Já ouviu falar em Anna Delvey? Conheça a golpista que inspirou a série Inventando Anna e entenda como o estelionato afeta vítimas e instituições.

Descubra a verdade por trás da série e os impactos reais do estelionato!

Você já parou para pensar como alguém poderia enganar pessoas, bancos e até grandes instituições sem levantar suspeitas? É exatamente isso que a série da Netflix, “Inventando Anna”, retrata.

Baseada na história real de Anna Sorokin, também conhecida como Anna Delvey, a produção revela como uma jovem se infiltrou na elite de Nova York usando mentiras e manipulações para viver uma vida de luxo financiada por outras pessoas.

Embora seja uma série cheia de glamour e intrigas, ela traz à tona um tema sério e relevante: o estelionato. Esse tipo de crime, que envolve enganar alguém para obter vantagens ilícitas, é mais comum do que se imagina e pode ter consequências devastadoras para as vítimas.

Neste artigo, vamos explorar a história real de Anna Sorokin, o que a série acerta e dramatiza, e como o crime de estelionato funciona na prática, de acordo com a legislação brasileira.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoejf7

O que acontece na série Inventando Anna?

A série “Inventando Anna” apresenta a história de uma jovem que finge ser uma herdeira alemã milionária e conquista a confiança da alta sociedade nova-iorquina.

Usando um falso sotaque, roupas de grife e muito charme, Anna Delvey se torna frequentadora dos lugares mais exclusivos, obtendo hospedagens luxuosas, empréstimos bancários e financiamentos para um suposto projeto de clube de artes chamado “Fundação Anna Delvey”.

A narrativa é conduzida pela perspectiva de uma jornalista, Vivian Kent, que tenta desvendar os mistérios por trás de Anna enquanto acompanha seu julgamento.

A série mistura momentos dramáticos, intrigantes e até cômicos para mostrar como Anna enganou tantas pessoas antes de ser desmascarada.

Quem é Anna Delvey na vida real?

Na vida real, Anna Delvey é o pseudônimo de Anna Sorokin, uma jovem russa nascida em 1991. Criada na Alemanha em uma família de classe média, Anna desenvolveu ambições grandiosas.

Em 2013, ela se mudou para Nova York, onde começou a construir sua identidade fictícia como uma herdeira milionária. Seu plano era conquistar a confiança da elite e dos investidores para criar um clube exclusivo de arte e cultura.

Usando sua habilidade em manipular pessoas, Anna convenceu amigos, empresários e até bancos de que tinha acesso a uma fortuna de 60 milhões de euros, enquanto, na verdade, vivia de golpes e dívidas.

Anna Delvey sofre de algum transtorno?

Embora a série não diagnostique Anna com nenhum transtorno, seu comportamento levanta discussões sobre transtornos de personalidade.

Especialistas sugerem que ela pode apresentar traços de narcisismo e personalidade antissocial, características associadas a pessoas que têm dificuldades em reconhecer os sentimentos alheios, buscam grandiosidade e manipulam para obter o que desejam.

Essas características, no entanto, não são uma justificativa para seus crimes. É importante lembrar que nenhum diagnóstico oficial foi confirmado no caso de Anna.

Quem denunciou Anna Delvey?

A denúncia mais marcante contra Anna veio de Rachel DeLoache Williams, uma ex-amiga que acumulou uma dívida de US$ 62 mil em uma viagem ao Marrocos, planejada por Anna.

Rachel acreditava que Anna pagaria todas as despesas, mas foi surpreendida ao ser cobrada. Sentindo-se enganada, Rachel procurou as autoridades e contribuiu para a investigação que resultou na prisão de Anna.

Além disso, os próprios hotéis e bancos começaram a levantar suspeitas sobre as práticas de Anna, especialmente após ela usar cheques sem fundos e acumular dívidas que nunca eram quitadas.

O que é verdade na série Inventando Anna?

Embora dramatizada, grande parte da série é baseada em eventos reais. Anna realmente enganou hotéis de luxo, amigos e instituições financeiras, acumulando dívidas milionárias.

Sua tentativa de criar a Fundação Anna Delvey foi real, embora nunca tenha se concretizado. O julgamento de Anna e o papel da jornalista que investigou o caso também foram inspirados em fatos.

Por outro lado, a série adicionou elementos fictícios para tornar a história mais envolvente.

Alguns personagens foram criados ou modificados, e certos eventos foram exagerados para fins dramáticos.

Qual foi a pena de Anna Delvey?

Em 2019, Anna Sorokin foi condenada por roubo e estelionato, recebendo uma pena de 4 a 12 anos de prisão.

Durante o julgamento, o advogado de Anna tentou argumentar que ela não era uma criminosa, mas sim uma empreendedora com planos ambiciosos. A defesa não convenceu o júri.

Após cumprir quase quatro anos de sua sentença, Anna foi libertada em 2021 por bom comportamento.

No entanto, ela foi presa novamente pouco tempo depois devido a problemas com seu visto de permanência nos Estados Unidos e permanece em prisão domiciliar enquanto luta contra a deportação.

O que é ser um estelionatário?

No Brasil, um estelionatário é uma pessoa que usa artifícios fraudulentos para enganar outra, obtendo vantagem ilícita e causando prejuízo.

Anna Delvey exemplifica isso perfeitamente, pois usou mentiras e manipulações para ganhar a confiança das pessoas e obter dinheiro e bens.

Ser estelionatário não significa apenas aplicar golpes financeiros de grande escala, como os de Anna.

Qualquer ato fraudulento que induza alguém ao erro para obter vantagem pode ser classificado como estelionato, de acordo com o artigo 171 do Código Penal Brasileiro.

O que é considerado um crime de estelionato?

O Artigo 171 do Código Penal Brasileiro define o estelionato como o ato de “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento”.

Entre os exemplos mais comuns, estão:

• Usar cheques sem fundos;
• Aplicar golpes de falsas vendas;
• Forjar documentos para obter empréstimos;
• Manipular informações para enganar outras pessoas.

No caso de Anna, ela usou sua identidade falsa para enganar tanto pessoas físicas quanto instituições financeiras.

Como funciona o estelionato?

O estelionato envolve três elementos principais:

• Fraude: O autor engana a vítima por meio de mentiras ou manipulações.
• Prejuízo: A vítima sofre algum tipo de dano, geralmente financeiro.
• Vantagem ilícita: O estelionatário obtém um benefício indevido.

No caso de Anna, ela construiu uma narrativa convincente para enganar pessoas e empresas, garantindo acesso a luxo, bens e serviços sem pagar por eles.

O impacto do estelionato

O estelionato não prejudica apenas financeiramente, mas também emocionalmente. As vítimas muitas vezes se sentem humilhadas e envergonhadas, o que pode dificultar a denúncia.

Em larga escala, o estelionato também afeta instituições bancárias, empresas e até economias inteiras, dependendo do tamanho do golpe.

Além disso, a história de Anna Delvey levanta questões sobre como as aparências podem ser enganosas.

Ela não usava armas ou violência, mas conseguia manipular as pessoas apenas com sua personalidade carismática e histórias bem elaboradas.

Assim sendo, a série não apenas narra uma história intrigante, mas também serve como alerta sobre como o estelionato é um problema real.

Anna Delvey é um exemplo extremo, mas casos semelhantes ocorrem todos os dias, tanto presencialmente quanto online.

Se você ficou curioso sobre a história real por trás da série, saiba que ela levanta questões importantes sobre ética, manipulação e os perigos de confiar cegamente em aparências.

Um recado final para você!

Em caso de dúvidas, procure assistência jurídica especializada.

Sabemos que o tema “Inventando Anna: a série e os impactos do estelionato” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.

Artigo de caráter meramente informativo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia

Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário