa possibilidade é aplicada quando está claro que a demora colocará a vida em risco ou causará sequelas irreversíveis.

Quanto mais clara for a documentação médica, maiores são as chances de conseguir essa determinação rapidamente.

Preciso de laudo médico para pedir cirurgia de emergência na Justiça?

Para solicitar uma cirurgia de emergência na Justiça, é indispensável apresentar um laudo médico detalhado.

Esse documento comprova a gravidade do quadro e justifica a urgência, permitindo que o juiz entenda a necessidade de uma decisão rápida.

O laudo deve conter o diagnóstico com o respectivo CID, descrição do estado clínico, indicação da cirurgia e explicação dos riscos de adiar o procedimento.

Além do laudo, é recomendável apresentar exames recentes, protocolos de atendimento, negativa formal do plano de saúde ou do hospital público, contrato do plano (quando for o caso) e documentos pessoais.

Esse conjunto de provas reforça a credibilidade do pedido e aumenta as chances de uma liminar ser concedida rapidamente.

Sem um laudo bem elaborado, a Justiça pode entender que não há prova suficiente para justificar a intervenção imediata, o que pode atrasar o acesso ao tratamento necessário.

Quanto tempo leva para conseguir na Justiça uma cirurgia de emergência?

O tempo para conseguir autorização judicial de uma cirurgia de emergência costuma ser curto quando o pedido é acompanhado de documentação médica completa e de um pedido de tutela de urgência bem fundamentado.

Em muitos casos, a liminar é concedida no mesmo dia em que a ação é protocolada, ou em até 48 horas.

Essa agilidade é possível porque a lei prevê prioridade na análise de casos que envolvem risco à vida ou à integridade física.

Já o processo principal, que dá andamento à ação e julga o mérito de forma definitiva, pode levar meses ou até anos para ser concluído.

No entanto, a concessão da liminar permite que a cirurgia seja realizada antes do encerramento do processo, evitando que o paciente sofra as consequências da demora judicial.

A atuação de um advogado experiente é importante para garantir que a ação seja bem instruída desde o início, aumentando a chance de o juiz decidir com rapidez.

Posso pedir indenização por dano moral por negativa de cirurgia de emergência?

Quando há negativa injustificada para a realização de uma cirurgia de emergência, é possível pedir indenização por danos morais.

Os tribunais brasileiros entendem que esse tipo de recusa causa sofrimento emocional e coloca o paciente em situação de aflição e insegurança, sendo suficiente para caracterizar o dano moral, sem necessidade de prova adicional do abalo.

Há precedentes judiciais que fixaram indenizações de valores variados, de acordo com a gravidade do caso, o tempo de espera e as consequências para o paciente.

Além da compensação financeira, as decisões também obrigam a realização imediata do procedimento.

Para aumentar as chances de êxito nesse tipo de pedido, é essencial guardar toda a documentação que comprove a recusa, os protocolos de atendimento, os laudos médicos e eventuais despesas decorrentes da demora.

Essa prova demonstra que a negativa não tinha justificativa e gerou prejuízos concretos e emocionais.

Como um advogado pode me ajudar com autorização de cirurgia de emergência?

Um advogado experiente pode atuar de forma estratégica para agilizar a autorização da cirurgia de emergência.

Ele começa analisando o caso e verificando a documentação disponível, como laudos médicos, exames, protocolos e negativas formais.

Com base nisso, elabora uma ação judicial com pedido de tutela de urgência, estruturando os argumentos jurídicos e destacando as provas que mostram a necessidade imediata do procedimento.

Uma vez que a liminar é concedida, o advogado acompanha o cumprimento da decisão, notificando o juiz se houver descumprimento e solicitando medidas como multas diárias.

Ele também conduz o processo até a decisão final, podendo incluir pedidos de indenização por danos morais e materiais.

Além disso, pode orientar sobre medidas administrativas, como reclamações à ANS ou negociações com a operadora, buscando soluções rápidas e eficazes.

Ter o apoio de um profissional qualificado aumenta significativamente a chance de conseguir a autorização no menor tempo possível e com segurança jurídica.

Um recado final para você!

Imagem representando um advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada em seu caso.

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Clique aqui!

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

5/5 - (1 voto)

Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

    Ver todos os posts
Olá, tudo bem?
Fale conosco no WhatsApp! Rápido e seguro.
Fale Conosco

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

POP UP BLOG GERAL ⤵

POP UP BLOG TRABALHISTA ⤵

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!