Internação Provisória: A Prisão Preventiva Para Adolescentes
Entenda tudo sobre internação provisória: suas bases legais, procedimentos e implicações. Este guia essencial fornece as informações necessárias para compreender e utilizar a internação provisória de maneira eficaz e legalmente sólida.
Geralmente, quando pensamos em punições para crimes e delitos, pensamos nas consequências que a legislação prevê para os maiores de 18 anos.
Mas, e quando essa infração penal é efetuada por um menor? Quais as consequências e penalidades para um adolescente que pratica um crime?
É exatamente sobre isso que tratamos neste artigo. É importante termos ciência de que a legislação brasileira também dispõe sobre as medidas cautelares que podem ser aplicadas a menores infratores
Segundo o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e das Medidas Socioeducativas do Conselho Nacional de Justiça (DMF/CNJ), há mais de 22 mil menores internados nas 461 unidades socioeducativas do Brasil.
Assim, a internação provisória emerge como um tema de grande relevância, trazendo consigo uma série de nuances legais e sociais que merecem ser exploradas.
Neste texto, adentramos nos meandros desse instituto jurÃdico, abordando sua definição, legislação aplicável, prazos, tipos previstos em lei, funcionamento no contexto de menores e os direitos dos pacientes durante o perÃodo de internação.
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Desse modo, pensando em te ajudar, preparamos este artigo no qual você aprenderá:
O que é Internação Provisória?
A internação provisória é uma medida cautelar de natureza temporária adotada pelo Estado em diferentes contextos, como o sistema penal e a proteção de menores em situação de risco.
Ou seja, em outras palavras, a internação provisória é como se fosse a prisão preventiva aplicada a menores infratores. Assim, essa medida visa garantir a ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal.
A internação provisória encontra respaldo no Código de Processo Penal (CPP) brasileiro, que estabelece as condições e os procedimentos para sua aplicação. O código afirma:
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:Â
VII – internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluÃrem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;          Â
Além disso, a internação também tem como intuito a proteção desses menores, garantindo sua segurança pessoal e bem-estar, conforme previsão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Esse estatuto afirma que:
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princÃpios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
Qual o Prazo Máximo Para Internação Provisória?
O prazo da internação provisória pode variar. Esse prazo depende do objetivo da internação e do ato infracional em si.
No âmbito da proteção da infância e adolescência, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) regulamenta a internação de menores, estabelecendo princÃpios e diretrizes especÃficas para sua efetivação.
O ECA afirma, em seu artigo 108, que a internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias.
Além disso, para que essa medida seja válida, é necessário que essa decisão seja fundamentada e baseada em indÃcios suficientes de autoria e materialidade.
Já no âmbito criminal, a internação provisória tem um prazo máximo de 90 dias, conforme estabelecido pelo Código de Processo Penal brasileiro.
Esse perÃodo pode ser prorrogado em casos excepcionais, desde que devidamente fundamentado e autorizado pelo Poder Judiciário.
O ECa afirma que, em nenhuma hipótese, a internação pode ultrapassar 3 anos.
Como Funciona a Internação de Menor?
A internação de menores, regulamentada pelo ECA, busca promover a proteção integral desses jovens, garantindo-lhes direitos fundamentais como saúde, educação, convivência familiar e comunitária, lazer e profissionalização.
Durante o perÃodo de internação, os menores são submetidos a um processo socioeducativo que visa sua ressocialização e reintegração na sociedade.
O Estatuto da Criança e do Adolescente afirma que:
 Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I – tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II – por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III – por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
No artigo 124, o ECA estabelece todos os direitos do menor internado, que vão desde ter um representante do Ministério Público até ter acesso a meios de comunicação social.
Direitos dos Adolescentes durante a Internação
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece diversos direitos para os menores em internação provisória, garantindo que sejam respeitados seus direitos fundamentais, mesmo diante da restrição de liberdade. Alguns desses direitos incluem:
- Direito à dignidade e ao respeito: O adolescente tem direito a ser tratado com dignidade e respeito, sem qualquer forma de discriminação ou violência.
- Direito à integridade fÃsica e psicológica: É garantido ao adolescente o direito de não ser submetido a qualquer forma de violência fÃsica ou psicológica durante o perÃodo de internação.
- Direito à assistência educacional: O adolescente em internação provisória tem direito à continuidade de sua escolarização, sendo assegurado o acesso à educação, conforme previsto no ECA.
- Direito à saúde: Deve ser garantido ao adolescente o acesso a serviços de saúde adequados, incluindo assistência médica e psicológica, quando necessário.
- Direito à comunicação e informação: O adolescente tem direito a manter contato com sua famÃlia e advogado, além de receber informações sobre o motivo de sua internação e seus direitos durante o perÃodo de restrição de liberdade.
- Direito à convivência familiar e comunitária: O ECA preconiza que a internação provisória deve ser utilizada como medida excepcional e temporária, visando sempre a reintegração do adolescente à sua famÃlia e comunidade o mais breve possÃvel.
- Direito à assistência jurÃdica: O adolescente tem direito a assistência jurÃdica gratuita e qualificada durante todo o processo, garantindo seu acesso à justiça e seus direitos legais.
Assim, esse são alguns dos principais direitos estabelecidos pelo ECA para os menores que estão na internação provisória.
Esses direitos visam proteger e garantir o bem-estar dos adolescentes, mesmo em situações de restrição de liberdade.
Ao compreender seus fundamentos legais e sociais, é possÃvel promover uma aplicação mais justa e eficaz dessa medida, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, segura e inclusiva para todos os cidadãos.
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Artigo escrito por especialistas do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia | Direito Civil | Direito de FamÃlia | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista