Empresa fechou: quais os direitos do trabalhador?

A empresa fechou e agora você está perdido? Entenda seus direitos e como garantir o que é seu, mesmo diante dessa situação difícil.

imagem representando que a empresa fechou

Empresa fechou: quais os direitos do trabalhador?

Quando uma empresa fecha as portas, quem mais sente o impacto, além dos donos, são os trabalhadores. O susto, a insegurança e a dúvida sobre o futuro são sentimentos comuns nesse momento.

Afinal, o que acontece com os direitos de quem estava empregado ali? Será que o trabalhador perde tudo? Tem como garantir o que é devido por lei?

A resposta é sim, e é justamente aí que a informação faz toda a diferença. Conhecer seus direitos é o primeiro passo para não sair prejudicado.

Muita gente, por não saber como funciona esse processo, acaba deixando valores para trás, abrindo mão de verbas que poderiam ajudar na transição para um novo emprego ou até mesmo na própria sobrevivência.

Neste artigo, você vai entender, de forma simples e clara, quais são os seus direitos quando a empresa fecha, como exigir o que é devido e o que fazer se a empresa simplesmente desapareceu ou não tem condições de pagar.

Se você está passando por isso, ou conhece alguém nessa situação, continue a leitura: ela pode evitar grandes prejuízos e garantir a segurança que você precisa neste momento tão delicado.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: clique aqui!

A empresa fechou, quais os direitos do trabalhador?

Se a empresa fechou de forma repentina ou até mesmo planejada, você, como trabalhador, não fica desamparado.

A lei brasileira garante uma série de direitos justamente para proteger quem se dedicou àquele emprego e agora está diante de um momento tão difícil.

E é normal que você esteja se sentindo perdido, com medo de não receber nada ou de não saber a quem recorrer. Mas respira fundo, porque há caminhos para garantir o que é seu por direito.

Primeiro, é importante saber que, mesmo com o encerramento das atividades, a empresa continua tendo obrigações com os seus funcionários.

Se ela fechou de forma legal, com baixa na Junta Comercial e encerramento no CNPJ, os empregados devem ser formalmente demitidos e receber todas as verbas rescisórias. Isso inclui:

Agora, se a empresa simplesmente sumiu ou parou de funcionar sem aviso, sem comunicar formalmente os empregados, a situação muda um pouco, mas os seus direitos permanecem.

Nesse caso, é possível pedir a chamada rescisão indireta, um tipo de “demissão por justa causa do empregador”, e entrar com uma ação na Justiça do Trabalho para cobrar tudo que você teria direito se fosse dispensado corretamente.

E sim, dá para fazer isso mesmo que o CNPJ tenha sido encerrado. A Justiça pode responsabilizar os sócios com o patrimônio pessoal deles, caso a empresa não tenha mais bens.

É nessa hora que ter apoio jurídico faz toda a diferença. Um advogado especializado vai analisar a situação concreta, calcular corretamente as verbas, te orientar sobre como reunir provas (como conversas, holerites e contratos) e, se necessário, representar você na Justiça para garantir cada centavo que a empresa deixou de pagar.

A empresa fechou e não fui demitido, o que devo fazer?

Se a empresa fechou e você não foi formalmente demitido, o primeiro passo é procurar um advogado trabalhista para entrar com um pedido de rescisão indireta na Justiça do Trabalho.

Essa ação vai encerrar o vínculo e permitir que você receba todos os seus direitos, como se tivesse sido dispensado sem justa causa.

Enquanto isso, você deve:

  1. Reunir provas de que a empresa fechou (fotos do local, mensagens, notícias, prints de redes sociais, etc.);
  2. Guardar documentos como contracheques, contrato de trabalho, anotações na carteira e extratos do FGTS;
  3. Verificar se a empresa deu baixa no CNPJ (isso pode ser feito no site da Receita Federal);
  4. Evitar pedir demissão, pois isso pode te fazer perder direitos como aviso-prévio e multa do FGTS.

Agir rápido é essencial para não ficar com o vínculo “pendurado” e poder buscar um novo emprego ou solicitar o seguro-desemprego, caso tenha direito.

Quanto mais o tempo passa, mais difícil pode ser comprovar a situação — e você acaba ficando de mãos atadas, sem renda, sem direitos liberados e com o CPF vinculado a um emprego que, na prática, não existe mais.

Seu tempo e esforço merecem reconhecimento. Não deixe a omissão da empresa apagar os seus direitos.

O que fazer se a empresa fechou e não pagou o que devia?

medidas a tomar se a empresa fechou e não pagou o que devia

O que fazer se a empresa fechou e não pagou o que devia?

Se a empresa fechou e não pagou o que devia, você tem o direito de cobrar judicialmente todos os valores que ficaram em aberto, mesmo que ela tenha encerrado as atividades.

Isso vale para salários atrasados, férias, 13º, FGTS, horas extras e qualquer outra verba que não tenha sido quitada.

O que você deve fazer nesse caso é:

1. Reunir toda a documentação:

Tudo aquilo que comprove o vínculo de trabalho e o que está pendente: holerites, carteira assinada, comprovantes de depósito (ou a ausência deles), prints de conversas e qualquer outro registro que demonstre que você trabalhou e não recebeu.

2. Verificar se a empresa foi oficialmente encerrada ou se apenas abandonou as atividades.

Se ela tiver dado baixa no CNPJ, ainda assim é possível cobrar os sócios, já que eles podem ser responsabilizados com o próprio patrimônio pessoal para pagar o que a empresa deve aos trabalhadores.

3. Procurar um advogado trabalhista o quanto antes.

Ele poderá entrar com uma ação judicial para cobrar todas as verbas devidas, pedir a rescisão indireta (se a empresa não tiver feito a demissão corretamente) e até solicitar bloqueio de bens dos sócios para garantir o pagamento.

Se a empresa estiver em processo de falência, é importante habilitar o crédito trabalhista na Justiça, porque os débitos trabalhistas têm prioridade no processo de pagamento.

Você não está pedindo favor. Está exigindo o que é seu por direito. O fechamento da empresa não pode ser desculpa para deixar o trabalhador sem nenhum amparo.

Precisava de documentos, mas a empresa fechou. E agora?

Se você trabalhou em condições insalubres ou perigosas, mas a empresa onde atuou fechou e não forneceu os documentos necessários, como o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) ou os laudos técnicos, ainda assim é possível buscar a aposentadoria especial.

Essa situação é mais comum do que parece — e, com a orientação certa, você não está desamparado.

O fechamento da empresa não impede que você comprove o tempo especial de serviço.

A Justiça entende que o trabalhador não pode ser prejudicado por uma obrigação que cabia à empresa e que não foi cumprida.

Para isso, o caminho geralmente é apresentar provas alternativas, como:

Essa reconstrução de provas costuma ser feita em processos judiciais, e é aí que a atuação de um advogado previdenciarista faz toda a diferença.

Ele vai saber qual estratégia adotar, quais documentos buscar, como pedir a perícia e como convencer o juiz da veracidade da sua exposição ao risco.

Não desista do seu direito só porque a empresa fechou. Com apoio técnico e jurídico, é possível vencer esse obstáculo e conquistar a aposentadoria especial que você merece.

Afinal, se houve esforço e risco à saúde, deve haver reconhecimento e proteção.

Tenho direito ao seguro-desemprego se a empresa fechou?

Sim, o trabalhador tem direito ao seguro-desemprego mesmo que a empresa tenha fechado, desde que a demissão tenha ocorrido sem justa causa e ele cumpra os demais requisitos exigidos por lei.

Isso significa que o encerramento das atividades da empresa não retira do empregado o direito ao benefício, que existe justamente para proteger quem perde o emprego por motivos alheios à sua vontade.

Para garantir o seguro, é necessário ter trabalhado com carteira assinada por um período mínimo (que varia conforme a quantidade de vezes que o benefício já foi solicitado), estar desempregado no momento do pedido, não possuir renda suficiente para o próprio sustento e não estar recebendo outro benefício do INSS, salvo exceções.

A solicitação pode ser feita de forma digital, pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital ou pelo portal Gov.br. 

Em casos de dúvida, recusa do pedido ou dificuldades com documentação, o apoio de um advogado pode ajudar a proteger seus direitos e agilizar o acesso ao benefício.

Preciso de advogado para meus direitos se a empresa fechou?

Você não é obrigado a contratar um advogado, mas contar com um profissional pode fazer toda a diferença se a empresa fechou e seus direitos não foram respeitados.

Isso porque, em muitos casos de encerramento de empresa, os empregados ficam sem receber verbas rescisórias, como saldo de salário, férias, 13º, FGTS e até mesmo o acesso ao seguro-desemprego pode ser dificultado por falta de documentos ou registros adequados.

Um advogado pode te orientar sobre quais valores você tem direito a receber, como garantir o saque do FGTS com a multa de 40%, dar entrada no seguro-desemprego mesmo sem a documentação completa, além de representar você na Justiça do Trabalho se for preciso entrar com uma ação.

E mais: ele também pode investigar se a empresa encerrou irregularmente, sem cumprir as obrigações com os funcionários, o que pode resultar em responsabilização dos sócios.

Quando a empresa fecha as portas, a sensação de abandono é grande, e os trabalhadores muitas vezes ficam perdidos.

Por isso, buscar ajuda jurídica não é exagero, é proteção. É o primeiro passo para garantir que o esforço de anos de trabalho não seja ignorado ou esquecido.

Um recado final para você!

Imagem representando um advogado.

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada em seu caso.

Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. Clique aqui!

O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário

5/5 - (1 voto)

Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

    Ver todos os posts
Olá, tudo bem?
Fale conosco no WhatsApp! Rápido e seguro.
Fale Conosco

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

POP UP BLOG GERAL ⤵

POP UP BLOG TRABALHISTA ⤵

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!

VLV Advogados

Online

Olá! Estou aqui para ajudar. Por favor, informe seu WhatsApp, sua profissão e compartilhe um pouco sobre sua situação para que possamos começar a ajudá-lo imediatamente!