Indenização por traição: Infidelidade pode gerar indenização?

Você sabia que a infidelidade pode gerar indenização? Descubra quando é possível solicitar indenização por traição, os direitos de quem é traído e as principais decisões judiciais sobre o tema.

Indenização por traição: Infidelidade pode gerar indenização?

Indenização por traição: Infidelidade pode gerar indenização?

A infidelidade conjugal é um tema delicado e muito comum em processos de separação e divórcio.

Quando ocorre uma traição, além da dor emocional, surge a questão jurídica: é possível pedir indenização por traição?

Essa dúvida é frequente entre casais em processo de divórcio, especialmente quando a traição se torna pública ou envolve outros danos, como a exposição em redes sociais ou situações constrangedoras.

Neste artigo, vamos esclarecer as principais dúvidas sobre a indenização por traição e os direitos de quem é traído, com base na legislação brasileira e nas decisões judiciais mais recentes.

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Quem é traído tem direito a indenização?

Sim, é possível que a pessoa traída busque a indenização por traição em determinados casos.

No Brasil, a traição por si só não gera automaticamente o direito à indenização, mas pode haver circunstâncias que configurem o dano moral, como a exposição pública do fato, o constrangimento perante amigos e familiares, ou até mesmo quando a traição resulta em humilhação social.

Um exemplo disso é quando a infidelidade é exposta em redes sociais por terceiros ou pelo próprio cônjuge traidor.

Nesse caso, pode-se caracterizar um dano moral passível de indenização, conforme decisões judiciais recentes em casos analisados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Quando cabe indenização por traição?

A indenização por traição é cabível quando a infidelidade gera consequências que extrapolam a esfera íntima e pessoal, atingindo a honra e a dignidade da pessoa traída.

Casos onde o traído é humilhado publicamente ou a traição é amplamente divulgada são os principais exemplos.

Assim, para que haja indenização, é necessário que a traição tenha causado algum tipo de dano psicológico, moral ou social.

Casos de traição que ocorrem discretamente, sem envolvimento de terceiros ou exposição pública, geralmente não resultam em indenizações, pois a justiça entende que o vínculo conjugal pode ser rompido sem necessariamente gerar compensação financeira.

Quais os direitos de quem é traído?

Quem é traído tem o direito de solicitar a separação ou o divórcio, com base na violação da fidelidade, um dos deveres estabelecidos pelo Código Civil brasileiro:

Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:

I – fidelidade recíproca;

II – vida em comum, no domicílio conjugal;

III – mútua assistência;

IV – sustento, guarda e educação dos filhos;

V – respeito e consideração mútuos.

Além disso, em situações específicas, a pessoa traída pode pedir a indenização por traição, desde que prove que sofreu danos emocionais ou sociais como resultado da infidelidade.

É importante destacar que a traição pode influenciar a decisão sobre pensão alimentícia e divisão de bens, dependendo das circunstâncias.

Por exemplo, se a traição for exposta de forma humilhante ou causar danos à imagem do traído, isso pode ser levado em consideração no julgamento.

Qual o valor da multa por traição?

A legislação brasileira não prevê uma multa específica para casos de traição. No entanto, a indenização por traição, quando aplicável, é calculada com base nos danos causados à pessoa traída.

O valor da indenização pode variar de acordo com o grau de exposição, o sofrimento causado e a situação financeira das partes envolvidas.

Em média, os valores podem variar de alguns milhares de reais a valores mais altos, dependendo do caso, pois cada situação é única e o juiz avaliará o contexto de cada caso para determinar o valor.

É possível processar alguém por traição?

Sim, é possível processar o cônjuge traidor por traição, mas o simples fato de trair não é suficiente para obter uma condenação.

A pessoa traída deve provar que a infidelidade resultou em algum tipo de dano moral, como humilhação ou exposição pública.

Casos em que a traição ocorre de forma discreta e sem grandes consequências externas dificilmente resultam em sucesso na justiça.

Além disso, é importante lembrar que o processo judicial pode ser desgastante para ambas as partes e nem sempre a melhor solução para resolver o conflito.

Muitos casos podem ser resolvidos de forma amigável por meio de mediação ou acordos extrajudiciais.

O que serve como prova de traição?

Para que o pedido de indenização por traição seja aceito judicialmente, é necessário que o traído apresente provas concretas. Essas provas podem incluir:

A coleta de provas deve ser feita de forma lícita, ou seja, sem invadir a privacidade do cônjuge traidor ou violar a lei.

Provas obtidas de forma ilegal podem ser desconsideradas pelo juiz e, em alguns casos, resultar em penalidades para quem as obteve.

Quem trai perde os direitos na divisão de bens?

A traição, por si só, não faz com que o cônjuge traidor perca seus direitos na divisão de bens. No Brasil, o regime de bens adotado no casamento ou na união estável é o principal fator que define como o patrimônio será dividido.

Mesmo que a infidelidade seja comprovada, o cônjuge traidor tem direito à sua parte dos bens, conforme o regime adotado (comunhão parcial, comunhão universal ou separação de bens).

No entanto, a traição pode influenciar outras questões, como a fixação de pensão alimentícia ou indenizações por danos morais, quando aplicável.

Ou seja, o traidor não perde seus direitos patrimoniais, mas pode ser condenado a pagar indenização se causar danos ao cônjuge traído.

Quais cláusulas podem ser inseridas no pacto antenupcial em caso de traição?

No pacto antenupcial, é possível incluir cláusulas específicas relacionadas à infidelidade, que podem estabelecer consequências financeiras ou outras penalidades em caso de traição.

Essas cláusulas visam regular de maneira contratual as obrigações de fidelidade entre os cônjuges, além de prever sanções para quem violar o acordo.

Confira abaixo exemplos de cláusulas que podem ser inseridas:

Multa por traição

Uma das cláusulas mais comuns é a previsão de uma multa financeira em caso de infidelidade comprovada.

Os valores podem variar, mas alguns pactos estipulam multas que podem chegar a R$180 mil, como no caso de uma decisão recente que ganhou destaque na mídia.

Nesse episódio, uma juíza autorizou a inserção de uma cláusula no pacto antenupcial que previa uma multa de R$180 mil para o cônjuge que cometesse infidelidade.

Esse tipo de cláusula é conhecido como “cláusula penal por traição” e, embora não seja uma prática comum, vem ganhando espaço nos contratos matrimoniais.

No caso específico, o casal decidiu inserir essa cláusula no pacto antenupcial como uma forma de proteger os direitos e sentimentos de ambos, além de estabelecer uma consequência financeira em caso de quebra do dever de fidelidade.

O valor foi estipulado pelas partes, e a justiça entendeu que essa previsão era válida, desde que respeitasse os princípios da boa-fé e da autonomia contratual.

Perda de bens

O pacto pode prever que o cônjuge infiel perca parte dos bens que lhe caberiam na divisão do patrimônio conjugal, caso a traição seja comprovada. Isso é uma forma de penalizar financeiramente a infidelidade.

Indenização por danos morais

Outra cláusula pode prever a compensação financeira por danos morais causados pela traição, com valores pré-estabelecidos.

Esse tipo de indenização busca reparar o sofrimento emocional e psicológico causado pela quebra do dever de fidelidade.

Alteração de regime de bens

O pacto antenupcial pode prever que, em caso de infidelidade, o regime de bens seja alterado automaticamente.

Por exemplo, pode-se estabelecer que o regime de comunhão parcial de bens se torne separação total de bens após a traição.

Guarda e visitação de filhos

Embora não diretamente relacionado à traição, alguns pactos incluem cláusulas que tratam da guarda e visitação de filhos, prevendo condições mais rigorosas para o cônjuge infiel.

Custos advocatícios e despesas legais

O pacto pode também prever que o cônjuge infiel seja responsável por arcar com todos os custos de um eventual processo de separação ou divórcio, incluindo honorários advocatícios e despesas legais.

Essas cláusulas têm como objetivo proteger a parte prejudicada e oferecer uma compensação imediata em caso de infidelidade, estabelecendo penalidades claras no contrato.

Conclusão

A indenização por traição é uma questão complexa que depende das circunstâncias de cada caso.

Embora a traição por si só não garanta automaticamente o direito a indenização, existem situações em que o traído pode buscar compensação financeira por danos morais, especialmente quando há exposição pública ou humilhação.

É importante contar com o apoio de um advogado especializado para orientar sobre os direitos e as provas necessárias em cada situação.

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Artigo escrito por especialistas do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia | Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário.

 

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Autor

  • joao valenca

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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