Contrato de experiência incorreto pode cortar seus direitos!
Um contrato de experiência mal feito pode tirar parte dos seus direitos. Descubra como se proteger e evitar prejuízos!
Se você foi contratado recentemente e está passando por um contrato de experiência, é importante entender como ele funciona e por que um simples erro pode afetar diretamente os seus direitos trabalhistas.
O contrato de experiência é um dos modelos mais usados pelas empresas, mas também um dos que mais geram problemas na Justiça do Trabalho.
Isso porque, na prática, muitas empresas cometem falhas graves na hora de redigir, registrar ou encerrar esse contrato, e isso pode resultar em perda de benefícios, dificuldades para acessar verbas rescisórias e até na necessidade de buscar indenizações.
Neste artigo, você vai entender tudo sobre o tema: o que é o contrato de experiência, como saber se ele está correto, quais erros podem comprometer seus direitos, o que fazer quando ele não é registrado e de que forma um advogado pode te ajudar.
A ideia é que você saia daqui seguro sobre o que pode ou não ser exigido, evitando prejuízos e garantindo o respeito à lei.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é um contrato de experiência?
- Como saber se meu contrato de experiência está correto?
- Como posso provar erros no meu contrato de experiência?
- Um contrato de experiência incorreto pode gerar indenização?
- O que acontece se o contrato de experiência não for registrado?
- Quais erros no contrato de experiência podem cortar meus direitos?
- Quais os meus direitos que podem ser cortados por erro no contrato de experiência?
- Um advogado pode me ajudar se meu contrato de experiência estiver errado?
- Um recado final para você!
- Autor
O que é um contrato de experiência?
O contrato de experiência é uma modalidade de contrato por prazo determinado prevista na CLT.
Ele funciona como um período de teste para que empresa e trabalhador avaliem se a relação de trabalho vai dar certo.
Durante esse tempo, você demonstra suas habilidades e verifica se está satisfeito com o ambiente, a função e a remuneração.
Esse contrato tem prazo máximo de 90 dias, com a possibilidade de uma única prorrogação.
Se a empresa ultrapassar esse limite ou fizer duas prorrogações, o contrato passa automaticamente a ser considerado por prazo indeterminado. Nesse caso, regras mais rígidas para rescisão se aplicam, como aviso prévio e multa sobre o FGTS.
Mesmo temporário, ele garante todos os direitos trabalhistas: registro em carteira, FGTS, férias proporcionais, 13º proporcional e benefícios previstos em acordo coletivo.
Se algum desses direitos for desrespeitado, o contrato pode ser considerado irregular.
Como saber se meu contrato de experiência está correto?
O primeiro passo é conferir se o contrato respeita os 90 dias máximos e se só houve uma prorrogação.
Qualquer período maior ou mais de uma extensão transforma automaticamente o vínculo em prazo indeterminado. Isso muda as regras da rescisão e pode gerar direitos adicionais.
Depois, verifique o registro na sua CTPS. Ele deve ser feito em até cinco dias úteis e precisa indicar claramente que se trata de um contrato de experiência.
Sem essa anotação, o acesso ao FGTS, seguro-desemprego e comprovação de tempo de serviço podem ser prejudicados.
Também observe se o contrato informa função, salário, jornada, benefícios e prazos de forma clara.
Cláusulas ambíguas, omissões e erros formais podem dar brechas para o empregador reduzir verbas ou negar direitos na rescisão.
Como posso provar erros no meu contrato de experiência?
Para comprovar erros, reúna todos os documentos relacionados ao vínculo.
O contrato assinado, a carteira de trabalho, os holerites e os extratos do FGTS são fundamentais para demonstrar divergências ou omissões.
Mensagens, e-mails e notificações internas também ajudam a reforçar sua versão, especialmente quando tratam de datas, prorrogações ou alterações no contrato.
Além disso, folhas de ponto podem servir para mostrar que você trabalhou além do prazo estabelecido ou em funções diferentes da registradas.
Caso faltem provas documentais, testemunhas podem confirmar situações não registradas.
E se a empresa se recusar a apresentar documentos, isso pode jogar a seu favor, já que a Justiça entende que ela tem mais facilidade para manter esses registros.
Um contrato de experiência incorreto pode gerar indenização?
Se o contrato for encerrado antes do prazo final sem justa causa, a empresa deve pagar indenização equivalente a 50% da remuneração do período restante, conforme o artigo 479 da CLT.
Além disso, você tem direito a saldo de salário, férias proporcionais, 13º proporcional, saque do FGTS e multa de 40%.
Quando é o trabalhador quem pede demissão antecipada, o cenário muda.
Você perde o direito ao saque do FGTS e à multa, e pode até ser obrigado a indenizar a empresa, caso haja previsão no contrato e comprovação de prejuízo.
Outro ponto importante: se a empresa fizer duas ou mais prorrogações ou ultrapassar o prazo máximo, o contrato pode ser convertido em prazo indeterminado.
Nesses casos, direitos adicionais entram em jogo, como aviso prévio e multas, aumentando o valor da rescisão.
O que acontece se o contrato de experiência não for registrado?
Se o contrato não for registrado na sua Carteira de Trabalho, a empresa comete uma infração grave. Isso prejudica o acesso a direitos como FGTS, seguro-desemprego, férias proporcionais e 13º salário.
Na Justiça, é possível pedir o reconhecimento do vínculo retroativo e exigir todos os valores devidos, inclusive depósitos do FGTS que não foram feitos.
O empregador ainda pode ser multado em até R$ 3.000 por funcionário não registrado, ou R$ 800 no caso de microempresas.
Além disso, sem registro, se houver prorrogações ou continuidade do trabalho, o contrato pode ser considerado por prazo indeterminado.
Isso amplia seus direitos em caso de demissão e pode gerar um passivo maior para a empresa.
Quais erros no contrato de experiência podem cortar meus direitos?
Um dos erros mais comuns é o excesso de prazo.
Quando o contrato ultrapassa 90 dias ou é prorrogado mais de uma vez, a empresa pode tentar negar benefícios, mas a lei garante a conversão para prazo indeterminado e a aplicação de todas as verbas correspondentes.
Outro problema frequente é a falta de registro ou registros incorretos. Sem a anotação correta, você pode enfrentar dificuldades para sacar o FGTS, comprovar tempo de serviço e garantir férias proporcionais ou 13º salário.
Por fim, contratos com cláusulas confusas ou informações incompletas podem abrir margem para erros no cálculo de verbas.
Isso inclui férias, adicionais e até indenizações. Em todos esses casos, é possível buscar correção judicial e garantir o que é seu por direito.
Quais os meus direitos que podem ser cortados por erro no contrato de experiência?
Erros no contrato não eliminam seus direitos, mas podem atrasar ou dificultar o acesso a eles.
Entre os mais afetados estão o FGTS, o 13º proporcional, as férias proporcionais e a indenização de 50% em casos de rescisão antecipada.
Além disso, empresas podem tentar aplicar justa causa indevida para evitar pagar benefícios. Isso só é válido se houver provas claras de conduta grave.
Caso contrário, pode ser revertido na Justiça, com direito ao recebimento integral das verbas.
Por isso, acompanhar registros, extratos e cálculos é essencial. Guardar todos os documentos ajuda a proteger seus direitos e agiliza qualquer cobrança futura.
Um advogado pode me ajudar se meu contrato de experiência estiver errado?
Se você suspeita que há erros no seu contrato de experiência, um advogado trabalhista pode analisar a situação e indicar o caminho mais seguro.
Ele avalia documentos, registros e cálculos para identificar falhas e estimar valores devidos.
Em muitos casos, é possível negociar diretamente com a empresa, evitando processos longos e custosos.
Quando não há acordo, o advogado pode entrar com uma reclamação trabalhista para exigir depósitos atrasados, verbas rescisórias e indenizações.
Além disso, contar com orientação profissional antes de assinar um contrato pode evitar problemas futuros.
Um advogado garante que os termos estejam corretos e que todos os seus direitos sejam respeitados desde o início.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista.
O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura. Saiba como garantir o melhor apoio para suas decisões.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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