Fibromialgia é reconhecida como deficiência!
Fibromialgia é agora considerada deficiência por lei: entenda os impactos e seus direitos previdenciários!
Imagine conviver com dores constantes, fadiga intensa, sensibilidade ao toque e dificuldades para realizar tarefas simples do dia a dia.
Essa é a realidade silenciosa de muitos brasileiros que vivem com fibromialgia. Por muito tempo, essas pessoas enfrentaram descaso e preconceito por não reconhecimento da doença.
No entanto, isso começou a mudar! A fibromialgia tem sido debate constante entre médicos e legisladores, uma vez que pode afetar a atividade laboral do indivíduo.
Felizmente, a fibromialgia foi oficialmente reconhecida como uma forma de deficiência pelo governo brasileiro!
Por sua vez, isso garante a seus portadores a possibilidade de acessar direitos antes negados, como prioridade em serviços, cotas e até benefícios assistenciais, como BPC LOAS.
Com a Lei 15.176/2025, sancionada em julho e válida a partir de janeiro de 2026, pacientes com fibromialgia passam a ser reconhecidos oficialmente como pessoas com deficiência (PcD).
Esta mudança abre portas para benefícios importantes, como acesso a cotas em concursos, isenção de IPI na compra de veículo e atendimento prioritário.
Neste artigo, vamos te mostrar o que esse novo status significa na prática, quais direitos você pode ter e como agir para garantir o que é seu por lei.
Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: Clique aqui!
Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
- O que é a fibromialgia?
- O que mudou com a nova lei sobre fibromialgia?
- Qual a importância da fibromialgia ser deficiência?
- Quais direitos a pessoa com fibromialgia passa a ter?
- Como é feita a avaliação para reconhecer a deficiência?
- Como provar que a fibromialgia causa limitações à pessoa?
- Um recado final para você!
- Autor
O que é a fibromialgia?
A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada por
- dores musculares generalizadas,
- sensibilidade excessiva em diversas partes do corpo,
- fadiga intensa,
- distúrbios do sono
- e dificuldades de concentração.
Embora não cause inflamação ou deformidade nas articulações, como outras doenças reumatológicas, seus sintomas são persistentes e afetam diretamente a qualidade de vida dos pacientes.
De causa ainda não totalmente compreendida, a fibromialgia costuma estar associada a alterações no sistema nervoso central, que amplificam a percepção da dor.
Estresse, traumas físicos ou emocionais e predisposição genética estão entre os fatores que podem contribuir para o seu desenvolvimento.
Apesar de não ter cura, a fibromialgia pode ser controlada com acompanhamento médico, tratamentos multidisciplinares e adaptações na rotina.
O grande desafio, no entanto, sempre foi o reconhecimento dessa condição — tanto pela sociedade quanto pelas instituições.
Esse cenário começou a mudar recentemente, com o avanço de políticas públicas que passaram a considerar a fibromialgia como uma forma de deficiência, abrindo caminho para o acesso a direitos.
O que mudou com a nova lei sobre fibromialgia?
Com a nova lei sancionada em julho de 2025, a fibromialgia passou a ser oficialmente reconhecida como uma deficiência em todo o território brasileiro.
Isso, por sua vez, marca um avanço significativo na proteção dos direitos de milhares de pessoas que convivem com essa condição.
A partir de 1º de janeiro de 2026, pacientes diagnosticados com fibromialgia poderão ter acesso a uma série de benefícios antes restritos a pessoas com deficiência, como
- atendimento prioritário,
- isenção de impostos na compra de veículos,
- possibilidade de ingresso por cotas em concursos públicos,
- chance de solicitar o BPC/LOAS,
- auxílio-doença ou até aposentadoria por incapacidade, desde que comprovada a limitação funcional.
Essa mudança representa um passo importante no reconhecimento da dor invisível e das dificuldades enfrentadas por quem vive com a síndrome, oferecendo respaldo legal, dignidade e mais acesso a políticas públicas de inclusão.
Qual a importância da fibromialgia ser deficiência?
O reconhecimento da fibromialgia como deficiência tem uma importância profunda tanto do ponto de vista jurídico quanto social.
Na prática, isso significa que o Estado passa a enxergar oficialmente os impactos reais dessa condição na vida das pessoas.
Ou seja, as dores crônicas, fadiga extrema, distúrbios de sono, dificuldades cognitivas e limitações funcionais impedem o paciente de trabalhar, estudar ou realizar tarefas simples do dia a dia.
Com esse novo status legal, portadores de fibromialgia passam a ter acesso a direitos e garantias previstos na Lei Brasileira de Inclusão!
Agora, caso você tenha diagnóstico, você pode ter acesso a benefícios merecidos como o atendimento prioritário, participação em cotas em concursos públicos, isenção de impostos e afins.
Além disso, o reconhecimento ajuda a combater o preconceito e a invisibilidade que esses pacientes enfrentam há anos, dando a eles mais respaldo para reivindicar seus direitos e buscando garantir dignidade, respeito e inclusão.
Mais do que uma mudança na lei, essa conquista representa um reconhecimento simbólico e concreto de que a dor invisível também é real — e merece ser protegida.
Quais direitos a pessoa com fibromialgia passa a ter?
Com o reconhecimento da fibromialgia como deficiência a partir da Lei nº 15.176/2025, as pessoas diagnosticadas passam a ter acesso a uma série de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, desde que atendam aos critérios exigidos.
Abaixo, listamos os principais:
1. Atendimento prioritário
Pessoas com fibromialgia terão direito a prioridade em filas, atendimento preferencial em órgãos públicos, hospitais, bancos e estabelecimentos privados, como supermercados e farmácias.
2. Acesso a cotas em concursos públicos
A condição permite concorrer como Pessoa com Deficiência (PcD) em concursos públicos, processos seletivos e vagas reservadas pela Lei de Inclusão.
3. Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS)
Se a pessoa com fibromialgia não tiver meios de prover a própria renda e comprovar baixa renda familiar, pode solicitar o BPC/LOAS, que garante um salário mínimo mensal.
É necessário laudo médico e avaliação social.
4. Aposentadoria por invalidez e auxílio por incapacidade
Se a doença impossibilitar o trabalho, o paciente pode ter direito ao auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) ou à aposentadoria por incapacidade permanente.
O INSS exige comprovação da limitação funcional e análise pericial.
5. Isenção de impostos na compra de veículos
Com a nova lei, quem tem fibromialgia pode ter direito à isenção de IPI, IOF, ICMS e IPVA na compra de veículos adaptados, desde que comprovada a necessidade.
Essa medida visa garantir mobilidade e autonomia.
6. Direito ao passe livre ou transporte adaptado
Alguns estados e municípios concedem passe livre no transporte público ou acesso a veículos adaptados, mediante laudo médico que comprove a limitação de locomoção.
7. Acesso a reabilitação e acompanhamento pelo SUS
O paciente com fibromialgia tem direito ao acesso a tratamentos multidisciplinares gratuitos, como fisioterapia, psicologia, reumatologia e medicação pelo SUS.
8. Adaptação no ambiente de trabalho e estabilidade
Trabalhadores com fibromialgia reconhecida como deficiência podem solicitar adaptações no ambiente laboral, como mudanças de função ou carga horária.
Além disso, ao retornar de afastamentos por doença, podem ter direito à estabilidade no emprego.
O acesso a alguns desses direitos depende de laudo médico detalhado, comprovação da limitação funcional e, em alguns casos, avaliação social e pericial.
A atuação de um advogado pode ser fundamental para orientar o processo e garantir que o paciente receba tudo o que tem direito.
Como é feita a avaliação para reconhecer a deficiência?
A avaliação para reconhecer a fibromialgia como deficiência é realizada por uma equipe multiprofissional e interdisciplinar, composta por médicos, assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais capacitados.
O objetivo é analisar não apenas o diagnóstico clínico, mas principalmente o grau de limitação funcional e social que a doença impõe à pessoa.
São considerados fatores como a intensidade da dor, os impactos na mobilidade, na capacidade de trabalho, na realização de tarefas diárias e na participação plena na sociedade.
Essa análise segue os critérios estabelecidos pela Lei Brasileira de Inclusão e, em geral, é exigida para acessar benefícios como o BPC/LOAS, cotas em concursos públicos e outros direitos reservados às pessoas com deficiência.
A documentação médica, laudos atualizados e relatos sobre as limitações enfrentadas são fundamentais nesse processo, e contar com orientação jurídica pode ser essencial para garantir que a avaliação seja justa e completa.
Como provar que a fibromialgia causa limitações à pessoa?
Para provar que a fibromialgia causa limitações à pessoa, é essencial reunir documentos médicos detalhados e provas que demonstrem o impacto real da doença na vida cotidiana.
O primeiro passo é obter um laudo médico atualizado, emitido por especialista (geralmente reumatologista ou neurologista), que descreva de forma clara o diagnóstico, os sintomas, a frequência e a intensidade das dores, além das consequências funcionais, como dificuldades para trabalhar, caminhar, dormir, realizar tarefas domésticas ou manter o foco.
Além do laudo, outros documentos fortalecem a prova da limitação, como relatórios de psicólogos e fisioterapeutas, exames que descartam outras doenças, receituários contínuos, comprovantes de tratamentos (como sessões de fisioterapia ou consultas frequentes) e até atestados de afastamentos do trabalho.
Relatos pessoais por escrito, descrevendo como a fibromialgia interfere na rotina, também podem ser úteis, especialmente em avaliações sociais.
Esse conjunto de informações será analisado por uma equipe multiprofissional durante a perícia ou avaliação social, seja no INSS ou em processos judiciais.
Por isso, quanto mais completo e bem fundamentado estiver o material, maiores são as chances de reconhecimento da condição como deficiência.
Contar com a ajuda de um advogado pode fazer toda a diferença para organizar essa documentação e garantir que seus direitos sejam reconhecidos.
Um recado final para você!
Sabemos que o tema pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.
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O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia.
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